Logo Passei Direto
Buscar

Direito Administrativo

Colégio Objetivo
Ao final do terceiro bimestre de certo ano, o Poder Executivo da União verificou que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais. Diante disso, notificou os demais Poderes da União e o Ministério Público para que tomassem as medidas de responsabilidade fiscal cabíveis em face dessa situação.
Diante desse cenário, e à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta.
a) Os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei orçamentária anual.
b) No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação de empenho e movimentação financeira, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros destes segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
c) No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
d) Poderão ser objeto de limitação as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida.
e) Poderão ser objeto de limitação as despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade.
User badge image
Estudando com Questões

há 5 meses

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

há 5 meses

Vamos analisar cada uma das alternativas à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF): a) Os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei orçamentária anual. - Esta alternativa está correta, pois a LRF estabelece que, diante da verificação de que a receita não comporta o cumprimento das metas fiscais, os Poderes devem promover a limitação de empenho. b) No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação de empenho e movimentação financeira, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros destes segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. - Esta alternativa não está correta, pois a LRF não confere ao Poder Executivo a autoridade para limitar os valores financeiros dos demais Poderes. c) No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. - Esta alternativa não é totalmente precisa, pois a recomposição deve seguir critérios estabelecidos pela LRF, mas não necessariamente de forma proporcional. d) Poderão ser objeto de limitação as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida. - Esta alternativa está incorreta, pois as despesas com o serviço da dívida são consideradas obrigatórias e não podem ser limitadas. e) Poderão ser objeto de limitação as despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade. - Esta alternativa também não está correta, pois as despesas com inovação e desenvolvimento podem ser limitadas, mas não são prioritárias em relação a outras despesas obrigatórias. Diante da análise, a alternativa correta é: a) Os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei orçamentária anual.

Essa resposta te ajudou?

0
Dislike0
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar essa resposta. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Ainda com dúvidas?

Envie uma pergunta e tenha sua dúvida de estudo respondida!

Mais perguntas desse material

A programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso representam um subsídio previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal de grande relevância para o acompanhamento da execução orçamentária.
Ao analisar a prestação de contas de um ente público, um analista orçamentário fez uma recomendação para que o referido documento esteja aderente aos dispositivos legais, qual seja:
a) definição de diretrizes para programação financeira e cronograma de execução mensal de desembolso no PPA;
b) inclusão da apuração do superávit financeiro do exercício na programação financeira;
c) inclusão da programação financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso como anexo da LDO;
d) publicação da programação financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso por meio de decreto do Poder Legislativo;
e) publicação da programação financeira e do cronograma de execução mensal de desembolso somente após a aprovação da LOA.

Entre os mecanismos criados para Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para reduzir o risco de déficit e descumprimento de metas fiscais em cenários de queda na arrecadação está a limitação de empenho e movimentação financeira.
Porém, a LRF salvaguardou algumas despesas desse mecanismo, entre as quais citam-se as:
a) custeadas com recursos oriundos de transferências constitucionais;
b) destinadas à manutenção e desenvolvimento do ensino, discricionárias ou não;
c) executadas nas modalidades de aplicação transferências voluntárias a Estados ou a Municípios;
d) relacionadas a investimentos destinados a áreas de desenvolvimento incentivado por subsídios;
e) relativas ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade.

Um instrumento previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal como subsídio para acompanhamento da execução orçamentária e da gestão fiscal refere-se à programação financeira e ao cronograma de desembolso a serem estabelecidos e disponibilizados:
a) com a publicação da Lei de Diretrizes Orçamentárias;
b) até trinta dias após a publicação dos orçamentos;
c) como anexo ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária;
d) juntamente com o Anexo de Metas Fiscais;
e) quadrimestralmente, junto ao Relatório de Gestão Fiscal.

Ao tratar da responsabilidade na gestão fiscal, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu conceitos que constituem verdadeiros pilares para os gestores públicos em busca do equilíbrio fiscal.
Ao avaliar os relatórios fiscais de um ente à luz dos pilares da gestão fiscal, um item que está fora do escopo de análise é:
a) transparência;
b) ação planejada;
c) prevenção de riscos;
d) cumprimento de metas;
e) descentralização de créditos.

Com o intuito de subsidiar a promoção de uma gestão fiscal responsável, a Lei de Responsabilidade Fiscal dispôs sobre a definição de metas e restrições para assegurar o cumprimento dessas metas.
A limitação de empenho e movimentação financeira é uma medida que deve ser adotada quando a realização da receita ameaçar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, e pode incidir sobre despesas:
a) com juros e encargos da dívida;
b) com pagamento de pessoal e encargos sociais;
c) de transferências intergovernamentais legalmente previstas;
d) discricionárias destinadas a ações e serviços públicos de saúde;
e) relativas à inovação custeadas por fundo criado para tal finalidade.

Dada a sua relevância no contexto de uma gestão fiscal responsável, a dívida pública é amplamente tratada na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Em atenção a esse normativo, um ente público que tenha dívida mobiliária ou contratual em um dado período deve incluir todas as despesas relativas à dívida pública e as receitas que as atenderão no(a):
a) Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida;
b) Demonstrativo das Operações de Crédito.
c) Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital;
d) Lei Orçamentária Anual;
e) Relatório de Gestão Fiscal.

No Anexo de Riscos de Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias se faz a avaliação
(A) dos riscos realizados em comparação aos previstos.
(B) do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.
(C) dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.
(D) da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência social dos servidores públicos.
(E) da evolução do patrimônio líquido, com destaque à origem e à aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.

Em relação à Lei Orçamentária Anual, a atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar, de acordo com a Lei Complementar nº 101/2000,
a) a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
b) a variação do Cerificado de Depósito Bancário (CDI).
c) a variação da taxa de atualização da Caderneta de Poupança.
d) o refinanciamento da dívida pública prevista na lei orçamentária.
e) a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.

Mais conteúdos dessa disciplina