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IBGE: Negros e negras são discriminados no mercado de trabalho. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as dife...

IBGE: Negros e negras são discriminados no mercado de trabalho. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as diferenças raciais no mercado de trabalho continuam sendo um colossal abismo social. A pesquisa “Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil” (2019), realizada entre 2012 e 2018, com os indicadores de trabalho, renda, moradia, escolaridade, violência e representação política, confirma as disparidades raciais no mercado de trabalho brasileiro e a (ainda) tímida participação da comunidade negra e popular em instituições representativas dos poderes executivo e legislativo. Na média, a população branca sofreu menos com o desemprego e manteve a renda bem maior do que a população negra no período. Em 2018, a população preta ou parda representou mais da metade do total dos brasileiros (55,8%). Já a população que se identifica como branca respondeu por mais de dois quintos do total, ou 43,1%. Os números podem estar adulterados por parte da população preta ou parda nos casos em que estes indivíduos se negam a se reconhecer como parte da raça a que pertencem. O restante é composto por pessoas que se identificam como amarelas (0,7%) e indígenas (0,4%). Desemprego - Apesar de serem oficialmente 55,8% da população brasileira, os negros (pretos e pardos) representavam uma parcela bem maior dos desempregados em 2018: 64,2%. Em todos os níveis de escolaridade, a taxa de desemprego é maior entre os negros. Entre trabalhadores com nível superior, o número de desempregados é de 5,5% para brancos e 7,1% entre negros. No ensino médio ou superior incompleto, os brancos têm taxa de desemprego de 11,3% enquanto que entre negros o número salta para 15,4%. Trabalho informal - O emprego informal no Brasil em 2018 respondeu por mais de 40% dos postos de trabalho e em 2020 já chega a mais da metade da população economicamente ativa. E, mais uma vez, a população preta e parda é maioria na informalidade, subempregos e trabalhos ainda mais precários e com renda média avassaladoramente inferior, desprovidos também de quaisquer direitos trabalhistas. Quase metade da população preta ou parda empregada trabalhou em postos informais em 2018, o que representa 47,3%. Na população branca, essa proporção ficou em 34,6%. Com a crise econômica agravada no Governo Bolsonaro, a informalidade saltou para mais da metade da população economicamente ativa e certamente, apesar de ainda não haver detalhes dos números por raça, os negros continuam a ser maioria no trabalho sem carteira assinada. Trabalhadores de plataformas, entregadores do tipo “i-foods”, trabalham em média 12 horas por dia e ganham cerca de R$ 420 por mês. São, em sua maioria, jovens negros das periferias que, sem expectativas, ingressam na informalidade; isso quando não são “atraídos” para o tráfico de drogas. Renda: desigualdade profunda - A desigualdade de renda entre brancos, pretos ou pardos sempre foi uma realidade no Brasil e, conforme indica pesquisa do IBGE, ela se mantém: 73,9% é a diferença entre a renda média dos brancos e a renda média dos pretos e pardos, segundo dados de 2018. A renda per capita dos pretos e pardos foi de R$ 934 em 2018, metade do recebido pelos brancos (R$ 1.846). Na “informalidade” a diferença de renda por raça também é verificada. Um trabalhador branco ganha, em média, 3,1 vezes o rendimento médio de um trabalhador informal negro. Os brasileiros mais ricos são majoritariamente brancos: entre os 10% com maiores rendimentos, 70,6% são de cor branca e 27,7% de raça negra. Já no extremo da base da pirâmide social a situação é inversa: 75,2% são negros e 23,7% são brancos. Disparidades por gênero e cor ou raça - As mulheres brancas ganham mais do que as mulheres negras, e homens brancos, mais do que homens negros. Conforme indica pesquisa (IBGE) citada, a diferença entre as mulheres cresceu de 66% para 71%. Já entre os homens, houve leve queda, de 83% para 78%. Os dados apontam para duas formas de discriminação da renda: uma por gênero e outra por cor ou raça. Tanto na população preta ou parda como na população branca, os homens ganham mais do que as mulheres – 26,4% e 31,9%, respectivamente. A combinação das duas disparidades (gênero e raça) mostra que, em média, uma mulher branca ganha mais do que um homem preto ou pardo. Isso significa que as mulheres brancas estão mais próximas dos homens brancos – com maior rendimento médio – do que os homens pretos ou pardos. Um homem branco recebe, em média, 2

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Esse trecho que você compartilhou aborda a discriminação racial no mercado de trabalho, destacando as disparidades entre brancos e negros em termos de desemprego, trabalho informal, renda e representatividade política. Os dados do IBGE mostram que os negros enfrentam maiores taxas de desemprego, estão em maioria na informalidade e possuem renda significativamente inferior em comparação aos brancos. Além disso, há diferenças salariais entre homens e mulheres brancos e negros. Essas desigualdades refletem a estrutura social e econômica do Brasil, evidenciando a necessidade de políticas públicas para promover a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

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