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Caderno de Questões - Simulado de Jurisprudência

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Questões resolvidas

O Estado X editou lei complementar, de iniciativa parlamentar, determinando que 40% do orçamento da Defensoria Pública estadual fosse destinado à celebração de convênios com a OAB para custear a atuação de advogados privados na prestação de assistência judiciária suplementar. A Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos, insatisfeita com a situação, questionou a validade da norma perante o STF, sob o argumento de violação à autonomia da Defensoria Pública.
Com base na jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta.
a) A lei é constitucional, pois cabe ao Poder Executivo definir a destinação orçamentária de todos os órgãos e instituições estaduais, inclusive da Defensoria Pública.
b) A lei é inconstitucional apenas sob o aspecto formal, por vício de iniciativa, já que compete exclusivamente ao Governador propor leis que tratem da organização administrativa dos órgãos estaduais.
c) A lei é inconstitucional, pois viola a autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública, além de configurar interferência indevida do Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária da instituição.
d) A lei é constitucional, pois a destinação de recursos a advogados dativos amplia a rede de atendimento e garante maior efetividade ao direito de acesso à justiça, não havendo prejuízo à Defensoria Pública.
e) A lei é formalmente constitucional, mas materialmente inconstitucional, pois embora respeite o processo legislativo, afronta o princípio da separação dos Poderes ao impedir a Defensoria Pública de propor sua própria lei orçamentária.

O Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado Y estabeleceu que a eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio da legislatura poderia ser realizada já no início do primeiro biênio, juntamente com a eleição dos cargos para o primeiro período. Além disso, a Constituição estadual previa que a eleição poderia ocorrer em qualquer momento da legislatura, inclusive logo após a posse dos deputados estaduais, sem vinculação ao mês de outubro que antecede o segundo biênio.
À luz da CF/1988 e da jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta.
a) É válida a eleição concomitante das Mesas Diretoras para dois biênios consecutivos, pois prevalece a autonomia organizatória dos estados sobre as regras de periodicidade eleitoral.
b) É inconstitucional realizar a eleição da Mesa Diretora antes do mês de outubro do ano anterior ao biênio ou de forma concomitante para dois mandatos, por violar os princípios democrático, republicano e da contemporaneidade do pleito.
c) A Constituição estadual pode livremente fixar o momento de realização das eleições das Mesas Diretoras, desde que respeitado o princípio da proporcionalidade e garantida a participação de todas as bancadas.
d) A validade da eleição antecipada depende apenas de aprovação por emenda à Constituição estadual, pois a CF/1988 não impõe restrições explícitas ao tema.
e) A antecipação da eleição da Mesa Diretora é admissível quando não houver alteração substancial na correlação de forças políticas entre os parlamentares, de modo a preservar a legitimidade da escolha.

Em ação de desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, ajuizada pelo INCRA, o juízo de primeira instância proferiu sentença condenando a autarquia ao pagamento de justa indenização, acrescida de juros compensatórios, a despeito de laudo pericial constatar que o imóvel possuía graus de utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero.
Nesse cenário, é correto afirmar que:
a) A impugnação do INCRA deve ser rejeitada, pois a condenação ao pagamento dos juros compensatórios está protegida pela autoridade da coisa julgada, que não pode ser relativizada em fase de cumprimento de sentença.
b) O capítulo da sentença que fixou os juros compensatórios é inexequível, pois o título executivo judicial está fundado em interpretação tida pelo STF como incompatível com a Constituição Federal, em decisão proferida antes do trânsito em julgado da sentença exequenda.
c) A única via para o INCRA desconstituir a condenação é a propositura de ação rescisória, demonstrando a violação manifesta à norma jurídica, não sendo a impugnação ao cumprimento de sentença o meio processual adequado.
d) A decisão do STF na ADI 2332 somente se aplica aos processos ajuizados após sua publicação, não afetando as sentenças proferidas em ações anteriores, ainda que o trânsito em julgado seja posterior.
e) O juízo da execução deve aplicar a modulação de efeitos da ADI 2332, garantindo o pagamento de juros compensatórios até a data do julgamento pelo STF e afastando a incidência apenas para o período subsequente.

Um cidadão impetrou mandado de segurança visando obter cópia integral de páginas específicas do livro de portaria de uma unidade prisional estadual. O pedido foi negado na via administrativa sob o fundamento de que as informações são classificadas como sigilosas, pois sua divulgação poderia comprometer a segurança do estabelecimento, das pessoas e da coletividade. O impetrante alega violação ao seu direito de acesso à informação, garantido pela Constituição Federal e pela Lei nº 12.527/2011.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, a negativa da administração pública é:
a) Legal, pois, embora a publicidade seja a regra, o sigilo é uma exceção legítima quando a divulgação de informações, como as contidas no livro de portaria de um presídio, pode comprometer a segurança de instituições e da sociedade.
b) Ilegal, pois o direito de acesso à informação pública é absoluto e o pedido não precisa ser motivado, devendo a administração fornecer os documentos e apenas suprimir os dados pessoais de terceiros.
c) Ilegal, pois a classificação de um documento como sigiloso só pode ocorrer por ato do Governador do Estado, sendo nula a classificação realizada por autoridade de hierarquia inferior, como o diretor do presídio.
d) Legal, mas apenas se a administração comprovar que o cidadão solicitante possui antecedentes criminais ou algum interesse que possa, de fato, colocar em risco a segurança da unidade.
e) Ilegal, pois a Lei de Acesso à Informação prevalece sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, não podendo a proteção de dados pessoais servir de fundamento para negar o acesso a um documento público.

