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A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos.  Os tratados e convenções internacionais são os documentos utilizados ...

A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos.
 Os tratados e convenções internacionais são os documentos utilizados para a positivação, no âmbito internacional dos Direitos Humanos.
Incorporação à ordem jurídica dos Tratados Internacionais
i. Assinatura do Presidente
ii. Aprovação pelo Congresso Nacional
iii. Ratificação e Depósito no órgão Internacional
iv. Promulgação do Tratado Internacional:
Tratados Internacionais com status de emenda constitucional
i. Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.
ii. Tratado de Marraqueche: Trata-se de diploma que foi aprovado para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para aceder ao texto impresso.
Status de norma supralegal
i. Tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de norma infraconstitucionais: possuem status de norma supralegal, em ponto intermediário, acima das leis, abaixo da Constituição Federal.
ii. A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (ou Pacto de San José da Costa Rica) possui status de supralegal, eis que foi internalizada com quórum de norma infraconstitucional. Diante disso, o STF prescreve a impossibilidade de prisão civil do depositário infiel, nos termos da Súmula Vinculante 25( muito cobrada nas provas):
DIREITO PENAL
Análise Estatística
Vejamos uma análise estatística, ordenada conforme grau de incidência, para sabermos quais são os assuntos mais exigidos pela banca CEBRASPE, na Área Policial, no âmbito da disciplina.
Direito Penal
Assunto
% de cobrança
Crimes Contra a Administração Pública 30,93%
Crimes Contra o Patrimônio 20,40%
Crimes Contra a Pessoa 20,14%
Aplicação da Lei Penal 19,70%
Aplicação da Lei Penal
Princípios
1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: o princípio da legalidade é uma garantia do cidadão contra a ingerência arbitrária do Estado.
i. Encontra-se previsto nos artigos 5º, XXXIX, da CF e 1º do CP:
ii. Apesar de não expresso, abrange contravenções penais e medida de segurança (leia-se, não há crime ou contravenção penal sem lei anterior que os defina, nem pena ou medida de segurança se prévia cominação legal).
iii. Divide-se em outros dois princípios, quais sejam: Anterioridade e Reserva Legal:
iv. O princípio da legalidade veda, ainda, a edição de Medida Provisória de matéria penal, conforme artigo 62, §1º, inciso I da CF/88. Há entendimento doutrinário e jurisprudencial (STF), entretanto, de que é possível a edição de MP que verse sobre Direito Penal não incriminador.
v. Irretroatividade da Lei Penal Maléfica: a lei penal que prejudique o réu é dotada de irretroatividade, ou seja, não abrange fatos ou condutas anteriores a sua vigência (Art. 5º, XL, CF).
vi. Retroatividade da Lei Penal Benéfica: Por outro lado, caso a lei beneficie o vir como fonte de interpretação. Por ex.: o que é repouso noturno como causa de aumento no furto (costumes da localidade).
viii. A lei penal deve ser estrita: proíbe-se a utilização da analogia para criar tipo incriminador. Analogia não incriminadora (in bonam partem) é permitida.
2. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA: o Direito Penal é a ultima ratio (último recurso), ou seja, esse ramo do direito é utilizado apenas quando for meio absolutamente necessário para a proteção de bens jurídicos. Esse princípio está relacionado aos princípios da:
i. SUBSIDIARIEDADE, o qual prevê que o Direito Penal somente será utilizado quando os demais ramos do ordenamento jurídico não forem capazes de tutelar determinado bem jurídico;
ii. FRAGMENTARIEDADE, o qual estabelece que nem todos os fatos considerados ilícitos pelo Direito devam ser considerados como infração penal, mas somente aqueles que atentem contra bens jurídicos EXTREMAMENTE RELEVANTES. Ou seja, o Direito Penal só deve tutelar bens jurídicos de grande relevância social.
3. PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS
i. A Constituição Federal dispõe, em seu artigo 5º, inciso XLVII, que:
ii. Por meio desse princípio é possível verificar que algumas espécies de penas são inadmissíveis no direito brasileiro.
iii. Com relação à pena de morte, no entanto, denota-se que há uma exceção, qual seja, em caso de guerra declarada é possível sua utilização, mas somente para aqueles crimes militares que possuam essa previsão. Atente-se para as questões que afirmam que a pena de morte é absolutamente vedada no Brasil. Está incorreta tal afirmação!!
4. PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE/LESIVIDADE/ALTERIDADE
i. Exige que do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. Nesse sentido, a autolesão é um indiferente penal.
5. PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DA PENA
i. Esse princípio está previsto no art. 5°, XLV da Constituição Federal:
ii. Em razão desse dispositivo legal, as penas não passarão da pessoa do condenado. No entanto, a própria CF/88 faz uma ressalva, afirmando que a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens podem ser estendidas aos sucessores. Nesse sentido, apesar de poder ser estendida aos sucessores, o valor executado não pode ser superior ao valor transferido, por exemplo, por meio de herança.

Essa pergunta também está no material:

E-book Resumo PCDF
290 pág.

Direito Constitucional I OutrosOutros

Respostas

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Os tratados e convenções internacionais são os documentos utilizados para a positivação, no âmbito internacional dos Direitos Humanos. A incorporação à ordem jurídica dos Tratados Internacionais ocorre através da aprovação pelo Congresso Nacional. Tratados internacionais de Direitos Humanos aprovados com quórum de norma infraconstitucionais possuem status de norma supralegal, em ponto intermediário, acima das leis, abaixo da Constituição Federal. A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (ou Pacto de San José da Costa Rica) possui status de supralegal, eis que foi internalizada com quórum de norma infraconstitucional. Diante disso, o STF prescreve a impossibilidade de prisão civil do depositário infiel, nos termos da Súmula Vinculante 25.

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