Buscar

66-Texto do artigo-132-1-10-20191129-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UM ESTUDO SOBRE EMPREENDEDORISO FEMININO EM 
PEQUENAS EMPRESAS EM PRATÁPOLIS-MG 
 
Amanda Lara Pereira1 
Eliza Lopes Borges Maia2 
Davi Lemos Reis3 
Edson Martins 4 
Marise Scapulatempo Bertolaccini Fornari 5 
 
 
RESUMO 
 
O trabalho em questão tem por objetivo geral analisar o perfil empreendedor feminino na cidade de 
Pratápolis MG, pretendendo responder ao questionamento: qual é a percepção sobre as partes mais 
positivas e negativas do empreendedorismo? Qual a motivação para o empreendedorismo feminino? A 
revisão da literatura traz a abordagem sobre empreendedorismo geral e feminino desde conceitos mais 
anteriores como os desenvolvimentos recentes da teoria, a descrição dos procedimentos metodológicos 
quanto aos métodos e meios utilizados para a pesquisa bibliográfica e de campo, que caracteriza o 
estudo, o campo, o universo e a coleta dos dados, tratamento dos dados e limitações do método. Após, 
faz-se a apresentação dos resultados obtidos em cada questionário respondido pelas 22 empreendedoras 
que fizeram parte da pesquisa. Pelos resultados obtidos foi possível analisar a problemática de analisar 
os fatores contribuintes no incentivo para a participação feminina do empreendedorismo local, que em 
sua maioria, as empreendedoras são por necessidade e herdeiras, com idade entre 40 e 60 anos; elas 
percebem que o ponto positivo mais relevante é a independência e autonomia, e o ponto negativo mais 
relevante é a falta de descanso. Portanto, a realização desta pesquisa trouxe contribuições importantes 
no conhecimento para a área da Administração de Empresas, visto que o administrador através das 
dimensões social, educativa e administrativa de sua profissão pode também desenvolver trabalhos de 
conscientização sobre a importância de sua atuação em empresas, com análises relacionadas ao perfil 
empreendedor de determinado município. 
 
Palavras-chave: Empreendedorismo, Empreendedorismo feminino, Perfil Empreendedor 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Atualmente a quantidade de mulheres que optam por abrir seu negócio tem crescido 
consideravelmente, em especial nas cidades pequenas. Alguns destes negócios já nascem 
equipados, com uma estrutura mais elaborada, outros nas próprias residências das 
empreendedoras com menos sofisticação. Mas o que faz com que essas mulheres decidam 
1 Graduada pelo curso de Administração da Universidade do Estado de Minas Gerais MG, 
(amandalara.perera@hotmail.com); 
2 Graduada pelo curso de Administração da Universidade do Estado de Minas Gerais MG, 
(elizamaia34@gmail.com); 
3 Prof. Esp. do Instituto Máris Célis (davilemosreis1@gmail.com) 
4 Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Administrador de empresas, Especialista em Gestão 
de Pessoas e Professor na Universidade do Estado de Minas Gerais (edson.martins@uemg.br). 
5 Prof. Me. e coordenadora do curso de Administração da UEMG (marise.fornari@uemg.br). 
 
investir e ter sua própria empresa? Como elas se planejam para enfrentar as diversas situações 
que podem afetar de forma positiva ou negativa o seu empreendimento? 
A presente pesquisa servirá como uma base para busca de informações e compreensão 
de situações frequentes e também singulares. Tem como objetivo geral analisar o perfil 
empreendedor das empresárias do município de Pratápolis MG. Os objetivos específicos se 
baseiam em: avaliar quais são os fatores que contribuem como incentivo para a participação 
das mulheres nos empreendimentos e contrastar as propensões e dificuldades encontradas por 
elas durante o momento de abertura do negócio até os dias atuais. 
O presente trabalho ainda se justifica pela emergência do tema sobre 
empreendedorismo, principalmente considerando que este já é visto como fator de crescimento 
econômico. Ainda contribui para justificar esta pesquisa pela escassez do assunto aplicado a 
pequenas localidades e que investigam cenários de empreendedorismo feminino de maneira 
geral. 
 
METODOLOGIA 
 
Baseado em Gil (2010), afirma-se que neste trabalho utilizou-se uma pesquisa de 
natureza básica, método exploratório cujos meios foram a pesquisa bibliográfica e pesquisa de 
campo através da coleta de dados na cidade de Pratápolis/MG, que de acordo com dados IBGE 
(2016, on line) tem população estimada de 8.910 habitantes. Sua economia esta baseada 
principalmente na pecuária de leite e corte e também na plantação de milho, algodão e cana-de-
açúcar. 
Para a coleta de dados com fonte primária, buscou-se a coleta não probabilística 
estruturada em questionário do tipo survey cuja abordagem é quantitativa, que segundo Marconi 
e Lakatos (2004), está fundamentada na análise de dados que podem ser representados por 
tabelas, gráficos e outros do mesmo gênero. 
A pesquisa foi executada com empresárias do município de Pratápolis, onde foi aplicado 
um questionário aberto em empresas administradas por mulheres, com uma população de 22 
empresárias, todas estas à frente de empresas de pequeno porte. 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
Empreendedorismo 
 
