O Estado tem sido historicamente o maior empregador dos assistentes sociais. Destaca-se que um dos elementos que incide sobre o trabalho realizado no âmbito do Estado brasileiro é a burocracia – marcada pela hierarquia, pelo caráter fechado, pelo culto à autoridade, bem como pela obediência passiva às normas e rotinas, decorrendo na separação entre os interesses particulares e o interesse geral. Segundo Iamamoto (CFESS/ABEPSS, 2009), esse ethos da burocracia impregna a atuação do assistente social.

(A) pela racionalidade burocrática que impregna as ações profissionais, adquirindo uma significação contrária à que se autoproclama como portadora do interesse geral de toda a sociedade, para responder aos interesses particulares.
(B) pelas ações profissionais que se tornam cristalizadas, pontuais e mecânicas aos interesses da classe trabalhadora, respondendo aos sujeitos de acordo com a materialidade de sua imagem no mundo da burocracia.
(C) pela reiteração de procedimentos profissionais rotineiros e burocráticos na relação com os sujeitos, podendo resultar na invasão de um estranho no seu ambiente privado, muitas vezes aliado a uma atitude de tolerância com a violência.
(D) pelas competências profissionais assumindo o espírito da burocracia, em critério de verdade, esforçando para se constituir em um saber sistemático, manifesto no segredo e na competência das repartições públicas.