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Ter as escrituras não bastava; era preciso que fossem lidas e ouvidas por todos. Por isso, Esdras e outros escribas deram os passos necessários par...

Ter as escrituras não bastava; era preciso que fossem lidas e ouvidas por todos. Por isso, Esdras e outros escribas deram os passos necessários para que fossem ensinadas a todos. Entretanto, havia certas dificuldades, pois, na Babilônia, os judeus haviam começado a adotar a linguagem e cultura dos caldeus. Isto exigia que as escrituras fossem lidas em hebraico pelos escribas, que depois as traduziam e muitas vezes explicavam em caldeu ou em outro idioma local. Esta é uma das razões porque os escribas se tornaram uma necessidade religiosa, ganhando, assim, prestígio religioso e social entre os judeus (veja Seção Especial J). No decorrer dos anos, cada grupo religioso - escribas, fariseus, saduceus e outros - consultava a palavra escrita, a citava, elaborava, interpretava, acrescentando continuamente ao que seus antepassados haviam estabelecido. Os comentários, explanações, interpretações e inferências tornaram-se conhecidas como tradição oral. Com o tempo, essas tradições, escritas e orais, tornaram-se o objeto central do culto e veneração dos judeus. Sem a luz da revelação contínua através de profetas vivos, o discernimento dos judeus foi sendo gradualmente obscurecido pelas próprias tradições instituídas para ajudá-los a viverem achegados ao Senhor. Foi a essas tradições que o Salvador se referia, quando disse: "E aquele ser iníquo pela desobediência e por causa da tradição de seus pais, vem e tira dos filhos dos homens a luz e a verdade." (D&C 93:39; grifo nosso.) As tradições levaram o povo judeu à apostasia que o cegou, quando seu Messias apareceu entre ele. (H-4) A Sinagoga Foi um Produto Natural e Permanente do Cativeiro Desde a época do cativeiro, os judeus têm sido dispersos para diferentes lugares. Quase sempre, parte deles permaneceu na terra natal, chamada Eretz Israel. (Eretz quer dizer "terra" ou "país" e, portanto, identifica a porção de Israel que vive no torrão natal.) A Israel dispersa é chamada muitas vezes de Diáspora ("a dispersão"). Apesar de estarem geograficamente dispersos desde o exílio na Babilônia, os judeus preservaram a unidade religiosa por meio de instituições nascidas do exílio. Uma delas é a sinagoga. Alguns estudiosos judeus afirmam que a sinagoga data da época de Moisés; a maioria contudo situa sua criação, ou pelo menos o surgimento de sua função central, na Babilônia. A palavra sinagoga quer dizer "assembléia", embora seja frequentemente empregada com referência ao edifício. Temos motivos para acreditar que, muitos anos antes de se construírem edifícios especiais, os judeus se reuniam nas ruas para ouvirem as escrituras serem lidas e traduzidas. Assim pois, a genuína sinagoga é o povo ou assembléia. A sinagoga tem exercido profunda influência sobre a vida judaica desde o cativeiro, assim como sobre outras religiões. Diz a Encyclopedia Judaica: "A sinagoga, junto com o templo, é a mais importante instituição no judaísmo. Ela tem exercido influência decisiva não só no judaísmo através dos séculos, mas na religião organizada como um todo . . .. É no período do Exílio Babilônio que se deve procurar a origem da sinagoga. Não só se presume que os exilados, privados do templo, numa terra estranha sentiram a necessidade de consolo em sua aflição, se reuniam de tempos em tempos, provavelmente nos dias de Sábado, para ler as escrituras, como em Ezequiel, o profeta desse exílio, encontramos as primeiras prováveis referência a ela." (Encyclopedia Judaica, s. v., "synagogue", 15:579-80.) A Sinagoga de Safed (H-5) Os Judeus Têm Sido Cativos e Exilados desde