Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 2Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 3Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 4Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 5Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 6 6 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com PERÍODO FETAL PRECOCE Período compreendido entre a concepção e as 22 primeiras semanas completas de gestação. PERÍODO PRÉ-NATAL Período compreendido entre a concepção e o momento do parto. 7ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. PERÍODO FETAL TARDIO Período compreendido a partir das 22 semanas completas (154 dias) de gestação até o termo. PERÍODO PÓS-NATAL Refere-se ao período após o nascimento. PERÍODO NEONATAL Entre o nascimento e 28 dias completos de vida. PERÍODO NEONATAL PRECOCE Período compreendido entre o nascimento e 6 dias completos de vida. PERÍODO NEONATAL TARDIO Período compreendido entre 7 e 27 dias completos de vida. PERÍODO PÓS- NEONATAL Entre 28 e 364 dias completos de vida. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com MORTALIDADE MATERNA Óbito da mulher ocorrido durante a gravidez e até completar 42 dias após o término da gravidez. PERÍODO PERINATAL Entre 22 semanas completas (ou 154 dias) de gestação e 6 dias completos de vida. 8 PESO AO NASCER Primeiro peso obtido após o nascimento (durante a primeira hora de vida) RECÉM-NASCIDO DE BAIXO PESO (RNBP) Recém-nascido com peso ao nascer inferior a 2.500g. RECÉM-NASCIDO DE MUITO BAIXO PESO (RNMBP) Recém-nascido com peso ao nascer inferior a 1.500g. IDADE GESTACIONAL Duração da gestação a partir do primeiro dia do último período menstrual. MACROSSOMIA FETAL Recém-nascido com peso ao nascer > a 4.000g. RECÉM-NASCIDO DE EXTREMO BAIXO PESO Recém-nascido com peso ao nascer inferior a 1.000g. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com GESTAÇÃO TERMO Gestação compreendida entre a 37- semana até 41- semanas e 6 dias RESTRITO CRESCIMENTO INTRAUTERINO (RCIU) Peso do feto/concepto abaixo do percentil 10 do peso esperado para a idade gestacional. 9 PARTO PRÉ-TERMO Parto que ocorre antes da gestação completar 37 semanas e após ultrapassar 21 semanas ABORTAMENTO E a morte ou expulsão ovular ocorrida antes de 22 semanas ou quando o concepto pesa menos de 500 g. GESTAÇÃO PÓS-TERMO Gestação com duração > a 42 semanas completas ou 294 dias NATIMORTO Nascimento de feto com peso superior a 500 g, sem evidências de vida ao nascer. ÓBITO FETAL É a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com DOENÇA OBSTÉTRICA NA GRAVIDEZ ATUAL Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico; trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; ganho ponderai inadequado; pré-eclâmpsia/eclâmpsia; etc. INTCRCORRÊNCIAS CLÍNICAS CRÔNICAS Cardiopatias, pneumopatias, nefropatias, endocrinopatias, hemopatias, hipertensão arterial moderada ou grave, epilepsia, infecção urinária, portadoras de doenças infecciosas (incluindo infecção pelo HIV, sífilis), etc. HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR Morte perinatal explicada ou inexplicada; recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; macrossomia fetal, história de aborto; esterilidade/infertilidade; etc. 10 CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS Idade < 15 e > 35 anos-, ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse; situação familiar insegura e não-planejamento e/ou aceitação da gravidez, etc. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 11 11 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com DIFICULDADES O movimento de mulheres camponesas vem indicando que ainda existem dificuldades de acesso das mulheres ao programa e reivindicam um crédito especial para mulheres. Este panorama é um reflexo das desigualdades socioecômicas aos quais estes segmentos estão submetidos e reitera a prioridade que lhes deve ser conferida no campo das políticas públicas afirmativas. 12 TRABALHO DA MULHER O trabalho da mulher na agricultura tem um peso importante na produção geral de alimentos no país, principalmente no setor informal e na produção para autoconsumo familiar. POLÍTICAS DE APOIO O governo federal destina recursos de créditos para apoio à agricultura para as mulheres, cabendo pensar nos efeitos deste processo em médio e longo prazos nas condições de vida das usuárias e de suas famílias. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NAS ESCOLAS Garantia da qualidade sanitária e nutricional da alimentação; inserção da nutrição como tema transversal no currículo; restrição da oferta, da venda e da promoção comercial de alimentos com alto teor de gordura, açúcar livre e sal nas escolas, além do respeito à cultura alimentar. ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS Materiais informativos destinados a apoiar a educação permanente de profissionais da atenção básica de saúde, além de instrumentos como os Dez passos para alimentação saudável: guio alimentar para criança menores de 2 anos de idade; os Dez passos para o aleitamento materno; etc. 13 AÇÕES PRIORITÁRIAS Divulgação de conhecimentos sobre a questão alimentar e nutricional na ótica do direito humano à alimentação; o incentivo ao aleitamento materno; o resgate de hábitos e práticas alimentares regionais bem como o estímulo ao consumo de alimentos locais de baixo custo e elevado valor nutritivo, etc. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com INCENTIVO À PRODUÇÃO E CONSUMO DO LEITE Visa incentivar o consumo e a produção familiar de leite, combatendo a fome e a desnutrição e contribuindo para o fortalecimento do setor produtivo familiar, mediante aquisição e distribuição de leite com garantia de preço. VANTAGENS Reforço imediato na disponibilidade de alimentos para consumo da família e um fornecimento direcionado para superar problemas nutricionais determinados por carência de nutrientes específicos. 14 DIFICULDADES Perdas na armazenagem; desvios; roubo; deterioração dos alimentos; efeitos negativos como a falta de incentivo à produção local ou competitividade com o comércio local; restrições à liberdade no uso dos recursos e escolha do alimento para consumo. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com IMPACTO NO EN E CRESCIMENTO INFANTIL É controverso uma vez que depende de outros fatores além da renda, como a disponibilidade e acesso aos serviços de saúde e a programas de nutrição, saneamento e água potável. Programas de transferência de renda apresentam médio impacto no estado nutricional quando implantados isoladamente. No entanto, quando integrados a ações como o acompanhamento nutricional, seu efeito é potencializado. 15 VANTAGENS Possibilidade de autonomia decisória dos usuários no uso dos recursos, a possibilidade de compra local, gerando empregos e renda revertida em impostos para o município e a redução dos custos operacionais de implementação e na produção para autoconsumo familiar. BOLSA FAMÍLIA O programa visa associar a transferência do benefício financeiro, o acesso aos direitos sociais básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social. ACCIOLY; SANUDERS;LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 16 16 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com CAUSAS Destacam-se o baixo consumo dietético, as baixas reservas de ferro pré-concepcionais e a elevada necessidade do mineral em razão da formação de tecidos. As necessidades de ferro não se distribuem de maneira uniforme durante a gestação. Os requerimentos totais aumentam de 0,8 mg/dia até cerca de 10 mg/dia nas últimas 6 semanas de gestação. RISCOS MATERNO-FETAIS DA ANEMIA A anemia está associada a risco aumentado de baixo peso ao nascer e parto prematuro, especialmente se níveis de Hb são inferiores a 8g/dL e se ocorrem na fase inicial da gestação. No segundo trimestre, a absorção está aumentada em cerca de 50% e no terceiro trimestre pode estar aumentada em até 4 vezes. No primeiro trimestre, há uma redução na absorção de ferro, relacionada com a menor necessidade de ferro nesse período. Esse aumento marcante da absorção ainda não é capaz de atender aos requerimentos aumentados, exigindo a utilização de suplementos de ferro na segunda metade da gestação. 17ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com ANEMIA LEVE A MODERADA Prescrever sulfato ferroso em dose de tratamento (120 a 240 mg de ferro elementar/dia), de 3 a 6 drágeas de sulfato ferroso/dia, via oral, 1 hora antes das principais refeições. 18 AUSÊNCIA DE ANEMIA Suplementar com 60 mg/dia de ferro elementar e 5 mg de ácido fólico, a partir da 20- semana, devido à maior intolerância digestiva no início da gravidez. Recomenda-se ingestão uma hora antes das refeições ANEMIA GRAVE Referir ao pré-natal de alto risco. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Repetir exame em 60 dias: se Hb estiver subindo, manter tratamento até Hb atingir 11 g/dL, passando para a dose de suplementação (60 mg Fe/dia). Repetir exame na 30ª semana: se Hb permanecer estacionário ou em queda, referir ao pré-natal de alto risco. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com CAUSAS A introdução de alimentos sólidos nos primeiros meses de vida da criança pode prejudicar a biodisponibilidade de ferro do leite humano. Foi relatada associação entre anemia e alterações estruturais e funcionais da mucosa intestinal, acarretando maior permeabilidade intestinal e ocorrência de processos alérgicos. CONSEQUÊNCIAS DA ANEMIA NA INFÂNCIA Comprometimento do desenvolvimento, da coordenação motora e da linguagem, efeitos comportamentais, como falta de atenção, fadiga, redução da atividade física e redução da afetividade. Durante o segundo e o terceiro ano de vida, 80 mg de ferro são requeridos para o aumento de massa corporal, além das quantidades referentes às perdas obrigatórias, traduzindo em requerimento diário de 0,46 mg/dia. No segundo semestre de vida, devido o rápido crescimento, o requerimento de ferro eleva para 0,7 a 0,9 mg/dia. Durante o restante da infância os requerimentos au- mentam progressivamente de 0,5 mg/dia (4 a 6 anos) a 0,71 mg/dia (7 a 10 anos). 19ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 20 CRIANÇAS A TERMO O Comitê de Nutrologia da SBP recomenda 1 mg ferro/kg/dia para crianças a termo no momento em que for iniciada a alimentação complementar, devendo ser mantida até 2 anos de idade. PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO Recomenda que todas as crianças de 6 a 18 meses, inclusive pré- termo, recebam 25 mg de ferro, 1 vez/semana, até completar 18 meses de idade CRIANÇAS PRÉ-TERMO O início da suplementação de ferro é feito no 30g dia de vida na quantidade de 2mg/kg/dia no primeiro ano de vida, passando a 1 mg/kg/dia até 2 anos de idade. DIAGNÓSTICO IDADE ANEMIA ANEMIA GRAVE 6 meses a 4 anos e 11 meses < 11,0 g/dL < 7 g/dL 5 a 11 anos < 11,5 g/dL < 7 g/dL 12 a 14 anos < 12,0 g/dL < 7 g/dL >15 anos (sexo feminino, não-grávidas) < 12,0 g/dL < 7 g/dL > 15 anos (sexo masculino) < 13,0 g/dL < 9 g/dL ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. ANEMIA Nos casos de anemia ferropriva, o Comitê de Nutrologia recomenda a dose de 3 a 5 mg/kg/dia. A OMS recomenda que, a dose de tratamento não ultrapasse 60 mg/dia. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com AME Incentivo ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida, evitando a oferta de água e chá. 21ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. FÓRMULAS LÁCTEAS ENRIQUECIDAS Para lactentes com desmame precoce e cujas mães tenham recursos financeiros para adquirir. A prescrição de formulações lácteas caseiras é indicada para as famílias de baixo poder aquisitivo; nestes casos antecipa-se a oferta de frutas e refeição de sal para 2 e 4 meses, respectivamente. RESTRIÇÃO DO LEITE DE VACA No primeiro ano de vida nos casos em que a criança é alimentada ao seio. ALIMENTOS INIBIDORES Restringir alimentos que possuem substâncias inibidoras da absorção, junto às refeições de sal. ALIMENTOS FONTE DE FERRO Utilização de alimentos-fonte de ferro-heme (carnes) e ferro nào-heme (feijão, hortaliças folhosas) em duas refeições diárias a partir do início da alimentação complementar. VITAMINA C Associação de alimentos-fonte de vitamina C junto às refeições ricas em ferro-heme e não-heme. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 22 22 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com FUNÇÕES A vitamina A participa também da reprodução, do crescimento fetal, da função imune, da regulação da proliferação e diferenciação de muitas células e em muitos outros processos metabólicos igualmente importantes. DEFICIÊNCIA POR INFECÇÃO Certas infecções parecem favorecer o desenvolvimento da deficiência clínica de vitamina A, por meio de uma diminuição dos níveis de retinol circulante, principalmente em crianças. 23 DEFICIÊNCIA POR INGESTÃO INADEQUADA É potencializada por insuficiente consumo de gordura, levando a uma ineficiente absorção ou pela desnutrição energético-protéica, quando a proteína carreadora de retinol pode estar diminuída e insuficiente, prejudicando a biodisponibilidade da vitamina A para os tecidos. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Na deficiência de vitamina A, a integridade das barreiras epiteliais e o sistema imune são comprometidos antes das alterações da função do sistema visual. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com CARÊNCIA DE VITAMINA A A carência de vitamina A materna altera a concentração deste nutriente no colostro e leite materno, que são considerados fontes concentradas de vitamina A de alta biodisponibilidade. HEMODILUIÇÃO O aumento do volume de sangue materno ou hemodiluição é igualmente indicado pela literatura como outro fator contribuinte para a redução do retinol plasmático, particularmente no terceiro trimestre de gestação. RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO Mesmo tendo dimensões inferiores, os recém- nascidos pré-termo parecem apresentar baixos ní- veis de retinol e RBP e vitamina A, o que os torna mais vulneráveis às infecções, principalmente do trato respiratório e à displasia broncopulmonar.. 24 NECESSIDADES Os recém-nascidos tem necessidade nutricional de 400mcg de retinol diários destinados essencialmente para o crescimento. Ao longo do terceiro trimestre o feto cresce rapidamente e apresenta necessidades semelhantes às do recém- nascido a termo. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com A dieta pós-desmame é caracterizada pela introdução de alimentos pobres em vitamina A, o contribui para maior risco de hipovitaminose A em pré-escolares. DOENÇAS Doenças comuns nesse público, como infestações intestinais por parasitas e infecções intestinais,prejudicam a absorção intestinal de vitamina A, além de infecções respiratórias, tuberculose e sarampo, que aumentam a demanda metabólica de vitamina A. DESNUTRIÇÃO A desnutrição interfere no estoque, no transporte e na utilização de vitamina A. CRESCIMENTO O rápido crescimento que sofrem, com consequente aumento do requerimento de vitamina A é uma das razões que explica a vulnerabilidade desse grupo. 25ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Para diagnóstico populacional da deficiência de vitamina A propõe-se a utilização de, pelo menos, dois indicadores biológicos, ou um indicador biológico associado a, no mínimo, quatro fatores de risco. INDICADORES CLÍNICOS Sinais e sintomas clínicos oculares da deficiência de vitamina A e a xeroftalmia são considerados indicadores de maior fidedignidade no diagnóstico dessa deficiência. INDICADOR FUNCIONAL Na avaliação funcional in vestiga-se a presença de cegueira noturna ou dificuldade de adaptação de visão no escuro, através de questionamentos: “Dificuldade para enxergar durante o dia?” “Dificuldade para enxergar com pouca luz ou à noite?” “Tem cegueira noturna?”. INDICADORES DIETÉTICOS Têm sido aplicados em estudos epidemiológicos, mas não são muito precisos para avaliação individual se utilizados isoladamente. 26 INDICADORES BIOQUÍMICOS A dosagem de retinol sérico é o método bioquímico mais empregado para avaliar o estado nutricional de vitamina A e identificar populações em risco de deficiência de vitamina A. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com A OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A como uma das estratégias para o combate da deficiência de vitamina A, junta mente com a fortificação de alimentos e diversificação alimentar. DOSAGEM OFERTADA O referido programa prevê para as mulheres no pós-parto imediato a suplementação com dose única de 200.000 UI de vitamina A, ainda na maternidade, e para crianças com idade entre 6 e 4 anos e 11 meses de idade esta deve ser realizada de acordo com a idade a cada 6 meses. 27 OBJETIVO Tem finalidade de reduzir e controlar a deficiência de vitamina A em crianças de 6 a 4 anos e 11 meses de idade e mulheres no pós-parto imediato, residentes nas áreas consideradas de risco para a deficiência (Nordeste, Região Norte de Minas Gerais, Vale do Jequitinhonha, Vale do Murici e Vale do Ribeira, em São Paulo). ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 28 28 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Embora a carência de iodo seja grave em todas as idades, os efeitos da ingestão insuficiente durante a gravidez são trágicos para o desenvolvimento fetal. HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Estão aumentadas na gestação devido: aumento dos requerimentos de T4 para manter o metabolismo; maior transferência de T4 e iodo da mãe para o feto e aumento da perda urinária. CONSEQUÊNCIAS Problemas cerebrais e retardamento mental, podendo ocorrer ainda antes do nascimento, como consequência de uma deficiência de ingestão materna. ÁREAS POBRES Em áreas pobres em iodo, há taxa aumentada de abortos espontâneos, mortes neonatais e anormalidades congênitas, todas evitáveis por meio de um aporte suplementar do elemento durante a gravidez. 29ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com A deficiência de iodo é acompanhada de alterações transitórias da função tireoideana em recém-nascidos e crianças pequenas, com aumento do TSH. DEFICIÊNCIA NA INFÂNCIA Se caracteriza pela associação com o bócio, que aumenta com a idade, alcançando seu máximo valor na adolescência. A prevalência é maior em meninas e em crianças, em idade escolar. CRETINISMO Crianças com retardo mental, baixa estatura, mãos e pés caracteristicamente edematosos, surdo-mudez e sinais de afecção do trato piramidal em áreas com bócio endêmico. 30ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. HIPOTIREOIDISMO NEONATAL Causa bem conhecida de retardo mental, devido à inadequada concentração de tiroxina, que depende de iodo para o desenvolvimento cerebral. