Quando noticiou a celebração do acordo do camarão entre o Brasil e os Estados Unidos da América, o jornal O Estado de São Paulo procurou acentuar a...

Quando noticiou a celebração do acordo do camarão entre o Brasil e os Estados Unidos da América, o jornal O Estado de São Paulo procurou acentuar a importância do fato, considerando-a uma vitória diplomática brasileira. Para confirmar essa conclusão, assinalou, com rara felicidade, seis pontos essenciais que favorecem a posição brasileira, apesar de todos os cuidados e de todas as ressalvas constantes do acordo por exigência norte-americana. São os seguintes esses pontos:

I) O Brasil pode exercer controle na área delimitada para a pesca de camarão, em águas situadas dentro das 200 milhas;
II) Os Estados Unidos têm, nas águas brasileiras, uma zona limitada para pescar camarão;
III) O Brasil pode cobrar taxas de compensação em relação à pesca efetuada em águas brasileiras;
IV) O governo norte-americano é obrigado a registrar os pesqueiros que operarão em águas que o Brasil reivindica como suas, e o Brasil pode vetar os barcos que não tenham cumprido uma série de formalidades e não atendam aos requisitos estabelecidos;
V) Há um limite para o número de barcos americanos, mas não para os brasileiros;
VI) Ao Brasil compete a inteira fiscalização da zona delimitada.