Uma professora de educação infantil se incomodou com a bagunça da sala de aula após atividades envolvendo artes ou brincadeiras. As crianças, de 4 ...

Uma professora de educação infantil se incomodou com a bagunça da sala de aula após atividades envolvendo artes ou brincadeiras. As crianças, de 4 a 5 anos, deixavam o material espalhado e ela se viu recolhendo apressadamente tudo para a próxima atividade, preocupada porque tomava seu tempo e diminuía suas condições de acompanhar as crianças nesses momentos. Em uma conversa com amigos de fora da escola, disseram a ela que devia impor uma regra, obrigando as crianças a recolher tudo após as atividades, pois “elas têm de criar bons hábitos desde pequenas”. Se considerarmos o que discute Berbel (2011), a professora, diante dessa sugestão, deve considerá-la
(A) adequada, pois as crianças dessa idade já são capazes de realizar a tarefa com autonomia, sem intervenção docente, faltando aqui apenas a imposição clara das regras ao grupo.
(B) parcialmente adequada, pois a autodeterminação implica aceitar irrestritamente a bagunça como consequência da imaturidade infantil ante o longo processo pelo qual a criança passará até poder assumir tarefas individuais que favoreçam um coletivo.
(C) inadequada, pois é papel do professor cuidar do ambiente escolar de modo que garanta na vida cotidiana as ações das crianças de modo totalmente independente de influências externas.
(D) parcialmente adequada, pois a autonomia deve ser promovida a partir de uma motivação intrínseca e não pela pressão externa, pois, ao se sentir obrigado a realizar algo, o indivíduo tem sua atenção desviada da tarefa.
(E) adequada, pois os hábitos são efetivamente criados desde cedo a partir de um treino moral a respeito da responsabilidade de cada um e da importância da obediência coletiva.