O tema empreendedorismo circula com força em diversas dimensões sociais, cada vez 
mais discutido em instituições de ensino, palestras e reuniões, tanto no Brasil quanto em outros 
países. O empreendedorismo é um fator cada vez mais reconhecido de crescimento econômico, 
seja de uma região ou até mesmo um país, é importante tanto para pequenos e médios negócios 
quanto para os grandes e ajuda a provocar uma competição no ambiente interno decorrente 
propriamente dito dos efeitos da globalização (SORIANO; HUARNG, 2013 apud OKANO et 
al. 2016). 
Para um empreendedor alcançar este sucesso é preciso que ele tenha características que 
vão além dos atributos de um administrador. É preciso ser visionário, enxergar o futuro tanto 
no negócio quanto em sua vida pessoal, colocar em prática seus sonhos e desejos; tomar 
decisões corretas através de planejamento seguro e superar as dificuldades; tem que fazer a 
diferença e explorar as oportunidades; ser determinado e dinâmico, saber colocar em prática as 
ações e com dedicação passar por cima das dificuldades sempre com inovação e a dedicação 
tem que ser intensa e interrupta; o prazer pelo que faz tem que existir para que haja determinação 
e realização; a visão de independência gera mais força de vontade e como consequência do 
esforço envolvido a recompensa financeira gera ainda mais animação; quando há trabalho em 
equipe a liderança é destacada, pois há a valorização da equipe e busca por indivíduos com 
melhores conhecimentos e que contribuirão para o negócio; seus contatos contribuem para a 
melhoria, desenvolvimento e planejamento; o conhecimento é importante para o êxito, é 
importante sempre buscar aperfeiçoar; apesar dos riscos que um negócio apresenta, os 
empreendedores de sucesso assumem tais riscos de forma calculada e avaliam suas chances 
reais e, por fim, geram empregos, inovam e contribuem para o mercado local e desenvolvimento 
da economia (DORNELAS, 2014). 
Ainda segundo Dornelas (2014), a decisão de investir em um projeto pode surgir por 
acaso, como respondido por várias pessoas quando se deparam com a pergunta sobre sua 
motivação para criar a empresa, porém existem vários fatores que contribuem para esta decisão, 
seja por situações socioambientais, preferências pessoais, experiência na área e 
consequentemente a vontade de se ter um seu próprio negócio. 
Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009) sabe-se que o termo empreendedorismo tem 
origem francesa, da palavra entrepreuneur, o qual o significado é aquele que está entre, 
intermediário. 
 Durante os séculos houve modificações no conceito citado acima: na idade média o 
termo intermediário foi concebido para ser atribuído aos participantes e administradores de 
grandes projetos de produção; no século XVII tornou-se aquele que corre riscos; no século 
XVIII a industrialização trouxe a diferenciação de empreendedor e fornecedor, onde o 
empreendedor era o usuário de capital e o fornecedorera o investidor de risco. No século XX 
surgiu a noção de que um empreendedor era inovador, pois o mesmo tomou a frente do 
desenvolvimento de algo único. 
 
 
[...] a inovação, o ato de lançar algo novo, é uma das mais difíceis tarefas para 
o empreendedor. Exige não só a capacidade de criar e conceber, como também 
a capacidade de entender todas as forças em funcionamento no ambiente. A 
novidade pode ser desde um novo produto e um novo sistema de distribuição 
até um método para desenvolver uma nova estrutura organizacional. 
(HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009, p. 29). 
 
 
Para Dornelas (2014), a melhor definição do empreendedorismo é a que o mesmo é o 
envolvimento de pessoas e de projetos, que quando unidos transformam as ideias em 
oportunidades, que quando bem aplicadas têm como consequência o surgimento de negócios 
de sucesso e quanto ao empreendedor, o mesmo refere-se àqueles que identificam as 
oportunidades, as convertem em negócios e assumem riscos calculados, ou seja, o 
empreendedor deve ser capaz de transformar suas ideias em oportunidades de mercado, não 
basta apenas ficar com a ideia no papel é preciso torná-la executável. 
Quantos aos tipos de empreendedorismo, para Alves (2011), as várias formas de 
empreendedorismo são resultantes das alterações de significado do termo e pode-se dividir em 
categorias. 
A seguir, seguem alguns tipos e modelos de empreendedores e de acordo com Dornelas 
(2014): 
 Empreendedor Nato: são os empreendedores que se tem mais conhecimento e 
possuem um histórico de se destacar por seu brilho e iniciativa de abrir um negócio do zero e 
os mesmos terem sucesso. Tais empreendedores são visionários, comprometidos, otimistas e 
iniciam suas trajetórias jovens. 
 Empreendedor que Aprende: é considerado normalmente como uma que 
inesperadamente teve uma oportunidade, abraçou tal oportunidade e mudou sua rotina para se 
dedicar a cuidar e desenvolver seu negócio. 
 Empreendedor Serial: é aquele que sente prazer ao ato de empreender e com isso 
constantemente inicia novos projetos. Eles são dinâmicos e possuem gosto por desafios. 
 Empreendedor corporativo: este empreendedor ganha maior destaque atualmente 
devido à sua competência, capacidade de gerenciamento e conhecimento de ferramentas 
administrativas. Tais empreendedores buscam resultados de crescimento, assumem riscos e 
criam estratégias avançadas de negociação. São convincentes, reconhecem seu pessoal, têm 
ambição e capacidade de autopromoção e possuem gosto por metas, planos e recompensas. 
 Empreendedor social: sua motivação é a melhoria do cenário para as pessoas, são 
comprometidos com a humanidade e com o singular, buscam resultados que beneficiam os 
outros e não têm total interesse na recompensa financeira. 
 Empreendedor por Necessidade: eles iniciam seu negócio por não existir alternativa 
diferente e geralmente não são aceitos no mercado de trabalho ou acabaram de ser desligados 
de seus empregos. Iniciam seus empreendimentos geralmente de maneira informal e têm pouco 
retorno financeiro. São empreendedores simples, pouco inovadores e que não contribuem com 
o desenvolvimento econômico do Brasil devido à ausência de pagamento de impostos. 
 Empreendedor Herdeiro: são aqueles que recebem o direito à sucessão dos negócios 
já ativos e gerenciados por suas famílias, os mesmos aprendem o negócio através do exemplo 
de seus familiares e têm o desafio de fazer com que a empresa permaneça e multiplique seu 
patrimônio. 
 Empreendedor normal ou planejado: é aquele que busca minimizar os riscos, criam 
planejamento de negócios, tem visão de como será o futuro e trabalham com metas. É 
considerado o empreendedor completo de acordo com a definição do termo. 
 
