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1.6) EXISTE UM LIMITE PARA ABSORÇÃO DE PROTEÍNAS POR REFEIÇÃO? Ao ingerir proteínas, elas serão degradadas nos seus componentes fundamentais, os aminoácidos. Os aminoácidos são absorvidos no intestino delgado e utilizados para diversas funções. A absorção de proteínas não é limitada, podendo levar várias horas de acordo com tipo de alimento ingerido (tabela 1.3). No entanto, existe uma limitação para o nosso organismo sintetizar proteínas. Por isso não é inteligente consumir apenas 1-2 refeições com proteínas no dia pensando em hipertrofia muscular, assim como também não é inteligente um indivíduo de 70-80 kg consumir uma grande quantidade de proteína de rápida absorção de uma única vez (60 g de whey por exemplo). A rápida absorção dos aminoácidos do whey aumenta sua oxidação, já que apenas uma parte desses aminoácidos consegue ser utilizada para síntese proteica muscular (síntese de actina e miosina). Tabela 1.3. Taxas de absorção de diferentes fontes de proteínas (BILSBOROUGH, 2006).

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Não há um limite absoluto para a absorção de proteínas por refeição, pois as proteínas são degradadas em aminoácidos que são absorvidos ao longo do tempo no intestino delgado. No entanto, o organismo tem uma capacidade limitada de sintetizar proteínas, o que significa que consumir grandes quantidades de proteína de uma só vez pode não ser eficiente para a hipertrofia muscular. É recomendado distribuir a ingestão de proteínas ao longo do dia para otimizar a síntese proteica muscular.

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1.5) RECOMENDAÇÃO DE PROTEÍNA PARA HORMONIZADOS O grande fisiculturista Nasser El Sombaty dizia que consumia apenas 100 g de proteínas em off season, em uma dieta com 80% de carboidratos. Já no período pré-competição (pré-contest) Nasser dizia consumir 400-600 g de proteínas e apenas 80-250 g de carboidratos. Ingerir mais proteínas durante uma dieta hipocalórica faz mais sentido do que ter uma grande ingestão de proteínas em uma dieta hipercalórica. Isso acontece porque durante a restrição calórica a síntese proteica tende a reduzir, enquanto a degradação de proteínas tende a aumentar. A redução das calorias e dos níveis de insulina favorece a oxidação de gorduras e o aumento da gliconeogênese (síntese de glicose a partir de... Para um fisiculturista pesando 120-130 kg (como Nasser El Sombaty) 100 g de proteínas é muito pouco, apesar dos esteroides favorecerem um 'maior aproveitamento das proteínas', aumentando síntese proteica e reduzindo degradação proteica. Seria estranho Nasser mentir a esse respeito, até porque outros fisiculturistas como Mike Mentzer e Tom Platz também relatavam consumir menos proteína que a grande maioria dos fisiculturistas. Para um indivíduo natural que treina musculação a recomendação de proteínas para hipertrofia é de 1,6 a 2,2 g/kg (MORTON, 2018). Para um indivíduo que faz uso de esteroides anabolizantes é de se esperar valores maiores, mas pouco provável algo como 4,0-5,0 g/kg de proteínas, justamente pelos esteroides também reduzirem a degradação proteica, além de aumentar a síntese. O pesquisador Shalender Bhasin (expert em estudos com doses elevadas de testosterona) já realizou diversos estudos com doses suprafisiológicas de testosterona, chegando a utilizar dosagens de 600 mg por semana em indivíduos jovens e idosos. Nos estudos de Bhasin a ingestão de proteínas ficou entre 1,2 a 1,5 g/kg e os ganhos de massa livre de gordura ficaram na média de 6,0 a 8,0 kg (com 600 mg de enantato de testosterona por semana), utilizando somente testosterona por 10 e 20 semanas respectivamente (BHASIN, 1996; BHASIN... lturistas utilize grandes quantidades de proteínas na dieta (> 3,0 g/kg), é possível ter uma ótima resposta utilizando quantidades bem menores, como 1,0 a 1,5 g/kg. Mesmo que essas quantidades possam não ser as melhores para otimizar os ganhos de massa muscular, os estudos de Bhasin dão certo suporte às alegações de Mike Mentzer e Nasser El Sombaty. Acredito que mesmo para fisiculturistas hormonizados uma quantidade de proteínas maior que 2,5 g/kg seja desnecessária para hipertrofia muscular. A quantidade exata não há como saber, até porque depende das dosagens de esteroides e do potencial genético do indivíduo. Lembrando que em déficit calórico e quando o percentual de gordura está baixo uma quantidade maior de proteínas pode ser justificada, principalmente por seus efeitos na preservação da massa muscular, no aumento da saciedade e do gasto energético (HALUCH, 2020).

CASEÍNA E LEITE A caseína é uma proteína de absorção lenta, que libera os aminoácidos de forma lenta na corrente sanguínea, mantendo os níveis desses aminoácidos mais estáveis por várias horas (7-8 horas). A caseína também é uma proteína de alta qualidade, alto valor biológico e rica em aminoácidos essenciais. Comparada a whey, a caseína mostrou menor estímulo na síntese proteica, mas mostrou melhor balanço líquido de leucina, melhor retenção de aminoácidos e menor degradação de proteínas. Enquanto whey é uma proteína mais anabólica, por seu potente efeito estimulador sobre a síntese proteica, a caseína é uma proteína mais anticatabólica, devido ao seu potencial para reduzir a degradação de proteínas. Por esse motivo, especialistas e fisiculturistas gostam do uso da caseína na última refeição, antes de dormir. Nada impede de utilizá-la em outros horários e pode ter um uso interessante após o treino também, principalmente em combinação com whey. Nesse caso, seria mais barato usar o próprio leite como fonte de proteínas, já que é um blend natural composto por 20% de whey e 80% de caseína. Estudos mostraram que o leite apresenta um bom potencial para melhorar a composição corporal, principalmente ajudar no ganho de massa muscular. A mistura de whey com leite também pode ser muito interessante após o treino de hipertrofia, já que oferece uma mistura de proteína rápida com lenta. Atrasar a absorção da proteína não é um problema, já que a “janela anabólica” pós-treino pode durar várias horas (mais detalhes na seção 7.2).

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