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<p>1</p><p>MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>Sumário ........................................................................................................... 1</p><p>POSSÍVEIS CAUSASQUE GERAM OS CONFLITOS ................................. 8</p><p>CONCILIAÇÃO: UM PROCESSO DE AUTOCOMPOSIÇÃO .................... 12</p><p>VANTAGENS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO ....................................... 16</p><p>DE QUE FORMA SE DÁ O PROCESSO DE MEDIAÇÃO? ....................... 17</p><p>PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO ......................................... 18</p><p>São princípios do processo de mediação: ................................................. 18</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 21</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA: .................................................................. 22</p><p>2</p><p>1. NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,</p><p>em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-</p><p>Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo</p><p>serviços educacionais em nível superior.</p><p>A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação</p><p>no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.</p><p>Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que</p><p>constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de</p><p>publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>3</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O presente trabalho tem como escopo conceituar os meios alternativos</p><p>de solução de conflitos, em especial a negociação, conciliação e mediação,</p><p>institutos utilizados com a finalidade de solucionar os conflitos existentes entre</p><p>pessoas que buscam ou tutelam algo.</p><p>Mostrar a importância da resolução dos conflitos, como e qual momento</p><p>são aplicados. Estes possuem uma importância singular para o sistema</p><p>judiciário, pois o congestionamento no judiciário brasileiro tem prejudicado em</p><p>muito o andamento dos processos, por deixá-lo demasiadamente lento</p><p>dificultando, assim, inúmeros profissionais do direito e os seus clientes; para</p><p>pôr fim a esse imbróglio, tem-se estimulados os mecanismos alternativos de</p><p>solução de conflitos.</p><p>O papel destes métodos é que se gere maior satisfação entre as partes</p><p>envolvidas, pois nestes meios a real intenção é, não só resolver o conflito em</p><p>questão, mas principalmente que o conflito solucionado atenda equilibradamente</p><p>ambas as partes em choque, não necessitando passar por</p><p>toda a lentidão da burocrática jurisdição estatal, desafogando, também, o Poder</p><p>Judiciário.</p><p>Abordaremos as diferenças e os principais aspectos relevantes desses</p><p>conflitos e também a atuação do mediador e do conciliador, que são as</p><p>pessoas responsáveis por direcionar esses litígios, cujo objetivo principal é</p><p>fazer com que as partes se comuniquem e cheguem a um denominador</p><p>comum, que é o acordo.</p><p>4</p><p>ORIGEM DOS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE</p><p>CONFLITOS</p><p>Antes de iniciarmos sobre as peculiaridades de cada método utilizado na</p><p>resolução de conflito, há a necessidade de explanarmos sobre o motivo pelo</p><p>qual esses meios alternativos surgiram com tamanha eficiência em nosso país</p><p>e consequentemente mostrar sua real importância. Antigamente, nas fases primitivas</p><p>da trajetória humana, não havia a intervenção do Estado para dirimir os conflitos da</p><p>população, estes eram resolvidos através da imposição da vontade do mais forte ou</p><p>da concessão direta de uma parte em nome da paz, ou seja, criando assim algo que</p><p>hoje conhecemos como autotutela ou autodefesa. Como eram as partes envolvidas</p><p>no conflito que os resolviam, chamamos isso de auto composição.</p><p>Com o passar dos anos, sacerdotes, anciãos ou pessoas de grande</p><p>poder econômico envolvidas nesse jogo de forças, passaram a tomar decisões</p><p>em nome das partes, o que tornava tal decisão obrigatória por ser tomada por</p><p>um terceiro e que não tinha relação com o conflito, surgindo então a</p><p>heterocomposição, ou seja, um conflito que era dirimido mediante os valores de</p><p>uma terceira pessoa. Mediante esse aspecto e posteriormente construído,</p><p>encontramos um sistema que é um exemplo de heterocomposição, o Sistema</p><p>Judiciário, que como já sabemos é lento e vem mostrando de forma bastante clara</p><p>sua dificuldade em lidar com as controvérsias sociais, familiares, econômicas,</p><p>empresariais, políticas, criminais e etc., pelo meio do consagrado e tradicional</p><p>Processo Judicial. Entretanto, o artigo 5º da nossa Carta Magna menciona os direitos</p><p>e deveres individuais e coletivos do cidadão, assegurando em seu inciso XXXV o</p><p>acesso da população ao Poder Judiciário, quando houver lesão ou ameaçar o direito</p><p>dos cidadãos.