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Com a advento da Modernidade, o mundo foi dividido em duas categorias de análise, como por exemplo: homem/mulher, heterossexual/homossexual, normal/anormal, deficiente/não deficiente etc. O rigor científico da matriz teórica positivista tinha como objetivo alcançar verdades absolutas sobre a realidade e dominar e controlar a natureza. De acordo com Sandra Pesavento (2005), os movimentos sociais do pós-guerra pelos direitos das pessoas com deficiência, as revoltas estudantis e os movimentos das mulheres, gays e lésbicas, os movimentos raciais, de gênero e das minorias em geral, causaram um esgotamento do modelo da macrohistória e das explicações globalizantes, com aspirações de verdades absolutas que utilizava o método quantitativo de análise. E foi na transição entre a segunda e terceira onda do feminismo que os estudos de gênero passaram a ocupar um lugar de destaque entre os estudos feministas. Sobre a importância dos estudos de gênero como categoria de análise histórica, assinale a alternativa CORRETA:
A) Na historiografia, o gênero como categoria de análise histórica abriu o caminho para uma profusão de pesquisas que ampliaram o saber histórico. Novas abordagens e olhares revelaram o caráter arbitrário de diversos conceitos e categorias tidas até então como naturais, como homem e mulher e masculino e feminino.
B) Os estudos de gênero realizados na América Latina não se relacionam com os de outros locais do mundo em decorrência de suas especificidades e, sobretudo, pela historiografia latina ser majoritariamente masculina. Historicamente, a tônica desses estudos são as identidades binárias.
C) Na historiografia, o gênero como categoria de análise histórica dá conta da complexidade de alguns contextos sociais e culturais, isso porque gênero é um ato de discriminação e objetificação sexual que reduz o sujeito a um grupo social.
D) As análises históricas com base nas relações de gênero são um objeto exclusivo das historiadoras feministas. Por esse motivo, as produções acadêmicas em geral continuam utilizando para análise de dados o método quantitativo. Como resultado, as identidades de homem e mulher continuam sendo as identidades tradicionalmente atribuídas aos sujeitos.
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há 4 meses

Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta sobre a importância dos estudos de gênero como categoria de análise histórica: A) Na historiografia, o gênero como categoria de análise histórica abriu o caminho para uma profusão de pesquisas que ampliaram o saber histórico. Novas abordagens e olhares revelaram o caráter arbitrário de diversos conceitos e categorias tidas até então como naturais, como homem e mulher e masculino e feminino. Essa alternativa destaca a contribuição dos estudos de gênero para a ampliação do conhecimento histórico e a desconstrução de categorias consideradas naturais, o que é um ponto central nos estudos de gênero. B) Os estudos de gênero realizados na América Latina não se relacionam com os de outros locais do mundo em decorrência de suas especificidades e, sobretudo, pela historiografia latina ser majoritariamente masculina. Historicamente, a tônica desses estudos são as identidades binárias. Essa alternativa sugere uma separação excessiva dos estudos de gênero na América Latina em relação ao resto do mundo, o que não é uma visão amplamente aceita, pois há interconexões e diálogos entre as diversas correntes de estudos de gênero. C) Na historiografia, o gênero como categoria de análise histórica dá conta da complexidade de alguns contextos sociais e culturais, isso porque gênero é um ato de discriminação e objetificação sexual que reduz o sujeito a um grupo social. Embora essa alternativa mencione a complexidade dos contextos sociais, ela reduz o conceito de gênero a um ato de discriminação, o que não abrange completamente a riqueza dos estudos de gênero. D) As análises históricas com base nas relações de gênero são um objeto exclusivo das historiadoras feministas. Por esse motivo, as produções acadêmicas em geral continuam utilizando para análise de dados o método quantitativo. Como resultado, as identidades de homem e mulher continuam sendo as identidades tradicionalmente atribuídas aos sujeitos. Essa alternativa é problemática, pois sugere que apenas historiadoras feministas fazem análises de gênero e ignora a diversidade de abordagens e métodos que podem ser utilizados. Após essa análise, a alternativa que melhor representa a importância dos estudos de gênero como categoria de análise histórica é: A).