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Os indicadores para avaliar o grau de deficiência de iodo são três, na seguinte ordem de importância e utilidade: excreção urinária de iodo, prevalência de bócio e TSH neonatal. TSH NEONATAL Os valores séricos de TSH (hormônio estimulante da tireoide) indicam se os níveis dos hormônios da tireoide são adequados. O TSH é o indicador mais sensível de hipotireoidismo primário. PREVALÊNCIA DE BÓCIO 0 bócio é considerado como a manifestação mais comum. A palpação permite estimar a consistência da glândula tireoide e descobrir a presença de nódulos, os quais sugerem que a deficiência de iodo é de longa duração. 31 EXCREÇÃO URINÁRIA O iodo urinário reflete mais concretamente o nível de ingestão. Considerando que os requerimentos normais mínimos de iodo são de 100 mcg diários, os valores de iodúria menores de 100 mcg/L denotam deficiência. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 32 LEITE HUMANO A concentração de iodo é proporcional à ingestão dietética e normalmente maior que o nível sérico materno. Pode variar, em média, de 143 a 270 mcg/L se o consumo da mãe for baixo ou elevado, respectivamente. ALIMENTOS FONTE Quantidades significativas de iodo são encon- tradas nos frutos do mar, 10 a 100 vezes mais que em peixes de água doce; nos vegetais que crescem em solo rico em iodo, como os folhosos, especialmente o espinafre e o agrião. IODAÇÃO DO SAL A ANVISA, em resolução de 2003, reduziu os níveis de concentração de iodo no sal para consumo humano de 20 a 60 mg de iodo/kg de sal. IDADE RDA (mcg/dia) 0 – 6 m 110 7 – 12 m 130 12 m – 8 a 90 9 – 13 anos 120 >14 a 150 Gestação 220 Lactação 290 ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. COCÇÃO Reduz o teor de iodo nos alimentos. Em média, grelhar ou fritar reduz aproximadamente 20% e a fervura cerca de 58%. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 33 33 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com A placenta produz grande quantidade de estrogênio e progesterona, que são responsáveis pelos ajustes fisiológicos nas fases iniciais da gestação. DESENVOLVIMENTO Após a fecundação do óvulo, ele chega à cavidade uterina e se fixa no endométrio. Em resposta à implantação do ovo, iniciam-se os ajustes fisiológicos que vão permitir a evolução da gestação. Entre eles tem-se modificações no endométrio, que passa a ser de nominado decídua ou caduca, o qual dá origem à placenta. TRANSFERÊNCIA DE NUTRIENTES A placenta representa para o feto a única via pelo qual os nutrientes, oxigênio e resíduos metabólicos podem ser intercambiados, indispensáveis para seu desenvolvimento. FUNÇÕES Metabólica, endócrina, de trocas e proteção do concepto. No início da gestação, garante a nutrição do concepto, pois, a placenta sintetiza glicogênio, colesterol, ácidos graxos e, provavelmente, funciona como reservatório de nutrientes e de energia para o embrião. 34ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com São responsáveis pelas modificações corporais nas gestantes e que vão permitir o desenvolvimento e o amadurecimento fetal, o parto e a lactação. PROGESTERONA Indispensável para o êxito da implantação e da placentação. Reduz a motilidade do trato gastrintestinal; favorece a deposição materna de gordura; etc. HCG Permite o diagnóstico hormonal da gravidez. Impede a rejeição imunológica do embrião; estimulaa produção de relaxina e progesterona pelo ovário. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (HCT) Eleva a glicemia; estimula o crescimento dos ossos longos; promove a retenção de nitrogênio. 35ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. ESTROGÊNIO Reduz as proteínas séricas; aumenta propriedades hidroscópicas dos tecidos; afeta a função da tireoide; interfere no metabolismo do ácido fólico, causa hiperpigmentação cutânea, modificações no metabolismo glicídico; etc. TIREOXINA Regula a velocidade da oxidação celular (taxa metabólica basal). Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com METABOLISMO DE CHO Para atender às exigências fetais de glicose e aminoácidos, ocorre menor utilização periférica de glicose, associada com ineficácia da insulina devido à redução na sensibilidade tecidual materna à insulina. METABOLISMO DE LIPÍDEOS Há maior mobilização da gordura para produção de energia para o metabolismo materno, elevando os níveis de ácidos graxos, triglicerídios, colesterol, lipoproteínas, apolipoproteínas, lipídios totais e fosfolipídios METABOLISMO PROTEICO A hemodiluição provoca sua redução plasmática, principalmente albumina, facilitando o desenvolvimento de edema. 36 TMB Ocorre um aumento para suprir as necessidades fetais, para cobrir o consumo energético, na ordem de 15 a 20%, a partir do 3º mês, refletindo o custo energético da gestação e devido ao aumento das funções renal e cardíaca. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com As modificações ocorrem já no lº trimestre. O rendimento cardíaco (vol/min) sobe cerca de 30 a 40% por volta da 10 a 12 semana, em decorrência do aumento do volume sistólico. FLUXO SANGUÍNEO O fluxo renal aumenta cerca de 50% no 19 trimestre e diminui no último mês. O fluxo sanguíneo cerebral e o hepático se mantêm inalterados. EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO Visando à conservação do sódio, quando há o efeito natriurético da progesterona e o aumento da filtração glomerular em torno de 5096 na gestação, o sistema renina-angiotensina-aldosterona é ativado. VOLUME SANGUÍNEO Aumenta a partir da 6ª semana, atingindo o pico (45 a 50% acima dos valores não- gravídicos) no início do 3º trimestre. 37 PRESSÃO SANGUÍNEA Queda ligeira na pressão sistólica, na ordem de 3-4 mmHg e queda significativa na pressão diastólica, na ordem de 10 a 15 mmHg no 2º trimestre, retornando aos níveis pré-gravídicos no 3º trimestre. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com FLUXO URINÁRIO É mais retardado devido à obstrução mecânica dos ureteres pela dilatação das veias ovarianas, aumentando a predisposição às infecções urinárias. ALTERAÇÕES ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Ocorrem alterações anatômicas que melhoram o intercâmbio gasoso nos pulmões: maior movimentação do diafragma e do tórax, aumentando o volume corrente; a expiração é mais completa e maior quantidade de ar é expirada. VENTILAÇÃO PULMONAR Ocorre aumento em face do aumento dos níveis de progesterona, causando a redução da pCO2, tornando mais fácil a eliminação fetal através da placenta e aumento da pO2 no sangue materno, com melhor suprimento ao feto. 38 TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR Aumenta desde o 29 mês e do fluxo renal, para facilitar a depuração de creatina, uréia e de outros resíduos metabólicos. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com No 1º e 2º trimestres ocorre redução na secreção gástrica de ácidos, explicando a incidência reduzida de úlceras e melhora dos sintomas preexistentes. HIPOTONIA DO INTESTINO DELGADO Ocasiona maior tempo de contato entre nutrientes e mucosa absortiva, levando ao aumento da absorção de nutrientes e água. HIPOTONIA DO TGI Devido à ação da progesterona que, associada à com pressão das estruturas abdominais pelo útero gravídico, retarda o trânsito intestinal e, como consequência desse efeito, tem-se maior incidência de constipação intestinal e de hemorroidas. PTIALISMO Ptialismo ou sialorreia (produção excessiva de saliva). Causas possíveis: estímulo dos ramos do nervo trigêmeo; hipertonia vagai; fatores psíquicos; ingestão de amido. 39ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. SINTOMAS COMUNS Náuseas, enjoo e vômitos matinais (que podem estar relacionados com níveis sanguíneos crescentes de estrogênio) e que podem acarretar anorexia. São responsáveis pela perda de peso em gestantes no lº trimestre. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 40 40 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES PARA O ALEITAMENTO MATERNO Intenção de amamentar, experiências anteriores com a amamentação; tabus associados à amamentação. DOENÇA OBSTÉTRICA ATUAL Desvio de crescimento intrauterino, número de fetos, volume de líquido amniótico, ganho ponderai inadequado, trabalho de parto prematuro, etc. INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E ENFERMIDADES CRÔNICAS Cardiopatias, pneumopatias, nefropatias, endocrinopatias, hemopatias, hipertensão ar terial, epilepsia, doenças infecciosas, infecção pelo HIV, doenças autoimunes e ginecopatias). Fatores de risco: idade materna < 15 anos e > 35 anos, ocupação (esforço físico, carga horária, estresse, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, etc; Idade gestacional., idade materna, atividade profissional, pareceres da equipe de saúde; História reprodutiva anterior desfavorável: mor te perinatal explicada/inexplicada; recém-nasci do com crescimento intrauterino restrito, pré- termo ou malformado, etc. 41ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Avaliação detalhada do prontuário identificando: Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 42 PESO PRÉ-GESTACIONAL CONHECIDO Para gestantes adultas, deve-se calcular o IMC pré-gestacional, e consultar os pontos de corte no quadro: IDADE GESTACIONAL Para o cálculo, o arredondamento da semana gestacional pode ser feito da seguinte forma: 1,2,3 dias - considerar o número de semanas completas; 4,5,6 dias. GANHO DE PESO MÍNIMO Nas situações nas quais a gestante já tenha atingido o ganho de peso total recomendado, mas ainda se encontra no 22 trimestre, programar o ganho de peso mínimo (quantidade de peso mínima saudável que uma gestante deve ganhar até 40 semanas). ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. GANHO DE PESO Avaliar cuidadosamente ganho de peso > 0,5 kg/semana ou > 3 kg/mês, que, especialmente após a 20ê semana, é sugestivo de edema e SHG. IMC < 14 semanas > 14 semanas Total na gestação Ganho de peso mínimo (mês) Baixo Peso (BP) (< 18,5) 2,3kg 0,5kg 12,5- 18,0kg - Adequado (A) (18,5-24,99) 1,6kg 0,4kg 11,5- 16,0kg 1,0kg Sobrepeso (S) (25,0 - 29,99) 0,9kg 0,3kg 7,0- 11,5kg - Obesidade (O) (> 30,0) - 0,3kg 7,0kg 0,5kg *RECOMENDAÇÃO DE GANHO DE PESO POR IDADE GESTACIONAL SEGUNDO O ESTADO NUTRICIONAL Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 43 PESO PRÉ-GESTACIONAL DESCONHECIDO Na primeira consulta, calcular o IMC gestacional e realizar o diagnóstico nutricional utilizando o gráfico abaixo: AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Nas consultas subsequentes, pode ser realizada com base no ganho de peso recomendado (kg) na gestação, segundo o estado nutricional inicial ou acompanhando a evolução do curva de IMS segundo a IG. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Traçado ascendente: estado nutricional adequado. Traçado horizontal ou descendente: estado nutricional inadequado (gestante de risco). CURVA DE ALATAH Uma inclinação inadequada do traçado da curva deve ser avaliada cuidadosamente. Uma inclinação inadequada pode representar grande variação no ganho de peso materno. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com O peso pré-gestacionalou o ganho de peso gestacional adequados não assegura proteção contra anemia ou de deficiência de vitamina A (DVA). CARÊNCIA NUTRICIONAL Investigar a presença de sinais sugestivos de carências específicas de micronutrientes, as quais podem ocorrer independentemente cio estado antropométrico da gestante. CONFIRMAÇÃO DE DVA Proceder a avaliação dietética com ênfase na investigação do consumo de alimentos-fonte de vitamina A. Se necessário, solicitar a dosagem de retinol sérico materno. AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA DVA Pode-se adotar a entrevista padronizada para a investigação da cegueira noturna gestacional. Tal entrevista é valida da, segundo o indicador bioquímico. 44ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. SINAIS E SINTOMAS DIGESTIVOS Dependendo da gravidade do quadro, podem interferir na ingestão dos alimentos e, consequentemente, no ganho de peso gestacional. Além disso, avaliar o funcionamento intestinal, presença de enfermidades crônicas e/ou intercorrênicas gestacionais associadas. Dificuldade para enxergar durante o dia? Dificuldade para enxergar com pouca luz ou à noite? Tem cegueira noturna? Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 45 Curva de crescimento com traçado evoluindo entre as curvas superior e inferior: crescimento normal. OBJETIVO Identificar o crescimento normal do feto e detectar seus desvios; diagnosticar as causas do desvio de crescimento fetal encontrado e orientar oportunamente para as condutas adequadas a cada caso. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. INSTRUMENTO Gráfico com o indicador da altura uterina em relação à idade gestacional em semanas, onde os pontos de corte para normalidade são percentil 10 e 90. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 46 46 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com GE = TMB x NAF onde: TMB -Taxa Metabólica Basal NAF - Nível de Atividade Física VALOR ENERGÉTICO TOTAL Gasto energético (GE) + adicional energético de gestação. GASTO ENERGÉTICO ADICIONAL Calcular o VET da gestante, somando-se o Gasto Energético (GE) com o adicional requerido para o ganho de peso gestacional. TMB SEGUNDO A IDADE 18 a 30 anos: TMB (kcal/dia) = 14,818P (kg) + 486,6 30 a 60 anos: TMB (kcal/dia) = 8,126P (kg) + 845,6 47 *P corresponde ao peso em kg, sendo sugerida a adoção do peso ideal; *Se a gestante apresenta IMC pré-gestacional normal, pode-se usar o peso aceitável ou o calculado a partir da mediana de IMC (21 kg/m2) ou, ainda, o peso pré-gestacional. VET = GE + adicional energético gestacional ADICIONAL ENERGÉTICO 1º Trimestre (IG < 14 semanas): 85 kcal/dia. 2º Trimestre (IG > 14 a < 28 semanas): 285 kcal/dia. 3º Trimestre (IG > 28 semanas): 475 kcal/dia. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com PROTEÍNAS Pode-se adotar a relação de1g/kg/dia calculado sobre o peso pré-gestacional ou ideal e acrescentar o adicional recomendado para cada período gestacional, sendo 1 g, 9 g e 31 g/dia para o primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente. Ou, utilizar 71g/dia, baseado nas recomendações da IOM. OUTROS MACRONUTRIENTES Carboidratos: 55 a 75% do VET Açúcar de adição: 10% do VET Proteínas: 10 a 15% do VET Lipídios: 15 a 30% do VET Fibras: 25 g/dia e Água: 3 L/dia. GESTAÇÃO GEMELAR Dois fetos exige um adicional proteico de 50 g/dia a partir da 20º semana gestacional e um adicional energético de 1.000 kcal/dia, além das recomendações previstas para as mulheres de gestação de feto único. 48ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com VITAMINA C Atua, também, na redução do ferro férrico a ferroso no trato gastrintestinal, facilitando sua absorção, contribuindo para a prevenção e tratamento da anemia. VITAMINA A Tem papel de destaque na visão, reprodução, no desenvolvimento fetal, na função imune, na regulação da proliferação e diferenciação celular, na manutenção do tecido esquelético, formação de esperma, etc. 49 FOLATO Atua como coenzima em reações de metilação envolvidas na síntese de purinas e pirimidinas, síntese de ácidos nucleicos DNA e RNA, sendo vital para a divisão celular e síntese proteica. 14 a 18 anos – 750mcg/dia 19 a 30 anos – 770 mcg/dia 31 a 50 anos – 770 mcg/dia ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. < 18 anos – 80mg/dia 19 a 50 anos – 85mg/dia 14 a 50 anos – 600mcg/dia VITAMINA D Essencial para o equilíbrio, do çálçip.e.do .fósforo, atravessando a barreira placentária, atingindo as mesmas concentrações, tanto no sangue fetal quanto no sangue periférico materno. <18 a 50 anos – 5mcg/dia Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com TIAMINA A deficiência de tiamina pode prejudicar o desenvolvimento cerebral. Devido às suas funções essenciais no sistema nervoso é conhecida como vitamina antineurítica. VITAMINA E A deficiência de vitamina E pode causar anemia hemolítica em prematuros, anormalidades neuromusculares e falhas na reprodução. 50 RIBOFLAVINA Devido ao seu envolvimento no metabolismo energético, a riboflavina é importante e necessária durante a gesta- ção em quantidades proporcionais ao aumento dos requerimentos energéticos. < 18 anos – 15 a-tocoferol - mg/dia 19 a 50 anos – 15 a-tocoferol - mg/dia ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 14 a 50 anos – 1,4mg/dia 14 a 50 anos – 1,4mg/dia VITAMINA B6 Exerce um papel fundamental no desenvolvimento do sistema nervoso central. 14 a 50 anos – 1,6mg/dia Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com FERRO Durante a gestação, as mulheres necessitam de Fe para repor suas perdas basais, para a expansão da massa eritrocitária, além de suprir as necessidades para o crescimento do feto e da placenta CÁLCIO Sua deficiência pode afetar o resultado gestacional, com prejuízo no crescimento e desenvolvimento fetal, alteração na permeabilidade da membrana e excitabilidade. 51 FÓSFORO A ocorrência de cãibras durante a gestação tem sido relacionada com um declínio do Ca sérico de corrente do desequilíbrio da relação Ca/P. 14 a 18 anos – 1300mg/dia 19 a 50 anos – 199mg/dia ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. < 18 anos – .250 19 a 50 anos – 700 IODO A deficiência fetal de I é o resultado da deficiência materna, associando-se a maior incidência de natimortos, abortos espontâneos e anormalidades congênitas. 14 a 50 anos – 220mg/dia 14 a 50 anos – 27 mg/dia Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com COBRE Descobriu-se que a gravidez melhora a retenção de Cu em aproximadamente 4%, o que seria suficiente para o acúmulo de Cu necessário para o feto e seus anexos. ZINCO O Zn é um importante nutriente em gestantes devido ao seu papel fundamental no crescimento e desenvolvimento normais e na integridade celular. 52 MAGNÉSIO Em estudos experimentais a deficiência e o excesso deste mineral tem sido associado à malformação fetal. 