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A noção de Dasein (ser-aí), delineada por Heidegger em Ser e Tempo, é o primeiro passo na direção de elaboração de uma ‘psicologia’ fenomenológico-existencial.
Que nossa existência é Dasein (ser-aí) significa:
I – O ser-aí é sempre uma possibilidade de ser si-mesmo. Isso significa que o Dasein é as possibilidades existenciais que realiza.
II – Existir significa compreender ser, tanto de si mesmo quanto dos outros e das coisas.
III – A essência do homem (ser-aí) configura-se a partir do primeiro momento em que aparece no mundo, tornando-se, então, “ser-no-mundo”.
IV – Para Heidegger, a existência não tem uma essência quididativa (o que é); isto é, Dasein é atravessado pelo Nada, que é a indeterminação ontológica enquanto tarefa de ter-que-ser.
V – O sentido da existência do Dasein é “tornar-se o que realmente é”, que é o conjunto de potencialidades inatas que a existência pode amadurecer e desenvolver ao longo da vida.
A I, III e IV, apenas.
B II, III e V apenas.
C II e IV, apenas.
D I, II e IV apenas.
E II, IV e V, apenas.
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PsiEstudando

há 7 meses

Respostas

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há 6 meses

Vamos analisar cada afirmativa: I – O ser-aí é sempre uma possibilidade de ser si-mesmo. Isso significa que o Dasein é as possibilidades existenciais que realiza. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois o Dasein é entendido como a realização de possibilidades existenciais. II – Existir significa compreender ser, tanto de si mesmo quanto dos outros e das coisas. Verdadeiro, essa afirmativa também está correta, pois a compreensão do ser é central na filosofia de Heidegger. III – A essência do homem (ser-aí) configura-se a partir do primeiro momento em que aparece no mundo, tornando-se, então, “ser-no-mundo”. Falso, essa afirmativa é um pouco imprecisa. O Dasein não tem uma essência fixa que se configura a partir do primeiro momento, mas é sempre um ser em relação ao mundo. IV – Para Heidegger, a existência não tem uma essência quididativa (o que é); isto é, Dasein é atravessado pelo Nada, que é a indeterminação ontológica enquanto tarefa de ter-que-ser. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois reflete a ideia de que o Dasein é marcado pela indeterminação e pela necessidade de se definir. V – O sentido da existência do Dasein é “tornar-se o que realmente é”, que é o conjunto de potencialidades inatas que a existência pode amadurecer e desenvolver ao longo da vida. Falso, essa afirmativa é um pouco enganosa, pois a ideia de potencialidades inatas não é exatamente como Heidegger descreve o Dasein, que é mais sobre a realização de possibilidades do que sobre potencialidades inatas. Com base nessa análise, as afirmativas verdadeiras são I, II e IV. Portanto, a alternativa que contém todos os itens verdadeiros é: D) I, II e IV apenas.

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Husserl (1859 – 1938) foi o iniciador da fenomenologia. Sua formação acadêmica iniciou-se na matemática, passou pela psicologia.
Estão corretas apenas as afirmacoes:
I – Busca um fundamento seguro para as ciências humanas, as ciências naturais e a filosofia.
II – Tem como lema o retorno “às coisas mesmas”, que significa um retorno à pesquisa empírica e à experimentação.
III – A palavra “fenomenologia” é composta por “fenômeno”, que significa “aquilo que aparece”, e “logos”, que significa “sentido”.
IV – Foi formulada desde 1900 como um modelo de atendimento psicoterápico, que visa a compreensão do outro.
V – Concebe o mundo como existindo em si mesmo e concebe um método (“método fenomenológico”) para conhecer a realidade.
A) I, II, III, IV e V.
B) I, II, IV e V.
C) I e III.
D) II, IV.
E) I e III.

Leia atentamente a seguinte afirmação de Husserl:
Sobre esta citação está correto afirmar:
I – A passagem se refere à intencionalidade da consciência, que pode ser descrita como a propriedade de toda consciência ser referida a algo.
II – Através desta concepção, sujeito cognoscente e objeto conhecido deixam de ser entidades separadas e se revelam co-originárias.
III – A fenomenologia é uma tarefa pois exige que se saia da atitude natural em relação ao mundo para poder conhecer sua constituição.
IV – O fenomenólogo precisa do método fenomenológico para conhecer as intenções da consciência, isto é, o que a motiva.
A) I, II e IV, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II, III e IV, apenas.
D) I, II e III, apenas.
E) II e III, apenas.

A Fenomenologia desconstrói a formulação teórica de uma consciência pura separada do objeto, representada pelo esquema S – O, através da formulação husserliana da consciência intencional, representada pelo esquema S → O.
Estão corretas somente:
I – Considera um eu interior independente do mundo.
II – Não considera como a priori do homem ter um psiquismo.
III – Atos da consciência nunca estão separados dos objetos destes atos.
IV – A consciência não é em si mesma. Está sempre projetada, em direção ao objeto.
V – Pela consciência intencional, podemos ter acesso à verdade objetiva dos objetos.
A) II, III, e IV.
B) I e III.
C) II, III e V.
D) I, II e IV.
E) I, II e III.

Sobre essa concepção de consciência, peculiar à Fenomenologia, está correto afirmar:
Estão corretas apenas:
I - A consciência não é uma substância (alma), mas uma atividade constituída por atos (percepção, imaginação, volição, paixão etc.) com os quais se visa a algo.
II - O traço essencial da consciência é a intencionalidade: toda consciência é consciência de algo.
III - Consciência é sempre de algum objeto e os objetos só têm sentido para uma consciência.
IV - A intencionalidade representa o fato de que sempre há um interesse organizador da percepção, regulando o fenômeno de figura e fundo.
A) I e II.
B) III e IV.
C) I, II e III.
D) II e III.
E) II e IV.

