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Paciente masculino, 53 anos, portador de cirrose hepática, com ascite, em uso de furosemida e aguardando transplante hepático, há três dias apresentou temperatura axilar de 38,4°C. Posteriormente tornou-se confuso, desorientado, e evoluiu para rebaixamento importante do nível de consciência. No exame físico havia flapping. Exames feitos na sala de emergência mostraram: Ureia 52 mg/dl; Creatinina 1,3 mg/dl; glicose 110 mg/dl; Na 130 mmol/l; K 2,8 mmol/l; Cl 101 mmol/l. Nesse caso, a conduta mais adequada é:
A) corrigir o distúrbio eletrolítico, investigar estado infeccioso e administrar lactulose.
B) aumentar o diurético, repor potássio por via parenteral e prescrever norfloxacina.
C) administrar bicarbonato de sódio, manter a furosemida e associar lactulose e neomicina por via oral.
D) indicar terapêutica renal substitutiva com hemodiálise intermitente.
E) fazer paracentese abdominal e administrar albumina concentrada e vitamina K parenteral.
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Ensinando Através de Questões

há 3 meses

Respostas

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há 3 meses

Vamos analisar o caso apresentado. O paciente tem cirrose hepática, ascite, e apresenta sinais de encefalopatia hepática (confusão, desorientação e flapping). Além disso, os exames laboratoriais mostram hiponatremia (Na 130 mmol/l) e hipocalemia (K 2,8 mmol/l). A conduta mais adequada deve abordar a correção dos distúrbios eletrolíticos, investigar um possível estado infeccioso (considerando a febre e a confusão) e tratar a encefalopatia hepática, que pode ser feita com lactulose. Agora, vamos analisar as alternativas: A) Corrigir o distúrbio eletrolítico, investigar estado infeccioso e administrar lactulose. - Esta opção aborda a correção dos distúrbios eletrolíticos, a investigação de infecção e o tratamento da encefalopatia hepática, que é a conduta mais adequada. B) Aumentar o diurético, repor potássio por via parenteral e prescrever norfloxacina. - Aumentar o diurético não é indicado, pois o paciente já está em uso de furosemida e pode agravar a desidratação e a hipocalemia. C) Administrar bicarbonato de sódio, manter a furosemida e associar lactulose e neomicina por via oral. - O bicarbonato de sódio não é a prioridade aqui, e manter a furosemida pode não ser adequado. D) Indicar terapêutica renal substitutiva com hemodiálise intermitente. - Não há indicação de hemodiálise neste caso, pois os níveis de creatinina não estão tão elevados e a causa da confusão parece ser encefalopatia hepática. E) Fazer paracentese abdominal e administrar albumina concentrada e vitamina K parenteral. - Embora a paracentese possa ser necessária, a prioridade deve ser a correção dos distúrbios eletrolíticos e o tratamento da encefalopatia. Portanto, a alternativa correta é: A) corrigir o distúrbio eletrolítico, investigar estado infeccioso e administrar lactulose.

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Ainda sobre leptospirose, está CORRETO afirmar:
A A leptospirose pode ser difícil de distinguir de muitas outras doenças infecciosas agudas.
B A sufusão conjuntival, quando ocorre, é uma das características distintivas mais confiáveis, pois raramente ocorre com qualquer doença infecciosa além da leptospirose.
C Doenças virais agudas, incluindo influenza, podem ser diagnóstico diferencial, particularmente em pacientes com sintomas proeminentes do trato respiratório.
D A maioria das infecções por leptospirose é autolimitada. A terapia antimicrobiana reduz a duração da doença e reduz a eliminação do organismo na urina.
E todas as alternativas estão corretas.

Sobre Embolia Pulmonar, está INCORRETO:
A Quando um paciente apresenta suspeita de embolia pulmonar aguda (EP), a terapia de suporte inicial pode necessitar de oxigenoterapia suplementar, e até mesmo suporte ventilatório e hemodinâmico.
B Uma vez feito o diagnóstico, a base da terapia para pacientes com EP confirmada é a anticoagulação, dependendo do risco de sangramento.
C Mesmo diante de alta probabilidade pré-teste de Embolia Pulmonar, quando não houver disponibilidade imediata de diagnóstico por imagem, a anticoagulação somente será iniciada quando o referido diagnóstico for confirmado.
D Pacientes com Embolia Pulmonar com risco de vida podem exigir tratamento adicional além da anticoagulação, incluindo trombólise, filtros de veia cava inferior e embolectomia.
E Na estratificação de risco do paciente com tromboembolismo pulmonar, deve-se considerar os fatores associados a pior prognóstico: hipoalbuminemia, apneia obstrutiva do sono, síncope e baixa pressão arterial. Além de avaliar com atenção a função do VD, já que a presença de disfunção ventricular direita (VD) é um preditor independente de mortalidade.

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