o Cativeiro 263 Embora parte dos judeus houvesse retornado à terra natal para reconstruir o templo, a comunidade judaica na Babilônia continuou sendo um centro de rival importância. Mais tarde, Alexandria, Atenas, Roma e até mesmo remotos postos avançados do Império Romano como Barcelona, Londres e a fronteira germânica, contavam com colônias judaicas com suas assembléias e rabinos. Não importa aonde fossem, sempre continuavam sendo um povo à parte, geralmente por escolha própria. À medida que passavam os séculos e a Europa se tornava um continente populoso, formou-se nas cidades maiores um bairro judeu, chamado gueto. Nos guetos, os judeus mantinham seu culto e instituições, o que impedia que fossem absorvidos pela comunidade e perdessem sua identidade. Assim permaneceram uma nação no exílio, às vezes perseguida, outras admirada como tendo os melhores comerciantes, filósofos, eruditos, músicos e mercadores de seu tempo. O gueto não era nenhum reduto de pobreza e degradação, exceto nos períodos de intensa perseguição. Era antes o centro da vida familiar e religiosa, um lugar em que se prezava muito a educação e onde ela era mais acessível. (H-6) Conclusão Hoje, muitos estão familiarizados com os judeus, sua nação, as lutas na Terra Santa e com o caráter judaico. Muito do judaísmo moderno tem suas raízes no primeiro grande cativeiro, o cativeiro babilônio. Segue uma lista de alguns dos efeitos permanentes do cativeiro na Babilônia: 1. Os judeus abandonaram o culto a imagens esculpidas e começaram a cultuar a lei. 2. Grande parte do Velho Testamento foi preservada pelos esforços de Esdras, o escriba, e outros. 3. Volumes de obras históricas e comentários das escrituras resultaram desse período. Dignos de nota são a Torá, e posteriormente, a Mishnah e o Talmude. 4. Os principais grupos religiosos de Israel - escribas, fariseus, saduceus e outros - surgiram nessa época. Esses homens ou grupos acabaram substituindo os profetas, resultando em apostasia maior ainda. 5. Preservou-se a escrita hebraica, embora a língua do povo mudasse. Essa mudança criou a necessidade de peritos conhecedores da lei. 6. A sinagoga judaica data dessa época. 7. O bairro ou gueto judaico, e outros esforços em favor do mútuo apoio, são exemplos de sua recusa de integração. Conhecer e entender esses efeitos não só nos ajuda no estudo da Bíblia, como também nos permite julgar melhor os atuais acontecimentos na Terra Santa. ra e estudo de Ezequiel 1-24. 2. Complete a seção de Pontos a Ponderar conforme designação do professor. (Os alunos que estudam individualmente devem completar a seção toda.) NOIASE COMENuYnOS SOBRE EZEQUIEL 1-24 (26-2) Ezequiel: Um Contemporâneo de .Jeremias e Daniel O Senhor tinha um grande profeta, Jeremias, na corte de Jerusalém; outro, Daniel, na corte da Babilônia; e um terceiro, Ezequiel, entre os exilados na Babilônia. Jeremias e Ezequiel eram de linhagem sacerdotal; Daniel pode ter sido de linhagem real (veja Daniel 1:3). Jeremias serviu ao Senhor, transmitindo suas advertências e instruções aos reis e líderes do povo prestes a ser conquistado; Daniel, aos conquistadores; e Ezequiel, aos exilados. Ezequiel, cujo nome quer dízer "Deus é forte" ou '. 'Deus há de fortalecer", era fIlho de Buzi e um sacerdote da família de Zadoque. Foi levado cativo para a Babilônia por Nabucodonosor, por ocasião do cativeiro de Joaquim. Torre de vigia na Samaria 26 "A familia (de Ezequiel) deve ter sido importante e influente, pois, segundo o relato em II Reis 24: 14-16, principalmente os 'homens grados' do país foram levados cativos por Nabucodonosor para a Babilônia, quando da deposição de Joaquím do trono de Judá. A maioria dos estudiosos calcul

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