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Uma solução límpida indica que os aditivos (medicamentos ou eletrólitos) estão adequadamente solubilizados. pH DAS MISTURAS INTRAVENOSAS O plasma h...

Uma solução límpida indica que os aditivos (medicamentos ou eletrólitos) estão adequadamente solubilizados. pH DAS MISTURAS INTRAVENOSAS O plasma humano é levemente alcalino (pH 7,4), e vários processos complexos ocorrem no organismo para manter este valor de pH. Certamente é recomendável que uma solução injetável não apresente pH diferente do plasmático ou fisiológico. Entretanto, existem situações nas quais isto se torna uma consideração secundária, e misturas intravenosas com características ácidas ou alcalinas podem ser necessárias para, por exemplo, manter a estabilidade do medicamento a ser infundido. Neste caso, ajustes na velocidade de infusão da solução podem favorecer a manutenção do equilíbrio. Uma das causas mais comuns de incompatibilidade nas misturas intravenosas é a associação de dois medicamentos que requerem valores conflitantes de pH da solução final para sua própria estabilidade. Se o pH de uma mistura é inadequado para um dos medicamentos, este pode ser inativado, degradado ou precipitar. A associação de aminofilina de pH de 8 a 9 com vitaminas do complexo B e C (pH ácido), por exemplo, resultaria na inativação das vitaminas em função do elevado pH da solução resultante. A capacidade tamponante de uma solução corresponde à sua habilidade em resistir à alteração de pH quando uma substância ácida ou alcalina é adicionada a ela. Muitos medicamentos contêm uma solução tampão para aumentar sua estabilidade frente às soluções. Quando um medicamento com alto poder tamponante é adicionado a uma SPGV que, em geral, não possui boa capacidade tamponante, o pH da solução resultante será próximo ao do medicamento adicionado. As SPGV que contêm lactatos e acetatos são exceções, pois ambas possuem um alto poder tamponante. Deste modo, o pH da solução resultante será próximo ao da SPGV utilizada. Caso o medicamento adicionado não seja estável no pH destas soluções, poderão ocorrer problemas de estabilidade. DILUIÇÃO DAS MISTURAS INTRAVENOSAS Soluções hipertônicas, por mecanismo osmótico, podem causar sensação de ardor ou dano ao endotélio dos vasos (flebite), enquanto as soluções hipotônicas podem acarretar a lise de hemácias. Estas complicações podem ser minimizadas pelo uso de soluções isotônicas, que não promovem alterações significativas no equilíbrio osmótico, e pela administração lenta, preferencialmente em vasos de grande calibre. A definição do volume da solução a ser infundida depende da condição do paciente. Esta variável torna-se especialmente importante em neonatos, pacientes com insuficiência renal ou outras condições clínicas que exijam restrição do volume. Nestas situações, cabe ao farmacêutico fornecer as informações técnicas necessárias para o preparo da mistura intravenosa concentrada, sem modificar as propriedades físico-químicas e farmacológicas dos medicamentos administrados. Alguns medicamentos, quando aditivados a uma SPGV compatível, têm sua estabilidade dependente da concentração final da solução. É o caso do sulfametoxazol  trimetoprima: quanto maior a concentração da solução, menor será a estabilidade e, portanto, o tempo disponível para sua administração, pois a solução torna-se turva e começam a aparecer cristais. O EFEITO DA LUZ SOBRE AS MISTURAS INTRAVENOSAS Alguns medicamentos sofrem degradação fotolítica (fotólise), que é a catálise de uma reação de degradação (oxidação e hidrólise) pela luz. Quanto maior for o comprimento de onda, maior será a energia fornecida para a reação de degradação. Assim, a luz ultravioleta é mais deletéria que a luz do dia, e esta, por sua vez, é mais deletéria que a luz fluorescente. Estas reações de fotodegradação também dependem da intensidade da onda: quanto mais intensa a fonte de luz e quanto mais fotossensível for o medicamento a estas fontes de luz, maior será o grau de degradação. Para dispensar medicamentos que são altamente sujeitos a fotodegradação, como o nitroprussiato de sódio, deve-se evitar a incidência de luz sobre o recipiente de administração envolvendo-o com uma embalagem opaca. O EFEITO DA TEMPERATURA A temperatura é um importante fator na estabilidade das misturas. O calor aumenta a velocidade de reação da maioria das soluções, que geralmente são mais estáveis sob refrigeração (2–8°C). A cefazolina, uma vez reconstituída, é estável por 24 horas à temperatura ambiente, mas sob refrigeração tem sua estabilidade ampliada para 96 horas. Alguns medicamentos, contudo, não devem ser refrigerados. O aciclovir é um exemplo deste grupo, pois, em baixas temperaturas, ocorre precipitação. INTERAÇÕES COM RECIPIENTES Entende-se por recipientes os dispositivos de administração de medicamentos (equipos, seringas e agulhas) e os frascos e bolsas de SPGV. A escolha do recipiente deve considerar as particularidades dos aditivos que farão parte da mistura intravenosa, pois, em alguns casos, podem ocorrer interações entre os aditivos e o material de que o recipiente é fabricado. Estas interações podem ocorrer de duas maneiras: o aditivo extrai componentes do recipiente para a solução, geralmente substâncias conhecidas como plastificantes, que são tóxicas ao ser humano. É o caso da ciclosporina, que extrai o plastificante de bolsas de PVC, que é hepatotóxico; o aditivo se adere à parede do recipiente, diminuindo sua concentração na solução a ser infundida, fazendo com que não seja atingido o efeito terapêutico desejado. A filgrastima possui tendência a aderir à parede de recipientes de PVC, ocasionando importante diminuição na sua disponibilidade. ESTERILIDADE E APIROGENICIDADE Esterilidade é definida como a ausência de microrganismos viáveis, e este não é um termo relativo (um produto é ou não estéril). Soluções injetáveis devem ser estéreis, e a manutenção desta propriedade depende da utilização de técnicas assépticas de manipulação, ambiente controlado e da esterilidade e apiro

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2008 - Farmacia Clinica e Atencao Farmaceutica
527 pág.

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