14 a 18 anos – 12mg/dia 19 a 50 anos – 11 mg/dia ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. < 18 anos – 400mg/dia 19 a 30 anos – 350mg/dia 31 a 50 anos – 360mg/dia SELÊNIO Componente da enzima glutationa peroxidase e, juntamente com a vitamina E, catalase e superóxido dismutase, compõe um dos mais eficazes sistemas naturais antioxidantes do organismo <18 a 50 anos – 60mcg/dia 14 a 50 anos – 1000 mcg/dia Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 53 53 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com ESTADO NUTRICIONAL O peso pré-gestacional e a estatura materna influenciam o peso ao nascer, sendo essa relação observada entre gestantes adolescentes e adultas. CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS Entre as características socioeconômicas mais associadas ao BPN entre gestantes, incluindo as adolescentes,destacam-se: raça (mulheres não-brancas), estado civil (solteiras), baixo nível socioeconômico e baixa escolaridade. CONSUMO ALIMENTAR Adolescentes que engravidam podem apresentar risco nutricional devido a seus hábitos alimentares insatisfatórios ou por ingestão alimentar inadequada. O desenvolvimento de hábitos nutricionais saudáveis no período gestacional poderá melhorar os resultados obstétricos 54 IDADE MATERNA A gestação entre adolescentes tem sido associada ao resultado neonatal desfavorável, principalmente BPN e mortalidade neonatal. Os recém-nascidos de mães adolescentes têm o dobro de probabilidade de BPN. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 55 PESO PRÉ-GESTACIONAL CONHECIDO Calcular o IMC pré-gestacional, consultar os pontos de corte específicos segundo a idade materna (em anos e meses), de acordo com as curvas da OMS e classificá-lo segundo o quadro abaixo: IDADE GESTACIONAL Calcular a idade gestacional com os mesmos procedimentos descritos para a gestante adulta. ESTATURA Para as adolescentes que engravidaram menos de 2 anos após a menarca, é provável que a maioria destas sejam classificadas como de BP. Estas devem ter a estatura mensurada em todas as consultas. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. MENARCA Para as adolescentes que engravidaram 2 anos após a menarca (em geral maiores de 15 anos de idade), a interpretação pode ser equivalente à das adultas. Percentil Escore-z Diagnóstico Nutricional <3 < - 2 Baixo peso (BP) > 3 e < 85 > - 2 e < + 1 Adequado ou Eutrófico (A) > 85 e < 97 > + 1 e < + 2 Sobrepeso (S) > 97 > + 2 Obesidade (O) Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com PICAMALÁCIA Uma desordem no apetite, que se manifesta pela ingestão compulsiva e persistente de substâncias geralmente não-alimentares, de condimentos raros ou combinações alimentares atípicas. PRÁTICAS ALIMENTARES Investigar modificações alimentares (inclusão/exclusão); hábitos alimentares não saudáveis, alergia e/ou intolerância alimentar e interpretações sociais, culturais e, simbólicas. INGESTÃO DE ALIMENTOS NÃO RECOMENDADOS Avaliar cuidadosamente o uso de alimentos diet, light ou uso de dietas da moda, uso excessivo de refrigerantes, bebidas alcoólicas, infusões em geral (café, chá e mate), alimentos ricos em lipídios, pastelarias, chocolates e doces. 56 MÉTODOS Os métodos de avaliação de consumo mais utilizados são o recordatório de 24 h e a frequência de consumo. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. QUALIDADE DAS REFEIÇÕES Essa avaliação deve ser detalhada, com atenção para o número de refeições, especial atenção à omissão de refeições e grupos de alimentos. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Esclarecer à adolescente os benefícios da alimentação equilibrada para atender às necessidades materno fetais e contribuir para a lactação. Inclusão de boas fontes de vitamina C em refeições contendo quantidades mais expressivas de ferro de origem vegetal (almoço e jantar). Dar ênfase à seleção de alimentos ricos em micronutrientes. Desencorajar o consumo regular de fastfoods e lanches rápidos, principalmente em substituição às grandes refeições. Estimular o aleitamento materno. Dar orientação sobre técnicas de aleitamento e vantagens do leite materno para o recém- nascido e lactente. Inclusão da gestante adolescente em grupos para assistência multiprofissional. Desencorajar o consumo de “calorias vazias” como doces, refrigerantes e bebidas alcoólicas. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 57Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 58Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 59 DEFINIÇÃO Hipertensão de qualquer etiologia (nível da pressão arterial maior ou igual a 140/90 mmHg) presente antes da gravidez ou diagnosticada até a 20ª semana da gestação. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. RISCOS Gestantes hipertensas crônicas têm maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia ou eclampsia. Mulheres com estágio 1 de hipertensão arterial tem baixo risco de complicações cardiovasculares durante a gestação e são candidatas a modificação do estilo de vida como estratégia terapêutica Classificação PAS (mmHg) PAD(mmHg) Normal < 120 < 80 Pré-Hipertensão 120-139 80 - 89 Estágio I 140 - 159 90 - 99 Estágio II > 160 > 100 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com ECLÂMPSIA Caracteriza-se pela presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas em mulheres com qualquer quadro hipertensivo, não causadas por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva. Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato. FATORES DE RISCO DA PRÉ-ECLÂMPSIA Mulheres com hipertensão arterial pregressa, por mais de 4 anos, têm aumento do risco de desenvolver PE em cerca de 25%. Outro fator de risco é história familiar de PE e de doença renal. FATOR DE RISCO DA ECLÂMPSIA Em gestante com quadro convulsivo, o primeiro diagnóstico a ser considerado deve ser a Eclâmpsia. 60 PRÉ-ECLÂMPSIA Geralmente ocorre após a 20ª semana de gestação, classicamente pelo desenvolvimento gradual de hipertensão (> 140/90 mmHg) e proteinúria (300 mg/24 h). Pode evoluir para Eclâmpsia. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES Descolamento prematuro de placenta, insuficiência renal, coagulopatia grave, choque e alterações neurológicas. SINAIS DE EXTREMA GRAVIDADE Insuficiência cardíaca congestiva, hepatomegalia dolorosa, icterícia, cianose, diurese inferior a 500 mL/24h. O valor mais alto da pressão sistólica ou da diastólica estabelece o estágio do quadro hipertensivo. Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação de estágio. 61 DEFINIÇÃO Quadro clínico que surge como agravamento da PE, caracterizado por hemólise, elevação das enzimas hepáticas (ALT ou TGP, AST ou TGO) e plaquetopenia (contagem de plaquetas < 100.000 mm3). ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com HIPERTENSÃO GESTACIONAL Desenvolvimento de hipertensão sem proteinúria que ocorre após 20 semanas de gestação. O diagnóstico é temporário e pode representar hipertensão crônica recorrente nessa fase da gravidez. Pode evoluir para PE e, se grave, levar a altos índices de prematuridade e restrição do crescimento fetal. HIPERTENSÃO TRANSITÓRIA De diagnóstico retrospectivo, a pressão arterial volta ao normal cerca de 12 semanas após o parto. Pode ocorrer nas gestações subsequentes e prediz hipertensão arterial primária futura. HIPERTENSÃO CRÔNICA COM PE ASSOCIADA Surgimento de PE em mulheres com hipertensão crônica ou doença renal. Nessas gestantes, essa condição agrava-se e a proteinúria surge ou piora após a 20ª semana de gravidez. 62ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com ECLÂMPSIA Dependendo do grau de consciência, pode-se recomendar sonda nasogástrica ou nasojejunal. Seguir a conduta da PE estágio 2. PE, HIPERTENSÃO GESTACIONAL OU CRÔNICA - ESTÁGIO 2 Dieta normossódica, hiperproteica, adequada em vitaminas e minerais, duas a 3 porções de peixe/semana. Pode ser adotada a dieta hipossódica, com no máximo 2 a 3 g/dia de NaCl de adição. 63 PE, HIPERTENSÃO GESTACIONAL OU CRÔNICA - ESTÁGIO 1 Dieta normossódica (até 6 g/dia); evitando os alimentos ricos em sódio, hiperproteica, adequada em vitaminas. Preferir frutas, verduras e legumes, cereais integrais, leguminosas, leite e derivados desnatados, quantidade reduzida de gorduras saturadas, trans e colesterol. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. SÍNDROME DE HELLP Emlinhas gerais, pode-se adotar a conduta similar à indicada na PE estágio 2 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 64Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com ESTROGÊNIO E PROGESTERONA Afetam o metabolismo glicídico materno. O estrogênio age como antagônico da insulina. A progesterona diminui a eficácia da insulina nos tecidos periféricos inibindo sua secreção. CORTISOL A concentração plasmática é aumentada na gestação. Estimula gliconeogênese a partir da proteó-lise tecidual. Antagonista da ação da insulina no músculo e no tecido adiposo. 65 HORMÔNIO LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO (HPL) Importante para o crescimento fetal e placentário, apresenta semelhança biológica e imunológica com o hormônio do crescimento. Ajuda na transferência de aminoácidos e glicose para o feto. Ação anabólica, glicogênica, lipolítico-materno e promove a glicogenólise hepática materna ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. INSULINA A secreção materna é aumentada no período pós-prandial e diminuída no jejum. Sofre ação dos hormônios da gestação, diminuindo sua eficácia Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 0 rastreamento do DG, segundo o Ministério da Saúde, deve ser universal, ou seja, deve ocorrer entre todas as gestantes na primeira consulta da assistência pré-natal. TESTES LABORATORIAIS Glicemia de jejum (níveis de glicose sanguínea após jejum de 8 a 12 h). Teste oral de tolerância à glicose, glicemia casual (realizada a qualquer hora do dia, independente do horário das refeições). 