Buscar

A constante movimentação é denominada de ciclo da água. Silva (2015) define o ciclo hidrológico como um evento de circulação fechada da água entre ...

A constante movimentação é denominada de ciclo da água. Silva (2015) define o ciclo hidrológico como um evento de circulação fechada da água entre a atmosfera e a superfície da Terra, que é influenciado pela energia solar, gravidade e rotação terrestre. A autora ainda pontua que o ciclo não tem começo ou fim, sendo que os seus processos ocorrem de forma contínua e dinâmica. A natureza é uma grande recicladora e a água é um importante exemplo disso. As etapas do ciclo hidrológico podem ser resumidamente enumeradas conforme segue: A água evapora dos oceanos e lagos da Terra (evaporação); A água evaporada forma nuvens; As nuvens deslocam-se pela atmosfera em padrões climáticos globais; O vapor da água se condensa e se precipita na forma de chuva, neve ou granizo (precipitação); A chuva chega ao solo e escoa por terra até os pequenos córregos (escoamento superficial), até os rios e, finalmente, para os oceanos e os lagos. Os córregos e os rios são alimentados pelas chuvas, parte dessa precipitação é perdida imediatamente por evaporação e por evapotranspiração (a perda de vapor de água das plantas para a atmosfera). Já a outra parte flui por gravidade sobre a superfície do solo, contribuindo para a formação dos recursos hídricos superficiais. Ainda, outra parcela da água acaba infiltrando no solo e se armazenando no subsolo, formando o lençol freático. Embora o escoamento sobre o solo seja relativamente rápido, alcançando o curso d’água em minutos, no máximo em horas, o escoamento no subsolo é muito mais lento, durando muitos dias. Portanto, depois de uma rápida onda inicial de escoamento no solo, quando chove, os cursos d’água são constantemente abastecidos pela água do subsolo durante o período de estiagem. O escoamento de base é aquele presente nos cursos d’água, decorrente do fornecimento de água do subsolo. Já a onda rápida é decorrente do escoamento sobre o solo e é chamada de escoamento superficial. Para compreender a relação entre a vazão-chuva, são utilizados hidrogramas. Tais gráficos representam a variação da vazão da água de um sistema ao longo do tempo. As informações, que constam em um hidrograma, são de grande relevância para a elaboração de projetos de drenagem e outras estruturas. O hidrograma foi conceituado por Tucci (2007) como um gráfico que apresenta a vazão ao longo do tempo, sendo essa decorrente da interação entre precipitação e outros componentes do ciclo hidrológico e a vazão na bacia hidrográfica. No hidrograma, apresentado na Figura 2, é possível observarmos a representação de uma curva com um pico que representa a maior vazão em um dado momento. Pela análise da Figura 2, é possível verificar que o nível do escoamento superficial demora pouco tempo antes de aumentar seu nível, isso decorre da ação da interceptação vegetal e outros fatores, que são os fenômenos responsáveis por tal retardo. Ao atingir o pico, podemos verificar que o processo de maior atuação é o escoamento superficial. Com o decréscimo do pico, observamos a ação do escoamento subterrâneo. A interpretação do hidrograma deve considerar o descrito por Silva (2015): Finotti et al. (2009) diferenciam os hidrogramas gerados em bacia natural e em bacia impermeabilizada. Segundo os autores, em uma bacia hidrográfica natural, o hidrograma representa a variação lenta de vazão e dos picos de enchentes moderados. Por sua vez, o hidrograma de uma bacia impermeabilizada apresenta uma rápida variação de vazão e um tempo de retardamento curto decorrentes da redução da infiltração e da interceptação devido à impermeabilização do solo. Nesse caso, também verificamos um aumento do escoamento. Tucci (2007) indica os fatores que podem influenciar na forma do hidrograma: Hidrogramas pontudos refletem que o escoamento mais relevante é o rápido (escoamento superficial e subsuperficial); Hidrogramas achatados refletem a relevância do escoamento de base, que está associado ao escoamento subterrâneo. Relevo: bacias hidrográficas com boa drenagem e elevada declividade resultam em hidrogramas íngremes com pouco escoamento de base; Cobertura da bacia: a existência de vegetação na área da bacia hidrográfica tende a diminuir o escoamento e aumentar a ação da evapotranspiração; Modificações artificiais: decorrentes da ação antrópica; Distribuição, duração e intensidade de precipitação: com uma precipitação constante, ocorrem alterações na capacidade de armazenamento e no tempo de concentração da bacia, o que pode resultar na estabilização do valor de pico; Os hidrogramas podem ser utilizados para o entendimento da variação no escoamento superficial e o escoamento subterrâneo. Sendo assim, em projetos de estruturas hidráulicas, o escoamento superficial deve ser a nossa principal atenção, porque representa o maior volume de água que a estrutura deve

Essa pergunta também está no material:

Ciclo Hidrológico e Bacias
31 pág.

Hidrologia Universidade Norte do ParanáUniversidade Norte do Paraná

💡 1 Resposta

User badge image

Ed Verified user icon

O ciclo hidrológico é definido como um evento de circulação fechada da água entre a atmosfera e a superfície da Terra, influenciado pela energia solar, gravidade e rotação terrestre. Suas etapas incluem evaporação da água dos oceanos e lagos, formação de nuvens, deslocamento das nuvens, condensação e precipitação, escoamento superficial e subterrâneo, formação de lençol freático, entre outros processos. Os hidrogramas são gráficos que representam a variação da vazão da água ao longo do tempo e são essenciais para projetos de drenagem e outras estruturas hidráulicas.

0
Dislike0

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Outros materiais