e acordo com Sérgio Buarque de Holanda, a estrutura portuguesa, nunca contou com um aparato jurídico coercitivo forte, pois se mostrava um tanto quanto flexível se comparada a outras como a da Inglaterra, por exemplo. Devido a esse fator, a colonização herdou traços de uma burocracia “informal”, ou seja, uma burocracia não muito rígida e adaptável, maleável. À frouxidão da estrutura social, à falta de hierarquia organizada devem-se alguns dos episódios mais singulares da história das nações hispânicas, incluindo-se nelas Portugal e o Brasil. Os elementos anárquicos sempre frutificaram aqui facilmente, com a cumplicidade ou a indolência displicente das instituições e costumes. As iniciativas, mesmo quando se quiseram construtivas, foram continuamente no sentido de separar os homens, não de os unir. Os decretos dos governos nasceram em primeiro lugar da necessidade de se conterem e de se refrearem as paixões particulares momentâneas, só raras vezes da pretensão de se associarem permanentemente as forças ativas. SANCHES, R. de C. F.; CARVALHO, L. F. de. Formação do Pensamento Sociológico Brasileiro II. Maringá: UniCesumar, 2021 (adaptado). Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A estrutura social portuguesa, segundo Sérgio Buarque de Holanda, era flexível e carente de um aparato jurídico coercitivo forte, o que contribuiu para uma colonização com características de burocracia informal e uma organização social menos rígida. PORQUE II. A estrutura social portuguesa, segundo Sérgio Buarque de Holanda, era rigidamente hierárquica e caracterizada por um forte aparato jurídico coercitivo, semelhante à estrutura inglesa. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: Alternativas Alternativa 1: As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Alternativa 2: As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Alternativa 3: A asserção I é uma proposição verdadeira