ientistas de todo mundo trabalham juntos sobre uma pergunta de ordem mundial: como conter o novo coronavírus? As hipóteses são várias: por meio de novos ou antigos medicamentos, vacinas e até mesmo medidas não farmacológicas, como o distanciamento social. No entanto, para verificar essas possibilidades, é preciso testar. Nesse sentido, a experimentação ganha um lugar de destaque ao trazer evidências que corroborem ou descartem tais ideias. No entanto, com a expectativa de encontrar respostas rápidas, desinformações têm circulado pelas redes sociais sobre possíveis medicamentos para a covid-19. No cenário político, figuras públicas tomadoras de decisões têm reforçado essas atitudes por meio de apostas em certos tratamentos sem respaldo científico, como é o caso da discussão a respeito da cloroquina, medicamento antimalarial cujos estudos não têm sido promissores para o novo coronavírus. Embora estejamos vivenciando uma situação inédita, o posicionamento favorável a algumas das propostas sem evidências fundamentadas é impensável. “Não se trata de dizer ‘eu acho que…’, e sim de demonstrar, à luz do conhecimento científico, como se pode e se deve resolver os problemas”,