</p><p>5</p><p>Art. 5º CF –</p><p>Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-</p><p>se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à</p><p>vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos</p><p>termos seguintes: XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 1</p><p>lesão ou ameaça a direito. Destarte, entendemos que a Constituição permite ao</p><p>cidadão que procure o Poder Judiciário a fim de ter seus direitos assegurados pela</p><p>mesma. Nesse sentido, Araújo comenta que o Poder Judiciário: “garante a</p><p>imparcialidade de quem julga e protege a parte menos forte ou mais desprotegida da</p><p>relação em conflito. Garante, além disso, a igualdade perante a lei a todos os cidadãos,</p><p>a gratuidade do sistema e não deixa ao livre arbítrio das partes a interpretação de</p><p>normas de cumprimento imperativo ou a aplicação de direitos</p><p>que a lei considera como irrenunciáveis por parte dos particulares, além de outros</p><p>benefícios.”</p><p>Portanto, conforme exposto vemos por parte do Estado uma proteção ao</p><p>cidadão, criando desse modo uma pré-noção por parte do povo de que</p><p>somente o Estado possui a capacidade e a responsabilidade de resolver os</p><p>problemas da sociedade, ou seja, as pessoas sentem que o seu direito está</p><p>resguardado e protegido por meio de sentença proferida por juiz.</p><p>Devido este pensamento por parte da sociedade, de que somente por</p><p>meio de processo nos tribunais é que se consegue resolver os litígios, que</p><p>ocasionou essa superlotação do nosso sistema judiciário, havendo dessa forma</p><p>vários problemas, entre eles, demora nos julgamentos dos processos,</p><p>Artigo 5º Constituição Federal</p><p>ARAÚJO, Luís Alberto Gómez. "Os mecanismos alternativos de solução de</p><p>conflitos como ferramentas na busca da paz". In Mediação – métodos de resolução</p><p>de controvérsias, n. 1, coord. Ângela Oliveira. São Paulo: LTr, 1999, p.127 –</p><p>132.dificuldade de acesso à justiça, trazendo ao cidadão uma sensação de</p><p>impotência.</p><p>Com o intuito de desafogar esse sistema falido, começou então a serem</p><p>desenvolvidas novas possibilidades heterocompositivas e também uma forma</p><p>6</p><p>autocompositiva que estão contidas nos Meios Extrajudiciais ou Alternativos de</p><p>Solução de Conflitos que, basicamente, são a Arbitragem, a Negociação, a</p><p>Conciliação e a Mediação.</p><p>O seu objetivo, em resumo, é possibilitar que os interessados na solução</p><p>dos litígios não dependam da decisão da Justiça Estatal, surgindo no meio dos</p><p>negócios (políticos e comerciais), havendo um incentivo para que as</p><p>partes</p><p>litigantes encontrem soluções com maior liberdade, por si próprias, ainda que</p><p>ajudadas por um terceiro, independente, ou mesmo se submetam ao</p><p>julgamento de um Juiz Privado por elas escolhido, livremente, como é o caso</p><p>da Arbitragem.</p><p>Diante do exposto, explanaremos a seguir sobre a negociação,</p><p>conciliação e mediação.</p><p>NEGOCIAÇÃO</p><p>Palavra que tem a sua origem vinda do latim “negotium”. “Neg” significa “Não” e</p><p>“Otium” quer dizer “Descanso”, ócio. Podemos concluir que significa ausência do</p><p>descanso, ausência de folgo, é negar ao ócio, logo, todo esse contexto do significado</p><p>da palavra NEGOCIAÇÃO, nos remete a pensar em trabalho.</p><p>Contudo, é visto que seja no trabalho, em casa, na faculdade, ou onde</p><p>quer que estejamos certamente em dado momento nos veremos em meio a uma</p><p>negociação; a negociação é algo que faz parte do nosso dia-a-dia, é algo</p><p>corriqueiro em nossa rotina. Negociar é usar de métodos para que através de diálogo</p><p>e interação, possamos acordar a fim de que tenhamos de outrem, alguma coisa e vice</p><p>versa, de forma que ambos tenham satisfação no negócio.</p><p>É importante citar que, aqueles que apresentam em suas vidas</p><p>particulares facilidades em negociar, de certo, vivem de forma mais proveitosa</p><p>em nosso meio onde a comunicação é imprescindível.</p><p>Por fim vale ressaltar a falsa crença de que negociar seja tirar vantagem</p><p>sobre algo ou alguma pessoa – ERRADO – Negociar não é obter vantagem, pois seu</p><p>resultado é temporário e não permanente.</p><p>7</p><p>NEGOCIAÇÃO COMO MÉTODO DE SOLUÇÃO DE</p><p>CONFLITOS.</p><p>Para que possamos falar de Negociação como forma de solução de</p><p>conflitos, se faz necessário destacarmos como ponto fulcral a diferença entre</p><p>esta e a conciliação, mediação e arbitragem, pois, nanegociação não é</p><p>necessária a intervenção de um terceiro para que, por fim, tenha-se a favor das</p><p>partes um acordo feito em prol de um negócio com êxito.</p><p>Além disso, na negociação, não é necessário formalidade, até porque,</p><p>como já citamos acima, na negociação são as próprias partes conflitantes que,</p><p>através do diálogo, visam a melhor forma para que possam obter um acordo de</p><p>forma satisfatória e aceitável por ambas.