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Questões resolvidas

O Estado X editou lei complementar, de iniciativa parlamentar, determinando que 40% do orçamento da Defensoria Pública estadual fosse destinado à celebração de convênios com a OAB para custear a atuação de advogados privados na prestação de assistência judiciária suplementar. A Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos, insatisfeita com a situação, questionou a validade da norma perante o STF, sob o argumento de violação à autonomia da Defensoria Pública.
Com base na jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta.
a) A lei é constitucional, pois cabe ao Poder Executivo definir a destinação orçamentária de todos os órgãos e instituições estaduais, inclusive da Defensoria Pública.
b) A lei é inconstitucional apenas sob o aspecto formal, por vício de iniciativa, já que compete exclusivamente ao Governador propor leis que tratem da organização administrativa dos órgãos estaduais.
c) A lei é inconstitucional, pois viola a autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública, além de configurar interferência indevida do Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária da instituição.
d) A lei é constitucional, pois a destinação de recursos a advogados dativos amplia a rede de atendimento e garante maior efetividade ao direito de acesso à justiça, não havendo prejuízo à Defensoria Pública.
e) A lei é formalmente constitucional, mas materialmente inconstitucional, pois embora respeite o processo legislativo, afronta o princípio da separação dos Poderes ao impedir a Defensoria Pública de propor sua própria lei orçamentária.

O Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado Y estabeleceu que a eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio da legislatura poderia ser realizada já no início do primeiro biênio, juntamente com a eleição dos cargos para o primeiro período. Além disso, a Constituição estadual previa que a eleição poderia ocorrer em qualquer momento da legislatura, inclusive logo após a posse dos deputados estaduais, sem vinculação ao mês de outubro que antecede o segundo biênio.
À luz da CF/1988 e da jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta.
a) É válida a eleição concomitante das Mesas Diretoras para dois biênios consecutivos, pois prevalece a autonomia organizatória dos estados sobre as regras de periodicidade eleitoral.
b) É inconstitucional realizar a eleição da Mesa Diretora antes do mês de outubro do ano anterior ao biênio ou de forma concomitante para dois mandatos, por violar os princípios democrático, republicano e da contemporaneidade do pleito.
c) A Constituição estadual pode livremente fixar o momento de realização das eleições das Mesas Diretoras, desde que respeitado o princípio da proporcionalidade e garantida a participação de todas as bancadas.
d) A validade da eleição antecipada depende apenas de aprovação por emenda à Constituição estadual, pois a CF/1988 não impõe restrições explícitas ao tema.
e) A antecipação da eleição da Mesa Diretora é admissível quando não houver alteração substancial na correlação de forças políticas entre os parlamentares, de modo a preservar a legitimidade da escolha.

Em ação de desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, ajuizada pelo INCRA, o juízo de primeira instância proferiu sentença condenando a autarquia ao pagamento de justa indenização, acrescida de juros compensatórios, a despeito de laudo pericial constatar que o imóvel possuía graus de utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero.
Nesse cenário, é correto afirmar que:
a) A impugnação do INCRA deve ser rejeitada, pois a condenação ao pagamento dos juros compensatórios está protegida pela autoridade da coisa julgada, que não pode ser relativizada em fase de cumprimento de sentença.
b) O capítulo da sentença que fixou os juros compensatórios é inexequível, pois o título executivo judicial está fundado em interpretação tida pelo STF como incompatível com a Constituição Federal, em decisão proferida antes do trânsito em julgado da sentença exequenda.
c) A única via para o INCRA desconstituir a condenação é a propositura de ação rescisória, demonstrando a violação manifesta à norma jurídica, não sendo a impugnação ao cumprimento de sentença o meio processual adequado.
d) A decisão do STF na ADI 2332 somente se aplica aos processos ajuizados após sua publicação, não afetando as sentenças proferidas em ações anteriores, ainda que o trânsito em julgado seja posterior.
e) O juízo da execução deve aplicar a modulação de efeitos da ADI 2332, garantindo o pagamento de juros compensatórios até a data do julgamento pelo STF e afastando a incidência apenas para o período subsequente.

