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Como fazer uma correição parcial

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Igor Regis

DO PROCEDIMENTO

É normalmente disciplinada nos regimentos internos dos tribunais e Códigos locais de organização judiciária. Em termos de legislação federal, tem previsão no art. 6º, I, da L. 5.010/1966 (diploma que organiza a Justiça Federal de 1ª Instância), que admite sua propositura contra ato ou despacho de juiz de que não caiba recurso e que importe erro de ofício ou abuso de poder.

No âmbito da Justiça Federal, o prazo é de cinco dias contados da data da ciência do despacho ou decisão impugnada. (art. 6º, I, da L. 5.010/1966). Na esfera dos Estados, o mesmo prazo pode ser utilizado quando não houver disciplina própria em ato normativo local.

Em linhas gerais, o rito não costuma destoar da seguinte sequência de atos:

1- Propositura, pelo corrigente, por meio de petição fundamentada e devidamente instruída, dirigida ao Presidente do Tribunal a que sujeito o magistrado prolator da decisão impugnada;

2- Admissão da medida, se presentes os seus requisitos; Exame, pelo presidente do tribunal respectivo, acerca da necessidade/viabilidade de deferimento liminar da medida, desde que relevantes os fundamentos e haja perigo de prejuízo irreparável pela não suspensão dos efeitos do ato impugnado;

3- Com ou sem deferimento, segue-se a distribuição ao órgão colegiado incumbido do julgamento (Câmara ou Turma), distribuindo-se ao relator, que poderá requisitar informações ao magistrado. Essas informações podem ser dispensadas quando, sendo caso de natureza urgente, o pedido estiver devidamente instruído;

4- Ao receber o pedido de informações, poderá o magistrado retratar-se da decisão, caso em que a correição ficará prejudicada. Por fim, segue-se parecer do Ministério Público e julgamento, sendo a decisão comunicada ao magistrado.

Ressalte-se que nada impede a dedução da correição parcial contra decisões proferidas no âmbito dos Juizados Especiais Criminais, cabendo o respectivo julgamento, neste caso, às Turmas Recursais.

Discute-se o cabimento de recurso aos tribunais superiores contra o acórdão que julgar correição parcial. No STF, o entendimento é que descabe o recurso extraordinário nesse caso.

 

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Aléxia Kílaris

A correição parcial no processo do trabalho somente é possível no Tribunal Superior do Trabalho, sendo a competência do Corregedor Geral da Justiça do Trabalho. 

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