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Suplementação de vitamina A + zinco pode melhorar ganho de peso por melhorar paladar. A vitamina K é administrada intravenosa por 3 dias para elimi...

Suplementação de vitamina A + zinco pode melhorar ganho de peso por melhorar paladar. A vitamina K é administrada intravenosa por 3 dias para eliminar a deficiência. Suplementação com vitamina E reduz a peroxidação de lipídios, um dos indutores de endotoxinas que contribuem para distúrbios hemorrágicos no cirrótico. Apesar disso, não modifica qualidade de vida nem mortalidade. Complexos vitamínicos são importantes especialmente para alcoolistas. Pacientes em uso de diurético para tratar edema e ascite podem apresentar cãibras por depleção de potássio e magnésio. Casos prolongados de colestase há disabsorção de vitaminas lipossolúveis e deve-se fazer esquema de reposição de vit A (2.500 Ul/dia); vit D (50,000 Ul/dia); vit E (400 Ul/dia) e vit K (sem recomendação). Ferro pode estar diminuído em hemorragia digestiva. Cobre e manganês nas hepato patias colestáticas (CBP e CEP), já que são excretados principalmente na bile. Zinco e magnésio principalmente pelo alcoolismo e em parte pela terapia diurética frequentemente utilizada para redução de ascite e edema. Suplementação com Zinco favorece a disponibilidade da Glicose, melhora a evolução clínica da cirrose, da encefalopatia hepática e sinais neurológicos da desnutrição. A recomendação é Sulfato de Zinco 220mg para aqueles com zinco plasmático reduzido. Cálcio pode estar aumentado pela esteatorreia, pode ser necessária suplementação com cálcio efervescente ou carbonato de cálcio. Restrição de sódio é necessária apenas se houver retenção hídrica. Apesar de populares na doença hepática, o cardo mariano (antifibrótico) e a S-adenosil-L-metionina (SAMe), que participa da síntese de glutationa, não se mostraram benéficos em pacientes com doença hepática alcoólica. A SAMe foi benéfica para NASH, por reduzir TNF-a. Há vários relatos de que terpenóides de plantas podem induzir uma hepatotoxicidade grave, inclusive fatal. São eles: teucrium polium, Sho-saiko-to, centella asiática e Black cohosh. Também foi descrita lesão hepática por N-nitrosofenfluramina, alcaloides efedrinicos, psoralea corylifolia, kava e alcaloides pirrolizidínicos. Terapia nutricional nas complicações da cirrose. Presença de Hipertensão Portal. A hipertensão da veia porta ocorre devido à compressão das suas ramificações intra-hepáticas pelo fígado fibrosado e de menor tamanho. Com a compressão das ramificações, o sangue não consegue fluir adequadamente, ficando 'retido' na veia porta aumentando sua pressão. Como resultado da hipertensão portal, ocorre aumento do fluxo sanguíneo na circulação colateral, na tentativa de reduzir a pressão no sistema porta. Com isso, formam-se as varizes no TGI que com frequência sangram causando emergência clínica. Além da circulação colateral ocorre hepatosplenomegalia e ascite. Deposição de sangue e derivados em grande volume. Beta bloqueadores para frequência cardíaca. Escleroterapia. Ligação varical ou colocação de desvios (shunt portossistêmicos). Durante sangramento agudo pode-se administrar análogo da somatostatina para o sangramento ou tamponamento dos vasos sangrantes com balão. Terapia Nutricional. Dieta zero durante sangramento. Caso via oral fique zerada por 5 dias, indicar nutrição parenteral. As escleroterapias repetidas no esôfago podem prejudicar a deglutição. Os desvios podem aumentar a incidência de encefalopatia por desviar o sangue do fígado. Ascite. A hipertensão portal + hipoalbuminemia + obstrução linfática + maior estímulo do sistema renina, angiotensina, aldosterona que promove maior retenção de água e sódio, contribuem para o aparecimento dela. Eleva o GEB em 10% por ser um compartimento metabolicamente ativo. Tratamento médico. Paracentese. Terapia diurética (furosemida + espironolactona) - devem ser monitorados sódio urinário, nitrogênio ureico sérico, creatinina, albumina, ácido úrico e eletrólitos, peso e circunferência abdominal. Terapia Nutricional. Deve-se iniciar dieta em associação com diuréticos poupadores de potássio. A restrição hídrica só deve ser implementada em casos. Restrição de sódio à dieta. Não devem ser feitas restrições exageradas pois levam a menor ingestão e comprometimento nutricional. No caso de paracenteses frequentes, deve-se atentar para ingestão proteica adequada, já que ocorre perda proteica com a retirada do líquido ascítico. Hiponatremia. Ocorre devido à capacidade reduzida de excretar água por liberação persistente do hormônio antidiurético, causando uma hiponatremia dilucional, perdas de resistência à insulina, quase 2/3 dos pacientes apresentam intolerância à glicose por conta dela e 37% a 70% desenvolvem diabetes. Hiperinsulinismo também ocorre em pacientes cirróticos, possivelmente porque a produção aumenta e a depuração hepática diminui. Hipoglicemia de jejum. Ocorre em razão da menor disponibilidade de glicogênio no fígado cirrótico, associado à capacidade reduzida do fígado em fazer gliconeogênese. Também pode ocorrer após o consumo de álcool pois ele inibe ainda mais a gliconeogênese. Terapia Nutricional na hipoglicemia de jejum: refeições balanceadas com pequenos e frequentes lanches, é mandatório a monitoração da insulinemia e glicemia. Má absorção de gordura. No caso de esteatorreia significante, é recomendada reposição de alguns triglicerídeos de cadeia longa (TCL) e média (TCM), sendo este último na dose de 15ml, 3-4x/dia. Se houver perdas fecais significativas, deve-se fazer uma dieta hipolipídica a se a diarreia não for resolvida, deve-se suspender a restrição lipídica pois ela compromete a palatabilidade e resulta em menor ingestão. Síndrome hepatorrenal. É caracterizada por redução do fluxo sanguíneo renal + redução da taxa de filtração glomerular, levando a uma insuficiência renal sem que haja anormalidade intrínseca no órgão. Nos casos em que a terapia falhar, pode ser necessário o uso de diálise. Diagnosticada por um sódio urinário e < 10 mEq/L + oligúria persistente mesmo na ausência de depleção de volume intravascular. Terapia Nutricional: pode ser necessária a redução de ingestão de líquidos, sódio, potássio e fósforo. Osteopenia. Tem sido identificada em pacientes com hepatopatia alcoólica. Terapia Nutricional: manutenção do peso, dieta balanceada, proteína adequada para manter massa muscular, 1500 mg de cálcio/dia + vit. D adequada através de dieta ou suplemento. Evitar o álcool, monitorar esteatorreia. Encefalopatia Hepática.

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672986835-Apostilas-Nutmed-Nutricao-Clinica-2-parte-4
35 pág.

Nutrição Materno-infantil Universidade da AmazôniaUniversidade da Amazônia

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