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30. (XXVIII Exame) Aline manteve união estável com Marcos durante 5 (cinco) anos, época em que adquiriram o apartamento de 80 m² onde residiam, único bem imóvel no patrimônio de ambos. Influenciado por tormentosas discussões, Marcos abandonou o apartamento e a cidade, permanecendo Aline sozinha no imóvel, sustentando todas as despesas deste. Após 3 (três) anos sem notícias de seu paradeiro, Marcos retornou à cidade e exigiu sua meação no imóvel. Sobre o caso concreto, assinale a afirmativa correta.

A) Marcos faz jus à meação do imóvel em eventual dissolução de união estável.
B) Aline poderá residir no imóvel em razão do direito real de habitação.
C) Aline adquiriu o domínio integral, por meio de usucapião, já que Marcos abandonou o imóvel durante 2 (dois) anos.
D) Aline e Marcos são condôminos sobre o bem, o que impede qualquer um deles de adquirí-lo por usucapião.
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Questões Para a Compreensão

há 2 anos

Respostas

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há 5 meses

Vamos analisar cada alternativa: A) Marcos faz jus à meação do imóvel em eventual dissolução de união estável. Verdadeiro, pois durante a união estável, ambos têm direito à meação dos bens adquiridos durante a convivência, independentemente de quem permaneceu no imóvel após a separação. B) Aline poderá residir no imóvel em razão do direito real de habitação. Verdadeiro, Aline pode ter direito ao uso do imóvel, especialmente se for considerado que ela é a única que reside nele e sustenta as despesas. C) Aline adquiriu o domínio integral, por meio de usucapião, já que Marcos abandonou o imóvel durante 2 (dois) anos. Falso, para usucapião, é necessário o exercício da posse mansa e pacífica por um período específico, e o abandono de Marcos não é suficiente para que Aline adquira o domínio integral. D) Aline e Marcos são condôminos sobre o bem, o que impede qualquer um deles de adquirí-lo por usucapião. Falso, a condição de condôminos não impede a usucapião, mas pode complicar a situação, pois a usucapião requer a posse exclusiva e contínua. Analisando as alternativas, as corretas são A e B, mas como a questão pede a afirmativa correta, a alternativa que melhor se encaixa é: A) Marcos faz jus à meação do imóvel em eventual dissolução de união estável.

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há 2 anos

Vamos analisar as alternativas: A) Marcos faz jus à meação do imóvel em eventual dissolução de união estável. B) Aline poderá residir no imóvel em razão do direito real de habitação. C) Aline adquiriu o domínio integral, por meio de usucapião, já que Marcos abandonou o imóvel durante 2 (dois) anos. D) Aline e Marcos são condôminos sobre o bem, o que impede qualquer um deles de adquirí-lo por usucapião. Com base no caso apresentado, a alternativa correta é a letra B) Aline poderá residir no imóvel em razão do direito real de habitação.

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Características dos direitos da personalidade – art. 11

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

Esse artigo deve ser interpretado de forma ampliativa, segundo a doutrina e a jurisprudência. As características previstas no artigo 11 são relativas, uma vez que elas admitem exceções, conforme expressamente previsto. São: intransmissíveis, irrenunciáveis e indisponíveis (não pode o seu exercício sofrer limitação voluntária).

a) indisponível – essa ideia de que o direito da personalidade não pode sofrer limitação voluntária é relativa, uma vez que é possível, excepcionalmente, que a pessoa disponha de seu direito da personalidade. Ex: um artista, por exemplo, está abrindo mão do seu direito à imagem quando está gravando. Não há qualquer ilegalidade. Esse caráter de indisponibilidade não é absoluto.

Enunciado 4 do CJF (não se trata de jurisprudência, mas de doutrina): o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.

