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Qual é o pressuposto teórico que serviu como ponto de partida para o regime de metas de inflação?

O regime de metas de inflação, que começou a ser implementado em diversos países no início da década de 1990.

💡 5 Respostas

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Euziana coelho correa

O regime de metas de inflação vem sendo considerado por muitos economistas do mainstream como a maneira mais eficiente de condução da política monetária, tendo sido adotado pelos bancos centrais de muitos países a partir da década de 1990, entre eles o Brasil, que adotou o regime em 1999.
O regime de metas de inflação se constitui no anúncio prévio de uma meta para inflação em prazo pré-determinado e no compromisso explícito do Banco Central com o cumprimento da meta. Essa política é baseada em pressupostos ortodoxos, como a neutralidade da moeda e as expectativas racionais, que implicam na conclusão de que a política monetária é ineficaz para afetar as variáveis reais no longo prazo e de que há um viés inflacionário na prática governamental. Com isso, a política monetária deveria enfatizar a estabilidade de preços por meio da aplicação de uma regra, que evitasse discricionariedades por parte da autoridade monetária, utilizando a taxa de juros de curto prazo como instrumento praticamente exclusivo para atingir tal fim (Freitas, 2010). Entre os principais economistas do mainstream, formou-se um consenso de que essa seria a melhor política monetária.

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Euziana coelho correa

“O regime de metas de inflação, que foi implementado em vários
países a partir da década de 1990, tem como ponto de partida dois
pressupostos. O primeiro está relacionado ao fracasso da adoção
do regime de regras de expansão monetária à la Friedman (tal como
visto no capítulo 9), com destaque para as dificuldades enfrentadas
pela política monetarista adotada pelo Federal Reserve (FED) nos EUA
a partir de 1979, em função, principalmente, da impossibilidade de se
prever o comportamento da demanda por moeda em uma sistema
financeiro caracterizado por inovações financeiras e mobilidade de
capitais. O segundo pressuposto teórico (tal como apresentado
nos capítulos 9 e 10) de que a política monetária é inócua para
afetar as variáveis reais da economia de forma duradoura,
como os níveis de produto e de emprego, tomando como base
a hipótese da existência de uma taxa natural de desemprego,
determinada por fatores reais e institucionais e, portanto, longe da
influência da política econômica.” (negritos e sublinhados nossos)
Bem, verifica-se perfeitamente que a assertiva “b” corresponde ao
segundo pressuposto, de tal forma que está correto o gabarito
divulgado pela banca. Com relação à assertiva “e”, deve-se tomar
muito cuidado, visto existir uma diferença entre pressuposto e
hipótese. Por ser um aspecto mais relacionado à metodologia de
pesquisa, vou me utilizar do “papas” do assunto:
Lakatos e Marconi (1991, p.104) destacam que a principal resposta
ao problema proposto é a hipótese básica, ssendo que a esta podem
ser propostas hipóteses secundárias, que significam outras
possibilidades de resposta para um problema. Assim sendo, e tendo como base o comentário ora realizado, pode-se afirmar que hipóteses
não propõem o estabelecimento de uma simples relação causal (se A,
então B), mas a possibilidade de existir uma relação entre as
variáveis estabelecidas (A e B), relação essa que pode ser de
dependência, de associação e até mesmo, de uma simples
causalidade.
Por fim, e como sustentação para o fato da assertiva “e” não ter sido,
ao menos em princípio, considerada correta pela banca, destaco que
é importante que não confundamos hipóteses com pressuposto.
Hipótese é que o que se pretende (pretendeu) demonstrar com a
adoção do regime de metas de inflação, enquanto que os
pressupostos de “fracasso da adoção do regime de regras de
expansão monetária” e de “política monetária é inócua para afetar as
variáveis reais da economia de forma duradoura, como os níveis de
produto e de emprego” são entendimentos que se demonstram ao
longo da adoção das medidas de política monetária. 

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Andre Smaira

O regime de metas de inflação vem sendo considerado por muitos economistas do mainstream como a maneira mais eficiente de condução da política monetária, tendo sido adotado pelos bancos centrais de muitos países a partir da década de 1990, entre eles o Brasil, que adotou o regime em 1999.


O regime de metas de inflação se constitui no anúncio prévio de uma meta para inflação em prazo pré-determinado e no compromisso explícito do Banco Central com o cumprimento da meta. Essa política é baseada em pressupostos ortodoxos, como a neutralidade da moeda e as expectativas racionais, que implicam na conclusão de que a política monetária é ineficaz para afetar as variáveis reais no longo prazo e de que há um viés inflacionário na prática governamental.


Com isso, a política monetária deveria enfatizar a estabilidade de preços por meio da aplicação de uma regra, que evitasse discricionariedades por parte da autoridade monetária, utilizando a taxa de juros de curto prazo como instrumento praticamente exclusivo para atingir tal fim (Freitas, 2010). Entre os principais economistas do mainstream, formou-se um consenso de que essa seria a melhor política monetária.

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