66 EXAMES COMPLEMENTARES Glicemia de jejum e hemoglobina glicada; colesterol total e HDL-C e triglicerídios; creatinina sérica e clearence de creatinina; TSH; sumário de urina e urocultura; roteinúria de 24 h ou microalbuminúria; fundoscopia; ECG; ultrassonografia obstétrica. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Classificação Glicemia de jejum (mg/dl) Glicemia 2h após TTG-75g (mg/dl) Normal < 110 < 140 Regulação glicêmica alterada 110 - 125 140 - 199 Diabetes melito > 126 > 200 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com OBJETIVOS Manter a normoglicemia, favorecendo o nascimento de concepto a termo, vivo, com peso adequado, com menor risco de distúrbios respiratórios e malformações congênitas. 67ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL É primeiro passo da terapia nutricional, devendo incluir: avaliação antropométrica, dietética, clínica, funcional, sociodemográfica e obstétrica, bioquímica e dos exames laboratoriais. INSULINOTERAPIA Indicada para as diabéticas que já faziam uso e iniciada em diabéticas tipo 2 que faziam uso prévio de hipoglicemiantes, ou nos casos de DG nos quais não se obtêm o controle glicêmico, após 2 semanas de dieta e para os casos de macrossomia fetal. RECOMENDAÇÕES Manter o adequado controle metabólico por meio da terapia nutricional, aumento da atividade física, suspensão do fumo, a insulinoterapia para alguns casos. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com As gestantes devem ser orientadas quando à importância do fracionamento correto das refeições, para a prevenção de episódios de hiper/hipoglicemia. PROTEÍNAS Recomenda-se 15 – 20% do VET e adicional diário para o período gestacional de 10 g ou ingestão total recomendada de 71 g/dia. GESTANTES OBESAS É sugerida uma restrição energéti- ca na ordem de 30% (cerca de 25 kcal/kg/peso atual/dia), que pode contribuir para a redução da hiperglicemia e dos níveis de triglicerídios plasmáticos. 68ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. LIPÍDEOS Recomenda-se 20 – 35% do VET, com < 7% de gordura saturada, colesterol < 200mg/dia. Desestimular a ingestão de ácidos graxos trans e estimular o consumo de 2-3 porções de peixe por semana. CARBOIDRATOS Recomenda-se 45 – 65% do VET. Mínimo de 175 g de carboidratos. Fibras solúveis e insolúveis devem ser de 20 a 35g/dia, ou 14 g/1.000 kcal. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 69Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com VIRAIS Carga virai elevada, genótipo e fenótipo viral (diversidade circulante e resistência viral). MATERNOS Estado clínico e imunológico comprometido, presença de outras DST e outras coinfecções, estado nutricional deficiente. INERENTES AO RECÉM-NASCIDO Prematuridade, baixo peso ao nascer e tempo de exposição ao aleitamento materno. OBSTÉTRICOS Trabalho de parto prolongado e tempo de ruptura das membranas amnióticas (bolsa rota por mais de 4 h aumenta a taxa de transmissão vertical progressivamente: cerca de 2% a cada hora, até 24 h), via de parto, presença de hemorragia intraparto e parto instrumentalizado 70 COMPORTAMENTAIS Reinfecção por reexposiçào sexual ou compartilhamento de seringas. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com DIAGNÓSTICO É recomendada a realização de teste anti-HlV, com aconselhamento pré e pós testes e com consentimento, para todas as gestantes na primeira onsulta e, sempre que possível, a repetição da sorologia no início do 3º trimestre. 71ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. TRATAMENTO ANTIRETROVIRAL A transmissão vertical do HIV é muito baixa quando se utilizam esquemas antirretrovirais potentes que reduzem a carga virai materna. A profilaxia com antirretrovirais deverá ser iniciada a partir da 14ª semana de gestação PREVENÇÃO NO PARTO Quando a carga viral for > 1.000 cópias/mL ou desconhecida e idade gestacional > 34 semanas, a via de parto indicada é a cirurgia cesariana eletiva. O AZT deverá ser administrado por via intrave- nosa durante o trabalho de parto e parto. RELACIONADA AO RECÉM-NASCIDO 0 AZT deverá ser administrado, em solução oral (10 mg/mL, 2 mg/kg), a cada 6 h, iniciando nas primeiras 2 h após o nascimento, até a 6ª semana de vida do bebê (42 dias). Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com PRESENÇA DE INFECÇÕES O principal objetivo é minimizar as consequências nutricionais das infecções, assegurando um consumo dietético adequado na fase aguda e na fase de recuperação, mantendo atividade física. 72 GESTANTES ASSINTOMÁTICAS Deve ser dado ênfase à necessidade de se manter saudável, melhorando os hábitos alimentares e a qualidade nutricional da dieta, favorecendo um ganho de peso adequando. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Gestante não-infectada ou fase da infecção por HIV Energia adicional devido HIV (kcal) Gestante não-infectada - Gestante HIV + assintomática 190 (10%) Gestante HIV + sintomática inicial 380 (20%) Gestante HIV + sintomática 570 (30%) DOENÇA AVANÇADA O principal objetivo é dar conforto e cuidado paliativo, com modificação da dieta de acordo com sintomas e incentivando a mulher a alimentar-se. Recomenda-se um aumento de 10% nos requerimentos de energia, devido ao aumento na TMB a fim de manter peso corporal e atividade física. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com CÁLCIO Para atender a suplementação de cálcio, recomenda-se o consumo diário de 3 porções de leite ou derivados. FERRO Deve-se estimular ingestão de alimentos ricos em ferro-heme, ferro não-heme e vitamina C. Deve-se realizar suplementação com 60 mg de ferro (300 mg sul fato ferroso) após a 20ª semana de gestação. OUTRAS VITAMINAS Aumentar o consumo de vitamina E, ácido ascórbico, vitamina B12 e vitamina B6 a fim de melhorar o sistema imunológico. VITAMINA A Não deve exceder a ingestão dietética recomendada. Alguns estudos mostraram que a suplementação de vitamina A não só não reduziu a transmissão vertical, como chegou a aumentá-la. 73 MINERAIS Deve-se considerar reposição de sódio, potássio e cloro na presença de diarreia e vômitos. ACCIOLY; SANUDERS;LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 74Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com IMC (Kg/𝒎𝟐) META PERDA DE PESO RECOMENDADA <18,5 Alcance de um IMC saudável - 18,5 – 24,9 Manutenção do peso dentro da faixa de eutrofia - 25 – 29,9 Perda de peso ate atingir IMC dentro da eutrofia 0,5 a 1Kg/mes >30 Perda de peso ate atingir IMC dentro da eutrofia 0,5 a 2Kg/mes ENERGIA PARA PRODUÇÃO LÁCTEA Primeiro semestre de lactação: 675 kcal/dia. Segundo semestre de lactação: 460 kcal/dia. Perda considerada rápida e indesejada: >2kg/mês (para nutrizes com peso pré-gestacional normal) >3kg/mês (para nutrizes com Sobrepeso ou Obesidade pré-gestacional) NECESSIDADES ENERGÉTICAS VET = GE (TMB x NAF) + adicional energético para lactação (675 ou 460Kcal) – energia para perda de peso (109 ou 217 ou 434Kcal). PARA ADOLESCENTES ACRESCENTAR FATOR DE CRESCIMENTO (1,01). ENERGIA PARA PERDA DE PESO Redução de 6.500 Kcal/Kg = perda de 0,5Kg/mês = 109 Kcal/dia perda de 1Kg/mês = 217 Kcal/dia perda de 2 Kg/mês = 434 Kcal/dia VET = {(TMB x NAF) x 1,01} + adicional energético para lactação – energia para perda de peso. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 75Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 76 CONSUMO SEGURO DE PROTEÍNA NA LACTAÇÃO O consumo seguro de proteína (definido como o nível de consumo suficiente para 97,5% da população) que deverá ser adicionado durante a lactação é apresentado no quadro ao lado: Período da lactação Consumo adicional de proteína 1º semestre 19,0g/dia 2º semestre 12,5g/dia Em indivíduos adultos, o requerimento de proteína foi calculado em 0,66 g/kg/dia de peso e o consumo seguro em 0,83 g/kg/dia. Aplicando-se a correção para a digestibilidade de dietas mistas brasileiras (78%), se obtém um consumo seguro corrigido de 1,1 g/kg/dia. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 77 VITAMINA A Nutrizes devem aumentar o consumo de vitamina A para còmpensar as perdas pelo aleitamento materno. A ingestão de 1.300mcgRE de vitamina A garante um teor desta vitamina de 60 a 70 mcgRE/dL de leite humano. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. VITAMINA K É requerida para proteger o lactente de hemorragias nos primeiros dias de vida. Mas, o leite materno, mesmo com ingestão materna adequada, não satisfaz, as necessidades. FOLATO Por ser frequente a deficiência de folato durante a gestação, muitas mulheres já iniciam a lactação com as reservas esgotadas. 14 a 18 anos – 1200mcg/dia 19 a 50 anos – 1300 mcg/dia 14 a 18 anos – 75mcg/dia 19 a 50 anos – 90 mcg/dia 14 a 50 anos – 500mcg/dia VITAMINA C O leite humano contém 5 a 6 mg/dL de vitamina C, valores que podem estar mais elevados com o aumento da ingestão materna. < 18 anos – 115mg/dia 19 a 50 anos – 120mg/dia Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 78 RIBOFLAVINA Cerca de 0,34 mg deve ser transferida para o leite humano por dia e em torno de 75% do adicional dietético é usado para a produção de leite. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. VITAMINA B6 Muitas mulheres que usam contraceptivos orais por longo tempo apresentam menor teor desta vitamina no leite humano, possivelmente devido à ação do estrogênio. VITAMINA B12 A concentração de vitamina B12 no leite de mulheres com dieta mista varia de 0,03 a 0,32 mcg/dL. 14 a 50 anos – 1,6 mg/dia 14 a 50 anos – 2 mg/dia 14 a 50 anos – 2,8mg/dia CÁLCIO O cálcio necessário durante a lactação é obtido pelo aumento no consumo dietético, redução de excreção renal e maior reabsorção óssea. 14 a 18 anos – 1300mg/dia 19 a 50 anos – 1000mg/dia Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Aumentar consumo de fluidos, que poderá ser regulado pelo aumento da sede. A recomendação de ingestão líquida total por dia é de 3,8 L/dia, onde cerca de 3,1 L deverão ser de água e outras bebidas. Recomendar a prática de caminhada 30 minutos ao dia, iniciando com 10 minutos ao dia para indivíduos sedentários. O baixo consumo de leite e derivados deve ser compensado por outras fontes de cálcio. O consumo excessivo de cafeína pode reduzir o teor de ferro do leite humano. evitar, portanto, consumo superior a 2 xícaras/dia. Evitar consumo energético inferior a 1.800 kcal/dia a fim de prevenir deficiências nutricionais. Mulheres vegetarianas devem receber suplementação de vitamina B12. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 79Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 80Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 81ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. A consulta de nutrição pediátrica compõe-se, essencialmente, de três fases. A primeira fase, de caráter exploratório, a segunda fase caracteriza-se pela impressão diagnóstica e a terceira caracteriza-se pela conduta nutricional. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Verificar peso e altura para acompanhamento do crescimento através das curvas da OMS (2006). AVALIAÇÃO DAS CURVAS Linha ASCENDENTE, da esquerda para a direita, significa que a criança ganhou peso. Se a linha se apresenta HORIZONTALIZADA, não houve ganho ponderal e se está DESCENDENTE, indica que houve perda de peso. Queixa principal Evolução em relação a última consulta DADOS SOCIOECONÔMICOS Renda familiar, escolaridade, condições de moradia e relacionadas ao trabalho materno. Função intestinal Alimentação Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 82ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. EXAME FÍSICO Crianças com déficit de crescimento e/ou história alimentar inadequada devem ser investigadas quanto a sinais clínicos de deficiências nutricionais em cabelo, olhos, boca, pele e unhas. EXAMES BIOQUÍMICOS Investigar resultados de exames de rotina (sangue, fezes), com ênfase na detecção e acompanhamento de anemia, sobretudo em menores de 2 anos de idade dados complementares fundamentais. MEDICAMENTOS Investigar o uso de medicamentos, especialmente suplementos vitamínico-minerais. DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA O desenvolvimento refere-se à aquisição de habilidades e funções, por meio da observação da presença ou da ausência de determinadas condutas e capacidades segundo a idade da criança. Através do gráfico abaixo. Estudo de Desenvolvimento Motor - OMS/2006 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 83 IMPRESSÃO DIAGNÓSTICA Apreciação da condição nutricional antropométrica, dietética e bioquímica e das principais intercorrências ou situações julgadas de relevância. A impressão deverá ser coerente com a conduta nutricional a ser estabelecida. CONDUTA NUTRICIONAL Deve ser registrada objetivamente e de forma esclarecedora, para fins de reavaliação nas consultas subsequentes. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Em casos de cálculo de dieta, deve ser descrito o teor energético, fórmulas utilizadas e ingredientes de fórmulas caseiras prescritas. Também devem ser indicadas as correções dos erros e transgressões dietéticas identificados no relato da história alimentar. Condutas específicas às intercorrências ou situações relevantes encontradas (encaminhamento a outros profissionais, ao setor de vacinação, entre outros). Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Todas as informações coletadas, a impressão e condutas nutricionais devem ser registradas em prontuário, de maneira clara e objetiva. A Caderneta de Saúde da Criança deve ser adequadamente preenchida, pois constitui um prontuário resumido no qual constam os dados de: A atenção à saúde infantil pressupõe ações/intervenções como o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, o incentivo à amamentação e promoção da alimentação saudável.Essas ações contribuem para o alcance do potencial genético e o bem-estar físico e emocional necessário à formação de uma geração saudável, produtiva e feliz. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 84 Identificação e do nascimento da criança, história da gravidez, parto e puerpério, odontograma, histórico de intercorrências e tratamentos realizados, calendário vacinai, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 85Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 86ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Durante os primeiros meses de vida o peso e comprimento aumentam progressivamente quan- do, ao final do primeiro ano de vida, o lactente apresenta seu peso triplicado e aumento de 1,5 vezes no seu comprimento. PESO A taxa de ganho de peso é maior nos primeiros 2 meses de vida sendo, em média, de 33 g/dia para meninos e de 28 g/dia para as meninas. COMPRIMENTO O aumento no comprimento de recém-nascidos é, em média, de 1 mm/dia durante os dois primeiros meses e de 0,4 mm/dia até 1 ano de idade. COMPOSIÇÃO CORPORAL Mudanças correspondentes na composi- ção corporal incluem um aumento de 8 a 9% de gordura, até 1 ano de idade, e o dobro de aumento na massa magra. As diferenças de sexo se acentuam, em média, aos 5 anos de idade, quando o percentual de gordura é maior nas meninas (16,7%), quando comparado com os meninos (14,6%). Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 87ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Na avaliação antropométrica de crianças as medidas mais utilizadas são o peso, a estatura (comprimento para menores de 24 meses) e a circunferência do braço. PESO Para a aferição do peso entre crianças são utilizados dois tipos de balança: balança pediátrica (crianças <2 anos) e balança plataforma (>2 anos). ESTATURA A aferição da estatura/comprimento pode ser realizada de duas formas: Para recém-nascidos recomenda-se a pesagem da criança totalmente despida. Entre crianças <2 anos, o comprimento é aferido por meio do antropômetro horizontal. Entre crianças >2 anos, utilizam- se estadiômetros ou, então, uma fita métrica fixa na parede. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 88 Os procedimentos técnicos para tomada das medidas antropométricas são apresentados, passo a passo, no Manual de Vigilância Alimentar e Nutricional. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Atualmente, para a classificação do estado nutricional infantil, são adotados pelo Ministério da Saúde os critérios baseados nos índices P/I, P/E, 1MC/I e E/I. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com ESTATURA PARA IDADE (E/I) Esse índice reflete o crescimento linear alcança do para uma idade específica e seus déficits indicam inadequações acumuladas de longa duração. 89ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. PESO PARA IDADE (P/I) Reflete o peso em relação à idade cronológica da criança. Esse índice é influenciado, tanto pela estatura, quanto pelo peso. PESO PARA ESTATURA (P/E) Esse índice reflete a harmonia do crescimento e não requer o uso da idade. No entanto, não substitui nenhum outro indicador, mesmo apresentando determinantes comuns. IMC PARA A IDADE (IMC/I) O IMC tem sido relativamente pouco emprega do na avaliação nutricional de crianças abaixo de 10 anos de idade, embora o seu uso ajustado para a idade seja uma opção válida e recomendada pela OMS para crianças e jovens entre 5 e 19 anos de idade. É considerado um indicador para a obesidade, uma vez que a maioria das crianças com valores elevados deste índice é verdadeiramente obesa. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 90Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 91ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. A aceleração da velocidade de crescimento é marcante na adolescência e se associa a um conjunto de modificações biológicas características da adolescência, a puberdade. Aceleração e posterior desaceleração do crescimento (estirão da puberdade) INICIO DA PUBERDADE O início da puberdade pode ser caracterizado pelo aumento dos testículos, nos meninos (em torno dos 11 a 14 anos de idade); desenvolvimento do broto mamário, no sexo feminino (em torno dos 9 a 13 anos de idade). Desenvolvimento das gônadas (testículos e ovários). Surgimento de caracteres sexuais secundários (pelos, mamas). Mudanças na composição corporal. Desenvolvimento dos sistemas respiratório e circulatório.. A idade de início e a duração dos eventos descritos variam entre os jovens sadios, particularmente influenciados por fatores genéticos.. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 92ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Pontos de corte de IMC/idade Diagnóstico nutricional Percentil Escore-z <0,1 <-3 Muito baixo IMC/idade >0,1 e < 3 > -3 e < -2 Baixo IMC/idade >3 e < 15 > -2 e < -1 Vigilância baixo IMC/idade > 15 e <85 > -1 e < +1 IMC adequad/idade >85 e < 97 > +1 e < +2 Vigilância IMC elevado/ idade > 97 e < 99,9 > + 2 e < +3 Excesso de peso > 99,9 > +3 1º PASSO Aferir o peso e a estatura do adolescente, usando as técnicas adequadas. 