</p><p>Portanto as partes envolvidas no conflito, através de técnicas de</p><p>negociação chegarão a um denominador comum, assim, estas devem efetuar</p><p>um planejamento para estabelecer objetivos, patamares e alinhamentos para</p><p>se chegar mais próximo do que se deseja, tornando assim a reciprocidade um</p><p>ponto importante, ou seja, o desejo das partes deve ser considerado para se</p><p>atingir um resultado.</p><p>O objeto final da negociação, que é o acordo, deve conter pontos que</p><p>satisfaçam as partes envolvidas, desta forma este processo deve possuir</p><p>começo, meio e fim. É também preciso possuir o controle sobre o objeto de</p><p>uma negociação, seja ele total ou parcial.</p><p>Desta forma, negociar não é barganhar, pois para negociar deve-se</p><p>utilizar de técnicas, estratégias e argumentações sobre os pontos divergentes</p><p>do conflito em questão. No entanto é preciso conhecer as possíveis causas que</p><p>geram estes conflitos para que, posteriormente, possamos atingir o êxito de</p><p>solucioná-los.</p><p>Por fim, vejamos uma citação curta e clara acerca deste assunto, para que</p><p>possamos ter uma melhor compreensão: “negociação é um processo de comunicação</p><p>com o propósito de atingir um acordo agradável sobre diferentes ideias e</p><p>necessidades”.</p><p>8</p><p>1. POSSÍVEIS CAUSASQUE GERAM OS CONFLITOS</p><p>Muitas vezes ignoramos a origem dos conflitos antes de resolvê-lo,</p><p>porém esta questão é ponto importante para que se chegue a uma solução.</p><p>A maioria dos conflitos que geram uma negociação é proveniente de:</p><p>Experiência de frustração de uma ou ambas as partes: incapacidade de atingir</p><p>uma ou mais metas e/ou satisfazer os seus desejos, por algum tipo de limitação</p><p>pessoal, técnica ou comportamental;</p><p>Diferenças de personalidade: são invocadas como explicação para as desavenças</p><p>tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e reveladas no</p><p>relacionamento diário de algumas características indesejáveis na outra parte</p><p>envolvida;</p><p>Metas diferentes: é muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos</p><p>a serem atingidos e que podem ser diferentes dos ACCUF. “As Principais</p><p>Ferramentas envolvidas em uma negociação”. Disponível em: de outras pessoas e</p><p>de outros departamentos, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu</p><p>alcance;</p><p>Diferença em termos de informações e percepções: costumeiramente</p><p>tendemos a obter informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e</p><p>referenciais, sem levar em conta que isso ocorre também com o outro lado com quem</p><p>temos de conversar e/ou apresentar nossas idéias, e que este outro lado pode ter</p><p>uma forma diferente de ver as coisas. E chegando ao conhecimento de como surge</p><p>um conflito, seja ele proveniente de qualquer uma destas nascentes, precisamos</p><p>seguir alguns passos para resolvê-los de maneira eficaz, utilizando de técnicas de</p><p>negociação.</p><p>TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO</p><p>Não se pode ter sucesso em uma negociação o indivíduo que se</p><p>encontra fechado a aceitar as necessidades da parte contrária, ou que</p><p>sua teimosia seja tamanha que o impossibilite de analisar seus próprios</p><p>erros. Ao entrar em uma negociação, esperando dela um bom resultado,</p><p>9</p><p>deve-se saber que em alguns momentos vamos ceder, para que o objeto</p><p>final possa agradar reciprocamente as partes, no entanto existem</p><p>técnicas que podem ser usadas de modo que possibilita a exposição dos</p><p>pontos de vista e elimine alguns pontos contraditórios iniciais. São astécnicas de uma</p><p>negociação eficaz: Criar uma atmosfera afetiva (Harmonia);Criar uma situação de</p><p>afinidade ou similaridade com a parte contrária. Estabelecer as percepções (Rapport);</p><p>Técnica persuasiva da programação neurolinguística Focalizar em necessidades</p><p>individuais e compartilhadas (Colocar-se no lugar do outro);</p><p>Enxergar da mesma forma que a parte contrária auxilia os</p><p>momentos de controvérsias. Construir um poder positivo e compartilhado</p><p>(Flexibilidade); O elemento mais flexível é quem controla o sistema. Olhar para o</p><p>futuro e, em seguida, aprender com o passado (Fazer o outro se enxergar);</p><p>Utilizar comparações de fato que a parte contrária assuma seus erros. Gerar opções</p><p>de ganhos mútuos; Desenvolver passos para a ação a ser efetivada; Estabelecer</p><p>acordos de benefícios mútuos. Mas, para que seja possível a concretização desses</p><p>passos aqui expostos, as partes precisam saber se comunicar, ouvir, perguntar,</p><p>colaborar, livrar-se do caráter competitivo, não se acomodar e serem comprometidas</p><p>com todas as questões envolvidas. O manejo de situações de conflito é essencial</p><p>para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das</p><p>tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem</p><p>oportunidades de crescimento mútuo.</p><p>RAPPORT: TÉCNICA DE PERSUASÃO UTILIZADA NA</p><p>NEGOCIAÇÃO</p><p>O dicionário “The American Heritage” define o rapport como “Relação,</p><p>especialmente única de confiança mútua ou afinidade emocional”. Este é um</p><p>bom começo, contudo não suficiente para fazer essa técnica atuar a seu favor.