O aluno que assinala esta alternativa entende, erroneamente, que somente a memória estaria ligada à experiência, enquanto a imaginação, dado seu po...

O aluno que assinala esta alternativa entende, erroneamente, que somente a memória estaria ligada à experiência, enquanto a imaginação, dado seu potencial criativo, não. Ademais, o senso comum informa que a imaginação está dissociada da experiência concreta das impressões sensíveis. Contrariamente ao senso comum, Hume sustenta que tudo, até mesmo a imaginação, advém da experiência. Não por acaso, é o filósofo escocês um dos grandes expoentes do empirismo. Logo no início do texto-base, Hume afirma que ambas as faculdades, memória e imaginação, têm como fonte as impressões, isto é, a experiência.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa articula e mistura as duas partes específicas do texto-base: a primeira, que versa sobre o fato de as ideias simples da imaginação e a memória advirem da experiência, com a segunda, que versa sobre o fato de a memória manter a concatenação das ideias complexas de quando da experiência e a imaginação não, já que é livre e criativa. Infere, dessa forma, que a memória é que associa livremente as ideias simples, quando, na realidade, isso é feito pela imaginação. Para Hume, tanto memória quanto imaginação “retiram suas ideias simples das impressões”.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa é atraído pelo potencial criativo e inventivo da imaginação, o qual é por ele interpretado como uma capacidade de superar os dados da experiência e da sensibilidade. Em seu raciocínio, a memória se distinguiria da imaginação ao se manter presa aos dados sensíveis. No entanto, o aluno se equivoca, pois nem a imaginação nem a memória vão além dos dados sensíveis. Ambas, em verdade, estão enraizadas neles.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa apega-se ao trecho do texto-base em que é dito que é “uma propriedade peculiar da memória preservar a ordem e posição originais de suas ideias”. Ignora, no entanto, o que é dito em seguida. Hume sustenta que esse caráter da memória, especificamente essa propriedade supramencionada, não é suficiente para distinguir a memória da imaginação.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa parte de uma concepção cristã de ética, cuja finalidade é a aprovação divina e o alcance do paraíso. No entanto, a ética grega não se realizava de forma semelhante.
E) CORRETA. Ao possuir “força e vividez” superior quando comparada à imaginação, a memória é o que há de qualitativamente mais próximo da experiência vivida que não ela mesma. Para Hume, as informações que nos são oferecidas pela memória se aproximam mais da experiência relembrada do que qualquer construção imaginativa dela. É nesse sentido que a qualidade da memória se aproxima infinitamente mais da qualidade da experiência do que a imaginação, e, por isso, se diz que ela possui força e vividez superior.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa parte de uma concepção cristã de ética, cuja finalidade é a aprovação divina e o alcance do paraíso. No entanto, a ética grega não se realizava de forma semelhante.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa relaciona equivocadamente a ética a uma sociedade pacífica e sem conflitos. Essa relação é equivocada, sobretudo ao se pensar na sociedade grega, que não era pacífica.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa reconhece a existência da escravidão na sociedade grega antiga. Entretanto, equivoca-se ao entender que a ética servia para a resignação do escravo. Na realidade, ela se relacionava com os grupos intelectuais, que viviam do ócio.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa mobiliza uma perspectiva cristã para responder a pergunta. A ideia da bondade e da caridade como elementos benéficos não são intrínsecos à ética grega.
E) CORRETA. Segundo o texto, a ética grega se relacionava com a eudaimonia. Isto é, a ideia da felicidade como finalidade de vida, tanto individual quanto coletiva.