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CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (LICITAÇÕES) PARTE II Profa. Bianca Pazzini Direito Administrativo II (2021.2) FMPRS Sumário da Licitação: 1 CONCEITOS E CONS...

CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (LICITAÇÕES) PARTE II Profa. Bianca Pazzini Direito Administrativo II (2021.2) FMPRS Sumário da Licitação: 1 CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO TEMA 3 PRINCÍPIOS LICITATÓRIOS 4 OBRIGATORIEDADE, DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAR OBRIGATORIEDADE é a regra geral prevista no art. 37, inciso XXI, CF... Art. 37. [...] XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados MEDIANTE PROCESSO DE LICITAÇÃO PÚBLICA que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. COISAS (o que deve ser licitado): • Obras, serviços, compras e alienações (arts. 37, XXI , CF/88) • Concessões e Permissões de Serviços Públicos (art. 175 da CF/88 c/c Lei das Concessões) • Demais objetos especificados nos arts. 2º e 3º da Lei de Licitações de 2021, in verbis: Art. 2º. Esta Lei aplica-se a: I - alienação e concessão de direito real de uso de bens; II - compra, inclusive por encomenda; III - locação; IV - concessão e permissão de uso de bens públicos; V - prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados; VI - obras e serviços de arquitetura e engenharia; VII - contratações de tecnologia da informação e de comunicação. Art. 3º Não se subordinam ao regime desta Lei: I - contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão de garantia relacionadas a esses contratos; II - contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria. PESSOAS (quem licita): (1) Como futuros contratantes: Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais, bem como órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário de todos os entes federados (U/E/DF/M). Licitarão também os fundos especiais eventualmente criados por quaisquer órgãos ou entidades arrolados – conforme art. 1º, Lei 14.133/2021); (2) Como futuros contratados: Pessoas físicas ou jurídicas (ou consórcios), públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS: Art. 173, §1º, III, CF – precisam fazer licitação, com significativas ressalvas, sob pena de inviabilização do desempenho das atividades específicas para as quais foi instituída a entidade: isso ocorre quando suas aquisições ou alienações digam respeito ao desempenho de atos tipicamente comerciais, correspondentes ao próprio objetivo a que a pessoa está proposta e desde que tais atos demandem a agilidade, a rapidez, o procedimento expedito da vida negocial corrente, sem o que haveria comprometimento da boa realização de sua finalidade. Art. § 1º, Lei nº 14.133/2021 – informa que tais entidades não são abrangidas por esta norma, eis que regidas pela Lei nº 13.303/2016, ressalvando-se que aplicam-se a elas, inobstante, os crimes licitatórios arrolados no art. 178 [que, como já se sabe, foram remetidos ao Código Penal]. TERCEIRO SETOR: OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) – Lei 13.019/2014 – e OS (Organização social) – Lei 9.637/1998: Não há, em princípio, obrigatoriedade de licitar por serem entes privados. Contudo, como tais entidades têm influxo mínimo de normas do direito público – pois são “paraestatais”. Quanto a tais entidades, STF assentou o seguinte posicionamento: As organizações sociais, por integrarem o Terceiro Setor, não fazem parte do conceito constitucional de Administração Pública, razão pela qual não se submetem, em suas contratações com terceiros, ao dever de licitar, o que consistiria em quebra da lógica de flexibilidade do setor privado, finalidade por detrás de todo o marco regulatório instituído pela Lei. Por receberem recursos públicos, bens públicos e servidores públicos, porém, seu regime jurídico tem de ser minimamente informado pela incidência do núcleo essencial dos princípios da Administração Pública, dentre os quais se destaca o princípio da impessoalidade, de modo que suas contratações devem observar o disposto em regulamento próprio (Lei nº 9.637/98, art. 4º, VIII), fixando REGRAS OBJETIVAS E IMPESSOAIS PARA O DISPÊNDIO DE RECURSOS PÚBLICOS [...]. COMO AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS LICITAM? Disposições na Lei das Estatais Lei nº 13.303/2016: CAPÍTULO III DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA PÚBLICA E DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Art. 27. [...] § 3o A empresa pública e a sociedade de economia mista poderão celebrar convênio ou contrato de patrocínio com pessoa física ou com pessoa jurídica para promoção de atividades culturais, sociais, esportivas, educacionais e de inovação tecnológica, desde que comprovadamente vinculadas ao fortalecimento de sua marca, observando-se, no que couber, as normas de licitação e contratos desta Lei. Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29 [DISPENSA] e 30 [INEXIGIBILIDADE]. § 1o Aplicam-se às licitações das empresas públicas e das sociedades de economia mista as disposições constantes dos arts. 42 a 49 da Lei Complementar no 123/2006 [TRATAMENTO FAVORECIDO ÀS MEs E EPPs]. Art. 28. [...] § 3o São as empresas públicas e as sociedades de economia mista dispensadas da observância dos dispositivos deste Capítulo nas seguintes situações [assentando o entendimento do STF]: I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas mencionadas no caput, de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais; II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares, vinculada a oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedimento competitivo. Regramento sobre procedimentos licitatórios para EPs e SEMs entre os arts. 28 a 67 da referida lei: Importante: • Tal lei incorporou as regras do RDC – Regime Diferenciado de Contratação; • Casos de dispensa e inexigibilidade são claros e objetivos; • Os valores para a hipótese de dispensa de licitação nas contratações de “pequenos”

Essa pergunta também está no material:

[ROTEIRO] PARTE II (1)
35 pág.

Direito Administrativo I Fundação Escola Superior do Ministério PúblicoFundação Escola Superior do Ministério Público

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Desculpe, mas o texto fornecido é muito extenso para ser respondido aqui. Se você tiver uma pergunta específica sobre contratações públicas e licitações, por favor, me pergunte diretamente.

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