Conforme é possível observar, usou-se de um mecanismo jurídico para possibilitar a prática de algo que até então era considerado crime, tendo por j...

Conforme é possível observar, usou-se de um mecanismo jurídico para possibilitar a prática de algo que até então era considerado crime, tendo por justificativa a dignidade da gestante, a qual não deveria ser obrigada a passar por todos os riscos da gestação e ao fim enterrar seu filho. Tal situação encontra-se decidida, mas em outros casos em que for constatado que o feto possui uma doença grave, sem qualquer expectativa de vida extra uterina, poderia a mulher realizar o procedimento abortivo tendo por base o precedente da ADPF 54? Caso haja interesse em permitir a interrupção da gestação diante de qualquer doença severa do feto (e não somente a anencefalia), qual procedimento deveria ser adotado? Quem pode fazer isso?