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GENTE, CADÊ A DONA HERMELINDA? Claudia Burlá Ligia Py Naquela tarde, logo no início da reunião no Centro Comunitário, Dona Conceição começou a fa...

GENTE, CADÊ A DONA HERMELINDA? Claudia Burlá Ligia Py Naquela tarde, logo no início da reunião no Centro Comunitário, Dona Conceição começou a falar da sua preocupação com Dona Hermelinda, moradora da rua Sergipe, n.1, que anda doente e parece que é coisa séria. Dona Joana confirmou a informação, acrescentando que ela não tem saído de casa para nada, nem para a prática religiosa, à qual sempre foi tão assídua. Ambas deram de falar quase ao mesmo tempo, aflitas com a falta de energia da Dona Hermelinda, muito emagrecida, sempre cheia de dores e mal-estar, a casa largada pra lá e o marido, pra lá e pra cá, tentando cuidar de tudo, mas, daquele jeito, não é? As pessoas do grupo, então, deram-se conta de que fazia algum tempo que Dona Hermelinda não era vista fora de casa. O marido também andava sumido. Outro dia ele foi visto saindo da padaria, dirigindo-se para a farmácia, mas estava abatido, parecia muito cansado. A coordenadora do grupo concordou que algo estava estranho mesmo. Era preciso ir à casa da Dona Hermelinda para saber o quê, de fato, estava acontecendo. REDESCOBRINDO DONA HERMELINDA Dona Hermelinda e Seu Benedito foram realmente uma redescoberta para as profissionais da ESF – Marco, Ana Paula e Sara. Vejamos o que eles, com espanto e tristeza, colheram daquela visita. Na rua Sergipe, n.1, da Vila Brasil, mora o simpático casal: Dona Hermelinda – 74 anos, parda, de baixa estatura, peso proporcional, prendadíssima nas artes do lar – e Seu Benedito – 84 anos, negro, alto, magro desde sempre, altivo e generoso sargento reformado pelo Exército. Casados há 60 anos, vivem sozinhos, na saudade insistente do único filho, nascido após sucessivos abortos espontâneos. O rapaz, morto em acidente de carro já faz 20 anos, deixou a mulher sem emprego e dois filhos que acabaram seguindo a carreira militar; casaram e foram transferidos para outro Estado, para onde levaram a mãe. Dona Hermelinda e Seu Benedito são pessoas amáveis, bem-humoradas, solidárias e muito queridas pela vizinhança. A casa sempre se manteve

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