Empreendedorismo feminino no Brasil 
Historicamente, o movimento do empreendedorismo iniciou-se a partir do século XVII 
e considerado como um dos primeiros empreendedores do Brasil destaca-se o nome de Irineu 
Evangelista de Sousa, mais conhecido como Barão de Mauá, por diversas ações que foram 
realizadas por ele. Brito; Pereira e Linard (2013); aponta como tais ações a organização de 
companhias de navegação a vapor nos estados do Rio Grande do Sul e também no Amazonas; 
a implantação da primeira ferrovia do Brasil que ligava as cidades de Petrópolis e Rio de 
Janeiro; a implantação de uma companhia de gás que proporcionaria iluminação pública no 
estado do Rio de Janeiro e também a inauguração do trecho da primeira rodovia pavimentada 
do Brasil, entre os municípios de Petrópolis e Juiz de Fora. 
De acordo Brito; Pereira e Linard (2013), na década de 1920 ocorreu o desenvolvimento 
de milhares de indústrias subsidiadas e protegidas e no ano de 1936 ocorreu à constituição da 
Companhia Siderúrgica Nacional, aprovada por Getúlio Vargas e em 1960 a criação do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e a Petrobras, que incentivava a iniciativa de 
empresas privadas. Entre os anos de 1956 e 1960, durante o governo de Juscelino Kubitschek, 
graças ao Plano de Metas fez com que ocasionasse a permissão da abertura ao capital 
estrangeiro e também a criação da indústria automobilística no ABC paulista e o 
desenvolvimento da indústria naval. Em 1972 surgiu o CEBRAE (Centro Brasileiro de 
Assistência Gerencial à Pequena Empresa) que posteriormente passou a ser chamada por 
SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) segundo um decreto de 
lei e em meados dos anos 80 a iniciativa ao ensino do empreendedorismo surgiu através da 
Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Na década 
de 1990 houve a abertura da economia e a crise econômica enfrentada e suas consequências 
contribuíram para o início do movimento empreendedor e no século XX vários outros nomes 
de empreendedores se destacaram neste meio. 
A quantidade de mulheres que lutam a cada dia para ter seu lugar no mercado 
empreendedor brasileiro é crescente a cada dia, cada uma com sua característica particular, seu 
plano de negócio e sonho especifico, as mulheres cada vez estão mais presentes nos vários 
ramos de mercado do Brasil. 
Dados divulgados pelo Serasa Experian, de uma pesquisa realizada, no ano de 2015, 
aponta que as mulheres representam 43% dos empreendedores do País, a maior parte, 72,9%, 
refere-se à micro e pequenas empresas e 0,2% são empresas de grande porte. Tomam por base 
a maioria citada acima, referente à micro e pequenas empresas, estas são as principais escolhas 
para empreendimento a fins de garantir segurança financeira e sobrevivência, devido às 
inúmeras vantagens proporcionadas a essas empresas, tais como taxas de juros diferenciadas, 
programas de apoio e incentivo. 
Conforme as pesquisas do SEBRAE e do Serasa Experian, de cada 100 empreendedores 
brasileiros, 48 são mulheres, o que resulta em quase oito milhões de empreendedoras do Brasil. 
A maior parte delas reside na região Sudeste (53,2%), seguido pelo Sul (19,5%), Nordeste 
(15,9%), Centro-Oeste (7,1%) e por último, o Norte (4%). Além disso: 55% das donas de 
pequenos negócios cursou, pelo menos, o Ensino Médio até 2012. Em 2002, fatia era de 39,3%; 
Região Norte registrou expansão de 78% no número de empreendedoras entre 2002 e 2012; 
Demais regiões: Centro-Oeste (36%), Sul (21%), Nordeste (12%) e Sudeste (10%); Sete 
milhões e 350 mil é o número de empreendedoras no Brasil. Sete entre cada dez MEI, micro e 
pequena empresa, sobrevive aos primeiros dois anos de existência. A maioria delas (27,6%) 
tem entre 31 e 40 anos, seguida pelas de 41 a 50 anos (25,67%), e depois pelas mulheres entre 
51 e 60 anos (18%). (SOUZA, 2016, on line). 
Apesar do crescente número de empresas lideradas por mulheres, uma pesquisa 
