A violência é reconhecida como um problema para a área da saúde que deixa sequelas orgânicas e emocionais na vida do indivíduo e da coletividade. L...

A violência é reconhecida como um problema para a área da saúde que deixa sequelas orgânicas e emocionais na vida do indivíduo e da coletividade. Logo, requer a formulação de políticas públicas específicas e a organização de serviços voltados ao seu enfrentamento, que incluem ações de promoção de ambientes não violentos, prevenção de violências e o atendimento das pessoas que vivenciam esta agressão. Para isso, no Brasil, algumas políticas públicas e legislações brasileiras foram construídas a partir dos tratados internacionais que o país é signatário. Com relação a contribuição destes acordos internacionais nas políticas e legislações nacionais para atenção às pessoas em situação de violências é possível dizer que: no país ocorreram avanços no enfrentamento a violência com a criação de serviços públicos especializados para o atendimento a mulheres em situação de violência e a adoção de planos nacionais de enfrentamento a este agravo reconhecendo a violência contra a mulher como uma violência de gênero em consonância com os tratados que o país é signatário. o enfrentamento a violência é uma ação intersetorial, a adesão aos tratados internacionais impulsionou medidas no país como a diminuição da impunidade penal de homens agressores e contribuiu para a ampliação da desigualdade entre homens e mulheres desconsiderando a violência como uma questão de gênero. dar visibilidade às violências é um dos compromissos assumidos internacionalmente pelo Brasil, a partir da adesão aos tratados e conferências, no entanto, esta é uma ação de difícil implementação, sendo que no setor saúde não tem nenhuma política pública neste sentido. a Lei Maria da Penha, em consonância com os tratados internacionais, define uma política nacional voltada para a punição do agressor, destacando a igualdade e a não vulnerabilidade social das mulheres. Aponta o dever do Estado em promover políticas públicas exclusivamente na área da saúde capazes de incidir globalmente sobre o fenômeno da violência contra a mulher. apesar da adesão a tratados e acordos internacionais, no país não estão previstos mecanismos de participação social das mulheres na construção de políticas públicas voltadas para a atenção às situações de violência.