Um cidadão impetrou mandado de segurança visando obter cópia integral de páginas específicas do livro de portaria de uma unidade prisional estadual. O pedido foi negado na via administrativa sob o fundamento de que as informações são classificadas como sigilosas, pois sua divulgação poderia comprometer a segurança do estabelecimento, das pessoas e da coletividade. O impetrante alega violação ao seu direito de acesso à informação, garantido pela Constituição Federal e pela Lei nº 12.527/2011.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, a negativa da administração pública é:
a) Legal, pois, embora a publicidade seja a regra, o sigilo é uma exceção legítima quando a divulgação de informações, como as contidas no livro de portaria de um presídio, pode comprometer a segurança de instituições e da sociedade.
b) Ilegal, pois o direito de acesso à informação pública é absoluto e o pedido não precisa ser motivado, devendo a administração fornecer os documentos e apenas suprimir os dados pessoais de terceiros.
c) Ilegal, pois a classificação de um documento como sigiloso só pode ocorrer por ato do Governador do Estado, sendo nula a classificação realizada por autoridade de hierarquia inferior, como o diretor do presídio.
d) Legal, mas apenas se a administração comprovar que o cidadão solicitante possui antecedentes criminais ou algum interesse que possa, de fato, colocar em risco a segurança da unidade.
e) Ilegal, pois a Lei de Acesso à Informação prevalece sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, não podendo a proteção de dados pessoais servir de fundamento para negar o acesso a um documento público.

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1 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
 
2 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Simulado de Jurisprudência 
 
Nome: 
___________________________________________________________________________________ 
 
 
 
INFORMAÇÕES SOBRE O SIMULADO EXCLUSIVO 
 
1 – Este simulado conta com questões focadas em concursos de Carreiras Jurídicas; 
2 – A prova contém 50 questões que abordam conhecimentos cobrados no edital do concurso; 
3 – As questões são inéditas e foram elaboradas pelos nossos professores com base no perfil da banca organizadora, com 
questões A, B, C, D, E; 
4 – O link para acesso ao simulado será encaminhado por e-mail, disponibilizado na área do aluno e em um artigo publicado 
no blog do Estratégia Concursos; 
5 – Os participantes têm das 8:30 às 13:30 para responder às questões e preencher o Gabarito Eletrônico; 
6 – Caso você deseje comparar o seu resultado com os demais alunos, faça o simulado diretamente no SQCJ, neste link: 
https://cj.estrategia.com/cadernos-e-simulados/simulados/481167a7-a42a-400d-8150-654f3656dfc0 
7 – Esse simulado é uma auto avaliação! Você mesmo (a) vai corrigir, a partir do padrão de respostas. 
 
 
 
 
4 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professora Nelma Fontana 
Questão 1 
O Estado X editou lei complementar, de iniciativa 
parlamentar, determinando que 40% do orçamento da 
Defensoria Pública estadual fosse destinado à 
celebração de convênios com a OAB para custear a 
atuação de advogados privados na prestação de 
assistência judiciária suplementar. A Associação 
Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos, 
insatisfeita com a situação, questionou a validade da 
norma perante o STF, sob o argumento de violação à 
autonomia da Defensoria Pública. Com base na 
jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta. 
a) A lei é constitucional, pois cabe ao Poder Executivo 
definir a destinação orçamentária de todos os órgãos e 
instituições estaduais, inclusive da Defensoria Pública. 
b) A lei é inconstitucional apenas sob o aspecto formal, 
por vício de iniciativa, já que compete exclusivamente ao 
Governador propor leis que tratem da organização 
administrativa dos órgãos estaduais. 
c) A lei é inconstitucional, pois viola a autonomia 
funcional, administrativa e financeira da Defensoria 
Pública, além de configurar interferência indevida do 
Poder Executivo na elaboração da proposta 
orçamentária da instituição. 
d) A lei é constitucional, pois a destinação de recursos a 
advogados dativos amplia a rede de atendimento e 
garante maior efetividade ao direito de acesso à justiça, 
não havendo prejuízo à Defensoria Pública. 
e) A lei é formalmente constitucional, mas 
materialmente inconstitucional, pois embora respeite o 
processo legislativo, afronta o princípio da separação dos 
Poderes ao impedir a Defensoria Pública de propor sua 
própria lei orçamentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 2 
Pedro, maior de idade e plenamente capaz, religioso, foi 
internado em hospital público após sofrer acidente grave 
que ocasionou hemorragia intensa. Os médicos 
recomendaram transfusão sanguínea imediata como 
forma de salvar sua vida. No entanto, Pedro recusou 
expressamente o procedimento, alegando motivos 
religiosos, tendo registrado sua vontade de forma escrita 
e assinada, na presença de testemunhas, e já possuindo 
diretivas antecipadas de vontade depositadas em 
cartório. 
A equipe médica, por sua vez, ponderou que havia 
possibilidade técnico-científica de adotar outro 
tratamento eficaz, disponível no SUS, sem utilização de 
sangue. O hospital, porém, questionou se deveria 
respeitar a recusa do paciente ou se estaria obrigado a 
realizar a transfusão, independentemente de sua 
vontade. 
No mesmo período, os pais de uma criança também 
adepta da mesma religião recusaram transfusão de 
sangue em favor de seu filho de 12 anos, que necessitava 
do procedimento. Nessa hipótese, não havia alternativa 
terapêutica segura além da transfusão. 
Considerando a CF/1988 e a jurisprudência do STF, 
assinale a alternativa correta 
a) A recusa de Pedro deve ser respeitada, desde que 
inequívoca, livre, informada e consciente, cabendo ao 
Estado fornecer, quando viável, tratamento médico 
alternativo disponível no SUS. 
b) O hospital deve realizar a transfusão em Pedro mesmo 
contra a sua vontade, pois a recusa é juridicamente 
inválida, configurando renúncia ao direito fundamental à 
vida, que é indisponível. 
c) Pedro, sendo maior e capaz, não pode recusar 
tratamento que implique risco de morte, prevalecendo o 
dever estatal de preservação da vida sobre sua liberdade 
religiosa. 
d) Os pais da criança podem, por motivo religioso, 
recusar a transfusão, mesmo sem alternativa terapêutica 
eficaz, prevalecendo a liberdade de crença. 
e) O hospital não pode oferecer qualquer tratamento 
alternativo, pois a recusa religiosa não gera obrigação 
estatal de custear procedimentos médicos diversos do 
protocolo padrão. 
 