realizada pelo SEBRAE, em 2016, vem apresentar outra vertente onde mostra que essa 
porcentagem feminina diminui em relação ao estágio em que a empresa se apresenta. 
Atualmente as mulheres conseguiram grandes avanços profissionaise destacam-se 
principalmente por sua participação significante na área de empreendedorismo, porém nem 
sempre foi assim. Durante séculos a mulher foi tratada como incapaz de executar qualquer 
tarefa que não estivesse relacionada ao lar, o pensamento preconceituoso e desigual era ainda 
maior quando o assunto era a inserção feminina no mercado de trabalho. 
Apenas com o início da Revolução Industrial é que as mudanças se iniciaram e muitas 
mulheres começaram a fazer parte do mercado de trabalho através de atividades fabris. Algumas 
foram forçadas a entrar no trabalho remunerado, onde desempenhavam tarefas árduas e mal 
remuneradas, mas elas eram obrigadas a continuar para ajudar a complementar a renda familiar. 
Mas foi a partir do século XX que houve um aumento relevante da inserção feminina no 
mercado de trabalho devido a alguns fatos marcantes neste século como, a Revolução Russa de 
1917 onde houve um relevante aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, 
pois, a revolução tinha o intuito de igualar o acesso de trabalho para homens e mulheres 
(SILVA, 2015). 
Deve ser também ressaltado os anos da Grande Recessão onde houve um favorecimento 
da ocupação feminina em várias profissões, devido uma acomodação entre as ofertas de 
empregos em países industrializados que levou a uma baixa nas remunerações. Entretanto o 
evento que mais impulsionou as mudanças e fez um grande diferencial para a inserção das 
mulheres no mercado de trabalho foi a Segunda Guerra Mundial, onde, as potências mais 
envolvidas tornou fundamental a contração da mão de obra feminina inclusive para 
desempenhar trabalhos que eram exclusividades masculinas. Então, a partir da segunda metade 
do século XX houve a inserção feminina em diversas áreas profissionais (SILVA, 2015). 
A mulher para conseguir sua entrada, permanência e direitos no mercado de trabalho 
não foi um simples acontecimento e os resultados não formam alcançados em curto prazo. Na 
verdade, este processo continua, apesar de agora não ser tão desigual e tão literal como antes, 
passou por um alto grau de descriminação nas ocupações criadas no mercado formal e informal 
e também na desigualdade salarial que ainda existe em determinados cargos e empresas para 
homens e mulheres (SILVA, 2015). 
Salários desiguais, políticas sociais deficientes, dificuldade no desenvolvimento de 
carreira, dupla jornada, falta de poder e falta de voz nas tomadas de decisões são algumas das 
dificuldades encontradas por muitas mulheres. Devido a essas e outras barreiras que podem ser 
encontradas muitas mulheres preferem deixar o emprego e encarar os riscos de abrir seu próprio 
negócio, espera-se assim conseguir alcançar o sucesso profissional através de seu próprio estilo 
(MUNHOZ, 2000 apud FRANCO, 2014). 
Entretanto, independente das dificuldades encontradas a mulher tem conseguido deixar 
sua marca no mercado de trabalho, principalmente quando se trata da abertura de um próprio 
negócio. Além disso, pode-se observar que muitas mulheres têm se mostrado à frente dos 
homens quando se trata do trabalho por conta própria se destacam ainda mais no setor de 
prestação de serviço, que tem sido um crescente na economia (HISRICH; PETERS, 
SHEPHERD, 2004). 
Como citado no parágrafo anterior, as mulheres têm se destacado cada vez mais no 
mercado de trabalho, isso pode ser entendido através de algumas características que são 
específicas de algumas mulheres empreendedoras, como: possuírem maior preocupação na 
capacitação profissional, maior investimento na educação formal e profissional, mais atenção 
para seus clientes, são mais detalhistas, determinadas, cooperativas, confiam mais em suas 
qualidades e conseguem empreender com mais segurança e visão de futuro. 
 