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Os povos que habitavam o continente americano, antes da chegada dos europeus, iniciaram uma organização social primeiramente como bandos, e com o passar dos séculos, formaram entidades extremamente complexas. No entanto, semelhante à história mundial sobre os primeiros grupos humanos que viviam espalhados pelo mundo, também na historiografia pré-colombiana as mulheres pouco aparecem. Mas desde as décadas de 1970 e 1980, pesquisadores têm revisitado os registros sobre os povos da América e, por meio deles, como por exemplo as estelas e os códices maias, encontraram representações das mulheres. Sobre os registros das mulheres da América pré-colombiana, analise as sentenças a seguir:
I- As pesquisas sobre as mulheres na América pré-colombiana sugerem que algumas mulheres da elite desfrutaram de privilégios e elevado status social, chegando a governar cidades-estados.
II- Pesquisadores dos povos pré-colombianos apenas encontraram registros que representavam as mulheres executando atividades cotidianas, como o cuidado com os filhos e a casa.
III- Na sociedade maia, as mulheres foram representadas em diversos glifos, nos quais elas são apresentadas executando atividades do cotidiano. As mulheres aparecem também nos glifos-emblemas, uma espécie de título de realeza.
IV- Nos códices andinos, que eram imensas esculturas de pedra em alto-relevo, e que utilizavam caracteres hieroglíficos, as mulheres latinas eram representadas como guerreiras, com destaque para as armas que usavam.
V- Na cultura Moche, que habitava os territórios do atual México, os arqueólogos encontraram um sítio arqueológico com diversas figuras que representam as atividades diárias das mulheres do grupo, como a pesca e a coleta.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) As sentenças I e IV estão corretas.
B) As sentenças IV e V estão corretas.
C) As sentenças I e III estão corretas.
D) As sentenças II e III estão corretas.

Na atualidade, diferentes investigações apontam para a dupla jornada de trabalho feminino: o trabalho remunerado e o trabalho doméstico não remunerado. Conforme estudos de Osmarina Siqueira (2016), a dupla jornada de trabalho das mulheres tem causado várias implicações físicas e emocionais. Para Siqueira, esta realidade da mulher contemporânea está diretamente relacionada à cultura patriarcal que julgava os afazeres domésticos de natureza feminina e, ainda, à emancipação das mulheres a partir do século XIX, que possibilitou a inserção no mercado de trabalho. Ocorre que, por meio dos movimentos feministas, muitos direitos civis, políticos e trabalhistas foram conquistados, mas ainda precisamos desconstruir a representação do trabalho doméstico como 'próprio da natureza feminina'. Contudo, ao estudar a história das mulheres, compreendemos que a divisão sexual do trabalho ao longo da história apresentou diferentes configurações, mesmo entre os povos da América Latina.
Com relação à divisão do trabalho nas culturas pré-colombianas, assinale a alternativa CORRETA:
A Com base na divisão sexual do trabalho, as atividades realizadas pelas mulheres eram percebidas como tão importantes quanto as atividades masculinas, como por exemplo a caça, a segurança do grupo e as guerras.
B Existiam algumas atividades que não poderiam ser executadas pelas mulheres pré-colombianas, dentre elas, a confecção de vestimentas dos sacerdotes ou tapeçarias que adornavam as paredes dos templos.
C Para as sociedades pré-colombianas, o trabalho pesado esteve fortemente associado às mulheres, como por exemplo a agricultura, o trabalho doméstico, a realização de partos, o cuidado dos filhos, a fiação e a tecelagem.
D As mulheres maias e astecas poderiam desenvolver qualquer tipo de trabalho, inclusive as atividades de maior prestígio social entre essas duas culturas: a execução da caça e as atividades relacionadas à guerra.

O feminismo é costumeiramente dividido em três ondas. A primeira onda do feminismo teve início na segunda metade do século XIX, em países da Europa e nos Estados Unidos. Sobre o início da segunda onda de feminismo, em que surgem as primeiras discussões envolvendo o conceito de gênero, assinale a alternativa CORRETA:
A Década de 1980.
B Década de 2000.
C Década de 1960.
D Década de 1970.