5 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Questão 3 
Na Assembleia Legislativa do Estado Z, a Constituição 
estadual estabeleceu que o suplente de deputado 
poderia ser convocado quando o parlamentar titular se 
afastasse por licença superior a 30 dias. Assim, quando o 
deputado João solicitou licença de 40 dias para tratar de 
interesse particular, foi convocado seu suplente para 
ocupar a cadeira durante o período. 
Um grupo de parlamentares questionou a medida 
alegando que a norma estadual violaria a Constituição 
Federal ao alterar os critérios para a convocação de 
suplentes. O caso chegou ao STF por meio de Ação Direta 
de Inconstitucionalidade. 
Com base na CF/1988 e na jurisprudência do STF, 
assinale a alternativa correta 
a) É válida a norma estadual que prevê convocação de 
suplente em prazo inferior ao estabelecido pela CF/1988, 
pois se trata de tema de autonomia legislativa estadual. 
b) O prazo para convocação de suplente pode ser 
definido livremente pelas Constituições estaduais, desde 
que não ultrapasse o período de 120 dias previsto na 
CF/1988. 
c) O Estado pode fixar prazo inferior a 120 dias para a 
convocação do suplente, desde que o dispositivo seja 
aprovado por emenda constitucional estadual, 
respeitado o princípio da simetria. 
d) A CF/1988 não estabeleceu regra específica sobre a 
convocação de suplentes de deputados estaduais, razão 
pela qual cabe aos entes federados disciplinar a matéria 
em suas Constituições. 
e) É inconstitucional norma estadual que reduza o prazo 
de licença de 120 dias para fins de convocação de 
suplente, por violar os princípios democrático, da 
soberania popular e da simetria constitucional. 
 
Questão 4 
O Regimento Interno da Assembleia Legislativa do 
Estado Y estabeleceu que a eleição da Mesa Diretora 
para o segundo biênio da legislatura poderia ser 
realizada já no início do primeiro biênio, juntamente com 
a eleição dos cargos para o primeiro período. Além disso, 
a Constituição estadual previa que a eleição poderia 
ocorrer em qualquer momento da legislatura, inclusive 
logo após a posse dos deputados estaduais, sem 
vinculação ao mês de outubro que antecede o segundo 
biênio. 
Ocorreu, então, que a Mesa Diretora para o biênio 2025-
2026 foi eleita já em fevereiro de 2023, em votação 
simultânea com a escolha dos dirigentes para o biênio 
2023-2024. O ato foi questionado em Ação Direta de 
Inconstitucionalidade sob o argumento de violação dos 
princípios democrático e republicano. 
À luz da CF/1988 e da jurisprudência do STF, assinale a 
alternativa correta 
a) É válida a eleição concomitante das Mesas Diretoras 
para dois biênios consecutivos, pois prevalece a 
autonomia organizatória dos estados sobre as regras de 
periodicidade eleitoral. 
b) É inconstitucional realizar a eleição da Mesa Diretora 
antes do mês de outubro do ano anterior ao biênio ou de 
forma concomitante para dois mandatos, por violar os 
princípios democrático, republicano e da 
contemporaneidadedo pleito. 
c) A Constituição estadual pode livremente fixar o 
momento de realização das eleições das Mesas 
Diretoras, desde que respeitado o princípio da 
proporcionalidade e garantida a participação de todas as 
bancadas. 
d) A validade da eleição antecipada depende apenas de 
aprovação por emenda à Constituição estadual, pois a 
CF/1988 não impõe restrições explícitas ao tema. 
e) A antecipação da eleição da Mesa Diretora é 
admissível quando não houver alteração substancial na 
correlação de forças políticas entre os parlamentares, de 
modo a preservar a legitimidade da escolha. 
 
