Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao que Dejours propõe em suas pesquisas sobre o sofrimento no trabalho: (A) as fontes de estressores do tipo controle, alienação e fragmentação de tarefas originam-se no modelo taylorista/fordista. - Esta afirmação está correta, pois Dejours critica esses modelos de organização do trabalho. (B) o texto Loucura do Trabalho retrata um tipo de olhar, uma abordagem multidisciplinar sobre o sofrimento psíquico no trabalho. - Embora Dejours aborde o sofrimento psíquico, essa afirmação é mais geral e não é o foco principal de suas pesquisas. (C) a “doença dos nervos” apresenta-se como uma estratégia de sobrevivência, na qual os sintomas corpóreos são a expressão do distúrbio psíquico. - Esta afirmação é coerente com a perspectiva de Dejours, que vê os sintomas físicos como manifestações de sofrimento psíquico. (D) é necessário desenvolver trabalhos que integrem a sociologia, a epidemiologia e a psicologia em torno da pergunta: qual o lugar do trabalho nas características psicopatológicas de grupos profissionais? - Essa afirmação também é válida, pois Dejours defende uma abordagem interdisciplinar. (E) a psicologia deve preocupar-se, apenas, em administrar conflitos e prover treinamentos adaptadores. - Esta afirmação é limitada e não reflete a visão mais ampla que Dejours propõe. Após essa análise, a alternativa que melhor representa a perspectiva de Dejours sobre o sofrimento no trabalho é a (A), pois aborda diretamente as fontes de estresse relacionadas ao modelo taylorista/fordista. Portanto, a resposta correta é: (A) as fontes de estressores do tipo controle, alienação e fragmentação de tarefas originam-se no modelo taylorista/fordista.