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Características das Bactérias do Biofilme: As bactérias da placa bacteriana obtêm a maioria dos seus nutrientes da saliva ou do fluido gengival, em...

Características das Bactérias do Biofilme: As bactérias da placa bacteriana obtêm a maioria dos seus nutrientes da saliva ou do fluido gengival, embora a dieta do hospedeiro ocasionalmente forneça uma fonte de alimento. A transição de microrganismos Gram-positivos para Gram-negativos ocorre no desenvolvimento da placa bacteriana e é acompanhada por uma transição metabólica na placa em desenvolvimento. Colonizadores precoces, como Streptococcus e Actinomyces spp., utilizam oxigênio e açúcares como fonte de energia. Bactérias predominantes na placa madura são anaeróbias e assacarolíticas, utilizando aminoácidos e pequenos peptídeos como fonte de energia. Estudos laboratoriais mostram diversas interações metabólicas entre as diferentes bactérias na placa bacteriana, incluindo a produção de subprodutos metabólicos utilizados por outros microrganismos da placa. Bactérias em biofilmes têm capacidade de comunicação chamada de sensiquorum, onde liberam moléculas de sinalização que ativam respostas em outras bactérias quando a densidade populacional atinge um limiar crítico. Peptídeos estimuladores de competência são produzidos por algumas bactérias orais e são reconhecidos pelas mesmas espécies ou possivelmente por outras, induzindo a competência, um estado que facilita a absorção de DNA. A molécula de sinalização AI-2 é produzida e detectada por várias bactérias na placa bacteriana, desencadeando amplas alterações na expressão gênica e desempenhando um papel em interações mutualísticas entre diferentes espécies bacterianas. As interações entre as bactérias da placa bacteriana podem ser benéficas ou competitivas, com algumas bactérias não patogênicas competindo com patógenos periodontais pela adesão e formação de biofilme. Em biofilmes subgengivais, a produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) é limitada devido à falta de oxigênio, mas os agentes oxidantes podem influenciar as interações entre hospedeiro e patógenos, desempenhando um papel nas respostas do sistema imunológico. Interações competitivas ocorrem entre estreptococos orais e patógenos periodontais, resultando em inibição da colonização de patógenos por estreptococos, tanto em tecidos duros quanto moles. Estudos mostraram que as interações entre bactérias na placa bacteriana podem afetar positivamente o hospedeiro, reduzindo o sangramento à sondagem periodontal e possivelmente modulando respostas imunológicas. Biofilmes bacterianos são altamente resistentes a agentes antimicrobianos, sendo até 1.500 vezes mais resistentes do que bactérias planctônicas. A resistência antimicrobiana em biofilmes é influenciada por fatores como o estado nutricional das bactérias, taxa de crescimento, exposição prévia a antibióticos e características da matriz do biofilme. A resistência antimicrobiana em biofilmes é uma consideração importante no tratamento de infecções relacionadas a biofilmes e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes. A transmissão de agentes patogênicos na cavidade oral e entre indivíduos é relevante nas doenças infecciosas e pode afetar o resultado da terapia periodontal. A transmissão intraoral e entre pessoas é um aspecto complexo de quantificar e entender. Evidências indicam que bactérias orais, incluindo patógenos periodontais, podem ser transmitidas entre membros da mesma família. Isso ressalta a importância da higiene oral e do controle da placa bacteriana não apenas para a saúde bucal individual, mas também para a saúde bucal da família e possivelmente na prevenção da disseminação de doenças periodontais. A transmissão de bactérias entre pessoas não é o mesmo que contágio de doenças. Estudos demonstram que bactérias orais, como A. actinomycetemcomitans, podem ser transmitidas entre membros da mesma família, com uma transmissão vertical (de pais para filhos) mais comum do que a transmissão horizontal (entre cônjuges). Bactérias, como S. mutans, podem ser transmitidas intraoralmente entre diferentes nichos na cavidade oral, possivelmente via saliva. Colonizar nichos já ocupados por outras bactérias é difícil devido às interações microbianas, mas a colonização de bolsas peri-implantares "estéreis" ocorre rapidamente e pode refletir a translocação de bactérias da cavidade oral. Além das bactérias, a cavidade oral abriga vírus, fungos, archaea e protozoários, alguns dos quais podem ser comensais ou causar doenças orais. vírus na cavidade oral: Doenças virais comuns na mucosa oral e na região perioral. Os vírus podem causar úlceras e tumores na cavidade bucal. A presença significativa de vírus de mamíferos em lesões de periodontite, sugerindo um possível papel dos vírus em doenças orais. Artigos de revisão sobre o tema escritos por Slots. Características dos Vírus: Diferenças entre a replicação viral e bacteriana. Estrutura de um vírion extracelular, incluindo DNA ou RNA e um revestimento protetor de proteína ou capsídeo. Vírus com envelope derivado de membranas celulares. Principais Famílias de Vírus na Cavidade Bucal: Herpes-vírus: inclui vírus herpes simples 1 e 2, associados a várias patologias orais. Papilomavírus humanos: vírus de DNA de fita dupla, relacionados a úlceras, tumores e patologias bucais. Picornavírus: vírus de RNA de fita simples, ligados a úlceras orais e outras patologias. Retrovírus: envolvidos por RNA de fita simples, associados a tumores e patologias bucais. Manifestações Clínicas de Doenças Virais Orais: Úlceras orais causadas por diferentes vírus, como herpes simples, varicela-zóster, coxsackievírus e enterovírus. Relação dos vírus com a estomatite aftosa recorrente, doenças sistêmicas com componentes ulcerogênicos bucais e patologias como eritema multiforme, síndrome de Behçet, pênfigo vulgar e lúpus eritematoso sistêmico. gãos. C. albicans produz a candidalisina, uma toxina citolítica que danifica as barreiras epiteliais e contribui para a virulência. Doenças Micóticas Sistêmicas na Cavidade Bucal: Algumas doenças micóticas sistêmicas estão se manifestando intraoralmente com mais frequência, devido à alta prevalência de imunocomprometidos na comunidade. Protozoários: Protozoários orais estão se tornando mais comuns do que antes reconhecido. Alguns protozoários induzem infecções locais na cavidade bucal, incluindo saprófitas como Entamoeba gingivalis e Trichomonas tenax. fetar a microbiota subgengival e a progressão da periodontite, mas sua relevância clínica precisa ainda é incerta. Especificidade Microbiológica das Doenças Periodontais: A hipótese inespecífica da placa sugere que as doenças periodontais são principalmente causadas pelo acúmulo de placa bacteriana ao longo do tempo. De acordo com essa hipótese, a quantidade de placa está relacionada à diminuição da resposta do hospedeiro e ao aumento da suscetibilidade à periodontite. Produtos nocivos produzidos pela microbiota da placa desempenham um papel importante na doença periodontal. Estudos epidemiológicos correlacionaram idade, quantidade de placa e evidência de periodontite, apoiando essa hipótese. Hipótese Inespecífica da Placa: Acredita que o controle da doença periodontal depende da redução da quantidade total da placa

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33 pág.

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