Questão 5 
O Estado ABC editou lei determinando que 
concessionárias de energia elétrica compartilhassem sua 
infraestrutura com empresas de telecomunicações, 
fixando parâmetros de remuneração e atribuindo novas 
obrigações contratuais não previstas na legislação 
federal. Além disso, a norma estabeleceu carga tributária 
direcionada aos municípios sobre cada unidade de 
infraestrutura compartilhada. 
Diante disso, uma associação de empresas 
concessionárias ajuizou Ação Direta de 
6 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
Com base na CF/1988 e na jurisprudência do STF, 
assinale a alternativa correta 
a) É válida a norma estadual, pois decorre do poder de 
polícia local e do interesse municipal em regular serviços 
prestados em seu território. 
b) A lei estadual é legítima, já que a competência sobre 
energia elétrica é concorrente, cabendo à União editar 
normas gerais e aos Estados complementá-las. 
c) A norma estadual pode estabelecer parâmetros de 
remuneração do compartilhamento de infraestrutura, 
desde que respeite os contratos já firmados pelas 
concessionárias. 
d) O Estado pode fixar carga tributária específica sobre a 
infraestrutura das concessionárias, em razão de sua 
competência tributária residual prevista na CF/1988. 
e) A lei estadual é inconstitucional, porque a exploração 
dos serviços de energia elétrica e a definição de 
obrigações das concessionárias competem 
privativamente à União. 
 
Questão 6 
O Município XYZ editou lei criando o “Programa Bolsa 
Trabalho Municipal”, de caráter assistencial, destinado a 
oferecer ocupação temporária, qualificação e renda 
mínima a desempregados residentes no município. O 
Ministério Público ajuizou ação direta de 
inconstitucionalidade estadual alegando que a norma 
afrontaria o princípio do concurso público e configuraria 
burla à regra do art. 37, II, da CF/1988. Diante disso, 
assinale a alternativa correta 
a) É inconstitucional, pois qualquer forma de contratação 
sem concurso público, ainda que para fins assistenciais, 
viola de maneira absoluta o art. 37, II, da CF/1988. 
b) É inconstitucional, porque os municípios não possuem 
competência para criar programas sociais próprios, 
devendo apenas aplicar políticas definidas pela União e 
pelos Estados. 
c) É constitucional, pois o programa tem natureza 
assistencial e não se presta a suprir funções 
permanentes da Administração, não violando o princípio 
do concurso público. 
d) É constitucional apenas se o programa tiver caráter 
remuneratório equivalente a cargo público, assegurando 
estabilidade provisória ao participante. 
e) É inconstitucional, porque a lei municipal não pode 
disciplinar políticas de emprego e renda, matéria de 
competência privativa da União. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Rodolfo Penna 
Questão 7 
Em ação de desapropriação por interesse social para fins 
de reforma agrária, ajuizada pelo INCRA, o juízo de 
primeira instância proferiu sentença condenando a 
autarquia ao pagamento de justa indenização, acrescida 
de juros compensatórios, a despeito de laudo pericial 
constatar que o imóvel possuía graus de utilização da 
terra e de eficiência na exploração iguais a zero. 
A sentença transitou em julgado em junho de 2020. 
Contudo, em 2018, o Supremo Tribunal Federal, no 
julgamento da ADI 2332, declarou a constitucionalidade 
do § 2º do art. 15-A do Decreto-Lei nº 3.365/1941, que 
veda a incidência de juros compensatórios em tais 
hipóteses. 
Iniciada a fase de cumprimento de sentença pelo 
expropriado, o INCRA apresenta impugnação. 
Nesse cenário, é correto afirmar que: 
a) A impugnação do INCRA deve ser rejeitada, pois a 
condenação ao pagamento dos juros compensatórios 
está protegida pela autoridade da coisa julgada, que não 
pode ser relativizada em fase de cumprimento de 
sentença. 
b) O capítulo da sentença que fixou os juros 
compensatórios é inexequível, pois o título executivo 
judicial está fundado em interpretação tida pelo STF 
como incompatível com a Constituição Federal, em 
decisão proferida antes do trânsito em julgado da 
sentença exequenda. 
c) A única via para o INCRA desconstituir a condenação é 
a propositura de ação rescisória, demonstrando a 
violação manifesta à norma jurídica, não sendo a 
impugnação ao cumprimento de sentença o meio 
processual adequado. 
d) A decisão do STF na ADI 2332 somente se aplica aos 
processos ajuizados após sua publicação, não afetando 
7 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
as sentenças proferidas em ações anteriores, ainda que 
o trânsito em julgado seja posterior. 
e) O juízo da execução deve aplicar a modulação de 
efeitos da ADI 2332, garantindo o pagamento de juros 
compensatórios até a data do julgamento pelo STF e 
afastando a incidência apenas para o período 
subsequente. 
 
