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A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado Alfa foi alterada pela Assembleia Legislativa, de maneira que foi inserido um artigo dispondo que é vedado ao servidor público ocupante de cargo efetivo ou comissionado servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a norma mencionada é:
a) constitucional, porque existe presunção de ofensa aos princípios expressos da administração pública da impessoalidade e da moralidade;
b) constitucional, porque está de acordo com os princípios da administração pública e a súmula vinculante que veda nepotismo, e é aplicável para todos os entes federativos;
c) constitucional, porque cada Estado da Federação tem autonomia para ampliar livremente as hipóteses de nepotismo previstas em súmula vinculante;
d) inconstitucional, porque os ocupantes de cargos efetivos ou comissionados no âmbito da polícia civil são considerados agentes políticos e, por isso, não incide a súmula vinculante que proíbe nepotismo;
e) inconstitucional em relação aos ocupantes de cargos efetivos eis que normas inibitórias do nepotismo não têm como campo próprio de incidência os cargos efetivos sob pena de violação ao concurso público.
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Portuguesando

há 4 dias

Respostas

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há 4 dias

Vamos analisar as alternativas com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre nepotismo e a aplicação das normas relacionadas. a) Constitucional, porque existe presunção de ofensa aos princípios expressos da administração pública da impessoalidade e da moralidade - Embora a impessoalidade e a moralidade sejam princípios importantes, essa opção não aborda diretamente a questão do nepotismo. b) Constitucional, porque está de acordo com os princípios da administração pública e a súmula vinculante que veda nepotismo, e é aplicável para todos os entes federativos - Esta opção é forte, pois menciona a súmula vinculante que proíbe o nepotismo e a aplicabilidade em todos os entes federativos. c) Constitucional, porque cada Estado da Federação tem autonomia para ampliar livremente as hipóteses de nepotismo previstas em súmula vinculante - Essa opção não é correta, pois a autonomia dos Estados não permite que ampliem as hipóteses de nepotismo de forma que contrarie a súmula vinculante. d) Inconstitucional, porque os ocupantes de cargos efetivos ou comissionados no âmbito da polícia civil são considerados agentes políticos e, por isso, não incide a súmula vinculante que proíbe nepotismo - Essa opção não é correta, pois a súmula vinculante se aplica a todos os servidores públicos, independentemente de serem considerados agentes políticos. e) Inconstitucional em relação aos ocupantes de cargos efetivos eis que normas inibitórias do nepotismo não têm como campo próprio de incidência os cargos efetivos sob pena de violação ao concurso público - Essa opção também não é correta, pois a proibição de nepotismo se aplica a todos os servidores, incluindo os ocupantes de cargos efetivos. Após essa análise, a alternativa que melhor se alinha com a jurisprudência do STF e a súmula vinculante que proíbe o nepotismo é: b) constitucional, porque está de acordo com os princípios da administração pública e a súmula vinculante que veda nepotismo, e é aplicável para todos os entes federativos.

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Após grande mobilização dos servidores públicos do Estado Alfa, foi promulgada a Lei estadual n° XX. De acordo com esse diploma normativo, os servidores públicos, titulares de cargos de provimento efetivo, que ocupassem cargos em comissão por um período mínimo de oito anos consecutivos, fariam jus à incorporação do respectivo valor à remuneração do cargo efetivo. Irresignado com teor da Lei estadual n° XX, governador do Estado solicitou que fosse analisada a sua compatibilidade com a ordem constitucional, concluindo-se, corretamente, que esse diploma normativo é:
Qual a conclusão correta sobre a compatibilidade da Lei estadual n° XX com a ordem constitucional?
a) inconstitucional, pois é vedada a incorporação de vantagens vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo;
b) inconstitucional, pois a não extensão do benefício da incorporação às vantagens vinculadas ao exercício de função de confiança caracteriza distinção arbitrária;
c) inconstitucional, pois somente as vantagens vinculadas ao exercício de função de confiança podem ser incorporadas à remuneração do cargo efetivo;
d) constitucional, desde que seja assegurada a incorporação proporcional da vantagem caso os oito anos consecutivos não sejam integralizados;
e) constitucional, pois a incorporação das vantagens recebidas pelo servidor público por longos períodos é um imperativo de segurança jurídica.

