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De acordo com registros históricos, o primeiro uso do desenho técnico consta no álbum de desenho da Livraria do Vaticano, já que no ano de 1490, ao...

De acordo com registros históricos, o primeiro uso do desenho técnico consta no álbum de desenho da Livraria do Vaticano, já que no ano de 1490, aos 47 anos de idade, o italiano Giuliano de Sangalo (1443-1516), escultor, arquiteto e engenheiro militar, já usava planta e elevação, ou seja, já representava objetos considerando a vista de cima ou superior e a vista de frente ou frontal, exatamente como são feitos os desenhos técnicos atuais.

Em 1795, Gaspard Monge (1746-1818), aos 49 anos de idade, criou um método com base na dupla projeção ortogonal de um objeto tridimensional. Monge era matemático e foi quem criou tanto a Geometria Descritiva (base do desenho técnico projetivo) quanto a Geometria Diferencial. Essas duas projeções, chamadas de vista de cima ou superior ou planta e a vista de frente ou frontal ou anterior, representadas em dois planos ortogonais ou perpendiculares (posteriormente denominados π e π’), passaram a ser representadas em um único plano, através de um rebatimento, gerando o que se chama em Geometria Descritiva de épura. Foi a partir do método mongeano e dos conceitos dos diedros de projeções que se chegou à representação gráfica bidimensional de peças e objetos a partir das normas e procedimentos do desenho técnico projetivo.

Posteriormente, criou-se o terceiro plano ou plano de perfil (denominado π”), permitindo a representação em três vistas e, no processo evolutivo do Desenho Projetivo, chegou-se à concepção de imaginar o objeto no interior de um hexaedro ou cubo, permitindo a representação em até seis vistas.

 Abrantes, J.; Filgueiras Filho, C. A. Desenho técnico básico: teoria e prática. 1. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 62.

 

TEXTO 2:

Em uma vista em perspectiva, as três faces principais de um objeto são visíveis. Um desenho em perspectiva mostra a altura, a largura e a profundidade do objeto em uma única vista. Ao contrário das vistas ortográficas múltiplas, um desenho em perspectiva mostra a forma tridimensional do objeto em uma única vista. De forma geral, as projeções paralelas preservam as propriedades métricas do objeto, enquanto as projeções cônicas produzem desenhos de aspecto mais natural.

Seja qual for o desenho em perspectiva que está sendo executado, a mesma técnica geral pode ser empregada:

 

1.Esboce um paralelepípedo envolvente com as proporções corretas, usando linhas de construção traçadas de leve.

2.Acrescente os detalhes, também com linhas de construção.

3.Reforce as linhas curvas visíveis da figura.

4.Reforce as outras linhas visíveis da figura para completar o desenho.

Os desenhos em perspectiva muitas vezes têm a forma de poliedros. Poliedro é um sólido tridimensional cuja superfície é formada por um conjunto fechado de polígonos planos no qual cada aresta pertence a apenas dois polígonos. Os elementos de um poliedro são faces, arestas e vértices. Face é a superfície de um dos polígonos; aresta é a reta de interseção de duas faces; vértice é o ponto de interseção de três arestas.

Leake, J. M.; Borgerson J. L. Manual de desenho técnico para engenharia: desenho, modelagem e visualização. 2. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2015, p.50.

 

TEXTO 3:

Há aproximadamente 30 anos, os desenhos eram feitos em papéis, exigindo um grande espaço físico para as enormes pranchetas e mesas de reunião de projeto, limitando a troca de dados em meio físico (papel + correio). O desenhista projetista precisava ter um profundo conhecimento de geometria analítica. Pequenas mudanças significavam raspagem e redesenho, enquanto grandes alterações poderiam significar fazer tudo do início. Devido a essas dificuldades, alterações nos desenhos não eram realizadas, apenas cotas eram alteradas. Mudanças em um desenho tinham que ser feitas nos desenhos de conjunto, com gerenciamento próprio. Os estudos eram feitos com uma folha sobre a outra, sendo que essas folhas de desenho eram afetadas pela umidade, ainda com a limitação bidimensional do plano do papel. Os originais, à medida que eram tiradas cópias, ficavam destruídos, além de ser comum o seu extravio. Dessa forma, era necessário um espaço para a armazenagem de originais.

O surgimento do CAD modificou este cenário drasticamente.

O desenvolvimento dos sistemas CAD acompanhou o desenvolvimento do hardware dos computadores. Os novos processadores matemáticos executam cálculos rápidos que permitem o desenvolvimento, principalmente, na parte de interface gráfica. Outro grande avanço nos sistemas CAD não veio diretamente do desenvolvimento dos aplicativos, mas, sim, com o advento da internet. Hoje, devido ao caráter eletrônico de armazenamento dos dados, é possível trocar informações em qualquer local do mundo, o que permite, por exemplo, que o projeto de uma cabine de caminhão seja feito nos Estados Unidos, enquanto o projeto do chassi deste mesmo caminhão seja feito na Índia, com o projeto da instalação do motor sendo feito na Alemanha, tudo em tempo real.

