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Vygotsky (1998) dedicou-se a estudar, prioritariamente, as funções psicológicas superiores, também chamadas de processos mentais superiores. Segundo Vygotsky (1998), as funções psicológicas superiores representam a capacidade estritamente humana de pensar em objetos ausentes, de imaginar eventos nunca vividos ou de planejar ações a serem realizadas em momentos posteriores, de maneira intencional e voluntária. Tais funções, segundo o teórico, são desenvolvidas permanentemente ao longo da história do sujeito, por meio da sua interação com uma determinada cultura, em um momento histórico determinado. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
Quais afirmativas foram defendidas por Vygotsky?
I - Vygotsky (1998) trabalha com a orientação de que a relação do homem com o mundo não é direta. Essa relação, de acordo com o autor, é sempre uma relação mediada por instrumentos e signos, que representam instrumentos auxiliares da atividade humana.
II - Para Vygotsky (1998), os signos são orientados pelo próprio sujeito. Eles se dirigem ao controle de ações psicológicas, seja do próprio sujeito ou de outras pessoas. São, portanto, interpretáveis como representação da realidade e podem referir-se a elementos ausentes do espaço e do tempo presentes, como fazer uma lista de compras, utilizar um mapa para encontrar um determinado local ou dar um nó no lenço para não esquecer um compromisso.
III - Na visão de Vygotsky (1998), o instrumento é entendido como um elemento interposto entre o sujeito e o objeto, ampliando as possibilidades de transformação da natureza. No caso de um lenhador, o machado, por exemplo, representa um instrumento mediador da relação entre o lenhador com seu trabalho e o mundo, uma vez que corta mais e melhor do que apenas a mão humana.
IV - Segundo Vygotsky (1998), ao longo do desenvolvimento de cada indivíduo, a utilização das marcas internas vai se transformar em processos externos de mediação, ou seja, o sujeito constrói, ao longo de sua história, representações mentais que substituem os objetos do mundo real. Esse mecanismo é chamado de internalização.
A - F – V – V – F.
B - F – F – F – F.
C - V – V – V – F.
D - F – F – V – F.
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Desvendando com Questões

há 7 meses

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há 7 meses

Vamos analisar cada uma das afirmativas defendidas por Vygotsky: I - Vygotsky (1998) trabalha com a orientação de que a relação do homem com o mundo não é direta. Essa relação, de acordo com o autor, é sempre uma relação mediada por instrumentos e signos, que representam instrumentos auxiliares da atividade humana. É verdadeira (V). Vygotsky enfatiza a mediação na relação do sujeito com o mundo, utilizando instrumentos e signos. II - Para Vygotsky (1998), os signos são orientados pelo próprio sujeito. Eles se dirigem ao controle de ações psicológicas, seja do próprio sujeito ou de outras pessoas. São, portanto, interpretáveis como representação da realidade e podem referir-se a elementos ausentes do espaço e do tempo presentes, como fazer uma lista de compras, utilizar um mapa para encontrar um determinado local ou dar um nó no lenço para não esquecer um compromisso. É verdadeira (V). Os signos têm um papel importante na mediação e na representação da realidade. III - Na visão de Vygotsky (1998), o instrumento é entendido como um elemento interposto entre o sujeito e o objeto, ampliando as possibilidades de transformação da natureza. No caso de um lenhador, o machado, por exemplo, representa um instrumento mediador da relação entre o lenhador com seu trabalho e o mundo, uma vez que corta mais e melhor do que apenas a mão humana. É verdadeira (V). Vygotsky discute como os instrumentos ampliam a capacidade de ação do sujeito. IV - Segundo Vygotsky (1998), ao longo do desenvolvimento de cada indivíduo, a utilização das marcas internas vai se transformar em processos externos de mediação, ou seja, o sujeito constrói, ao longo de sua história, representações mentais que substituem os objetos do mundo real. Esse mecanismo é chamado de internalização. É falsa (F). A internalização é o processo pelo qual as funções psicológicas superiores se desenvolvem, mas a afirmação não está correta em sua formulação. Portanto, a sequência correta é: C - V – V – V – F.