et al. 2003 apud FRANCO, 2014, p.5). Isto acontece porque a mulher tem uma propensão maior 
para conseguir se ocupar com uma variação de papéis exercidos no trabalho e no lar, além disso, 
possuem maior idoneidade para solucionar situações repentinas com maior engenhosidade, 
mesmo sobrecarregada com os fatores familiares (STOLCKER, 1980 apud FRANCO, 2014). 
Segundo Machado et al. (2003 apud FRANCO, 2014) o empreendedorismo feminino 
tem iniciado mais por necessidade do que por oportunidade; vários fatores podem explicar esta 
afirmação, como: uma possível frustração no emprego atual, realização pessoal, morte ou 
separação do cônjuge, necessidade de ajudar a suprir as o sustento da família ou ate mesmo 
para a autossustentação. 
As mulheres empreendedoras podem ser dívidas em três grupos: 
 
Empreendedoras por acaso: São aquelas que começam seu próprio negócio mesmo 
sem ter um planejamento estratégico definido, geralmente não possuem objetivos claros e na 
maioria das vezes não possui experiência. 
Empreendedoras forçadas: São levadas por um motivo ou circunstância a assumir o 
próprio negócio. 
Empreendedoras criadoras: Neste caso se trata de mulheres que possuem coragem e 
motivação para abrir seu próprio negócio (MACHADO, 2009 apud OKANO et al. 2016). 
 
Os motivos para iniciar um empreendimento são variados, partem desde um desejo de 
autorrealização, independência financeira e liberdade para montar seus horários, quanto a 
fatores como necessidades não atendidas pelas grandes empresas e que geram a oportunidade 
empreendedor tem que perceber o mercado de forma diferenciada, ver o que os demais não 
 
Estudos ainda mostram que, a maioria das mulheres começou seu próprio negócio sem 
ao menos possuir uma visão clara, e muitas, começam apenas para exercer um hobby, outras 
por não possuírem uma profissão definitiva e também por incentivo da família (MACHADO, 
2003 apud FRANCO, 2014). 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 A caracterização dos sujeitos pesquisados se dá inicialmente pela idade e ramo de seu 
empreendimento, apresentados na sequência: 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 Idade das empreendedoras pesquisadas Pratápolis MG, 2017. 
Faixa etária NR % 
Até 30 anos 1 4,55 % 
30 a 40 anos 3 13,63 % 
40 a 50 anos 8 36,36 % 
50 a 60 anos 8 36,36 % 
Acima de 60 anos 1 4,55 % 
Não respondeu 1 4,55 % 
 
Total 
22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
Tabela 2 Tipos de ramos das empresas pesquisadas Pratápolis MG, 2017. 
Ramo NR % 
Salão de Beleza 1 4,55 % 
Comércio varejista de artigos de vestuário e acessório 6 27,27 % 
Confecção e comércio de moda 1 4,55 % 
Panificadora 3 13,64 % 
Laboratório e análises clínicas 1 4,55 % 
Floricultura 1 4,55 % 
Depósito 1 4,55 % 
Comércio de variedades 5 22,73 % 
Drogaria 1 4,55 % 
Fábrica de Presponto 1 4,55 % 
Fabricação de marmitas 1 4,55 % 
 
Total 
22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 Pelos dados, observa-se que há uma preferência para o comércio varejista de artigos de 
vestuário e acessório e também no comércio de variedades. Os menos pontuados foram: 
empresas no ramo de beleza; confecção; laboratório de análises clínicas; floricultura; depósito; 
drogaria; fabricação de presponto e fabricação de marmitas. 
 Quanto as respostas, apresenta-se a seguir: 
 
Tabela 3 Pergunta 1: Existência de empreendedores na família Pratápolis MG, 2017. 
Resposta apresentada NR % 
Sim 16 72,72 % 
Não 6 27,28 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 Isto mostra que a maior parte das mulheres pesquisadas já possuía algum contato com o 
empreendedorismo, ou seja, já possuíam um norte a se traçar, suas famílias já proporcionava 
um contato direto com o ambiente empreendedor, o que pode ser considerado um grande 
influenciador de suas decisões de iniciar ou dar continuidade ao negócio. 
 Segundo Dornelas (2014) o empreendedor deve possuir o máximo de conhecimento 
possível, pois somente assim ele terá maiores chances de alcançar o sucesso de seu negócio, tal 
conhecimento poderá ser obtido em cursos, livros e também atravésde conselhos e experiências 
de pessoas que já possuem um empreendimento. 
 Quanto aos motivos que levaram a abertura do próprio negócio, verifica-se: 
 
 
 
 
 
Tabela 4 Pergunta 2: Motivo da abertura do negócio Pratápolis MG, 2017 
Resposta apresentada NR % 
Necessidade 9 40,91 % 
Herança 2 9,09 % 
Oportunidade de Negócio 2 9,09 % 
Gosto pelo Ramo 7 31,82 % 
Não houve motivo 2 9,09 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 As empresárias responderam com clareza as razões que as levaram a investir em seu 
próprio negócio, os resultados obtidos com a pesquisa apontam a necessidade como a maior 
razão para a iniciativa empreendedora. 
 Segundo Dornelas (2014) empreendedores por necessidade são aqueles que iniciam o 
empreendedorismo devido a falta de opção, dentre os motivos estão a insatisfação no trabalho, 
desemprego ou pela demissão. Geralmente iniciam seus negócios de forma informal e sem 
muitos retornos financeiros. 
 Ainda segundo Dornelas (2014), existem fatores que influenciam o evento inicial para 
se tornar um empreendedor, entre eles estão os Fatores Pessoais, Ambiente e Fatores 
Sociológicos. Neste caso destacaremos os Fatores pessoais que são compostos pela: 
Insatisfação no trabalho, ser demitido, assumir riscos, educação, idade, realização pessoal e 
experiência. A decisão de se tornar um empreendedor acontece devido a fatores externos, 
ambientais, sociais, aptidões ou ainda pela soma de todos esses citados, que segundo o autor 
são cruciais para que haja o surgimento e/ou crescimento de uma empresa. 
 Sobre a percepção de oportunidade de negócio, têm-se: 
 