Breda G.; dos Santos, K. C. P. Desenho assistido por computador. Porto Alegre: SAGAH, 2017, p.3 a 4.

A descrição com o objetivo de interpretar, analisar e, principalmente, estabelecer modos de intervenção no relacionamento dos espaços implica uma atitude de representação gráfica, caracterizada por uma simbologia própria e, consequentemente, uma linguagem própria.

A representação gráfica e o desenho em geral satisfazem aplicações muito diversas e estão presentes em praticamente toda atividade humana. Constitui-se na mais antiga forma de registro e comunicação de informação e, embora tendo conhecido mais mudanças quanto ao modo de produção e de apresentação do que as mudanças tecnológicas verificadas ao longo da História, nunca foi substituída efetivamente por nenhuma outra.

Sendo assim, defina os modelos de representação de objetos empregados no Desenho Técnico convencional. A partir destas definições, descreva as adaptações e evoluções destas representações nos sistemas CAD indicando as principais vantagens da utilização do Desenho Assistido por Computador.


Respostas

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O desenho técnico é uma forma de representação gráfica de objetos e projetos, sendo essencial para diversas áreas como engenharia, arquitetura e design. No ano de 1490, Giuliano de Sangalo foi um dos primeiros a utilizar plantas e elevações, representando objetos em vistas de cima e de frente, semelhante aos desenhos técnicos atuais. Posteriormente, em 1795, Gaspard Monge desenvolveu a Geometria Descritiva, base do desenho técnico projetivo, utilizando projeções ortogonais para representar objetos tridimensionais em planos bidimensionais. Com o avanço da tecnologia, o surgimento do CAD (Desenho Assistido por Computador) revolucionou a forma como desenhos são feitos, permitindo maior precisão, facilidade de edição e compartilhamento de projetos em tempo real.

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Alaor Almeida

cade a resposta???

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viviane b s

Avaliação A3


TEXTO 1:

De acordo com registros históricos, o primeiro uso do desenho técnico consta no álbum de desenho da Livraria do Vaticano, já que no ano de 1490, aos 47 anos de idade, o italiano Giuliano de Sangalo (1443-1516), escultor, arquiteto e engenheiro militar, já usava planta e elevação, ou seja, já representava objetos considerando a vista de cima ou superior e a vista de frente ou frontal, exatamente como são feitos os desenhos técnicos atuais.

Em 1795, Gaspard Monge (1746-1818), aos 49 anos de idade, criou um método com base na dupla projeção ortogonal de um objeto tridimensional. Monge era matemático e foi quem criou tanto a Geometria Descritiva (base do desenho técnico projetivo) quanto a Geometria Diferencial. Essas duas projeções, chamadas de vista de cima ou superior ou planta e a vista de frente ou frontal ou anterior, representadas em dois planos ortogonais ou perpendiculares (posteriormente denominados π e π’), passaram a ser representadas em um único plano, através de um rebatimento, gerando o que se chama em Geometria Descritiva de épura. Foi a partir do método mongeano e dos conceitos dos diedros de projeções que se chegou à representação gráfica bidimensional de peças e objetos a partir das normas e procedimentos do desenho técnico projetivo.

Posteriormente, criou-se o terceiro plano ou plano de perfil (denominado π”), permitindo a representação em três vistas e, no processo evolutivo do Desenho Projetivo, chegou-se à concepção de imaginar o objeto no interior de um hexaedro ou cubo, permitindo a representação em até seis vistas.

 Abrantes, J.; Filgueiras Filho, C. A. Desenho técnico básico: teoria e prática. 1. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 62.

 

TEXTO 2:

Em uma vista em perspectiva, as três faces principais de um objeto são visíveis. Um desenho em perspectiva mostra a altura, a largura e a profundidade do objeto em uma única vista. Ao contrário das vistas ortográficas múltiplas, um desenho em perspectiva mostra a forma tridimensional do objeto em uma única vista. De forma geral, as projeções paralelas preservam as propriedades métricas do objeto, enquanto as projeções cônicas produzem desenhos de aspecto mais natural.

Seja qual for o desenho em perspectiva que está sendo executado, a mesma técnica geral pode ser empregada:

 

1.Esboce um paralelepípedo envolvente com as proporções corretas, usando linhas de construção traçadas de leve.

2.Acrescente os detalhes, também com linhas de construção.

3.Reforce as linhas curvas visíveis da figura.

4.Reforce as outras linhas visíveis da figura para completar o desenho.

