Silvana comparece em seu escritório para lhe contratar como profissional jurídico trazendo consigo uma petição inicial. Trata-se de uma ação de oferta de alimentos cumulada com regulamentação de visitas distribuída por seu ex companheiro Felipe, com quem tem uma filha de 9 anos. A filha, Sandra, reside com a mãe, desde a separação de fato, na cidade de Florianópolis/SC. Felipe, no entanto, após a separação passou a morar na cidade de Chapecó – um município situado no extremo oeste de Santa Catarina que tem cerca de 600km de distância de Florianópolis. Felipe, apesar de ser um pai carinhoso, desde a separação e mudança para Chapecó tem sido um pai ausente. Além disso, de acordo com Silvana, Felipe contribui financeiramente para com os cuidados de sua filha quando e como bem entende, sem valor, data ou mês definidos. Essa atitude tem causado muitos conflitos entre eles. Em sua petição inicial, distribuída perante a 2a Vara da Família de Chapecó/SC, Felipe oferece 1 salário mínimo mensal para a filha a título de alimentos. Alega que não possui vínculo de emprego e que, apenas, realiza bicos. Alega que sua realidade financeira, no momento, não lhe permite contribuir com um valor maior. Silvana, no entanto, lhe informa que ele é empresário e que possui uma empresa voltada para a área de tecnologia e presta serviços, como autônomo, para várias outras empresas. No instagram Felipe ostenta uma vida de luxo. Viagens, bons restaurantes, passeios. Silvana, por sua vez, é enfermeira contratada com carteira assinada, recebe o valor líquido de R$ 2.800,00 mensais. Silvana lhe informa que nunca precisou se preocupar com o custeio da vida da filha, haja vista que Felipe era responsável por essas despesas. Era ele quem pagava o aluguel, escola, plano de saúde. Silvana alega que, somente, a escola da filha tem mensalidade no valor de R$ 1.500,00, estando, inclusive, atrasado o pagamento, em razão da falta de recursos financeiros. Ela tem muita urgência que o valor da pensão seja compatível à realidade da filha. Felipe sugere que a