Logo Passei Direto
Buscar
Um servidor público federal, após preencher todos os requisitos para a aposentadoria voluntária com proventos integrais, optou por permanecer em atividade, passando a receber o abono de permanência. Ao entrar de férias e ao final do ano, percebeu que o valor do abono não foi computado na base de cálculo do terço constitucional de férias e da gratificação natalina. Inconformado, ajuizou ação pleiteando a inclusão da referida verba no cálculo dos benefícios.
Com base na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o pedido do servidor é:
a) Improcedente, pois o abono de permanência possui natureza indenizatória, não se incorporando à remuneração para qualquer fim.
b) Improcedente, pois a não incidência de contribuição previdenciária sobre o abono de permanência afasta seu caráter remuneratório.
c) Procedente, pois o abono de permanência possui natureza remuneratória e caráter permanente, integrando a base de cálculo do adicional de férias e da gratificação natalina.
d) Procedente, mas apenas em relação ao adicional de férias, pois a gratificação natalina tem como base de cálculo exclusiva o vencimento do cargo efetivo.
e) Improcedente, pois o abono é uma vantagem de caráter transitório, paga apenas enquanto o servidor permanece na ativa, não podendo ser considerada uma vantagem permanente para fins de cálculo de outros benefícios.
User badge image
Praticando Para o Saber

há 2 semanas

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

há 2 semanas

Para analisar a questão, precisamos entender a natureza do abono de permanência e como ele se relaciona com os benefícios do servidor público, como o terço constitucional de férias e a gratificação natalina. 1. Abono de Permanência: O abono de permanência é uma verba paga ao servidor que opta por continuar em atividade mesmo após ter preenchido os requisitos para aposentadoria. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem considerado que o abono de permanência possui natureza remuneratória. 2. Cálculo do Terço de Férias e Gratificação Natalina: O terço de férias e a gratificação natalina são calculados com base na remuneração do servidor. Se o abono de permanência é considerado uma verba de natureza remuneratória, ele deve ser incluído nesses cálculos. Agora, vamos analisar as alternativas: a) Improcedente, pois o abono de permanência possui natureza indenizatória, não se incorporando à remuneração para qualquer fim. - Esta alternativa está incorreta, pois a jurisprudência reconhece a natureza remuneratória do abono. b) Improcedente, pois a não incidência de contribuição previdenciária sobre o abono de permanência afasta seu caráter remuneratório. - Esta alternativa também está incorreta, pois a ausência de contribuição previdenciária não determina a natureza da verba. c) Procedente, pois o abono de permanência possui natureza remuneratória e caráter permanente, integrando a base de cálculo do adicional de férias e da gratificação natalina. - Esta alternativa está correta, pois reflete a jurisprudência do STJ. d) Procedente, mas apenas em relação ao adicional de férias, pois a gratificação natalina tem como base de cálculo exclusiva o vencimento do cargo efetivo. - Esta alternativa está incorreta, pois o abono deve ser incluído em ambos os cálculos. e) Improcedente, pois o abono é uma vantagem de caráter transitório, paga apenas enquanto o servidor permanece na ativa, não podendo ser considerada uma vantagem permanente para fins de cálculo de outros benefícios. - Esta alternativa está incorreta, pois o abono é considerado uma vantagem remuneratória. Portanto, a alternativa correta é: c) Procedente, pois o abono de permanência possui natureza remuneratória e caráter permanente, integrando a base de cálculo do adicional de férias e da gratificação natalina.

Essa resposta te ajudou?

0
Dislike0

Ainda com dúvidas?

Envie uma pergunta e tenha sua dúvida de estudo respondida!

Essa pergunta também está no material:

Mais perguntas desse material

O Estado X editou lei complementar, de iniciativa parlamentar, determinando que 40% do orçamento da Defensoria Pública estadual fosse destinado à celebração de convênios com a OAB para custear a atuação de advogados privados na prestação de assistência judiciária suplementar. A Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos, insatisfeita com a situação, questionou a validade da norma perante o STF, sob o argumento de violação à autonomia da Defensoria Pública.
Com base na jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta.
a) A lei é constitucional, pois cabe ao Poder Executivo definir a destinação orçamentária de todos os órgãos e instituições estaduais, inclusive da Defensoria Pública.
b) A lei é inconstitucional apenas sob o aspecto formal, por vício de iniciativa, já que compete exclusivamente ao Governador propor leis que tratem da organização administrativa dos órgãos estaduais.
c) A lei é inconstitucional, pois viola a autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública, além de configurar interferência indevida do Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária da instituição.
d) A lei é constitucional, pois a destinação de recursos a advogados dativos amplia a rede de atendimento e garante maior efetividade ao direito de acesso à justiça, não havendo prejuízo à Defensoria Pública.
e) A lei é formalmente constitucional, mas materialmente inconstitucional, pois embora respeite o processo legislativo, afronta o princípio da separação dos Poderes ao impedir a Defensoria Pública de propor sua própria lei orçamentária.

O Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado Y estabeleceu que a eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio da legislatura poderia ser realizada já no início do primeiro biênio, juntamente com a eleição dos cargos para o primeiro período. Além disso, a Constituição estadual previa que a eleição poderia ocorrer em qualquer momento da legislatura, inclusive logo após a posse dos deputados estaduais, sem vinculação ao mês de outubro que antecede o segundo biênio.
À luz da CF/1988 e da jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta.
a) É válida a eleição concomitante das Mesas Diretoras para dois biênios consecutivos, pois prevalece a autonomia organizatória dos estados sobre as regras de periodicidade eleitoral.
b) É inconstitucional realizar a eleição da Mesa Diretora antes do mês de outubro do ano anterior ao biênio ou de forma concomitante para dois mandatos, por violar os princípios democrático, republicano e da contemporaneidade do pleito.
c) A Constituição estadual pode livremente fixar o momento de realização das eleições das Mesas Diretoras, desde que respeitado o princípio da proporcionalidade e garantida a participação de todas as bancadas.
d) A validade da eleição antecipada depende apenas de aprovação por emenda à Constituição estadual, pois a CF/1988 não impõe restrições explícitas ao tema.
e) A antecipação da eleição da Mesa Diretora é admissível quando não houver alteração substancial na correlação de forças políticas entre os parlamentares, de modo a preservar a legitimidade da escolha.

Em ação de desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, ajuizada pelo INCRA, o juízo de primeira instância proferiu sentença condenando a autarquia ao pagamento de justa indenização, acrescida de juros compensatórios, a despeito de laudo pericial constatar que o imóvel possuía graus de utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero.
Nesse cenário, é correto afirmar que:
a) A impugnação do INCRA deve ser rejeitada, pois a condenação ao pagamento dos juros compensatórios está protegida pela autoridade da coisa julgada, que não pode ser relativizada em fase de cumprimento de sentença.
b) O capítulo da sentença que fixou os juros compensatórios é inexequível, pois o título executivo judicial está fundado em interpretação tida pelo STF como incompatível com a Constituição Federal, em decisão proferida antes do trânsito em julgado da sentença exequenda.
c) A única via para o INCRA desconstituir a condenação é a propositura de ação rescisória, demonstrando a violação manifesta à norma jurídica, não sendo a impugnação ao cumprimento de sentença o meio processual adequado.
d) A decisão do STF na ADI 2332 somente se aplica aos processos ajuizados após sua publicação, não afetando as sentenças proferidas em ações anteriores, ainda que o trânsito em julgado seja posterior.
e) O juízo da execução deve aplicar a modulação de efeitos da ADI 2332, garantindo o pagamento de juros compensatórios até a data do julgamento pelo STF e afastando a incidência apenas para o período subsequente.

Um cidadão impetrou mandado de segurança visando obter cópia integral de páginas específicas do livro de portaria de uma unidade prisional estadual. O pedido foi negado na via administrativa sob o fundamento de que as informações são classificadas como sigilosas, pois sua divulgação poderia comprometer a segurança do estabelecimento, das pessoas e da coletividade. O impetrante alega violação ao seu direito de acesso à informação, garantido pela Constituição Federal e pela Lei nº 12.527/2011.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, a negativa da administração pública é:
a) Legal, pois, embora a publicidade seja a regra, o sigilo é uma exceção legítima quando a divulgação de informações, como as contidas no livro de portaria de um presídio, pode comprometer a segurança de instituições e da sociedade.
b) Ilegal, pois o direito de acesso à informação pública é absoluto e o pedido não precisa ser motivado, devendo a administração fornecer os documentos e apenas suprimir os dados pessoais de terceiros.
c) Ilegal, pois a classificação de um documento como sigiloso só pode ocorrer por ato do Governador do Estado, sendo nula a classificação realizada por autoridade de hierarquia inferior, como o diretor do presídio.
d) Legal, mas apenas se a administração comprovar que o cidadão solicitante possui antecedentes criminais ou algum interesse que possa, de fato, colocar em risco a segurança da unidade.
e) Ilegal, pois a Lei de Acesso à Informação prevalece sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, não podendo a proteção de dados pessoais servir de fundamento para negar o acesso a um documento público.

Mais conteúdos dessa disciplina