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Jerônimo, agente público estadual, recebeu dinheiro de Eufrânio para fazer declaração falsa sobre dados técnicos de obra pública, objeto do contrato administrativo firmado entre a Empresa ABC, da qual Eufrânio é cotista, e o Estado “X”. Jonas, superior hierárquico de Jerônimo, toma conhecimento do fato, mas este último falece antes da adoção de qualquer medida. Considerando a situação hipotética, assinale a alternativa correta, à luz da Lei de Improbidade Administrativa (Lei Federal nº 8.429/92).
a) Eufrânio não se submeterá às cominações da Lei de Improbidade Administrativa caso tenha sofrido sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas, previstas na legislação específica.
b) Jonas, a autoridade que conheceu dos fatos, tem o dever de representar ao Ministério Público competente, para as providências necessárias.
c) Eufrânio não se submete às consequências jurídicas da Lei de Improbidade porque não integra o rol de agentes públicos, embora possa ser punido por outros meios legalmente previstos.
d) Jerônimo praticou ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, razão pela qual seus herdeiros estão sujeitos à obrigação de reparar integralmente o dano.
e) Embora Jerônimo tenha praticado ato de improbidade administrativa, importando em enriquecimento ilícito, a obrigação de reparar os danos não se transmite aos herdeiros.
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Questões Para a Compreensão

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há 4 meses

Vamos analisar cada uma das alternativas à luz da Lei de Improbidade Administrativa (Lei Federal nº 8.429/92): a) Eufrânio não se submeterá às cominações da Lei de Improbidade Administrativa caso tenha sofrido sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas, previstas na legislação específica. - Incorreta. A sanção penal não exclui a possibilidade de sanção por improbidade. b) Jonas, a autoridade que conheceu dos fatos, tem o dever de representar ao Ministério Público competente, para as providências necessárias. - Correta. A lei estabelece que a autoridade que tiver conhecimento de ato de improbidade deve comunicar ao Ministério Público. c) Eufrânio não se submete às consequências jurídicas da Lei de Improbidade porque não integra o rol de agentes públicos, embora possa ser punido por outros meios legalmente previstos. - Incorreta. Eufrânio pode ser responsabilizado por improbidade, mesmo não sendo agente público. d) Jerônimo praticou ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, razão pela qual seus herdeiros estão sujeitos à obrigação de reparar integralmente o dano. - Incorreta. A responsabilidade por atos de improbidade não se transmite aos herdeiros. e) Embora Jerônimo tenha praticado ato de improbidade administrativa, importando em enriquecimento ilícito, a obrigação de reparar os danos não se transmite aos herdeiros. - Correta. A responsabilidade por atos de improbidade não se transmite aos herdeiros, mesmo que tenha havido enriquecimento ilícito. Após essa análise, a alternativa correta é: b) Jonas, a autoridade que conheceu dos fatos, tem o dever de representar ao Ministério Público competente, para as providências necessárias.

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Analisando a situação apresentada à luz da Lei de Improbidade Administrativa (Lei Federal nº 8.429/92), podemos chegar à alternativa correta: b) Jonas, a autoridade que conheceu dos fatos, tem o dever de representar ao Ministério Público competente, para as providências necessárias. Neste caso, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa, a autoridade que toma conhecimento de ato de improbidade administrativa tem o dever de comunicar o fato ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

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De acordo com a Lei de Improbidade Administrativa, o mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato que visa fim ilícito
a) importa em violação culposa da Lei, e por isso está sujeito às penas da improbidade.
b) importa em violação dos princípios da Administração Pública, com pena prevista de multa.
c) é isento de responsabilidade por ato de improbidade administrativa pela ausência de caráter doloso.
d) é isento de responsabilidade por ato de improbidade administrativa, pela ausência de vínculo público.

O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente em virtude da prática de atos de improbidade administrativa
a) não estão sujeitos a obrigações.
b) estão sujeitos à obrigação de repará-lo integralmente.
c) estão sujeitos à obrigação de repará-lo integralmente e pagamento de multa.
d) estão sujeitos à obrigação de repará-lo integralmente e sucetíveis a detenção.
e) estão sujeitos à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio transferido.

São elementos essenciais para a configuração do ato de improbidade administrativa: sujeito ativo, sujeito passivo, dolo, além de ato tipificado como ilícito do qual decorram dano ao erário, enriquecimento ilícito ou conduta que atente contra os princípios da administração.

Certo
Errado

As sanções da Lei de Improbidade se aplicarão à pessoa jurídica, ainda que o ato de improbidade seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei no 12.846, de 1o de agosto de 2013.

a) Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que responderão nos limites da sua participação.
b) A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica acarretará improbidade administrativa, uma vez comprovado o dolo ou a culpa.
c) Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9o, 10 e 11 da Lei de Improbidade, bastando a voluntariedade do agente.
d) As sanções da Lei de Improbidade se aplicarão à pessoa jurídica, ainda que o ato de improbidade seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei no 12.846, de 1o de agosto de 2013.
e) Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos representará ao Ministério Público competente em até 30 dias úteis, sob pena de responsabilidade.

