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Afonso Arcanjo, engenheiro civil, era responsável pela construção de uma ponte sobre o Rio Vermelho. Descurou-se quanto ao controle do material empregado e não fez nenhuma inspeção durante todas as etapas da obra, até porque o mestre-de-obras era seu irmão, com mais de 15 (quinze) anos de experiência. O que é certo é que o mestre-de-obras terminou aceitando lingotes já comprometidos pela ferrugem. No dia da inauguração a ponte ruiu, causando ferimentos leves em 5 (cinco) pessoas, uma delas com apenas 13 (treze) anos de idade. O mestre-de-obras irmão de Afonso Arcanjo, veio a falecer esmagado por uma pilastra. Afonso sofreu grave ferimento e, finalmente, tivera a mão direita amputada.
(A) Cuida-se da ocorrência de crimes dolosos, em concurso formal, porque Afonso Arcanjo, deixando de inspecionar a obra, e os materiais empregados, como era do seu dever, assumiu o risco de produzir aquele resultado.
(B) Cuida-se da ocorrência de crimes culposos, em concurso formal porque Afonso Arcanjo foi negligente, confiando na experiência do mestre-de-obras, deixou de inspecionar a obra e os materiais empregados, como era do seu dever. Contudo, considerando que as consequências da infração atingiram Afonso Arcanjo de forma tão grave, o juiz pode deixar de aplicar a pena.
(C) Cuida-se da ocorrência de crimes culposos, em concurso formal porque Afonso Arcanjo foi negligente, confiando na experiência do mestre-de-obras, deixou de inspecionar a obra e os materiais empregados, como era do seu dever. Contudo, considerando que as consequências da infração atingiram Afonso Arcanjo de forma tão grave, o juiz deve deixar de aplicar a pena.
(D) Cuida-se da ocorrência de crimes culposos, em concurso formal porque Afonso Arcanjo foi negligente, confiando na experiência do mestre-de-obras, deixou de inspecionar a obra e os materiais empregados, como era do seu dever. A toda evidência, as consequências da infração atingiram Afonso Arcanjo de forma muito grave, mesmo assim, o juiz não pode deixar de aplicar a pena porque uma das vítimas contava menos de 14 (quatorze) anos de idade.
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há 8 meses

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há 8 meses

Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando a situação apresentada e os conceitos de dolo e culpa no direito penal. (A) Cuida-se da ocorrência de crimes dolosos, em concurso formal, porque Afonso Arcanjo, deixando de inspecionar a obra, e os materiais empregados, como era do seu dever, assumiu o risco de produzir aquele resultado. - Esta alternativa sugere dolo, mas a negligência de Afonso indica que ele não teve a intenção de causar o resultado, portanto, não é correta. (B) Cuida-se da ocorrência de crimes culposos, em concurso formal porque Afonso Arcanjo foi negligente, confiando na experiência do mestre-de-obras, deixou de inspecionar a obra e os materiais empregados, como era do seu dever. Contudo, considerando que as consequências da infração atingiram Afonso Arcanjo de forma tão grave, o juiz pode deixar de aplicar a pena. - Esta alternativa fala de crime culposo, o que é correto, mas a possibilidade de o juiz deixar de aplicar a pena não é uma regra geral. (C) Cuida-se da ocorrência de crimes culposos, em concurso formal porque Afonso Arcanjo foi negligente, confiando na experiência do mestre-de-obras, deixou de inspecionar a obra e os materiais empregados, como era do seu dever. Contudo, considerando que as consequências da infração atingiram Afonso Arcanjo de forma tão grave, o juiz deve deixar de aplicar a pena. - Novamente, fala de crime culposo, mas a afirmação de que o juiz "deve" deixar de aplicar a pena não é correta, pois a aplicação da pena depende de vários fatores. (D) Cuida-se da ocorrência de crimes culposos, em concurso formal porque Afonso Arcanjo foi negligente, confiando na experiência do mestre-de-obras, deixou de inspecionar a obra e os materiais empregados, como era do seu dever. A toda evidência, as consequências da infração atingiram Afonso Arcanjo de forma muito grave, mesmo assim, o juiz não pode deixar de aplicar a pena porque uma das vítimas contava menos de 14 (quatorze) anos de idade. - Esta alternativa também fala de crime culposo e menciona a gravidade das consequências e a idade da vítima, o que pode influenciar na aplicação da pena. Diante da análise, a alternativa mais correta é a (D), pois reconhece a culpa de Afonso Arcanjo e a impossibilidade de o juiz deixar de aplicar a pena devido à gravidade da situação e à idade da vítima.

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Quando a Ação Penal é movimentada por iniciativa do ofendido, o Jus Puniendi pertence:
a) ao Estado e ao ofendido.
b) ao ofendido e ao agente do delito.
c) somente ao ofendido.
d) somente ao Estado.

Determinado advogado passa a assistir os interesses, no mesmo processo, das partes contrárias, fazendo-o sucessivamente, sendo procurador judicial de ambos. Neste caso:
a) não há crime, mas apenas infração disciplinar junto à OAB.
b) cometeu o crime de tergiversação.
c) não há crime, posto que esta situação é impossível ocorrer.
d) cometeu o crime de patrocínio infiel.

A Lei nº 5.250/67, ao dispor sobre os crimes de Imprensa, adotou o princípio da responsabilidade penal:
a) sucessiva;
b) simultânea;
c) instantânea;
d) unitária;

A coação moral irresistível é causa de:
a) diminuição especial da pena.
b) exclusão de culpabilidade.
c) exclusão da antijuridicidade.
d) extinção de punibilidade.

Sobre reincidência é correto afirmar:
a) é uma agravante genérica e aumenta 1/3 o prazo da prescrição da pretensão punitiva.
b) é apenas um agravante genérica, nada tendo com a prescrição;
c) além de agravante genérica é uma causa impeditiva da prescrição;
d) além de agravante genérica é uma causa de interrupção da prescrição.

A, imputável, jamaicano, sem assimilar a cultura brasileira, agindo como se estivesse em seu país, pratica conduta definida como crime, no Brasil. Na Jamaica, tal conduta é lícita. O fato configura erro de:
a) crime impossível
b) proibição
c) fato
d) tipo

Para concepção positiva do Direito Penal, "mulher honesta" é:
a) N.D.A.
b) A que não tem comportamento dissoluto.
c) Aquela que, embora não tendo conduta sexual irrepreensível, ainda não rompeu com o mínimo de decência exigido pelos bons costumes.
d) A que tem conduta sexual irrepreensível.

A ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou seu procurador, constitue:
a) nenhuma das hipóteses.
b) crime de difamação;
c) crime de calúnia;
d) crime de injúria;

Aponte a alternativa correta:
a) na legítima defesa a preservação do interesse ameaçado se faz através de ataque, enquanto no estado de necessidade essa preservação ocorre através de defesa;
b) no estado de necessidade existe reação e na legítima defesa existe ação;
c) há legítima defesa real contra legítima defesa real;
d) há estado de necessidade contra estado de necessidade.

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