O câncer é uma doença genética e é etiologicamente atribuído a alterações genéticas capazes de transformar células normais. Os primeiros genes relacionados com o desenvolvimento do câncer foram identificados e chamados de "oncogenes". A existência de "antioncogenes" também havia sido postulada, mas faltaram evidências definitivas por muitos anos. Em 1969, Knudson foi o primeiro que apontou para a existência de genes supressores de tumor, baseados na cinética do desenvolvimento de retinoblastomas esporádicos e hereditários. KNUDSON, A. G., Jr. Mutation and cancer: statistical study of retinoblastoma. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 68, n 4, 1971. doi:10.1073/pnas.68.4.820. Sobre os genes supressores de tumor, julgue os itens a seguir. I. Os genes supressores tumorais são responsáveis por codificar proteínas que possuem papel importante na regulação do ciclo celular e na apoptose. Através da regulação normal, a célula sobrevive o tempo necessário para exercer suas funções enquanto for viável. II. Os genes supressores de tumor podem sofrer mutações ou deleções chamadas de “perda de função”. Qualquer uma dessas alterações pode levar ao desenvolvimento de tumores, pois promovem, por exemplo, o bloqueio da ativação do ciclo celular. III. A mutação de um gene supressor de tumor pode levar à “perda da heterozigose”. Isso ocorre quando a cópia funcional do gene é alterada, ou seja, ocorre a perda da função normal do alelo de um gene, inativando a produção de um supressor tumoral, por exemplo. IV. A mutação em um gene supressor de tumor leva à alteração da função da proteína codificada por esse gene. Essas proteínas podem estar relacionadas com a divisão celular, com o reparo do DNA, com a morte celular e com a transdução de sinal. V. A teoria dos dois eventos (Knudson) explica que, para ser capaz de induzir a carcinogênese, devem ocorrer mutações que provoquem a perda dos dois alelos de um gene supressor tumoral. Isso se explica pelo fato de que os