</p><p>No mundo da Programação Neurolinguística, criar o rapport pode ser</p><p>entendido como o estabelecimento de confiança, harmonia e cooperação em</p><p>uma relação. Uma vez mais a palavra confiança aparece na definição. Assim</p><p>você está começando a perceber que aquele rapport conduz a confiar, e talvez</p><p>você esteja começando a também notar como essa técnica é importante para a</p><p>negociação. Quando o rapport se transforma em persuasão, tiver grande</p><p>10</p><p>espelhamento com o outro pode conduzir a uma situação de aceitação</p><p>incondicional de uma sugestão. Isto é devido ao nível de confiança que vem</p><p>com o espelhamento. Se houver confiança, então o outro estará aberto a aceitar o</p><p>que você tem a dizer. A primeira e mais importante etapa</p><p>para saber sobre o rapport</p><p>é, contudo tão simples que frequentemente as pessoas a omitem. Para ser efetivo</p><p>com o espelhamento você tem que PRESTAR ATENÇÃO! Isto significa que a</p><p>parte da negociação que irá utilizar desta técnica deve focalizar na pessoa a</p><p>sua frente. Observe a outra parte com o qual você está interagindo.</p><p>As técnicas do rapport são muitas, mas todas as habilidades do mundo</p><p>não lhe ajudarão em nada se você não prestar atenção na outra pessoa com</p><p>quem você está negociando. Esta é uma valiosa habilidade para qualquer tipo</p><p>de relação, seja ela de negócios, reunião social ou de família. Se você presta</p><p>atenção, todas suas outras habilidades de relacionamento serão potencializadas.</p><p>Imitar e espelhar foram determinados como os principais fatores para se</p><p>criar estados poderosos de rapport. Igualando os movimentos da outra pessoa,</p><p>a postura, os atributos vocais, as frases chaves e até mesmo a sua respiração.</p><p>Também é muito poderoso poder igualar os seus sistemas de representação.</p><p>O Rapport é uma prática fascinante e pode conduzir o negociador numa</p><p>viagem de descoberta na direção de entender a parte contrária.</p><p>CONCILIAÇÃO</p><p>“Conciliação: s.f. Ação de conciliar, resultado dessa ação. Acordo entre</p><p>duas partes em litígio. Alguns sinônimos: acordo, concordância, concórdia.”</p><p>A palavra conciliação deriva do latim “conciliatione”, que tem como</p><p>significado ato ou ação de conciliar acordo entre pessoas, acerto de diferenças.</p><p>É difícil apontar a origem da conciliação, pois se entende que faz parte</p><p>da natureza humana. Por isso este instituto não é novo no país, tão pouco em</p><p>nosso ordenamento jurídico. Curiosamente, há uma passagem na Bíblia que se refere</p><p>à conciliação,o que prova a existência da mesma em meio aos povos antigos:</p><p>“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para</p><p>que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue aooficial,</p><p>e te encerrem na prisão. Eu te garanto: daí não sairás, enquanto não pagares até o</p><p>11</p><p>último centavo” Também na Roma Antiga, base do nosso Direito, prestigiava-se a</p><p>conciliação em atributo à deusa Concórdia.</p><p>Exercida geralmente por força de lei, a conciliação é um meio de solução</p><p>de controvérsias onde um terceiro, o conciliador, age para resolver um conflito</p><p>entre as partes, aproximando-as, aconselhando e sugerindo soluções. O</p><p>conciliador é imparcial e trata somente do assunto a que se refere o conflito.</p><p>Na conciliação o papel do juiz torna-se tão respeitável quanto nos</p><p>processos tradicionais, pois além de julgar e manter a justiça, ainda se faz</p><p>mister a função de pacificação mediante as partes para que as relações</p><p>permanecem da melhor forma possível após o fim da conciliação entre as</p><p>mesmas.</p><p>DISPOSITIVOS LEGAIS QUE SÃO ENVOLVIDOS NA</p><p>CONCILIAÇÃO</p><p>A previsão legal referente à conciliação dá-se no artigo 125, IV do Código de</p><p>Processo Civil, “o juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste código,</p><p>competindo-lhe: IV – tentar, a qualquer tempo, conciliar as</p><p>partes”, assim como no artigo 331 do mesmo Código: “Art. 331. Se não ocorrer</p><p>qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e versar a causa sobre</p><p>direitos que admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a</p><p>realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias, para a qual serão as partes intimadas a</p><p>comparecer, podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com poderes</p><p>para transigir. § 1.º Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por</p><p>sentença § 2.º Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os</p><p>pontos controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e determinará as</p><p>provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se</p><p>necessário § 3.º Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias</p><p>da causa evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo,</p><p>sanear o processo e ordenar produção da prova, nos termos do § 2º.”Assim, com o</p><p>objetivo de uniformizar os procedimentos para instalação e as condições de</p><p>funcionamento dos setores de conciliação e mediação nas comarcas e foros dos</p><p>Estados, o Provimento 953/04 do Conselho Nacional de Justiça disciplina essa</p><p>instalação. Ademais, a RDC 125/10 do CNJ, institui a política judiciária nacional de</p><p>12</p><p>tratamento dos conflitos de interesse, e ainda, com o objetivo de atender a Código de</p><p>processo Civil Política Judiciária Nacional de tratamento de conflitos de interesse foi</p><p>criado o Provimento 1868/11.</p><p>Com o advento da Lei 9958/00, à Consolidação das Leis do Trabalho</p><p>foram acrescentados alguns artigos com o objetivo de facultar às empresas e</p><p>aos sindicatos a criação de Comissões de Conciliação Prévia, são estes os</p><p>artigos 625-A a 625-H. Estes artigos disciplinam desde como e quando é</p><p>possível dirimir os conflitos trabalhistas por meio de conciliação, até por</p><p>quantos membros esta comissão deve ser formada, as garantias dos</p><p>participantes edos resultados, os prazos prescricionais e a forma com que será</p><p>lavrado o acordo aceito mediante este processo. Assim, o principal objetivo das</p><p>Comissões de Conciliação Prévia é incentivar a solução extrajudicial dos</p><p>conflitos trabalhistas. Vale ressaltar que, com o objetivo de regular os assuntos</p><p>pertinentes à estrutura, à organização, à competência e ao funcionamento deste</p><p>instituto, existe o REGIMENTO INTERNO DO NÚCLEO PERMANENTE DE</p><p>MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS. Um exemplo deste é</p><p>que no estado de São Paulo há a capacitação dos conciliadores e dos mediadores</p><p>por meio da Associação dos Advogados de São Paulo, Escola Superior de</p><p>Magistratura e a Ordem dos Advogados de São Paulo, juntamente com a</p><p>Escola Superior de Advocacia, a fim de disciplinar a ética funcional e a</p><p>regulamentação de suas inscrições.</p><p>2.</p><p>CONCILIAÇÃO: UM PROCESSO DE AUTOCOMPOSIÇÃO</p><p>A conciliação é uma forma de autocomposição dos conflitos porque as partes</p><p>interessadas encontram meios para terminar o conflito através de uma negociação,</p><p>sem a presença de um terceiro que proponha a solução (mediação) ou a imponha</p><p>(arbitragem e jurisdição) Apesar de a Lei nº 9.958/00 estabelecer a existência de</p><p>terceiros, os conciliadores, a conciliação continua sendo forma de autocomposição,</p><p>porque, como destoa José Augusto Rodrigues Pinto sobre o instituto: "a atividade de</p><p>alguém que tenta aproximar os protagonistas de um conflito de interesses,</p><p>estimulando-os a encontrar solução negociada que lhe ponha fim". 7</p><p>A conciliação obtida na forma acima mencionada também representa</p><p>13</p><p>uma transação, que é um negócio jurídico bilateral no qual, atravésde</p><p>concessões mútuas, os interessados previnem ou extinguem obrigações</p><p>litigiosas ou que envolvem a res dubia (quando há incerteza subjetiva quanto</p><p>ao devido) e para que verdadeiras renúncias não ocorram, a atuação dos</p><p>conciliadores será fundamental não permitindo que outros interesses venham a</p><p>fraudar, impedir ou desvirtuar os preceitos contidos nas normas de proteção do</p><p>direito do trabalho, ressaltando-se que os conciliadores não representam as</p><p>entidades sindicais, portanto eles não têm o poder de validar as renúncias que</p><p>estes órgãos podem negociar e que são previamente garantidas por nossa</p><p>Constituição Federal de 1988 em seu artigo. 7º, VI, XIII e XIV.</p><p>Se os conciliadores não impedirem as renúncias unilaterais dos</p><p>trabalhadores, muitas vezes tentados pelo desejo de se tornar efetivo, de</p><p>imediato, um crédito que o empregador não quer pagar em sua totalidade,</p><p>tenha ou não fundamento para assim agir, acredita-se que havendo prova do</p><p>vício de consentimento o Poder Judiciário poderá solicitar a nulidade da</p><p>suposta transação.</p><p>Espera-se que os trabalhadores não sejam levados à renúncia, mas que</p><p>ocorram verdadeiras transações, fruto da conciliação entre os atores das</p><p>relações trabalhistas, uma</p><p>vez que a conciliação faz parte da natureza do ser</p><p>humano. Temos que exercitá-la e as Comissões de Conciliação Prévia são um</p><p>incentivo.</p><p>AS CONCILIAÇÕES PODEM SER</p><p>No Brasil, a conciliação pode ser extrajudicial ou judicial. A conciliação</p><p>extrajudicial depende exclusivamente da vontade das partes e pode ser feita a</p><p>qualquer momento.Já a conciliação judicial pode ser facultativa ou obrigatória.</p><p>Na facultativa, as partes tomam a iniciativa, já na obrigatória, a iniciativa é</p><p>dever do juiz. A partir da reforma do Código de Processo Civil, em 1994, a conciliação</p><p>judicial foi revigorada, pois, em vários dispositivos, a tentativa de conciliação foi</p><p>privilegiada, permitindo ao juiz, a qualquer momento, tentar conciliar as partes,mesmo</p><p>nas causas não sujeitas à audiência.