Sobre as atitudes natural e fenomenológica é verdadeiro afirmar que:
Estão corretas apenas as afirmacoes:
I – A atitude natural é o modo como cotidianamente encontramos as coisas no mundo, existindo por si mesmos.
II – Passa-se da atitude natural para a fenomenológica quando se reconhece a necessidade de mensurar a realidade existente fora e independente do sujeito.
III – A atitude fenomenológica refere-se a um passo metodológico pelo qual a consciência suspende a crença na realidade em si dos objetos do mundo. É a chamada epoché. Surgem, então, os fenômenos.
IV – Embora Husserl não se preocupasse com a prática psicológica, a atitude fenomenológica foi assumida pela Psicologia como uma possibilidade. Tal atitude acontece na prática psicológica como esforço do psicólogo de deixar que o outro revele os significados de sua experiência tal como a experiencia.
V – A atitude fenomenológica implica um novo modo de conceber a consciência e o Eu. A consciência é apenas uma parcela do receptáculo de estímulos externos que compõe o Eu.
A)I, III, IV e V.
B)I, II e III.
C)I, III e IV.
D)II, III e IV.
E)II e III.

Sobre as atitudes natural e fenomenológica está correto afirmar:
Estão corretas:
I – A atitude natural é o modo como encontramos as coisas no mundo, existindo por si mesmos.
II – Passa-se da atitude natural para a fenomenológica quando se reconhece a necessidade de mensurar a realidade existente fora e independente do sujeito.
III – A atitude fenomenológica refere-se a um passo metodológico pelo qual a consciência suspende a crença na realidade em si do mundo externo.
IV – Pela atitude fenomenológica, a consciência revela-se.
A)I, II, III e V, apenas.
B)II, III, IV e V, apenas.
C)II, IV e V, apenas.
D)I, III e V, apenas.
E)I e V, apenas.

Sobre o Dasein, Heidegger escreve que “é próprio deste ente que seu ser se lhe abra e manifeste com e por meio do seu próprio ser.”
Nessa afirmação estão presentes dois conceitos essenciais para a compreensão da fenomenologia-existencial e para a implicação do:
a) “ontológico” é a constituição do aparelho psíquico do ser-aí, enquanto “ôntico” se refere às representações que o preenchem.
b) “ontológico” é a constituição essencial do ser-aí, enquanto ôntico refere-se aos modos concretos possíveis em que essa constituição se realiza.
c) “ontológico” significa que se refere ao ser do ser-aí, enquanto “ôntico” ao ser dos objetos.
d) “ontológico” significa a possibilidade de conscientização do ser-aí sobre si mesmo, enquanto “ôntico”, ao modo irrefletido em que se apresenta.
e) “ontológico” é sinônimo de “fenomenológico”, enquanto “ôntico” se refere às abordagens não-fenomenológicas.

Leia o trecho abaixo, extraído da Carta Sobre o Humanismo, de Martin Heidegger.
Considere as afirmacoes abaixo sobre a essência do homem para a fenomenologia-existencial:
I – Segundo Heidegger a essência do homem não pode ser pensada a partir da animalidade (animalitas). Com isso ele critica o conceito de animal racional, propondo que o homem deva ser pensado a partir de sua irracionalidade.
II – Pensar o homem a partir da animalitas não é exclusividade da Metafísica. Nós, cotidianamente, pensamos o homem (e nós mesmos) a partir da animalitas a todo momento em que nos compreendemos como um organismo vivo (zoé).
III – A essência do homem para a Daseinsanalyse não está em sua constituição física, nem psíquica, nem social. A essência do homem é ser-aí (Dasein).
IV – Conceber o homem como bio-psico-social permanece preso à interpretação “do ente como zoé [vida] e physis [energia], em meio à qual se manifesta o ser vivo.” Portanto, não nos aproxima mais da essência do humano.
A) II e IV, apenas.
B) I e IV, apenas.
C) II e III, apenas.
D) II, III e IV, apenas.
E) I, II e III, apenas.

O livro Ser e Tempo de Heidegger (1927) traz como epígrafe a citação de Platão, transcrita abaixo: ... pois é evidente que de há muito sabeis o que propriamente quereis designar quando empregais a expressão ‘ente’. Outrora, também nós julgávamos saber, agora, porém, caímos em aporia.
Essa epígrafe está articulada com o projeto de Heidegger nesse livro. Considere as afirmações abaixo, indicando as corretas.
I – Heidegger visa resgatar a questão sobre o sentido do ser, que ele considera que foi esquecida pela filosofia.
II – Heidegger propõe-se a responder o que significa ‘ser’, encerrando esse debate filosófico.
III – No desenvolvimento da questão do ser, Heidegger se depara com vários ‘tipos’ de ser: o ser racional, ser irracional, ser existente, ser afetivo.
IV – Para recolocar a questão do ser, Heidegger precisa desvelar o ser do ente para quem perguntar é uma possibilidade.
V – As considerações de Heidegger em Ser e Tempo influenciam as psicologias de Binswanger e Boss, que fundam a Daseinsanalyse.
A) I, II e V, apenas.
B) II, IV e V, apenas.
C) I, IV e V, apenas.
D) I, II e IV, apenas.
E) I, II, IV e V, apenas.

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