Maria é psicóloga de formação e funcionária pública estadual em São Paulo. A pedido de alguns colegas, após seguidos casos de depressão no ambiente profissional, Maria resolve criar um grupo de apoio, por ela coordenado, com o objetivo de atuar sobre a melhora da saúde mental dos colegas. Embora as reuniões do grupo ocorram em sala da repartição e em horário de expediente, não há apoio oficial do órgão no qual trabalha, motivo pelo qual Maria cobra dos colegas uma remuneração de R$ 100 por hora de sessão como forma de remuneração profissional. Ainda com base na situação hipotética apresentada no texto, é correto afirmar, com base na Lei no 8.429/1992, que, se demonstrado que Maria não tinha qualquer intenção de causar dano à administração ou obter proveito pessoal com a sua ação:

a) Não poderá ser considerada a sua conduta como ato de improbidade administrativa, pois a lei considera como tal apenas os atos cometidos com dolo.
b) Isso afastará a possibilidade de aplicação de pena por ato de improbidade contra quaisquer dos seus colegas, ainda que algum deles tenha se aproveitado dolosamente da situação.
c) Eventual multa aplicada à Maria em decorrência do seu ato de improbidade administrativa poderá ser reduzida, a critério do juízo, de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços).
d) Isso não terá qualquer relevância sobre a possibilidade de imputação ao seu ato do crime de improbidade administrativa, o qual admite modalidade culposa.
e) Não será possível aplicar à Maria a pena de demissão a bem do serviço público, em que pese ser possível enquadrar a conduta como ato de improbidade.

A empresa Beta Ltda. resulta de uma fusão da empresa Alfa Ltda. com outra sociedade em 2023, ambas pessoas jurídicas de Direito Privado. A Alfa Ltda. está sendo investigada por denúncia de facilitar a aquisição de bens por preço superior ao de mercado pela administração direta, com prejuízo ao erário público, o que teria ocorrido anteriormente à transformação societária. No caso em análise, à luz da Lei no 8.429/92, se demonstrada a efetiva prática do ato de improbidade:

a) Nem as empresas, nem seus sócios podem ser responsabilizados, pois a Lei no 8.429/92 aplica-se apenas aos atos de agentes públicos.
b) A empresa Alfa Ltda. poderá ser responsabilizada se comprovado que induziu ou concorreu dolosamente para a prática do ato de improbidade. Seus sócios e a Beta Ltda., no entanto, não podem ser responsabilizados, salvo se detectada fraude ou simulação da transformação societária.
c) A empresa Alfa Ltda. e seus sócios poderão ser responsabilizados se comprovado que induziram ou concorreram dolosamente para a prática do ato de improbidade. A empresa Beta Ltda., no entanto, não poderá ser responsabilizada, se não detectada fraude ou simulação da transformação societária.
d) Tanto a empresa Alfa Ltda. como a empresa Beta Ltda. poderão ser responsabilizadas se comprovado que a Alfa Ltda. induziu ou concorreu dolosamente para a prática do ato de improbidade.

Considere a distinção entre sujeito ativo e passivo do ato de improbidade administrativa. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, com redação dada pela Lei nº 14.230/2021, é correto afirmar que:
a) Para figurar como sujeito ativo do ato de improbidade administrativa, não se exige que o agente público seja um servidor público em sentido estrito.
b) O agente político pode figurar como sujeito passivo do ato de improbidade administrativa, desde que a conduta dolosa afete seu subsídio ou remuneração.
c) Figurando pessoa jurídica como sujeito ativo do ato de improbidade administrativa, o ilícito também será imputado, de forma solidária, aos sócios e diretores.
d) O agente causador do dano poderá responder, excepcionalmente, por conduta culposa, se um órgão da administração direta figurar como sujeito passivo do ato de improbidade.

A respeito da improbidade administrativa, com base na Lei nº 8.429/92, assinale a alternativa correta.
a) Para efeitos da Lei Improbidade Administrativa, não se considera agente público o indivíduo que ocupa função pública transitoriamente e sem remuneração.
b) É vedada a transação em ações de improbidade administrativa.
c) É válida, em regra, a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu de ação de improbidade administrativa.
a) Para efeitos da Lei Improbidade Administrativa, não se considera agente público o indivíduo que ocupa função pública transitoriamente e sem remuneração.
b) É vedada a transação em ações de improbidade administrativa.
c) É válida, em regra, a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu de ação de improbidade administrativa.

Uma das principais mudanças trazidas à Lei de Improbidade Administrativa no ano de 2021 foi a
c) proibição de receber dinheiro, bem móvel ou imóvel a título de presente de quem tenha interesse que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público.
c) proibição de receber dinheiro, bem móvel ou imóvel a título de presente de quem tenha interesse que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público.

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