</p><p>No Processo do Trabalho, de acordo com os artigos 846 e 847 da CLT, a</p><p>conciliação é proposta após a defesa do reclamado e renovada depois das</p><p>14</p><p>razões finais, nos termos do artigo 850 da consolidação. Mas nem sempre o</p><p>juiz exerce essa figura de conciliador de maneira produtiva, pois assume uma</p><p>postura de decidi dor dos conflitos, e não se preocupa em trabalhar sua</p><p>capacidade conciliatória. Desta forma, para melhor entendimento, podemos resumir</p><p>da seguinte forma: Conciliação judicial cabe à autoridade judiciária ou por</p><p>representante tutelado. É endoprocessual, ou seja, é realizada dentro do processo,</p><p>como aponta os artigos já citados. A conciliação é obrigatória, cabendo</p><p>ao juiz a tentativa ao decurso do processo, sendo cabível a qualquer</p><p>momento do mesmo; A conciliação extrajudicial e denominada extraprocessual ou</p><p>préprocessual, é empregada antes de intentada a ação, ou seja, é de</p><p>exclusiva vontade das partes. Apesar de levar o nome pré-processual</p><p>pode ser executada a qualquer momento também.</p><p>O tempo de pendência de uma ação judicial é excessivamente longo e</p><p>oneroso. Nossa legislação é de caráter muito técnico, tornando muito dificultoso o</p><p>entendimento de um não jurista. O decorrer dos processos é de extrema formalidade.</p><p>O juiz, no decorrer do processo, normalmente desconhece o que pensam e o que</p><p>preocupa as partes; ele conhece apenas a versão apresentada pelos advogados nos</p><p>articulados, fato que estes muitas vezes distorcem a sua realidade. Todos esses</p><p>fatores fazem da conciliação o melhor caminho para as partes. Garante celeridade na</p><p>resolução do litígio, e tem como objetivo, também, agradar ambas as partes. O que,</p><p>se julgado em processo pelo juiz, não acontece, sempre acaba por dar vantagem a</p><p>uma das partes somente.</p><p>MEDIAÇÃO</p><p>Mediação é o ato do qual ocorre a interferência de um mediador para a</p><p>busca de entendimento e composição entre partes em conflito. A origem etimológica</p><p>do termo "mediação" é latina, de "mediare", vindo de "meditationis", com o sentido de</p><p>intervenção. Esta é um processo de facilitação de comunicação para que se construa</p><p>uma relação em que se possa por um fim no conflito.</p><p>O mediador é um terceiro neutro, imparcial entre as partes, que, por elas</p><p>voluntariamente escolhido e de sua confiança, tem como função auxiliar a</p><p>solucionar o conflito, incentivando os envolvidos a aceitarem voluntariamente</p><p>uma solução reciprocamente favorável, ou seja, é um canal de comunicação</p><p>15</p><p>que busca facilitar o diálogo. O mediador torna viável essa negociação; cabe a ele</p><p>encontrar na realidade dos envolvidos os instrumentos necessários aos acordos</p><p>convenientes. No lugar dos problemas e das frustrações, o mediador cria</p><p>opções de êxito comum, enfatizando um futuro cooperativo e gerando</p><p>economia de dinheiro, tempo e energia, ou seja, o mediador age como um facilitador,</p><p>um catalisador, que utilizando da arte de mediar, leva as partes a</p><p>encontrar a solução de seus imbróglios.</p><p>A mediação é uma ótima opção. Embora ainda pouco utilizada no Brasil,</p><p>é comum em outros países que estão servindo de exemplos, fomentando</p><p>reflexões e impulsionando experiências em diversas áreas.</p><p>“Nos Estados Unidos, por exemplo, a mediação de conflitos é</p><p>estimulada há mais de trinta anos, ocasionando o descongestiona mento dos tribunais,</p><p>enquanto na Europa a técnica é adotada por diversas empresas, principalmente no</p><p>âmbito comercial.”</p><p>Nesses casos, a simples comunicação e sincera vontade dos envolvidos</p><p>de resolveram o imbróglio, de modo rápido e em que ambos fiquem satisfeitos</p><p>com a solução do conflito, não havendo a necessidade do juiz togado ou do</p><p>árbitro impor uma solução, e sim dos próprios envolvidos, dando-se assim uma</p><p>autocomposição.</p><p>Desta forma, a mediação sendo um método clássico para resolução de</p><p>controvérsias, tem como objeto final uma assunção de maior responsabilidade</p><p>das partes. Por outro lado, a mediação espelha autocomposição, o que se</p><p>afirma na exata medida em que o mediador se restringe a orientar as partes, de</p><p>tal sorte que não pode, como faz o juiz ou o árbitro, impor qualquer decisão.</p><p>No processo de mediação existe a preocupação de (re)criar vínculos</p><p>entre as pessoas, estabelecer pontes de comunicação, transformar e prevenir</p><p>conflitos.</p><p>16</p><p>O MEDIADOR</p><p>É ponto vencido o fato do terceiro (mediador) ser imparcial/neutro, de</p><p>confiança e escolhido pelas partes, porém um profissional capaz de tal façanha</p><p>precisa de uma formação multidisciplinar,que transcenda o domínio dos textos</p><p>legais, até porque a lide que ele resolve é sociológica e não apenas jurídica; é</p><p>real e não apenas formal. É a ética na prática, fonte que o direito perdeu nos</p><p>excessos do positivismo</p><p>Na mediação, de maneira diversa, este mediador, neutro e imparcial,</p><p>apenas auxilia as partes a solucionar o conflito sem sugerir ou impor a solução</p><p>e também sem interferir nos termos do acordo, apenas conduzindo as partes</p><p>negociantes a identificarem os pontos de conflito. O resultado útil da</p><p>conciliação e da mediação é a transação, ou seja, o acordo entre as partes</p><p>que, igualmente, podem transacionar sem o auxílio de um conciliador ou</p><p>mediador.