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Para a ocorrência da aprendizagem, muitas condições influenciam, como é o caso da dimensão social (que pode ser interpretada como sendo as interações entre as pessoas, a cultura, o nível socioeconômico que permite entender os acessos e as limitações dos sujeitos), psicológica (relacionada a nossa maturidade e estabilidade emocional) e motora (atinente a nossa organização mental relativa aos cinco sentidos e a maturação concernente ao crescimento e a evolução). PFROMM, S. N. Psicologia da aprendizagem e do ensino. São Paulo: EPU, 1987.
Sobre os fatores que influenciam a aprendizagem, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
I - Potencial de aprendizagem também possui uma carga importante da herança genética que, quando combinada com o patrimônio social e cultural, exerce uma relevância fundamental para aprendizagem humana.
II - É necessária e urgente a união da biologia, neurociência, desenvolvimento e educação para formar a base da pesquisa educacional de qualidade socialmente referenciada.
III - Pessoa que é privada de atividades lúdicas e psicomotoras pode apresentar danos em sua capacidade de aprender, já que são fundamentais para o processamento de um novo conhecimento.
IV - Estar presente ou lidar com um ambiente de intenso potencial repressivo pode repercutir em processos de encolhimento da capacidade de aprendizagem.
A F – V – V – F.
B V – F – V – V.
C V – F – F – F.
D F – F – V – F.

A neurociência contribui, para os professores, com interessantes subsídios relacionados à discussão de como se estruturam fisiologicamente em nosso cérebro a memória, o sono, a linguagem, o esquecimento, a atenção, a afetividade, o movimento, o medo e o humor. Essa plêiade de conhecimentos agrega para a compreensão da ação pedagógica. Esse conhecimento é, também, fundamental para a ação pedagógica. Com isso, é possível constatar que há várias possibilidades de aprender. Então, existem também várias formas de ensinar. Nesse sentido, a neurociência traz a ideia de sujeito cerebral, que significa tratar o sujeito como único para poder incluí-lo. O nosso cérebro sofre alterações à medida que o estudante é submetido a novas possibilidades de exposição. E, assim, constitui-se a plasticidade cerebral. Essa compreensão é crucial para a história do educando, pois quanto mais conhecemos o cérebro, melhor poderemos educá-lo. OLIVEIRA, G. G. Neurociências e os processos educativos: um saber necessário na formação de professores. Revista Educação Unisinos, v. 1, nº 18, p.13-24, jan./abr. 2014.
Sobre as reflexões acerca da neurociência envolvendo a educação do cérebro, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
A - A plasticidade cerebral é uma compreensão ainda muito tímida que de fato não demonstrou colaborar para os estudos no campo educacional, nem se configurar como uma ferramenta importante para a atuação do professor com seus alunos no ato pedagógico.
B - É necessário entender as dimensões, necessidades, expectativas, capacidades, limitações, afetos e emoções, em síntese, as particularidades do funcionamento cerebral para usar a favor dos estudantes.
C - Os nossos cérebros são únicos, porém, sofrem alterações em função dos processos de ensino e aprendizagem. É o ator principal na estimulação do sujeito do século XXI.
D - O educando é aquele que pensa, dialoga e usa a linguagem como ferramenta essencial para o aprendizado. Portanto, é essencial olhar para a singularidade do sujeito cerebral na pluralidade da sala de aula (do coletivo).
A F – V – V – V.
B F – V – V – F.
C V – F – V – V.
D F – F – V – F.

“Sabemos que a atividade educativa não acontece apenas na escola, mas também a família e a sociedade participam ativamente dessa tarefa. Só que a escola é o local sistematicamente organizado para educar. Sua função social é a de promover, por meio do processo pedagógico, a aprendizagem dos conteúdos da cultura elaborada pela humanidade ao longo da História e, a partir dela, promover o desenvolvimento das capacidades da criança e de sua forma singular de ser e de atuar socialmente” (BISSOLI, 2014, p. 595). BISSOLI, M. F. Desenvolvimento da personalidade da criança: o papel da educação infantil. In: Psicologia em Estudo, Maringá, v. 19, n. 4, p. 587-597, out./dez, 2014.
De acordo com texto e os estudos da disciplina, quais alternativas expressam coerência com a visão acerca da atividade educativa?
I - O trabalho pedagógico efetivamente promotor da educação integral para criança pequena fundamenta-se no profundo conhecimento teórico acerca do desenvolvimento humano.
II - Cabe ao professor compreender que a cultura, por diferentes formas de mediação, pode ser apropriada pela criança, contribuindo para a sua formação como pessoa completa.
III - A escola da infância deve ser um espaço que faça diferença significativa na vida da criança.
IV - A escola deve ser um espaço de consolidação das possibilidades educativas já definidas de acordo com as necessidades humanas.
A As afirmativas I, III e IV estão corretas.
B As afirmativas II, III e IV estão corretas.
C As afirmativas I, II e III estão corretas.
D As afirmativas I, II e IV estão corretas.