Questão 8 
Em março de 2021, foi proferida sentença de 
improcedência em uma ação de improbidade 
administrativa ajuizada pelo Ministério Público. Não 
houve interposição de apelação. 
Em 26 de outubro de 2021, entrou em vigor a Lei nº 
14.230/2021, que, entre outras alterações, vedou 
expressamente o reexame necessário para sentenças de 
improcedência em ações de improbidade. 
Os autos foram remetidos ao Tribunal de Justiça para o 
reexame, e o relator, com base na nova legislação, 
decidiu monocraticamente por não conhecer da 
remessa. 
Considerando o direito intertemporal processual e a 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a decisão 
do relator está: 
a) Correta, pois a nova lei processual tem aplicação 
imediata aos processos em curso, atingindo a remessa 
necessária ainda não julgada, em observância ao 
princípio “tempus regit actum”. 
b) Incorreta, pois a vedação ao reexame necessário não 
se aplica aos processos em que a sentença foi proferida 
antes da vigência da Lei nº 14.230/2021. 
c) Correta, pois a supressão do reexame necessário é 
uma norma de natureza processual mais benéfica ao réu 
e, portanto, deve retroagir. 
d) Incorreta, pois a Lei de Improbidade Administrativa é 
omissa, devendo ser aplicada por analogia a regra do 
reexame necessário invertido da Lei de Ação Popular. 
e) Correta, pois o reexame necessário possui natureza 
jurídica de recurso e, como não houve apelação 
voluntária, operou-se a preclusão. 
 
 
 
Questão 9 
Um servidor público federal, após preencher todos os 
requisitos para a aposentadoria voluntária com 
proventos integrais, optou por permanecer em 
atividade, passando a receber o abono de permanência. 
Ao entrar de férias e ao final do ano, percebeu que o 
valor do abono não foi computado na base de cálculo do 
terço constitucional de férias e da gratificação natalina. 
Inconformado, ajuizou ação pleiteando a inclusão da 
referida verba no cálculo dos benefícios. 
Com base na jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça, o pedido do servidor é: 
a) Improcedente, pois o abono de permanência possui 
natureza indenizatória, não se incorporando à 
remuneração para qualquer fim. 
b) Improcedente, pois a não incidência de contribuição 
previdenciária sobre o abono de permanência afasta seu 
caráter remuneratório. 
c) Procedente, pois o abono de permanência possui 
natureza remuneratória e caráter permanente, 
integrando a base de cálculo do adicional de férias e da 
gratificação natalina. 
d) Procedente, mas apenas em relação ao adicionalde 
férias, pois a gratificação natalina tem como base de 
cálculo exclusiva o vencimento do cargo efetivo. 
e) Improcedente, pois o abono é uma vantagem de 
caráter transitório, paga apenas enquanto o servidor 
permanece na ativa, não podendo ser considerada uma 
vantagem permanente para fins de cálculo de outros 
benefícios. 
 
Questão 10 
Um cidadão impetrou mandado de segurança visando 
obter cópia integral de páginas específicas do livro de 
portaria de uma unidade prisional estadual. O pedido foi 
negado na via administrativa sob o fundamento de que 
as informações são classificadas como sigilosas, pois sua 
divulgação poderia comprometer a segurança do 
estabelecimento, das pessoas e da coletividade. O 
impetrante alega violação ao seu direito de acesso à 
informação, garantido pela Constituição Federal e pela 
Lei nº 12.527/2011. 
8 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça sobre o tema, a negativa da administração 
pública é: 
a) Legal, pois, embora a publicidade seja a regra, o sigilo 
é uma exceção legítima quando a divulgação de 
informações, como as contidas no livro de portaria de 
um presídio, pode comprometer a segurança de 
instituições e da sociedade. 
b) Ilegal, pois o direito de acesso à informação pública é 
absoluto e o pedido não precisa ser motivado, devendo 
a administração fornecer os documentos e apenas 
suprimir os dados pessoais de terceiros. 
c) Ilegal, pois a classificação de um documento como 
sigiloso só pode ocorrer por ato do Governador do 
Estado, sendo nula a classificação realizada por 
autoridade de hierarquia inferior, como o diretor do 
presídio. 
d) Legal, mas apenas se a administração comprovar que 
o cidadão solicitante possui antecedentes criminais ou 
algum interesse que possa, de fato, colocar em risco a 
segurança da unidade. 
e) Ilegal, pois a Lei de Acesso à Informação prevalece 
sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, não podendo a 
proteção de dados pessoais servir de fundamento para 
negar o acesso a um documento público. 
 
Questão 11 
A Companhia de Saneamento Básico de um Estado, 
sociedade de economia mista prestadora de serviço 
público essencial de abastecimento de água e 
esgotamento sanitário em regime não concorrencial e 
sem finalidade eminentemente lucrativa, ajuizou ação 
de cobrança contra um particular por faturas 
inadimplidas. A discussão jurídica centralizou-se no 
prazo prescricional aplicável à pretensão da estatal. Com 
base na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o 
prazo prescricional para a cobrança é: 
a) Decenal, conforme a regra geral do art. 205 do Código 
Civil, pois a estatal possui personalidade jurídica de 
direito privado. 
b) Trienal, conforme o art. 206, § 3º, V, do Código Civil, 
por se tratar de pretensão de reparação civil. 
c) Vintenário, para dívidas vencidas na vigência do 
Código Civil de 1916. 
d) Quinquenal, conforme o Decreto nº 20.910/1932, em 
razão da equiparação da entidade à Fazenda Pública para 
fins prescricionais, dada a natureza de sua atividade. 
e) Quinquenal, conforme o Código de Defesa do 
Consumidor, por se tratar de dívida líquida constante de 
instrumento particular oriunda de prestação de serviço. 
 
