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Direito Processual Civil

Colégio Objetivo
Ano: 2017. Banca: FCC. Órgão: TST. Prova: FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto.
Suponha que Maria, supervisora administrativa do setor de tecelagem da Empresa Júpiter, pessoal e previamente preenchia os controles de ponto dos empregados que lhe eram subordinados, com jornadas inferiores àquelas efetivamente praticadas. Ela determinava, também, que os trabalhadores apusessem, dia a dia, as respectivas assinaturas ao lado dos errôneos dados já inseridos, objetivando afastar a necessidade de pagamento de horas extras. Dentre os empregados estavam quatro indígenas que residiam no Estado “A” e haviam sido atraídos pela empresa para o Estado “B”, local de desenvolvimento dos trabalhos, não lhes sendo asseguradas pela empregadora as condições previamente prometidas para retorno ao local de origem, quando ocorreu o encerramento dos pactos de emprego. Nesse caso:
não é admissível tentativa no crime de frustração de direito assegurado pela legislação trabalhista.
se consuma a figura equiparada descrita no art. 207, §1°, parte final, do Código Penal, se os trabalhadores desejarem, por vontade própria a mudança do Estado “A” para o Estado “B”.
no delito de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, a existência, como empregados, de indígenas atingidos pelas condutas criminosas é causa de aumento de pena.
todos os delitos contra a organização do trabalho processam-se mediante ação penal pública condicionada a representação.
a frustração de direito alicerçado em lei trabalhista somente pode caracterizar crime quando há violência, não se consumando mediante fraude.
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Estudando com Questões

há 6 meses

Respostas

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há 6 meses

Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o contexto da legislação trabalhista e do Código Penal: a) "não é admissível tentativa no crime de frustração de direito assegurado pela legislação trabalhista." - Essa afirmação é verdadeira, pois a frustração de direitos trabalhistas se consuma com a prática do ato, não havendo espaço para tentativa. b) "se consuma a figura equiparada descrita no art. 207, §1°, parte final, do Código Penal, se os trabalhadores desejarem, por vontade própria a mudança do Estado “A” para o Estado “B”." - Essa afirmação não é correta, pois a vontade dos trabalhadores não altera a consumação do crime. c) "no delito de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, a existência, como empregados, de indígenas atingidos pelas condutas criminosas é causa de aumento de pena." - Essa alternativa está correta, pois a legislação prevê aumento de pena quando se trata de trabalhadores em situação de vulnerabilidade, como os indígenas. d) "todos os delitos contra a organização do trabalho processam-se mediante ação penal pública condicionada a representação." - Essa afirmação não é verdadeira, pois nem todos os delitos contra a organização do trabalho dependem de representação. e) "a frustração de direito alicerçado em lei trabalhista somente pode caracterizar crime quando há violência, não se consumando mediante fraude." - Essa afirmação é incorreta, pois a frustração de direitos pode ocorrer por meio de fraude, não sendo necessária a violência. Diante da análise, a alternativa correta é: c) no delito de frustração de direito assegurado por lei trabalhista, a existência, como empregados, de indígenas atingidos pelas condutas criminosas é causa de aumento de pena.

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Ano: 2017. Banca: FGV. Órgão: TRT - 12ª Região - Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal.
Claudio, famoso empresário do ramo publicitário, mediante fraude consistente em oferecer casa, carro e salário de R$ 10.000,00, recruta Marta, trabalhadora, com o fim de levá-la para território estrangeiro para lá exercer suas atividades. Marta, então, aceita a oferta, mas quando embarcaria para o exterior, é abordada pela Polícia, que informa que, na realidade, aquelas ofertas de Claudio eram falsas e que sua intenção era apenas levá-la para trabalhar em outro país em condições diversas daquelas oferecidas. Em razão disso, Claudio é denunciado pelo crime de aliciamento para o fim de emigração. A família de Claudio, então, procura seu advogado para esclarecimentos sobre a denúncia apresentada, informando, ainda, que Claudio confessava o fato, mas esclarecera que era a primeira vez que adotara aquele comportamento e que não tinha a intenção de fazer isso com nenhum outro trabalhador. Considerando a situação narrada, o advogado deverá esclarecer que a conduta do denunciado:
configura o crime aliciamento para o fim de emigração, na modalidade consumada, diante de sua natureza de crime formal.
trata-se de conduta atípica, pois o trabalho era bem remunerado e compatível com a legislação trabalhista do destino.
configura o crime de aliciamento de trabalhadores de um local para o outro do território nacional, já que Marta não chegou a embarcar ao exterior.
não configura crime contra a organização do trabalho previsto no Código Penal, pois falta a pluralidade de trabalhadores.
configura o crime imputado, na modalidade tentada, pois Marta não chegou ao local de destino.

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