Ed
ano passado
Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a que está verdadeiramente relacionada à vigilância epidemiológica da doença de Chagas no Brasil: a) Um caso suspeito de doença de Chagas aguda (DCA), por via oral, não está relacionado ao fato de o indivíduo ingerir alimento suspeito de estar contaminado pelo T. cruzi, cuja origem, manipulação e processamento são irrelevantes. - Esta afirmação é incorreta, pois a ingestão de alimentos contaminados é uma via reconhecida de transmissão da doença de Chagas. b) Segundo a normativa brasileira, a investigação de casos de doença de Chagas deve se dar somente quando a suspeita for de um caso agudo, e essa deve acontecer de forma imediata ao conhecimento do caso, pois seu principal objetivo é adotar medidas de controle oportunamente e prevenir a ocorrência de novos casos. - Esta afirmação é parcialmente correta, mas a vigilância também deve considerar casos crônicos e não se limita apenas a casos agudos. c) A rastreabilidade busca identificar a doença de Chagas em indivíduos assintomáticos. É recomendada a realização de investigação sorológica em familiares (pais, irmãos e filhos) e em outras pessoas que convivem ou conviveram com o caso identificado no mesmo contexto epidemiológico. Sua recomendação é feita a partir da identificação de um caso de doença de Chagas crônica. - Esta afirmação é verdadeira, pois a vigilância epidemiológica inclui a investigação de contatos de casos conhecidos. d) O encerramento oportuno de um registro de doença de Chagas aguda (DCA) deverá ser feito em até 180 dias a partir da notificação; sua classificação final deverá obedecer a critérios estabelecidos conforme a definição de caso. Ou seja, além dos sinais e sintomas, devem-se levar em consideração os fatores epidemiológicos associados. - Esta afirmação é verdadeira e reflete a prática de vigilância epidemiológica. e) São considerados casos agudos de doença de Chagas, por transmissão vertical, crianças com parasitológico positivo ou sorologia reagente para IgG após os nove meses de idade. São nascidas de mães comprovadamente infectadas pelo T. cruzi cuja investigação descarta outro mecanismo de transmissão, e que têm, no máximo, três anos de idade. Após esse período, o caso deve ser identificado como crônico. - Esta afirmação é verdadeira, mas a definição de casos agudos é mais ampla. Após a análise, a alternativa que melhor se relaciona com a vigilância epidemiológica da doença de Chagas no Brasil é a d), pois aborda o encerramento e a classificação de casos de forma adequada.