Os desenhos em perspectiva muitas vezes têm a forma de poliedros. Poliedro é um sólido tridimensional cuja superfície é formada por um conjunto fechado de polígonos planos no qual cada aresta pertence a apenas dois polígonos. Os elementos de um poliedro são faces, arestas e vértices. Face é a superfície de um dos polígonos; aresta é a reta de interseção de duas faces; vértice é o ponto de interseção de três arestas.

Leake, J. M.; Borgerson J. L. Manual de desenho técnico para engenharia: desenho, modelagem e visualização. 2. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2015, p.50.

 

TEXTO 3:

Há aproximadamente 30 anos, os desenhos eram feitos em papéis, exigindo um grande espaço físico para as enormes pranchetas e mesas de reunião de projeto, limitando a troca de dados em meio físico (papel + correio). O desenhista projetista precisava ter um profundo conhecimento de geometria analítica. Pequenas mudanças significavam raspagem e redesenho, enquanto grandes alterações poderiam significar fazer tudo do início. Devido a essas dificuldades, alterações nos desenhos não eram realizadas, apenas cotas eram alteradas. Mudanças em um desenho tinham que ser feitas nos desenhos de conjunto, com gerenciamento próprio. Os estudos eram feitos com uma folha sobre a outra, sendo que essas folhas de desenho eram afetadas pela umidade, ainda com a limitação bidimensional do plano do papel. Os originais, à medida que eram tiradas cópias, ficavam destruídos, além de ser comum o seu extravio. Dessa forma, era necessário um espaço para a armazenagem de originais.

O surgimento do CAD modificou este cenário drasticamente.

O desenvolvimento dos sistemas CAD acompanhou o desenvolvimento do hardware dos computadores. Os novos processadores matemáticos executam cálculos rápidos que permitem o desenvolvimento, principalmente, na parte de interface gráfica. Outro grande avanço nos sistemas CAD não veio diretamente do desenvolvimento dos aplicativos, mas, sim, com o advento da internet. Hoje, devido ao caráter eletrônico de armazenamento dos dados, é possível trocar informações em qualquer local do mundo, o que permite, por exemplo, que o projeto de uma cabine de caminhão seja feito nos Estados Unidos, enquanto o projeto do chassi deste mesmo caminhão seja feito na Índia, com o projeto da instalação do motor sendo feito na Alemanha, tudo em tempo real.

Breda G.; dos Santos, K. C. P. Desenho assistido por computador. Porto Alegre: SAGAH, 2017, p.3 a 4.

A descrição com o objetivo de interpretar, analisar e, principalmente, estabelecer modos de intervenção no relacionamento dos espaços implica uma atitude de representação gráfica, caracterizada por uma simbologia própria e, consequentemente, uma linguagem própria.

A representação gráfica e o desenho em geral satisfazem aplicações muito diversas e estão presentes em praticamente toda atividade humana. Constitui-se na mais antiga forma de registro e comunicação de informação e, embora tendo conhecido mais mudanças quanto ao modo de produção e de apresentação do que as mudanças tecnológicas verificadas ao longo da História, nunca foi substituída efetivamente por nenhuma outra.

Sendo assim, defina os modelos de representação de objetos empregados no Desenho Técnico convencional. A partir destas definições, descreva as adaptações e evoluções destas representações nos sistemas CAD indicando as principais vantagens da utilização do Desenho Assistido por Computador.

COMO FAZER:

Para esboçar um paralelepípedo envolvente (ou seja, o menor paralelepípedo que pode envolver um objeto 3D), siga os seguintes passos:

Materiais Necessários:

·       Papel

·       Lápis

·       Borracha

·       Régua

Passos:

1.    Defina as Proporções: Antes de começar, você deve decidir as proporções do paralelepípedo. Vamos usar um exemplo genérico com proporções diferentes para comprimento, largura e altura.

 

2.    Desenhe a Base: Comece desenhando um retângulo que representará a base do paralelepípedo. Utilize a régua para garantir que todos os ângulos sejam retos e as linhas sejam retas.

 

3.    Desenhe as Linhas de Construção Verticais: De cada um dos quatro vértices do retângulo, trace linhas verticais para cima. A altura dessas linhas será a altura do paralelepípedo. As linhas devem ser traçadas de leve, pois são apenas guias.

 

4.    Desenhe o Topo: Conecte as extremidades das linhas verticais traçando outro retângulo no topo, paralelo ao retângulo da base.

 

5.    Complete o Paralelepípedo: Conecte os vértices correspondentes do retângulo da base ao retângulo do topo com linhas retas. Isso formará as arestas verticais do paralelepípedo.

 

6.    Revise e Ajuste: Verifique se todas as linhas estão corretas e ajustadas. Passe por cima das linhas finais com mais firmeza para destacá-las, e apague as linhas de construção levemente traçadas que não fazem parte da estrutura final.

 O DESENHO FINAL FICA ASSIM: ( MAS PRECISAR ESTAR A MÃO) - Aqui uma ideia de como deverá ficar



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