Logo, se a limitação for transitória e específica, não há ilegalidade. Ex: BBB.

a) indisponível – essa ideia de que o direito da personalidade não pode sofrer limitação voluntária é relativa, uma vez que é possível, excepcionalmente, que a pessoa disponha de seu direito da personalidade. Ex: um artista, por exemplo, está abrindo mão do seu direito à imagem quando está gravando. Não há qualquer ilegalidade. Esse caráter de indisponibilidade não é absoluto.
b) são absolutos – tem eficácia erga omnes (contra todos). Todos devem respeitar a imagem dos outros. Cuidado para não achar que, por ser absoluto, não cabe exceção. É claro que cabe. Isso está expresso no artigo 11:
c) imprescritíveis – o fato de não ser exercido, não implica sua perda. O fato de eu não utilizar minha imagem (como os atores, por exemplo), não significa que eu vá perder esse direito.
d) vitalícios – os direitos da personalidade têm por objetivo proteger o que? É claro que é a personalidade. Se ela começa com o nascimento com vida e termina com a morte, é claro que esses direitos são vitalícios. Cuidado com a lesão após a morte. O STJ já analisou essa questão, tratada pela doutrina como “lesão indireta, oblíqua, ou por ricochete”. O que é isso?

A ideia fundamental de ausência vem descrita no art. 22 do Código Civil, que tem a seguinte redação: "Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador." Notem que a ausência reclama declaração judicial, em procedimento especial de jurisdição voluntária, ou seja, não basta o desaparecimento de uma pessoa para que se configure a ausência nos termos do Código Civil. É imprescindível que seja reconhecida judicialmente. Em regra, a ausência pressupõe o desaparecimento de uma pessoa que não deixou notícias ou procurador. Todavia, também se declara ausente aquele que, mesmo deixando mandatário, este não queira ou não possa exercer o mandato, ou, ainda, na hipótese do instrumento conferir poderes insuficientes. A sistemática do Código divide o procedimento de declaração de ausência em três fases: 1) curatela dos bens do ausente; b) sucessão provisória; c) sucessão definitiva.

2. (XXXV Exame) Maurício, ator, 23 anos, e Fernanda, atriz, 25 anos, diagnosticados com Síndrome de Down, não curatelados, namoram há 3 anos. Em 2019, enquanto procuravam uma atividade laborativa em sua área, tanto Maurício quanto Fernanda buscaram, em processos diferentes, a fixação de tomada de decisão apoiada para o auxílio nas decisões relativas à celebração de diversas espécies de contratos, a qual se processou seguindo todos os trâmites adequados deferidos pelo Poder Judiciário. Assim, os pais de Maurício tornaram-se seus apoiadores e os pais de Fernanda, os apoiadores dela. Em 2021, Fernanda e Maurício assinaram contratos com uma emissora de TV, também assinados por seus respectivos apoiadores. Como precisarão morar próximo à emissora, o casal terá de mudar-se de sua cidade e, por isso, está buscando alugar um apartamento. Nesta conjuntura, Maurício e Fernanda conheceram Miguel, proprietário do imóvel que o casal pretende locar. Sobre a situação apresentada, conforme a legislação brasileira, assinale a afirmativa correta.
A) Maurício e Fernanda são incapazes em razão do diagnóstico de Síndrome de Down.
B) Maurício e Fernada são capazes por serem pessoas com deficiência apoiadas, ou seja, caso não fossem apoiados, seriam incapazes.
C) Maurício e Fernanda são capazes, independentemente do apoio, mas Miguel poderá exigir que os apoiadores contra-assinem o contrato de locação, caso ele seja realmente celebrado.
D) Miguel, em razão da capacidade civil de Maurício e de Fernanda, fica proibido de exigir que os apoiadores de ambos contraassinem o contrato de locação, caso ele seja realmente celebrado.

Francis, brasileira, empresária, ao se deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo em seu helicóptero particular, sofreu terrível acidente que culminou com a queda do aparelho em alto-mar. Após sucessivas e exaustivas buscas, feitas pelas autoridades e por empresas privadas contratadas pela família da vítima, infelizmente não foram encontrados os corpos de Francis e de Adilson, piloto da aeronave. Tendo sido esgotados os procedimentos de buscas e averiguações, de acordo com os artigos do Código Civil que regulam a situação supramencionada, é correto afirmar que o assento de óbito em registro público

A) Independe de qualquer medida administrativa ou judicial, desde que seja constatada a notória probabilidade de morte de pessoa que estava em perigo de vida.
B) Depende exclusivamente de procedimento administrativo quanto à morte presumida junto ao Registro Civil das Pessoas Naturais.
C) Depende de prévia ação declaratória judicial quanto à morte presumida, sem necessidade de decretação judicial de ausência.
D) Depende de prévia declaração judicial de ausência, por se tratar de desaparecimento de uma pessoa sem dela haver notícia.

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