Diferentemente de outras abordagens, a Teoria Histórico-Cultural tem como um de seus pressupostos que o desenvolvimento da personalidade não é natural, mas histórico e social, ou seja, depende da integração do indivíduo desde os primeiros momentos de vida na sociedade, que é repleta de exigências, expectativas e costumes. Por isso, as regularidades que caracterizam a formação da personalidade desde a infância até a vida adulta são – como são todas as esferas do desenvolvimento da pessoa sob essa mesma óptica –, resultantes do intercâmbio entre as peculiaridades do desenvolvimento psicofisiológico da criança e de seu desenvolvimento cultural (VYGOTSKI, 1931/2013a). É na atividade social que a personalidade se configura (BISSOLI, 2014, p. 589). BISSOLI, M. F. Desenvolvimento da personalidade da criança: o papel da educação infantil. In: Psicologia em Estudo, Maringá, v. 19, n. 4, p. 587-597, out./dez, 2014.
Quais alternativas são consoantes com a perspectiva de desenvolvimento da personalidade na infância?
I - Na infância, a criança está ainda alheia. Portanto, não tem como formar uma consciência sobre os objetos e seu conhecimento sobre as relações humanas e, sobretudo, sobre si mesma (a autoconsciência).
II - Nos primeiros anos de vida, a criança aprende valores, normas de conduta e capacidades especificamente humanas e torna-se capaz de expressar-se de maneira singular diante do mundo.
III - A infância é o período espontâneo do desenvolvimento da formação da personalidade.
IV - Na infância se estabelecem os primeiros níveis da formação da personalidade e trazem as marcas do sujeito humano.
A II – III - IV.
B II – I. – IV.
C I - III – IV.
D I – II – III.

O nosso cérebro é constituído de uma estrutura anatômica de dois hemisférios, sendo que no hemisfério esquerdo (análise, ordenação e classificação) é enfatizado a linguagem, a lógica, os números, a matemática, a sequência e as palavras, ao tempo que no hemisfério direito (espacialidade e temporalidade) a ênfase se dá na rima, no ritmo, na música, na pintura, na imaginação e nos modelos. E, entre esses dois hemisférios, encontra-se o corpo caloso que liga os dois. O nosso cérebro apresenta um desenvolvimento em que ocorrem modificações em seu funcionamento, no modo de construir suas decisões e como percebe as experiências. A comunicação entre os dois hemisférios perpassa cinco cérebros, que na prática é na forma que o nosso cérebro funciona. Haja visto que nós, humanos, somos dotados de cinco cérebros, e o conhecimento deles nos ajudam a entender as múltiplas eficiências e aprendizagens. KANDEL, Eric et al. Princípios de Neurociências. 5a. ed., AMGH Editora: Porto Alegre, 2014.
Acerca dos distintos tipos de cérebros, analise as afirmativas a seguir:
A - O cérebro individual é o da potencialidade, que é capaz de usar tanto o hemisfério direito quanto o esquerdo para resolver problemas de modo a expressar da melhor forma os desejos e sentimentos, bem como constituir novas oportunidades em descobertas e curiosidades.
B - O cérebro motor é relacionado ao movimento do corpo e se localiza na região parietal. Relaciona-se à destreza e ao refinamento do movimento, bem como associa-se à fala, à leitura e à escrita.
C - O cérebro social é o da cultura, das relações, da sociedade e depende do cérebro individual para realizar tarefas. Está representado na estrutura do cérebro em uma área denominada pré-frontal e requer a atenção e as habilidades nas atitudes positivas da personalidade.
D - O cérebro afetivo e emocional é fundamental para nossas vidas, porque está relacionado aos nossos vínculos emocionais representados no sistema límbico, especificamente no hipotálamo, integrando-se às áreas do córtex frontal-orbital (resfriamento da explosão impulsiva), do córtex cingulado-anterior (ativa outras regiões para responder conflitos) e das amígdalas cerebrais (respostas ao medo e às outras emoções negativas).
A As afirmativas I e II estão corretas.
B As afirmativas I, III e IV estão corretas.
C As afirmativas II, III e IV estão corretas.
D As afirmativas I, II e IV estão corretas.