 
 
 
Tabela 5 Pergunta 3: Momento da identificação da oportunidade de negócio Pratápolis MG, 
2017. 
Ramo NR % 
Experiência no ramo 12 54,55 % 
Necessidade no Mercado 2 9,09 % 
Convite para abrir a sociedade 1 4,55 % 
Disponibilidade de cômodo 2 9,09 % 
Interesse na área de atuação. 1 4,55 % 
Após conseguir capital. 1 4,55 % 
Abriu de um momento para outro. 1 4,55 % 
Desemprego 1 4,55 % 
Não respondeu. 1 4,55 % 
 
Total 
22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 Em relação à identificação de oportunidade de negócio, o maior número de empresárias, 
que corresponde a 54,55% da pesquisa, respondeu que já possuíam experiência no ramo em que 
hoje atuam, através de experiências em outras empresas ou por terem iniciados seus 
empreendimentos de forma informal em suas casas. 
 Estes resultados mostram que o fato das empresárias já interagir ou pertencem ao 
ambiente de seus devidos ramos facilitam a visão de oportunidade para o negócio próprio. 
 Outro dado interessante é apresentado: 
 
 
 
 
Tabela 6 Pergunta 4: Procurou alguma empresa de consultoria Pratápolis MG, 2017. 
Resposta apresentada NR % 
Não procurou 21 95,45 % 
Procurou o SEBRAE 1 4,55 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 Em relação à procura de uma empresa de consultoria para auxiliar na abertura do 
negócio 95,45% das pesquisadas responderam que não procuraram nenhum tipo de ajuda ou 
empresa para a obtenção de auxílio, o que mostra contradizer com a afirmação do autor 
Dornelas (2014). 
 Porem neste caso pode-se entender que é pelo fato de que a maioria das empresas existe 
a mais 10 anos no mercado, tempo em que havia maior dificuldade de se encontrar uma empresa 
de consultoria e também menor conhecimento do assunto na cidade já que mesmo nos dias 
atuais ainda não existe nenhuma empresa de consultoria na mesma. É necessário também que 
seja realizada uma campanha de divulgação do SEBRAE, para que as empresárias passem a 
conhecer seus serviços e possam passar a buscar apoio e também para que sirva de incentivo 
para que novas pessoas tenham interesse em empreender, de acordo com um planejamento e 
auxílio do SEBRAE. 
 Quanto a forma de abertura da empresa, se individual ou em sociedade, obteve-se: 
Tabela 7 Pergunta 5: Iniciou empreendimento em sociedade ou sozinha Pratápolis MG, 2017. 
Resposta apresentada NR % 
Sozinha 13 59,09 % 
Sociedade 5 22,73 % 
Sociedade em família 4 18,18 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 Em relação ao questionamento sobre ter iniciado o negócio com sociedade 59,09% das 
pesquisadas afirmam ter começado sozinha. Esta informação confirma a afirmação de Dornelas 
(2014) de que o empreendedor gosta de ser dono de seu próprio destino e buscam a 
independência; ser o próprio patrão. 
 Outras 22,73% das pesquisadas afirmam terem iniciado seu negócio e em sociedade. 
Segundo Caetano (2014) iniciar um negócio em sociedade ou não é uma dúvida frequente entre 
os empresários, segundo o autor qualquer tipo de sociedade é possível, entretanto se faz 
necessário deixar alguns deveres e direitos definidos antes mesmo de se iniciar o negócio. 
 Por final, o número de pesquisadas que afirmam ter iniciado seus empreendimentos em 
sociedade familiar representam 18,18% da pesquisa, apesar de resultados das perguntas 
anteriores mostrarem que a presença do empreendedorismo no ambiente familiar estar 
constantemente presente. 
Sobre qual a percepção sobre as vantagens de ser empreendedora, obteve-se: 
Tabela 8 Pergunta 6: Lado positivo de ser empreendedora Pratápolis MG, 2017. 
Ramo NR % 
Independência e Autonomia 12 54,55 % 
Satisfação e Crescimento Pessoal 8 36,36 % 
Recebimento de Lucros 1 4,55 % 
Só citou o que é positivo 1 4,55 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 De acordo com os resultados obtidos a maior vantagem de possuir o negócio próprio é 
o fato de ser autonomia e ter sua independência financeira, poder trabalhar naquilo que tem 
vocação e no que tem prazer em realizar. 
 Segundo Brito; Pereira e Linard (2013) entre as vantagens de se tornar um 
empreendedor está: maior geração de ganho financeiro pessoal, geração de emprego, aumento 
do crescimento econômico, aumento da concorrência saudável, uso de matérias locais para 
realização de produção de consumos domésticos e estímulo para novos mercados. 
 Já sobre a negatividade: 
Tabela 9 Pergunta 7: Lado negativo de ser empreendedora Pratápolis MG, 2017. 
Ramo NR % 
Instabilidade financeira 8 36,36 % 
Correr riscos e possuir maior responsabilidade. 3 13,64 % 
Não tem descanso 10 45,45 % 
Decepção com funcionários e leis trabalhistas. 1 4,55 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 O empreendedorismo pelas mulheres da cidade de Pratápolis, de acordo com as 
respostas obtidas, é visto também como algo cansativo e que as restringe da possibilidade de 
tirar férias. Além disso, o fato de não possuírem um salário fixo as deixam preocupadas e isto 
também é visto como ponto negativo pelas pesquisadas. Tal fato pode ser explicado por elas 
muitas das vezes dependerem de seus salários para possibilitar o sustento de suas famílias. 
Dificuldades diárias, decepção com funcionários, instabilidade e inadimplências também fazem 
parte da lista citada pelas empreendedoras. 
 Sobre as formas de valorização da equipe, considerando as formas de liderança: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 10 Pergunta 8: Valorização de equipe Pratápolis MG, 2017. 
Resposta apresentada NR % 
Trabalha sozinha. 5 22,73 % 
Não. 7 31,82 % 
Não, pois trabalha em família. 1 4,55 % 
Oferece benefícios financeiros e particulares, cria um laço de 
família. 
1 4,55 % 
Oferece cursos na área, sempre mostra a importância de 
aprender, e recompensa os funcionários no fim do ano. 
1 4,55 % 
Oferece um dia de folga durante a semana para resolver coisas 
pessoais. 
1 4,55 % 
Ajuda, capacita, dá um dia de folga junto com o feriado, planeja 
as férias para coincidir com os programas pessoais, fala 
educadamente e com tom de voz correto. 
1 4,55 % 
Pagamentos em dia,carteira registrada, tudo conforme a lei. 1 4,55 % 
Comissões e sorteios. 2 9,09 % 
Ensina a crescer, paga hora extra. 1 4,55 % 
Gratificações. 1 4,55 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 De acordo com os resultados desta questão mais de 50% das pesquisadas não possuem 
nenhuma forma de valorização para equipe, onde 22,73% trabalham sozinhas e 4,55% 
trabalham em família, 31,82% apenas não possuem. As demais oferecem benefícios como 
comissões e sorteios, dias de folga, cumprimento de todas as leis trabalhistas, mantêm 
relacionamento amigável e gratificações. 
 