Na atualidade, os estudos em diferentes campos do conhecimento referentes às relações de gênero e o feminismo têm contribuído para a problematização ou mesmo para a (res)significação de discursos consolidados ao longo do tempo sobre as mulheres, ou, ainda, acerca da 'invisibilidade das mulheres' na escrita da história. Conforme a historiadora Joana Maria Pedro, essa 'invisibilidade' ocorria 'não por falta de fontes, mas por não achar as mulheres nas fontes'. Com o aumento da inserção das mulheres nas universidades a partir da década de 1960 e sobretudo na década de 1970, resultado da segunda onda do movimento feminista, as historiadoras passaram a analisar novas fontes de pesquisa ou mesmo 'a olhar as mesmas fontes, mas, procurando novas questões'. Como podemos perceber, após a análise do enunciado da questão, a segunda onda do feminismo possibilitou a disseminação de produções historiográficas acerca das mulheres, e essa foi apenas uma das conquistas daquele contexto. Na terceira onda, o movimento ganha novas configurações. Sobre o movimento da terceira onda do feminismo, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A terceira onda do feminismo tem início na década de 1990, envolta pelos impasses da segunda onda, e se estende até os dias atuais. O marco fundante dessa terceira onda é o lançamento do livro 'Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade', da filósofa estadunidense Judith Butler.
( ) Na terceira onda do feminismo, que teve início na década de 1970, podemos afirmar que não houve a conquista de novos direitos. Naquele momento histórico, identificamos a aglomeração de mulheres nas ruas em grandes manifestações e, sobretudo, nos espaços das redes sociais, com o propósito de não perder os direitos duramente conquistados na primeira e na segunda onda do feminismo.
( ) Na terceira onda do feminismo, há um movimento de aproximação das teorias feministas com pesquisadoras e pesquisadores dos estudos de gênero, culturas e, ainda, de diferentes grupos étnicos. Identificamos uma preocupação, naquele contexto, com as minorias que viviam nas periferias e, ainda, acerca de questões ecológicas, teológicas e do terceiro mundo.
( ) As feministas da década de 1990 evidenciavam a instabilidade de noções como feminino e masculino e homem e mulher, buscando, principalmente nas formações discursivas, revelar o caráter social dos elementos que constituem os padrões atuais de gênero.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A) V - V - F - V
B) F - F - V - V
C) V - F - V - V
D) V - F - V - F

A partir da metade do Século XVI, três povos cultural e etnicamente diferentes passaram a conviver na América Latina. As relações entre os povos originários também denominados como povos indígenas, europeus, com destaque para os ibéricos e africanos escravizados, fazem da América Latina um objeto de estudo complexo. Ainda mais por sabermos que a questão racial foi determinante nas relações sociais da região.
Sobre o exposto, analise as sentenças a seguir: Assinale a alternativa CORRETA:
I- O gênero do escravizado influenciou diretamente na destinação prevista para ele em solo americano. Os homens eram direcionados, em sua maioria, às zonas urbanas.
II- Nas cidades, as mulheres escravizadas trabalhavam, em maior número, nos afazeres domésticos, limpando, cozinhando, lavando e costurando para suas senhoras e seus senhores.
III- Mulheres da elite, sinhás ou sinhás-moças, costumavam ter duas ou três mucamas como damas de companhia em seus passeios pela cidade, idas aos mercados e às missas, o que era um símbolo de status social, até mesmo para as escravizadas escolhidas para serem as damas de companhia.
IV- Nas cidades da América Latina, o número de homens era significativamente maior do que o de mulheres.
A As sentenças I e IV estão corretas.
B As sentenças II e IV estão corretas.
C As sentenças II e III estão corretas.
D As sentenças I e III estão corretas.