O presidente da Câmara Municipal da cidade de Almas formulou consulta endereçada para Tribunal de Contas do Estado do Tocantins questionando sobre a possibilidade de acumulação remunerada de cargo público com exercício do mandato de vereador, ainda que na posição de chefe do Poder Legislativo local.
Sobre acumulação de cargos, é correto afirmar que:
a) não é possível a acumulação de cargo público com exercício do mandato de vereador na condição de chefe do Poder Legislativo local, tendo em vista a presunção de incompatibilidade de horários;
b) não é possível a acumulação remunerada de cargo público com exercício do mandato de vereador, por extrapolar limite do teto remuneratório a que se refere o Art. 37, XI, da Constituição da República de 1988;
c) é possível a acumulação remunerada de cargo público com exercício do mandato de vereador, independentemente da compatibilidade de horários, desde que respeitado teto remuneratório a que se refere Art. 37, XI, da Constituição da República de 1988;
d) é possível a acumulação remunerada de cargo público com exercício do mandato de vereador, ainda que na condição de chefe do Poder Legislativo local, devendo-se observar a compatibilidade de horários no caso concreto e respeitado teto remuneratório a que se refere o Art. 37, XI, da Constituição da República de 1988;
e) é possível a acumulação remunerada de cargo público com exercício do mandato de vereador, ainda que na condição de chefe do Poder Legislativo local, devendo-se observar a compatibilidade de horários no caso concreto, sem a necessidade de opção por uma das remunerações, a teor do disposto no Art. 38, II e III, da Constituição da República de 1988.

Maria é servidora pública federal estável ocupante de cargo efetivo e, após processo administrativo disciplinar, foi demitida. Inconformada, Maria aforou medida judicial e obteve sentença, já transitada em julgado, que determinou sua reintegração. Após retorno a seu cargo, Maria recebeu apenas pagamento retroativo dos vencimentos, férias indenizadas e auxílio-alimentação, referentes ao período em que esteve afastada por força da demissão, ora já declarada nula.
Levando em consideração a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre tema, a pretensão de Maria:
a) merece prosperar, pois todas as verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória, devem ser pagas retroativamente em relação ao período em que Maria ficou ilegalmente afastada de suas funções;
b) merece prosperar, pois, além de receber retroativamente todas as verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória, Maria tem direito à reparação pelos danos morais sofridos pela demissão declarada nula;
c) não merece prosperar, pois a servidora somente tem direito ao pagamento retroativo de seus vencimentos, razão pela qual deve devolver os valores recebidos de boa-fé a título de férias indenizadas e auxílio-alimentação;
d) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de insalubridade têm natureza indenizatória, assim como também não lhe seria devido auxílio-alimentação que lhe fora indevidamente pago;
e) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de insalubridade não se mostram devidos à servidora pelo tão só exercício ficto no cargo público, haja vista que ditas rubricas reclamam a existência de requisitos legais específicos, não preenchidos.

Município Alfa editou lei municipal criando cargos em comissão no âmbito da Administração Pública municipal. Em determinado processo judicial, a citada legislação foi objeto de questionamento no que tange à sua constitucionalidade. Sabe-se que a criação de cargos em comissão somente se justifica quando presentes os pressupostos constitucionais para sua instituição.
Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao analisar a constitucionalidade da citada legislação do Município Alfa, julgador deve observar que:
a) a criação e preenchimento de cargos em comissão não pressupõem necessária relação de confiança entre a autoridade nomeante e servidor nomeado;
b) as atribuições dos cargos em comissão devem estar elencadas em ato normativo infralegal, não havendo necessidade de descrição, de forma clara e objetiva, na própria lei que os instituir;
c) a criação de cargos em comissão somente se justifica para exercício de funções de direção, chefia e assessoramento, ou desempenho de atividades técnicas ou operacionais de estratégica relevância;
d) número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade que eles visam suprir e com número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que os criar;
e) os cargos em comissão são preenchidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, e destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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