 
 
 
Tabela 11 Pergunta 9: Diferencial competitivo Pratápolis MG, 2017. 
 
Resposta apresentada NR % 
Grande variedade de produtos. 1 4,55 % 
Produtos diferenciados. 2 9,09 % 
Produtos selecionados com qualidade. 
 
1 4,55 % 
Boa recepção / bom atendimento aos clientes. 
 
1 4,55 % 
Bom atendimento, melhor preço e diversificação e produtos. 2 9,09 % 
 
Pontualidade e responsabilidade. 
 
1 4,55 % 
Trabalho higiênico e imparcialidade no modo de tratamento ao 
cliente. 
 
1 4,55 % 
Proprietária / Responsável está presente na empresa diariamente. 2 9,09 % 
Disse que possui, porém não especificou. 
 
1 4,55 % 
É a única loja da cidade com confecção própria, possui trabalho 
de qualidade e bons preços. 
1 4,55 % 
 
Possui um sinal sonoro que avisa os clientes cada hora que tem 
produtos com qualidade e decorações variadas. 
1 4,55 % 
Não respondeu. 1 4,55 % 
Não possui diferencial. 7 31,82 % 
Total 22 100 % 
Fonte: Dados da pesquisa de campo, 2017. NR = Número de respostas. 
 
 Devido à diversidade de segmentos, as respostas obtidas nesta questão foram bem 
diversificadas. A maior parte das empresárias aponta como diferencial o fato de possuírem 
produtos diferenciados e de qualidade, bom preço e bom atendimento. 
 Além disso, foram citados também fatores como: ambiente de trabalho sempre limpo e 
higienizado, o fato do proprietário estar sempre presente na empresa, confecções próprias, no 
caso de uma das panificadoras aviso para os clientes de que os produtos acabaram de sair do 
forno. 
 Dentre as respostas 31,82% afirmam não possuir nenhum diferencial competitivo, o que 
pode ser visto como preocupante, pois vai à contramão das características empreendedoras 
citadas pelo autor Dornelas. 
 Segundo Dornelas (2014) os empreendedores devem possuir a capacidade de 
transformar uma ideia aparentemente inatingível e torná-la atingível e concreta. Deve saber 
agregar valor em tudo o que oferecem ao mercado. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Os resultados obtidos com a coleta e análise dos dados atenderam ao objetivo geral de 
analisar o perfil empreendedor feminino, com os dados obtidos identificou-se que a maior parte 
das pesquisadas são empreendedoras por necessidade e empreendedoras herdeiras, com idade 
entre 40 e 60 anos. 
 Quanto aos objetivos específicos de avaliar os fatores contribuintes para a participação 
das mulheres no empreendimento local, foi identificado que a necessidade é um dos maiores 
fatores contribuintes para o empreendedorismo feminino em Pratápolis/MG. Como analisado a 
maioria das mulheres afirma não procurarem consultoria para o planejamento. 
 Entretanto não podemos deixar de citar que a grande maioria já possuía empreendedores 
na família e também já possuíam algum tipo de experiência profissional, o que pode ter 
colaborado como informações básicas para que elas se sentissem seguras e também com um 
norte de para onde tocar o negócio. 
 O fato de trabalharem por conta própria, a independência financeira que cada uma 
consegue conquistar e o aperfeiçoamento no conhecimento a vontade de estar sempre em 
crescimento estão ligados aos maiores incentivos de iniciarem e continuarem com seus 
empreendimentos. O histórico do empreendedorismo em suas famílias também é fator 
contribuinte para a iniciativa empreendedora. 
 As empreendedoras consideraram a família atuante no mercado e a experiência 
profissional anterior, fatores que proporcionaram a identificação da oportunidade da abertura 
de seus negócios, porém somente uma empresária buscou auxilio para sua iniciativa e o restante 
decidiu por iniciar seu negócio sem ajuda alguma e sem sociedade. 
