#pergunta de psicopatologia
Foucault observa que a loucura, antes de ter sido “dominada” por volta da metade do século XVII, estava “ligada, obstinadamente, a todas as experiências maiores da Renascença”
Com o internamento nos antigos leprosários, os portadores de doenças venéreas e os loucos passam a compartilhar um “espaço moral de exclusão”, antecipando o fim do “grau zero” da história da loucura, época em que “predominava uma indiferenciação entre loucura e razão”
Em um dado momento, teria havido uma ruptura entre a razão e a loucura, pela qual a razão, cerca de 150 anos antes do surgimento da psiquiatria, “se separa da loucura, esvazia a verdade da loucura para afirmar a si própria soberanamente.
Tudo inicia no século VXI quando verdades absolutas matidas por mais de dois milênios foram contestadas, a fé na Igreja e até a autoridade de Aristóteles, todas as afirmações em relação ao mundo foram abaladas socialmente nesse período, gerando uma confusão interior no homem devido a essas transformações políticas e religiosas. O que restou ao homem desta época foram incertezas sobre o que era verdeiro e o que era falso. Essas questões foram significativamente importantes, pois foram a partir dessas incertezas do século XVI, que seguiu-se a ordem de racionalidade no século XVII. Portanto, a loucura foi vista socialmente no século XVII devido a essa partilha entre razão e desrazão. Mediante isso, ficou claro que não havia mais espaço para dúvidas. Ou se tinha a razão, ou não. O louco, que antes era tratado como um alcóolatra, um leproso, passa a ter a definição de louco, e sendo assim, alguém que era prejudicial a sociedade, já que uma pessoa sem razão não conseguiria manter a ordem social.
Essa resposta só está mais detalhada, a anterior está perfeita e de maneira resumida.
Fonte: Fascículo de Teorias e Sistemas Psicológicos II - Freud e o Inconsciente - parte 1 de 2.
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