Para atender às necessidades dos estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem, faz-se necessário proceder adaptações no currículo da escola, diferenciando atividades padronizadas para auxiliar o processo de aprendizagem do estudante disléxico que será mais beneficiado se tiver aulas mais oralizadas e com uma quantidade menor de textos escritos. TUNES, E.; TACCA, M. C. V. R.; BARTHOLO JÚNIOR, R. S. O professor e o ato de ensinar. Caderno de Pesquisa, v. 35 n. 126, p. 689-698, 2005.
Acerca da perspectiva de interpretação apontada pelos autores, analise as sentenças a seguir: Assinale a alternativa CORRETA:
I - Assinala-se que a vivência na escola perpassa por um processo significativo, despertando o desenvolvimento integral do indivíduo, e as múltiplas inteligências implicam novos paradigmas para a educação, pois afirmam que os alunos são construtores do seu conhecimento. Sendo assim, o estudante deve ser desconsiderado em seu contexto geral, pois a primazia deve ser dedicada para a dimensão biológica em si.
II - É relevante o entendimento de que as emoções podem contribuir para a aprendizagem dos estudantes de forma significativa e que o estresse tem efeito contrário. Cabe ao professor, colaborador na produção da consciência e memória, trocar a dispersão pela atenção consciente.
III - Quando se trata da aprendizagem, existem alguns princípios e padrões comuns que podem ser adequados para todos estudantes, mas existem também situações específicas (individuais, resultantes da experiência vivida por cada um) em que o professor precisa conhecer as dificuldades para agir de maneira diferenciada.
IV - É importante que o professor dê mais tempo ao estudante disléxico quando tiver de executar atividades escritas. Mas ele poderá, ainda, modificar a didática ou o tipo de material, como aulas mais oralizadas e menos textos escritos, considerando que esses procedimentos didáticos atendam às necessidades do estudante disléxico e não prejudiquem os estudantes que estão construindo sua aprendizagem sem obstáculos.
A As afirmativas I, II e IV estão corretas.
B As afirmativas I e IV estão corretas.
C As afirmativas II, III e IV estão corretas.
D As afirmativas I, III e IV estão corretas.

Os estudos de Piaget trouxeram evidências sobre as transformações ao longo da vida, focalizando como o conhecimento se forma (se constrói) e passa de formas mais simples a mais complexas, na perspectiva do sujeito conhecedor e não do objeto conhecido ou do observador. Esse último aspecto é, sem dúvida, o mais inovador da perspectiva piagetiana: o de tomar como referência o ponto de vista daquele que conhece e que é por definição um sujeito ativo de seu desenvolvimento, sob a influência da maturação biológica, da experiência (física e lógico-matemática), da interação social e, sobretudo, da equilibração, responsável pela passagem de um patamar de menor equilíbrio a outro de maior equilíbrio (PIAGET; INHELDER, 1974). “Cada fator, sozinho, não poderia explicar o desenvolvimento mental, sendo condição necessária, mas não suficiente para esta explicação” (SOUZA, 2014, p. 132).
Quais as alternativas que se encontram em sintonia com a teoria de Piaget? Assinale as alternativas CORRETAS:
I - Apresentar explicações acerca de como os conhecimentos se constroem.
II - Explicar como os conhecimentos se originam.
III - Demonstrar que não se trata de uma sequência evolutiva e sim de uma psicologia do desenvolvimento.
IV - Conhecer os mecanismos envolvidos na construção do conhecimento (epistemologia).
A As afirmativas I, III e IV estão corretas.
B As afirmativas I, II e III estão corretas.
C As afirmativa II, III e IV estão corretas.
D As afirmativas I, II e IV estão corretas.

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