exto I PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE. TRIBUTÁRIO. DESPACHO ADUANEIRO. DIREITO ANTIDUMPING. SÚMULA 323/STF. NÃO INCIDÊNCIA. HONORÁRIOS. NÃO CABIMENTO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. [...] III - A quitação dos direitos antidumping é requisito para perfectibilização do processo de importação. A retenção de mercadorias e a exigência do recolhimento de tributos e multa ou prestação de garantia integram a operação aduaneira. Inaplicabilidade da Súmula 323 do Supremo Tribunal Federal [...]. Fonte: REsp n. 1.728.921/SC, relatora Ministra Regina Helena Costa, Primeira Turma, julgado em 16/10/2018, DJe de 24/10/2018. Texto II Tício é empresário individual no ramo varejista de venda de produtos importados, sempre atento e adimplente a seus compromissos legais, sobretudo tributários. Embora acostumado com o trâmite burocrático inerente ao desembaraço aduaneiro de seus produtos, jamais teve qualquer imbróglio. No começo de 2020, Tício se interessou por alguns aparelhos eletrônicos que estavam sendo exportados da China por um preço inferior no mercado interno (tanto no mercado chinês quanto no brasileiro). Assim, providenciou uma grande encomenda desses aparelhos para aproveitar esta “grande oportunidade”. Ocorre que foi surpreendido com a desagradável notícia que a referida encomenda não seria liberada pela alfândega devido a necessidade de se pagar, entre outros encargos, os direitos antidumping*. Tício ficou inconformado com a exigência do pagamento de direitos antidumping, pois tornaria o valor dos bens importados equivalente ao ofertado no mercado interno, deixando de ser “atrativa” a importação. Contudo, a Administração Alfandegária informou a Tício que os aparelhos eletrônicos importados ficariam retidos até que os valores devidos fossem pagos, inclusive os direitos antidumping. Desta forma, sentindo-se constrangido e olhando o Estado como um indevido interventor que ameaça a sua atividade econômica e sua livre iniciativa, Tício procurou um advogado, o qual impetrou