 Elas observam como ponto positivo de se ter um negócio próprio, a autonomia que ele 
proporciona, porém em contrapartida gerir um empreendimento é arriscado, causa instabilidade 
financeira e se torna cansativo e dificulta as oportunidades de férias. 
 Os resultados mostraram que a maioria admite não valorizar ou estimular sua equipe de 
colaboradores de forma alguma ou trabalham sozinhas. Outras respostas obtidas nesta pergunta 
mostram que o conceito de valorização e estímulo de várias empresárias se baseia em valorizar 
o tempo pessoal de seus funcionários, como folgas e férias, o bom tratamento e relacionamento 
também tem destaque. 
 A grande maioria alegou não possuir um diferencial em relação a seus competidores, o 
que acarreta em uma fraqueza e ameaça em relação a um cenário que esteja presente um novo 
entrante ou um concorrente de maior destaque, tal pensamento coloca em risco o negócio e 
precisa ser revisado. 
 A presente pesquisa foi importante para o melhor conhecimento dos perfis 
empreendedores femininos do município de Pratápolis MG e a análise de como essas 
mulheres enxergam seus negócios, observou-se que apesar de a maioria das pesquisadas 
possuírem tempo considerável no mercado, ainda assim existem muitas melhorias a serem 
feitas, entre elas o principal está na evidente falta de planejamento desde a abertura do negócio 
até os dias atuais. 
 Pode-se dizer que há flancos novos a serem explorados a partir dos resultados, como as 
principais dificuldades encontradas e fatores de dificuldade na jornada de empreendedorismo. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVES, A. R. Empreendedorismo. Santa Maria: SECTMA, 2011. 
BRITO, A. M.; PEREIRA, P. S.; LINARD, A. P. Empreendedorismo. Juazeiro do Norte: IFCE, 2013. 
CAETANO, B. Manual do Empreendedorismo: 74 dicas para ser um empreendedor de sucesso. 2ª 
ed. São Paulo: Gente, 2014. 
DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 5ª ed. Rio de Janeiro: 
Empreende / LTC, 2014. 
FRANCO, M. M. S. Empreendedorismo Feminino: Características Empreendedoras das Mulheres na 
Gestão das Micro e Pequenas Empresas. Goiânia GO: EGEPE, 2014. Disponível em:< 
http://docplayer.com.br/3769777-Empreendedorismo-feminino-caracteristicas-empreendedoras-das-
mulheres-na-gestao-das-micro-e-pequenas-empresas.html>; Acesso em: 12 fev. 2018. 
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
HISRICH, R.D.; PETERS, M.P; SDHEPHERD, D.A. Empreendedorismo. 5. Ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2004. 
HISRICH, R.D.; PETERS, M.P; SDHEPHERD, D.A. Empreendedorismo. 7. Ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2009. 
IBGE. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=315290>; Acesso: 24 de 
abr. de 2018. 
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia científica. 7ed. Atlas. 
Florianópolis, 2004. 
OKANO, M. T.; FERNANDES, M. E.; SANTOS, O. S. Mulheres Empreendedoras: A evolução da 
realidade brasileira na última década. São Paulo: FATEC SEBRAE, 2016. Disponível 
em:<http://revista.fatecsebrae.edu.br/index.php/em_debate/article/view/53>; Acesso em: 12 de mar. 
2018. 
SILVA, M. G. Empreendedorismo feminino e informalidade: um retrato do Distrito Santa Gertrudes, 
Patos-PB. Patos: Universidade Estadual da Paraíba, 2015. Disponível em:< 
http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/9824>; Acesso em: 22 de mar. 2018. 
SOUZA, C. A Evolução da Mulher Brasileira no Mundo dos Negócios. Segredos da mulher de 
sucesso, 2016. Disponível em; <http://www.segredosdamulherdesucesso.com.br/a-evolucao-da-
mulher-brasileira-no-mundo-dos-negocios/>;Acesso: 11 de abr. 2018.

Continue navegando