</p><p>Neste ponto vale ressaltar a diferença do mediador para o conciliador.</p><p>Por mais que sejam procedimentos parecidos, há diferenças e não podemos</p><p>confundi-los. Em nossa cultura, exercemos a conciliação por força de lei e</p><p>compulsoriamente por servidor público que usa a autoridade de seu cargo para</p><p>tentar promover a solução do conflito. Já o mediador é um profissional treinado</p><p>meio a arte de mediar, qualificado a conduzir uma sessão de mediação, pois</p><p>conhece muito bem o universo da negociação.</p><p>3.</p><p>VANTAGENS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO</p><p>Assim como todo e qualquer MESC - método extrajudicial de solução de</p><p>controvérsias -, a mediação é:</p><p>a) PRÁTICA, pois é menos onerosa, menos demorada, e de mais fácil</p><p>acesso, se comparada ao processo judicial, além de que, por certo ponto de</p><p>vista, não implica em perdas, uma vez que é a própria parte quem decide os</p><p>termos do acordo;</p><p>17</p><p>b) Possibilita um maior CONTROLE do processo que é mais previsível,</p><p>mais participativo e menos formal que o processo judicial;</p><p>c) Apresenta SOLUÇÕES criativas, práticas e realizáveis, uma vez que</p><p>estas são encontradas pelas próprias partes, que sabem, muito bem, o que são</p><p>capazes de cumprir, e o que não são;</p><p>d) Um processo que procura garantir ao máximo a PRIVACIDADE do</p><p>problema, mantendo todos os dados apresentados ao mediador em sigilo,</p><p>evitando precedentes capazes de “prejulgar” problemas futuros;</p><p>e) Voltado à manutenção das RELAÇÕES contínuas, uma vez que é um</p><p>processo não adversarial de solução de controvérsias.</p><p>f) Possibilita às partes: Compreender melhor seus próprios objetivos; Explorar as</p><p>opções possíveis; Aumentar a capacidade pessoal para resolver conflitos; Participar</p><p>de forma ativa na tomada de decisões Reconhecer e respeitar a situação da outra</p><p>parte; Ver as coisas de outra maneira; Reconhecer outras formas de solução do</p><p>problema.</p><p>4.</p><p>DE QUE FORMA</p><p>SE DÁ O PROCESSO DE MEDIAÇÃO?</p><p>A mediação é presidida pelo mediador, que, como já dito antes, é uma</p><p>terceira pessoa estranha à controvérsia que irá ajudar na comunicação das</p><p>partes de maneira imparcial, sem dar sua opinião pessoal, e sem apresentar</p><p>possíveis soluções, as quais deverão ser encontradas pelas próprias partes.</p><p>Apesar de a informalidade ser uma de suas características, a mediação</p><p>possui um procedimento próprio que deverá ser seguido.</p><p>Primeiramente o mediador deve se apresentar e conhecer as partes e, a</p><p>seguir, fazer uma breve introdução ao processo, apresentando o regulamento</p><p>da Câmara de Mediação a qual pertença, e o acordo em que ambas as partes</p><p>aceitam submeter-se ao processo de mediação.</p><p>18</p><p>Em seguida, devem as partes fazer um relato do conflito, apresentando</p><p>os pontos principais de divergência. É importante salientar que ambas as</p><p>partes devem ter igual possibilidade de se expressar livremente.</p><p>O mediador deve, então, esclarecer quais as questões principais a</p><p>serem resolvidas, resumindo os pontos de discordância. Na sequência, o mediador</p><p>deverá estimular as partes a formularem opções para cada uma das questões que</p><p>foram identificadas. Após a apresentação das opções, deverá ser feita uma análise</p><p>de cada uma delas, para que as partes possam chegar a um acordo, que, tão logo</p><p>seja atingido, deverá ser reduzido a termo e assinado pelas partes e pelo mediador.</p><p>Não encontrando uma solução adequada, as partes podem dar por terminada a</p><p>mediação. As partes podem, também, firmar um acordo provisório enquanto</p><p>trabalham em um acordo permanente.</p><p>As partes têm como responsabilidade participar do processo de boa fé,</p><p>compartilhando toda informação relevante para a solução da controvérsia. Estas</p><p>devem dispor de uma comunicação aberta e construtiva, escutando ativamente os</p><p>demais participantes e manter a mente aberta e disposta a usar o processo para</p><p>expressar-se e entender melhor as opções.</p><p>Estar disposta a entender os interesses da outra parte e os seus próprios</p><p>é ponto importante para buscar opções que possam satisfazer aos interesses</p><p>de ambas as partes.</p><p>5.</p><p>PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO</p><p>6.</p><p>São princípios do processo de mediação:</p><p>Impessoalidade; devem-se focalizar as questões e não as pessoas;</p><p>Mútua satisfação; é necessário criar opções que satisfaçam interesses de</p><p>cada uma das partes em separado, e de ambas ao mesmo tempo;</p><p>Objetividade na avaliação das opções, sem pressões de qualquer espécie.</p><p>19</p><p>ASPECTOS IMPORTANTES E AS DIFERENÇAS ENTRE</p><p>NEGOCIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO</p><p>Após conceituarmos cada um dos métodos de solução de conflitos, abordaremos as</p><p>principais características e diferenças entre eles.