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Se de um contexto diferente, o que demanda uma modelagem própria para o setor público. Também defende a responsabilidade na prestação de serviços p...

Se de um contexto diferente, o que demanda uma modelagem própria para o setor público. Também defende a responsabilidade na prestação de serviços públicos para os cidadãos. Principais características: Ênfase na qualidade do serviço e na análise custo/benefício; Busca por excelência dos serviços públicos; Ações visando trazer o poder de volta dos grupos nomeados para os grupos eleitos; Menor valorização do “paradigma do mercado” como elemento norteador da prestação dos serviços públicos; Desenvolvimento do trabalho comunitário, a avaliação de demandas sociais e a garantia da participação popular na formulação de políticas e na avaliação dos serviços públicos. Modelo Societal. Segundo Paes-Paula (2005), o modelo societal expressa-se nas experiências participativas de gestão, como os Conselhos Gestores e o Orçamento Participativo. Suas raízes vêm do ideário das mobilizações populares contra a ditadura e pela redemocratização do país, com destaque para os movimentos sociais. A autora supra citada defende que a concretização desse modelo depende da maneira como o Estado e a sociedade brasileira se articulam para determinar seus papéis e espaços. O modelo societal insere-se na perspectiva de uma gestão social, uma vez que defende uma gestão mais participativa, que inclua no processo decisório os diferentes atores sociais. A administração pública societal está ligada ao processo de redemocratização (décadas de 60-70) e na busca por um modelo de administração que aproxime os cidadãos dos processos de tomada de decisão, que seja mais aberto à práticas participativas e voltado às necessidades dos brasileiros e mais eficiente na coordenação da economia e dos serviços públicos. O ambiente de mobilizações da sociedade brasileira por reformas apontava também para O modelo de administração pública societal está relacionado à gestão democrática e participativa. Portanto, pode ser compreendido como um processo gerencial dialógico no qual a autoridade decisória é compartilhada entre os participantes da ação, em que todos os atores sociais têm direito vez e voz, sem nenhum tipo de coação. (PEDROSO; CORNETTA; KAMIMURA, 2016, p.142). Aspectos socioeconômicos que interferem nas condições de vida da população, dentre eles, saneamento básico, habitação, custo de vida, transportes e saúde. Na década de 1980, no momento da elaboração da Constituinte, diferentes forças políticas ofereciam respostas para formular um novo referencial entre Estado e sociedade. Nesse contexto, aumentavam as mobilizações reivindicando cidadania e maior participação da sociedade civil na condução das políticas públicas e na definição da agenda política, criando, para tanto, instrumentos de controle social (PEDROSO; CORNETTA; KAMIMURA, 2016). Dessa forma, esse modelo oportuniza a criação de canais de participação voltados ao interesse público, espaço para ouvir as necessidades dos cidadãos, nos mais diversos temas (saúde, educação, segurança, entre outros), nos aspectos da participação social. Podemos citar exemplos como os Conselhos Gestores de Políticas Públicas, Conselhos de Saúde, de Educação, o Orçamento Participativo, dentre tantos outros. O modelo de administração pública societal é uma alternativa de substituição da gestão pública burocrática ao oportunizar um gerenciamento mais voltado à participação do cidadão nas decisões e acompanhamento das ações do governo. Após a Constituição Federativa de 1988, a partir da década de 1990, as manifestações desse modelo vão paulatinamente se apresentando e evoluindo aos longos das últimas décadas. No entanto, há ainda caminhos e avanços para serem percorridos, os avanços ocorrem e os desafios para que a implementação desse modelo de administração pública de fato se configure com a participação da sociedade no processo decisório alcance a efetividade. Pedroso; Cornetta; Kamimura (2016, p. 144-146) apresentam os pressupostos do modelo de administração pública societal, no tocante à origem, ao projeto político, à estrutura, à participação social e à gestão utilizando como exemplo o projeto brasileiro de saúde - Sistema Único de Saúde – SUS. Quanto à Origem. O modelo de administração pública societal teve como origem os movimentos sociais, iniciados na década de 1960. Assim, o Sistema Único de Saúde – SUS, embora tenha se constituído sob a ótica do modelo de administração pública