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O recurso do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido como responsável por praticar torturas no período do regime militar, foi negado por unanimidade pela 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta terça-feira (14). O coronel Brilhante Ustra comandou o Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo, no período de 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974. Em 1972 Maria Teles, o marido, Cesar Teles e a irmã Crimeia foram presos e torturados no Doi-Codi. Os filhos do casal também ficaram em poder dos militares. (Jornal do Brasil on-line, 21/10/2012). A notícia acima e os fatos a que ela se refere permitem a identificação de uma característica não só da ditadura militar vigente no Brasil durante a década de 1970, mas também da ditadura que vigorou em países como Chile e Argentina, a saber:

X A) a prática efetiva da guarda, pelo Estado, de filhos de presos políticos, que seriam tutelados até que seus pais terminassem de cumprir suas detenções.
B) a extensa participação de agentes do governo em práticas criminosas que o próprio Estado acobertava.
C) o incentivo que tais regimes promoviam para que cidadãos comuns denunciassem abusos cometidos por seus agentes.
D) a legalização jurídica da tortura, vista como instrumento técnico imprescindível à extração de informações acerca de condutas criminais.
E) o combate à tortura realizado pelas instâncias jurídicas desses países durante a vigência de tais regimes, estabelecendo conflitos de jurisdição entre poderes nacionais.
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Discussões sobre Licenciatura em História

ano passado

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ano passado

Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o contexto da ditadura militar no Brasil e em outros países da América Latina, como Chile e Argentina. A) A prática efetiva da guarda, pelo Estado, de filhos de presos políticos, que seriam tutelados até que seus pais terminassem de cumprir suas detenções. - Embora tenha ocorrido a separação de filhos de presos políticos, essa não é uma característica central e amplamente reconhecida. B) A extensa participação de agentes do governo em práticas criminosas que o próprio Estado acobertava. - Esta alternativa reflete bem a realidade das ditaduras, onde agentes do Estado estavam envolvidos em torturas e outras violações de direitos humanos, frequentemente com a conivência do próprio governo. C) O incentivo que tais regimes promoviam para que cidadãos comuns denunciassem abusos cometidos por seus agentes. - Na verdade, esses regimes geralmente promoviam a repressão e o medo, não incentivando denúncias. D) A legalização jurídica da tortura, vista como instrumento técnico imprescindível à extração de informações acerca de condutas criminais. - Embora a tortura tenha sido utilizada, a legalização formal e a aceitação como técnica não é uma característica universalmente reconhecida. E) O combate à tortura realizado pelas instâncias jurídicas desses países durante a vigência de tais regimes, estabelecendo conflitos de jurisdição entre poderes nacionais. - Na verdade, as instâncias jurídicas muitas vezes eram coniventes ou ineficazes em combater a tortura. Após essa análise, a alternativa que melhor representa uma característica comum das ditaduras militares, incluindo a do Brasil, é: B) a extensa participação de agentes do governo em práticas criminosas que o próprio Estado acobertava.

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