Vamos analisar as alternativas apresentadas em relação à função do estado de natureza nas teorias contratualistas. a) O estado de natureza é utilizado como uma ferramenta teórica para justificar a necessidade de um governo central e legitimar o poder soberano. - Esta opção está correta, pois os filósofos contratualistas, como Hobbes, Locke e Rousseau, utilizam o estado de natureza para argumentar que, sem um governo, a vida seria caótica, justificando assim a necessidade de um contrato social e de um governo. b) O estado de natureza representa uma utopia onde os indivíduos desfrutavam de liberdade absoluta, ausente de necessidade de leis ou governo. - Embora o estado de natureza possa ser visto como um estado de liberdade, não é necessariamente uma utopia, pois também implica em conflitos e insegurança. c) O estado de natureza foi proposto para demonstrar que os seres humanos, por natureza, tendem à cooperação voluntária, dispensando a necessidade de um contrato social. - Esta opção não é correta, pois a maioria dos contratualistas argumenta que a cooperação é difícil sem um contrato social. d) O estado de natureza foi concebido como uma representação realista das condições históricas antes do surgimento das sociedades organizadas. - Essa opção não é precisa, pois o estado de natureza é mais uma construção teórica do que uma representação histórica. e) O estado de natureza serve para provar que os indivíduos podem viver em harmonia, sendo dispensável a intervenção de um governo. - Esta opção é contrária ao que os contratualistas defendem, já que eles argumentam que a intervenção do governo é necessária para evitar conflitos. Portanto, a alternativa correta que descreve a função do estado de natureza nas teorias contratualistas é: a) O estado de natureza é utilizado como uma ferramenta teórica para justificar a necessidade de um governo central e legitimar o poder soberano.