2º PASSO Realizar o cálculo do IMC (peso/estatura²) por meio de cálculo direto ou da utilização de discos e nomogramas. 3º PASSO Avaliar o valor do IMC encontrado, comparando com os valores na tabela de IMC/idade por sexo. 4º PASSO Avaliação de outros indicadores antropométricos, como estatura/idade e do estágio de maturação sexual.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 93ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Pontos de corte de estatura/idade Diagnóstico nutricional Percentil Escore-z < 0,1 < -3 Muito baixa estatura/idade > 0,1 e < 3 > -3 e < -2 Baixa estatura/idade > 3 > -2 Estatura adequada/idade AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DE MATURAÇÃO SEXUAL É realizada por meio do exame clínico direto, ou apresentando as pranchas ao jovem durante a consulta para que ele próprio se classifique no estágio de Tanner. OUTROS INDICADORES O uso de outros indicadores pode ser útil para melhor avaliação da gordura corporal (obesidade), tais como os perímetros braquial e da cintura e as pregas cutâneas. A maturação sexual está relacionada com o desenvolvimento muscular e o aumento do peso, da estatura e dos depósitos de gordura em meninas.. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 94Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 95ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. ENERGIA VET (kcal): peso (kg) x recomendação de energia (kcal/kg/dia). PROTEÍNAS O cálculo de ingestão proteica obtém-se como produto do peso expresso em quilogramas (kg) e a recomendação de proteínas por unidade de peso, segundo faixa etária. Ingestão proteica (g): peso (kg) x recomendação de proteínas (g/kg/dia) Idade (anos) Consumo seguro de proteína (g/kg/d) 0,5 1,31 1 1,14 1,5 1,03 2 0,97 3 0,90 4-6 0,87 7-10 0,92 MACRONUTRIENTES Preconiza-se a aplicação dos percentuais habitualmente consagrados no planejamento dietético para grupos populacionais. Idade %PTN %LIP %CHO 1-3 5-20 30-40 45-65 >4 10-30 25-35 54-65 IOM, 2005. FAO, 2007. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 96ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. MICRONUTRIENTES Especial atenção deve ser dada aos micronutrientes cujas recomendações são mais expressivas ou cuja disponibilidade dependa de outros fatores dietéticos, como é o caso do cálcio, ferro, zinco, vitaminas A e C. ELEMENTOS TRAÇO É satisfatória em regimes alimentares equilibrados com relação à seleção de alimentos e oferta de outros micronutrientes, tendo em vista que alguns fatores dietéticos podem interferir nabiodisponibilidade destes minerais. FIBRAS A oferta variada de frutas e hortaliças, entre estas os vegetais folhosos, contribui para o atendimento às necessidades diárias de fibras. Idade Fibras (g/d) 1-3 19,0 4-8 25,0 Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 97Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 98ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. O processo de produção de leite ocorre em duas etapas distintas. Na primeira, ocorre a produção e secreção de leite na lúmen alveolar e, na segunda, o leite passa pelo sistema de duetos até ser ejetado. PRODUÇÃO DE LEITE É ativado pela sucção do bebê, encaminhado, via medula espinhal, aos neurônios. Estes inibem a secreção do P1F - a dopamina, liberando a sua secreção pela hipófise anterior que alcança, por via sanguínea, as células dos alvéolos mamários, estimulando a produção láctea. DESCIDA DO LEITE A ocitocina é liberada a partir do estímulo de sucção. Este, chega ao hipotálamo e estimula a hipófise posterior a secretar a ocitocina na corrente sanguínea e, por meio desta, chegar às células mioepiteliais dos alvéolos, contraindo- os e esvaziando seu conteúdo. O estresse e alterações emocionais podem inibir o reflexo de descida do leite. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 99ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. COLOSTRO Fluido espesso/amarelado, com duração de 3 a 7 dias, volume de 2 a 20 ml por mamada. Oferece 54 Kcal/100 ml, composto por CHO, LIP e PTN, sendo 3x mais rico em proteínas, além de imunoglobulina, lactoferrina, linfócitos, minerais (𝑁𝑎+, 𝐶𝑙- 𝑒𝐾+), e vitaminas lipossolúveis (A, E e carotenoides). LEITE DE TRANSIÇÃO Produzido, entre o 5- e 15º dia de lactação, com valor nutricional instável, se alterando no dia-a-dia para se tornar maduro. LEITE MADURO Tem volume médio de 700 a 900 mL/dia nos primeiros 6 meses, cerca de 600 mL/dia no segundo semestre e 550 mL/dia no segundo ano de lactação. Fornece, em média, 70 kcal/dL. Nesta fase o conteúdo do leite vai sofrendo modificações na sua concentração e volume até atingir um volume estável e modificando sua composição até atingir os valores médios do leite maduro.. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Controle dietético, evitando obesidade e favorecendo perda gradual de peso. Involução mais rápida do útero, pela liberação de ocitocina que promove contração da musculatura uterina. Proteção contra o câncer mamário e de ovário. Estudos sugerem que o aleitamento materno pode reduzir em 66% a incidência de câncer de mama e que o efeito protetor aumenta quanto maior a duração da amamentação. Método anticoncepcional em nível populacional - LAM, com a supressão da ovulação pela secreção de prolactina. Porém, para que a mulher utilize a amamentação como contraceptivo é preciso: estar nos primeiros 6 meses pós-parto; não ter menstruado e amamentar exclusivamente ou quase exclusivamente. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 100Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 101 Após cada mamada, massagear os seios e verificar se ainda estão cheios, caso necessite retirar excesso de leite, realizar ordenha de alívio. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Caso as mamas fiquem ingurgitadas, usar a técnica da massagem já descrita e esvaziaras mamas. Não usar compressas frias ou quentes. Em caso de rachaduras nos mamilos, usar o próprio leite como cicatrizante e expor os seios ao sol por 10 a 15 minutos. Em caso de febre alta, calafrios e vermelhidão nas mamas, que pode ser indício de mastite, procurar um profissional de saúde ou um banco de leite. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 102Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos ou mais de idade Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família. A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 103 A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares 3 x/dia se a criança receber leite materno e 5x/dia se estiver desmamada. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 104 Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 105ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. OPORTUNA Os alimentos são introduzidos quando as necessidades de energia da criança são superiores ao fornecido pele leite materno. ADEQUADA Os alimentos fornecem quantidades adequadas de energia, macro e micronutrientes. SEGURA Alimentos são armazenados, preparados e oferecidos de forma higiênica, além de não serem utilizadas mamadeiras e chupetas. OFERECIDA DE FORMA ADEQUADA Os alimentos devem ser oferecidos respeitando-se os sinais de fome e saciedade, e adotando-se uma atitude ativa na oferta dos alimentos. Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 106ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. DIARRÉIA O risco de diarreia, quando são oferecidos às crianças alimentos complementares entre 4 e 6 meses de vida, é 2 a 13 vezes maior do que se estivessem sendo amamentadas exclusivamente. A contaminação microbiana é a principal causa. METEMOGLOBINEMIA A alimentação complementar inadequada iniciada precocemente, antes de 3 meses pode ocasionar a metemoglobinemia. ALERGIAS ALIMENTARES Entre os aspectos alimentares associados a alergias destacam-se o curto período de aleitamento materno e a introdução precoce de alimentos complementares com potencial alergênico. Criança sadia: metemoglobina = 2% do total da Hb; Criança doente: metemoglobina = 20% do total da Hb (hipoxia). Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com Evitar consumo excessivo de sucos (acima de 240 mL/dia), pois podem interferir com o consumo de alimentos. Evitar bebidas com baixo valor nutricional (café, chá, refrigerante). Evitar alimentos que possam provocar engasgo, como uva inteira, amendoim, pipoca e carne de pescado com espinhas. Recomendar a utilização diária de alimentos dos vários grupos – alimentos fonte de energia, proteína e vitaminas e minerais. ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 107 Recomendar a utilização de uma ampla variedade de alimentos a fim de assegurar consumo adequado de nutrientes. Evitar adição de mel na alimentação da criança menor de 1 ano devido ao risco da contaminação do mel com esporos de Clostridium botulinum.Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 108Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 109ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. NUTRICIONAIS E METABÓLICOS O leite de vaca contém quantidades inadequadas de vitamina E, carotenoides, nucleotídeos,
Compartilhar