</p><p>Negociação</p><p>• A Negociação é feita pelas próprias partes que, de forma espontânea, sem</p><p>interferência de um terceiro, podem ou não chegar a um acordo.</p><p>• Ela é utilizada a todo o momento em todos os lugares, sempre que houver duas ou</p><p>mais pessoas que tenham interesse em algo, ex: relação de consumo onde ambos</p><p>negociam valores sobre a coisa, ou seja, existe uma negociação das partes</p><p>envolvidas, que possuem o mesmo objetivo, saírem satisfeito com o acordo.</p><p>Conciliação</p><p>• A Conciliação ocorre geralmente em juízo, sob a direção do próprio juiz do Estado,</p><p>ou quando fora do Poder Judiciário, na presença e com a participação de um</p><p>conciliador privado que busca obter um acordo para prevenir ou terminar o litígio.</p><p>• O Conciliador atua avaliando a controvérsia em conjunto com as partes</p><p>sugerindo soluções, estimulando o acordo, interferindo nas controvérsias com suas</p><p>opiniões.</p><p>• Há um objetivo claro e pré-estabelecido: chegar a um acordo pela conciliação das</p><p>partes.</p><p>• Cada parte faz concessões para a outra e a Conciliação representa o acordo para</p><p>finalizar a controvérsia.</p><p>• Limitação da conciliação para abordar e resolver a complexidade do conflito. O</p><p>Conciliador, seja quem for, fica na superfície do conflito, sem</p><p>entrar nos fatores que ocasionaram o conflito, limitando-se mais às</p><p>vantagens de um acordo, onde cada um cede um pouco, para sair do</p><p>problema.</p><p>20</p><p>• A Conciliação fica muito limitada a vantagens econômicas, para equilibrar as perdas</p><p>e ganhos monetários das partes. • A Conciliação é adversária, as partes estão em</p><p>oposição defendendo suas posições e interesses.</p><p>Mediação</p><p>• A Mediação é método não adversário, visando a autocomposição entre as partes.</p><p>•O mediador previamente treinado utiliza técnicas de negociação, juntamente com</p><p>aspectos legais e psicológicos, para a reconstrução dos relacionamentos.</p><p>• O Mediador não julga, nem intervém na decisão das partes, somente</p><p>facilita a comunicação entre elas visando ajudá-las a entender a complexidade da</p><p>polêmica e sua mudança para uma situação melhor, procurando, assim, criar um</p><p>vínculo.</p><p>• As partes podem chegar, ou não, a uma solução sobre a controvérsia.</p><p>• Durante o processo, existe um aumento do poder de decidir por si</p><p>próprios, sem confiar a decisão por um terceiro.</p><p>• O objetivo principal da Mediação não é chegar a um acordo. O acordo é</p><p>uma das possibilidades decorrentes do procedimento de Mediação, mas</p><p>não é a finalidade da Mediação.</p><p>21</p><p>2.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Após explanarmos sobre os métodos alternativos de solução de</p><p>conflitos, compreendemos a sua real importância no processo de pacificação</p><p>social, colaborando para que as partes envolvidas saiam satisfeitas, bem como</p><p>na contribuição direta desses meios com o sistema judiciário, diminuindo os</p><p>procedimentos e consequentemente desafogando a sua parte administrativa.</p><p>Com nosso estudo, conseguimos verificar a sua eficiência, bem como a</p><p>agilidade e a segurança que esses métodos representam para os que o</p><p>procuram, pois independente de serem meios extrajudiciais, possuem a</p><p>segurança que a sociedade precisa, além da celeridade que os conflitos são</p><p>solucionados.</p><p>Diante do exposto, o que se espera é que aja maior divulgação por parte</p><p>do Estado, apoiando a utilização desses métodos, para que a sociedade ao se</p><p>deparar com um conflito possa saber da qualidade e eficiência desses meios.</p><p>22</p><p>3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA:</p><p>GARCIA, Antônio. “As Principais Ferramentas envolvidas em uma negociação”.</p><p>disponível em: http://www.gestiopolis.com/canales8/ger/herramientas-para-</p><p>lanegociacion.htm</p><p>ACCUF. “As Principais Ferramentas envolvidas em uma negociação”.Disponível em:</p><p>http://www.gestiopolis.com/canales8/ger/herramientas-para-la-</p><p>negociacion.htm.Acesso em 08 de setembro de 2012.</p><p>ASSARA. Igor “Aspectos da Conciliação e o projeto do novo Código de</p><p>Processo Civil”. Disponível em: http://www.artigonal.com/doutrina-artigos</p><p>PETINATI, Rafael. “Conciliação – Um http://www.artigonal.com/doutrina-artigos</p><p>Conceito”. Disponível em: GOUVEIA, Mariana França. “A causa de pedir na ação</p><p>declarativa”. 2004</p><p>"Conciliação". Disponível em: www.dicio.com.br/conciliacao. Acesso em 09 de</p><p>setembro de 2012.</p><p>Cartilha de Mediação – OAB/MG, pág. 4 – 2009</p><p>PINTO, José Augusto Rodrigues. "Direito Sindical e Coletivo do Trabalho". São</p><p>Paulo, editora Ltr., 1998, p. 258</p><p>ARAÚJO, Luís Alberto Gómez. "Os mecanismos alternativos de solução de</p><p>conflitos como ferramentas na busca da paz". In Mediação – métodos de</p><p>resolução de controvérsias, n. 1, coord. Ângela Oliveira. São Paulo: LTr, 1999,</p>

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