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Do Art. 290 CC, é preciso que o devedor seja comunicado da cessão feita, como consequência lógica do próprio ato de cessão, especialmente para que ...

Do Art. 290 CC, é preciso que o devedor seja comunicado da cessão feita, como consequência lógica do próprio ato de cessão, especialmente para que saiba a quem pagar e contra quem se defender (arts. 292 e 294 do CC) Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação. Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. II – Cessão de débito (assunção de dívida, não havia no CC/16): na cessão de débito, o devedor, com expresso consentimento do credor, transmite o débito a terceiro, mantida a mesma relação obrigacional. Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação. Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. (Ex.:dolo) TEORIA DO INADIMPLEMENTO (EXTREMAMENTE IMPORTANTE) Inadimplemento traduz descumprimento da obrigação, desdobrando-se em: inadimplemento absoluto culposo ou fortuito e inadimplemento relativo (mora). I – Inadimplemento Absoluto: traduz o descumprimento total da obrigação. Ele pode ser: a) Fortuito: deriva de fato não imputável ao devedor, decorrente de caso fortuito ou força maior (art. 393 do CC). Em geral, a conseqüência do descumprimento fortuito é a extinção da obrigação sem perdas e danos. Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. Veja o artigo 399 também. b) Culposo: deriva de fato imputável ao devedor (culpa ou dolo), impondo-se a obrigação de pagar perdas e danos sem prejuízo de eventual tutela jurídica específica (art. 389 do CC). Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. O que se entende por perdas e danos? As perdas e danos, nos termos do art. 402 do CC, consistem no prejuízo efetivo sofrido pelo credor (dano emergente), compreendendo também o que aquilo que ele razoavelmente deixou de lucrar (lucro cessante). Pagar perdas e danos, portanto, significa indenizar a vítima, restituindo ao status quo ante. Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. OBS: A moderna doutrina tem entendido que o descumprimento de deveres anexos decorrentes da boa-fé objetiva (informação, lealdade...) determina responsabilidade civil OBJETIVA - VIOLAÇÃO POSITIVA DO CONTRATO (Enunciado 24 da I Jornada de D. Civil). 24 – Art. 422: Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa. II – Inadimplemento relativo ou mora: ocorre a mora, espécie de inadimplemento relativo, quando o pagamento não é feito no tempo, lugar e forma convencionados. a) Espécies de mora: Havendo mora do credor e do devedor, deverá o juiz, na medida do possível, compensá-las, ficando tudo como está. a.1) Mora accipiendi ou credendi (do credor) – art. 394 e 400. Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação. Ex.: vendido um boi, no dia combinado o devedor do animal o leva e o credor, injustificadamente, se nega a receber, só recebendo depois de alguns dias. Se a arroba do boi variar nesse tempo de mora do credor, o devedor terá o direito de receber pelo melhor preço nesse período. a.2) Mora solvendi ou debendi (do devedor). Conceito: a mora do devedor, em linhas gerais, traduz o retardamento culposo no cumprimento da obrigação. Requisitos: I – Existência de dívida liquida e certa; II – Vencimento da dívida ou sua exigibilidade: quando a obrigação tem vencimento certo, a constituição em mora do devedor opera-se de pleno direito, segundo o aforisma dies interpellat pro homine – o dia interpela pelo homem. Neste caso fala-se que a mora é ex re (art. 397, caput). Todavia, caso o credor necessite constituir em mora o devedor, interpelando-o, a mora será ex persona (Art. 397, p.u.). Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. III – Culpa - Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora. IV – Viabilidade do cumprimento tardio da obrigação. Na forma do p.u. do art. 395 do CC, à luz do

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