“[...] os nossos antepassados, ávidos de lucro, fizeram o baixo tráfico da carne humana, no começo de nossa formação até 1851, quando foi decretada...

“[...] os nossos antepassados, ávidos de lucro, fizeram o baixo tráfico da carne humana, no começo de nossa formação até 1851, quando foi decretada a proibição de importar os pretos africanos, arrebatados à fruição selvagem de suas terras para serem aqui vendidos, como escravos, que as leis assim os reconheciam. Em 13 de maio de 1888, por entre alegrias e festas, foi promulgada a lei que aboliu a escravidão no Brasil e integrada a nacionalidade com os libertos, tornados cidadãos; mas no país já estavam inoculados vários prejuízos e males da execrável instituição, difíceis de exterminar. Dentre esses males que acompanharam a raça subjugada, e como um castigo pela usurpação do que de mais precioso tem o homem – a sua liberdade –, ficou nosso vício pernicioso e degenerativo de fumar as sumidades floridas da planta aqui denominada fumo d’Angola, maconha e diamba, e ainda, por corrupção, liamba ou riamba” (Dória, 2016 [1915], p. 65-66). No texto acima, temos parte do trabalho intitulado “Os fumadores de maconha: efeitos e males do vício”, apresentado pelo então médico e político brasileiro José Rodrigues Dória, registrado da memória do II Congresso Científico Pan-Americano, reunido em Washington DC, em 27 de dezembro de 1915. Analise as afirmativas acerca de Rodrigues Doria e indique se são verdadeiras (V) ou falsas (F).