“[...] para algumas, é a comunidade de fiéis congregados; para outras, é a comunidade ao redor do bispo, ambas ouvindo a Palavra e celebrando os sacramentos.” A compreensão da eclesialidade nas diferentes tradições cristãs exige uma abordagem teológica aberta e respeitosa, capaz de reconhecer a diversidade de formas pelas quais a Igreja é vivida e expressa. Para algumas comunidades, a Igreja é entendida como a assembleia dos fiéis congregados em torno da Palavra e dos sacramentos; para outras, ela se configura como a comunidade reunida ao redor do bispo, também centrada na escuta da Palavra e na celebração sacramental. Essas distintas perspectivas revelam a riqueza e a complexidade da experiência eclesial, que não pode ser reduzida a um único modelo. Interpretar essa pluralidade requer sensibilidade ecumênica e disposição para o diálogo, reconhecendo que, apesar das diferenças, há elementos comuns que apontam para a presença do Espírito e para a busca sincera pela vivência do Evangelho. Assim, a teologia é chamada a promover o reconhecimento mútuo e a comunhão na diversidade. Fonte: BEZERRA, Cícero. Teologia e sociedade. Curitiba: Editora Contentus, 2020, p. 58-59. Com base no excerto e