Questão 12 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ajuizou 
execução fiscal contra uma operadora de plano de saúde 
para o ressarcimento de despesas que o SUS teve com o 
atendimento de um beneficiário do plano. O 
atendimento médico ocorreu em março de 2018. Após o 
devido processo administrativo, a ANS notificou a 
operadora sobre a decisão final e o valor a ser ressarcido 
em dezembro de 2020. A ação de cobrança foi proposta 
em novembro de 2025. A operadora arguiu a prescrição 
da pretensão. 
Considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça, a pretensão da ANS está: 
a) Prescrita, pois o prazo é trienal, nos termos do Código 
Civil, contado da data do atendimento médico. 
b) Não prescrita, pois o prazo é quinquenal, previsto no 
Decreto nº 20.910/1932, contado da data do 
atendimento médico. 
c) Prescrita, pois, embora o prazo seja quinquenal, seu 
termo inicial é a data do atendimento médico. 
d) Prescrita, pois, apesar de o prazo ser quinquenal, ele 
não corre durante a tramitação do processo 
administrativo, voltando a fluir integralmente após a 
notificação. 
e) Não prescrita, pois o prazo é quinquenal, previsto no 
Decreto nº 20.910/1932, contado a partir da notificação 
da decisão administrativa que apurou os valores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
Professor Felipe Duque 
Questão 13 
Com base no julgamento da ADI 3.717/PR pelo STF em 
2025, sobre a cobrança de taxas por serviços de 
segurança pública, assinale a alternativa CORRETA: 
a) É constitucional a cobrança de taxa para policiamento 
ostensivo em estabelecimentos bancários, pois se trata 
de serviço específico e divisível. 
b) É inconstitucional qualquer cobrança de taxa 
relacionada a serviços de segurança pública, pois todos 
constituem serviços gerais e indivisíveis. 
c) É constitucional a cobrança de taxa para segurança 
preventiva em eventos esportivos com cobrança de 
ingresso, tratando-se de serviço específico e divisível. 
d) A emissão de certidões e atestados por órgãos de 
segurança pública sempre pode ser cobrada mediante 
taxa, independentemente de sua finalidade. 
e) A mensurabilidade econômica do serviço policial por 
"homem/hora" altera sua natureza, tornando-o 
específico e divisível para fins de cobrança de taxa. 
 
Questão 14 
Segundo a tese fixada pelo STJ no Tema 1283 (Recurso 
Repetitivo), sobre o Programa Emergencial de Retomada 
do Setor de Eventos (PERSe), é CORRETO afirmar: 
a) O contribuinte optante pelo Simples Nacional pode se 
beneficiar da alíquota zero do PERSE para PIS/COFINS, 
CSLL e IRPJ. 
b) A inscrição no CADASTUR é dispensável para empresas 
que já prestavam serviços turísticos antes da Lei 
14.148/2021. 
c) É necessária a prévia inscrição no CADASTUR para 
fruição da alíquota zero instituída pelo art. 4º da Lei 
14.148/2021. 
d) A alíquota zero do PERSE aplica-se automaticamente 
a todos os prestadores de serviços de eventos, 
independentemente de cadastramento. 
e) O regime do Simples Nacional é compatível com os 
benefícios fiscais do PERSE, desde que observadas as 
regras específicas da LC 123/2006. 
 
Questão 15 
De acordo com a tese fixada pelo STJ no Tema 1239 
(Recurso Repetitivo - 2025), sobre a incidência de PIS e 
COFINS na Zona Franca de Manaus: 
a) Incide PIS e COFINS sobre vendas e prestações de 
serviços na Zona Franca, mas com alíquotas reduzidas. 
b) A não incidência de PIS e COFINS limita-se às 
exportações diretas para o exterior realizadas a partir da 
Zona Franca. 
c) Não incide PIS e COFINS sobre receitas de vendas e 
prestações de serviços realizadas a pessoas físicas ou 
jurídicas dentro da Zona Franca de Manaus. 
d) A localização do comprador ou vendedor dentro ou 
fora da Zona Franca é relevante para definir a incidência 
das contribuições. 
e) Os incentivos fiscais da Zona Franca devem ser 
interpretados restritivamente, aplicando-se apenas às 
operações expressamente previstas em lei. 
Questão 16 
Conforme o julgamento do STF no Tema 1186 
(Repercussão Geral - 2025), sobre a base de cálculo da 
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta 
(CPRb): 
a) É inconstitucional a inclusão do PIS e da COFINS na 
base de cálculo da CPRB por caracterizar bis in idem. 
b) A base de cálculo da CPRB deve excluir todos os 
tributos incidentes sobre a operação para evitar dupla 
tributação. 
c) É constitucional a inclusão do PIS e da COFINS na base 
de cálculo da CPRB, seguindo o conceito de receita bruta 
do Decreto-Lei 1.598/77. 
d) O conceito de receita bruta para a CPRB deve ser 
idêntico ao utilizado para PIS e COFINS, excluindo-se os 
tributos. 
e) A CPRB constitui benefício fiscal de adesão 
obrigatória, não se aplicando o conceitoamplo de 
receita bruta. 
 