gerencial, sua origem remonta aos movimentos sociais da década de 1970. Portanto, no tocante a variável “origem” seus princípios estão em sintonia com os pressupostos do modelo de administração pública societal. Quanto ao Projeto Político: A administração pública societal enfatiza a participação social e busca estruturar um projeto político alternativo ao concebido pelo modelo de administração pública gerencial. No tocante ao Projeto Político, Sistema Único de Saúde – SUS apresenta-se como projeto político alternativo ao modelo de administração gerencial e ao sistema de saúde vigente até então. Portanto, suas diretrizes estão em sintonia com os pressupostos do modelo de administração pública societal. Quanto à Estrutura: A administração pública societal, por sua vez, fundamenta-se na dimensão sociopolítica. Quanto à variável “estrutura”, as diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS estão em sintonia com os pressupostos do modelo de administração pública societal. Quanto à Organização Administrativa: A administração societal não apresenta proposta de organização administrativa para o Estado, enfatiza experiências de modelos locais. As diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS estão em sintonia com o modelo de administração gerencial, visto que o modelo de administração societal apresenta proposta apenas para experiências locais. Quanto à Participação Social: As instituições da administração pública societal colocam-se como participativa e enfatizam estruturas e canais de participação popular. As diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS estão em sintonia com o modelo de gestão participativa, portanto aderente aos pressupostos da administração pública societal. Quanto à Gestão: A administração social enfatiza experiências de gestão focalizadas nas demandas do público-alvo, incluindo questões culturais e participativas. As diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS estão sintonizadas com o modelo de administração pública societal, portanto, as diretrizes do Sistema Único Saúde, no tocante à origem, ao projeto político, à estrutura, à participação social e à gestão estão em consonância com os pressupostos da administração pública societal. A organização administrativa está em sintonia com o modelo de administração pública gerencial, visto que o modelo de administração societal não apresenta proposta de organização administrativa para o aparelho do Estado, enfatizando iniciativas locais de organização da gestão pública. Tratando da administração pública e da participação social, o estudo de Kamimura, Oliveira e Di Maio Junior (2014, p. 608-609), publicado em Portugal, buscou evidenciar a governança local dos riscos tecnológicos, a partir da participação cidadã das comunidades potencialmente atingidas e questiona-se como as sociedades, que potencialmente se beneficiam pela adoção de determinada tecnologia e estejam sujeitas aos riscos (nem sempre conhecidos) por ela gerados, devam estabelecer “processos decisórios” (inclusive para aprovação de instalação destes empreendimentos). Eles chegam às seguintes conclusões: o “De maneira geral, a sociedade potencialmente afetada pela existência de risco prefere negá-lo, evitando assim sair de sua zona de conforto, aceitando a convivência taciturna. Apesar de não mais deduzir o risco como manifestação divina, ainda delega seu controle ao ente religioso, “Deus”. o A partir do exercício da comunicação de risco, a comunidade do entorno passa a exigir a gestão destes por parte dos órgãos competentes (empresa/poder público). Ela se empodera do equacionamento do risco; participando de plano de emergência, tendo ciência do risco e ações que tenha que tomar na eventualidade deste se concretizar. o É fundamental que o poder público disponibilize foros de discussão dos pontos de vista de todos os atores sociais envolvidos para que se tome a decisão mais adequada para o equacionamento dos riscos tecnológicos e consolidação do desenvolvimento regional de forma sustentável. Se existir uma gestão adequada dos riscos tecnológicos é possível viabilizar o desenvolvimento sustentável, uma vez que se evita o exponencial custo com as perdas oriundas dos desastres. o A participação popular e o controle social interferem nas “tomadas de decisões” que impactam os rumos da unidade de planejamento em

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Administração Pública
110 pág.

Economia Brasileira Universidade de TaubatéUniversidade de Taubaté

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