Na atualidade, alguns especialistas têm difundido produções acadêmicas específicas acerca da quarta onda do feminismo. O feminismo latino-americano tem se destacado no que diz respeito à luta contra a violência de gênero, sendo as mídias sociais o principal meio de propagação das causas de solidariedade entre as mulheres. Sendo assim, o movimento feminista não é "atual" e, de acordo com narrativas historiográficas, a primeira onda do feminismo teve início na segunda metade do século XIX. Com relação ao primeiro movimento das mulheres e suas reivindicações, analise as sentenças a seguir:
Assinale a alternativa CORRETA:
I- As sufragistas são símbolo da primeira onda feminista, principalmente por defenderem o voto feminino. Vale destacar que as sufragistas também defenderam causas como a inserção das mulheres no mercado de trabalho, na política, na educação, na ciência, na economia, bem como uma valorização maior dos afazeres domésticos.
II- Na primeira onda feminista, as mulheres latinas ganharam destaque internacional e eram contrárias a cultura do estupro, e estavam muito à frente dos modelos europeus na questão racial. Dizemos isso porque o feminismo europeu possuía um modelo de mulher, sendo ele constituído pela mulher branca e de classe média.
III- Na primeira onda feminista, o movimento de mulheres criou uma rede internacional e alcançou um feminismo sem lideranças, feito pela maioria e para a maioria. Lutavam por diferentes causas sociais e políticas. Nos EUA, por exemplo, as feministas reivindicavam o fim do genocídio da juventude negra em decorrência do apartheid.
IV- As primeiras feministas do século XX foram as sufragistas e buscavam, nessa primeira fase, o direito de trabalhar nas indústrias, equidade salarial e, sobretudo, o direito de serem eleitas para ocupar cargos nos poderes executivo e legislativo.
V- A primeira onda do feminismo teve início na segunda metade do século XIX em países da Europa e nos Estados Unidos. Foi nesse período que surgiu, no Reino Unido, o primeiro movimento de mulheres organizado em prol de mudanças sociais e políticas.
a) As sentenças I e III estão corretas.
b) As sentenças I, II e V estão corretas.
c) As sentenças I e V estão corretas.
d) As sentenças II e IV estão corretas.

Conforme Joana Pedro (2010), o movimento feminista, chamado costumeiramente de 'segunda onda do feminismo', teve início na Europa Ocidental e EUA depois da 2ª Guerra Mundial, e seus ideais foram difundidos na Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai a partir da década de 1970. Ocorre que o feminismo, em cada país, adotou configurações específicas, a partir da realidade vivenciada pelas mulheres. Contudo, em decorrência da internacionalização do movimento, deu prioridade às lutas por alguns direitos. Sobre a segunda onda do feminismo e suas principais reivindicações, analise as sentenças a seguir:
I- Na segunda onda do feminismo, as mulheres estavam dispostas a ingressar na academia e, dentre os temas de teorização do movimento, citamos a sexualidade feminina e a maternidade, temas que receberam destaque após o surgimento da pílula contraceptiva.
II- A segunda onda se estendeu até a década de 1970 e foi composta, principalmente, por três teorias: o feminismo liberal, o feminismo socialista e o feminismo radical. Essas teorias defendiam as causas feministas, mas divergiam quanto às causas da dominação masculina.
III- A segunda onda do feminismo teve início na década de 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente após o Maio de 1950, com o interesse e com as práticas de mulheres dispostas a ingressarem tanto na academia como participar das formulações teóricas. O marco fundante dessa segunda onda é o lançamento do livro 'Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade', da filósofa Judith Butler.
IV- No contexto de meados do século XX, as feministas queriam substituir os homens nas universidades e rivalizavam com os seus pares na vida pública e privada. Inclusive, após a democratização do uso da pílula anticoncepcional, as feministas disseminaram a ideia que as mulheres poderiam decidir unilateralmente sobre o planejamento familiar, reduzindo drasticamente a taxa de natalidade na Europa.
V- A segunda onda, diferentemente da primeira, foi marcada por uma única teoria sexista que defendia as causas femininas e contrapunha-se à dominação masculina e à subordinação das mulheres.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) As sentenças III e V estão corretas.
B) As sentenças I e II estão corretas.
C) As sentenças I e V estão corretas.
D) As sentenças II e IV estão corretas.

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