 
 
 
 
10 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Questão 17 
Segundo a decisão do STF na ADI 7.096/DF (2025), sobre 
o enquadramento de transportadores autônomos de 
cargas no Simples Nacional: 
a) É inconstitucional por violar a reserva de iniciativa do 
Presidente da República em matéria tributária. 
b) Configura renúncia de receita sujeita às exigências do 
art. 113 do ADCT e do art. 14 da LRF. 
c) É constitucional o art. 18-F da LC 123/2006, que 
permite enquadramento como MEI com limite 
diferenciado de receita bruta. 
d) Viola os princípios constitucionais de fomento às 
microempresas por criar tratamento desigual entre 
categorias. 
e) É inconstitucional por não observar o princípio da 
capacidade contributiva na fixação da alíquota 
previdenciária. 
 
Questão 18 
Com base na jurisprudência do STJ sobre multa por erro 
de classificação fiscal na importação (Informativo 856 - 
2025): 
a) A multa é sempre devida quando há erro na 
classificação NCM, independentemente do valor dos 
tributos recolhidos. 
b) Não é devida multa quando há recolhimento de 
tributos em valor superior ao efetivamente devido, sem 
prejuízo à fiscalização. 
c) O erro de classificação fiscal sempre caracteriza 
sonegação, justificando a aplicação de multa qualificada. 
d) A multa por obrigação acessória independe da 
verificação de prejuízo concreto à atividade 
fiscalizatória. 
e) O recolhimento em excesso não afasta a multa, pois a 
obrigação de informar corretamente é autônoma da 
obrigação de pagar. 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
Professor Paulo Sousa 
Questão 19 
A respeito da utilização da imagem de pessoas públicas 
em matérias jornalísticas, assinale a alternativa correta 
a) A utilização da imagem de pessoa pública em matéria 
jornalística, ainda que verossímil, configura 
automaticamente dano moral indenizável, pois atinge a 
honra objetiva do retratado. 
b) A liberdade de imprensa constitui direito absoluto, 
não podendo sofrer qualquer limitação, ainda que o 
conteúdo divulgado seja ofensivo à imagem de pessoa 
pública. 
c) A proteção dos direitos da personalidade de pessoas 
públicas é plena e não sofre redução, mesmo diante do 
interesse coletivo em fiscalizar seus atos. 
d) A utilização de imagem de pessoa pública em matéria 
jornalística, sem invasão da vida privada e ainda que em 
tom de crítica, não gera, por si só, dano indenizável. 
e) A divulgação de informações jornalísticas somente é 
legítima quando baseada em fatos absolutamente 
incontroversos, não sendo admitida a utilização de fatos 
apenas verossímeis. 
 
Questão 20 
Maria e João se divorciaram após anos de casamento. 
Durante o processo, foi concedida medida protetiva de 
urgência em favor de Maria, vítima de violência 
doméstica, determinando o afastamento de João da 
residência familiar. Maria permaneceu no imóvel do ex-
casal, onde mora com a filha adolescente. Passado algum 
tempo, João ingressa em juízo requerendo que Maria lhe 
pague aluguel pelo uso exclusivo do bem, alegando 
enriquecimento sem causa. Diante dessa situação, 
assinale a alternativa correta 
a) Maria deve pagar aluguel, pois o uso exclusivo do 
imóvel comum por um dos ex-cônjuges sempre gera 
enriquecimento sem causa em relação ao outro. 
b) Maria não deve pagar aluguel, pois a permanência 
dela no imóvel com a filha adolescente e em razão de 
medida protetiva não configura enriquecimento sem 
causa. 
11 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
c) Maria deve pagar aluguel proporcional, pois, mesmo 
residindo com a filha, há utilização exclusiva do bem em 
detrimento de João. 
d) Maria somente ficaria isenta do pagamento de aluguel 
se fosse economicamente hipossuficiente, o que não 
está descrito no caso concreto. 
e) Maria não deve pagar aluguel apenas enquanto não 
for realizada a partilha do imóvel; após isso, a 
indenização passa a ser obrigatória. 
 
Questão 21 
José faleceu deixando testamento em que instituía como 
herdeiros seus dois filhos, Pedro e Ana. No mesmo 
testamento, determinou que sua sobrinha Carla 
receberia, a título de legado, uma renda vitalícia mensal. 
Aberta a sucessão, Carla requereu imediatamente o 
pagamento do legado, ainda durante o inventário, sob a 
alegação de que dependia financeiramente de José para 
sua subsistência. Os herdeiros, no entanto, contestaram, 
sustentando que o pagamento só seria exigível após a 
conclusão do inventário e a partilha dos bens. Nesse 
caso, assinale a alternativa correta 
a) O pagamento do legado de renda vitalícia somente 
poderá ser exigido após a homologação da partilha, 
quando forem individualizados os quinhões hereditários. 
b) O pagamento do legado de renda vitalícia é devido 
desde a abertura da sucessão, independentemente da 
conclusão do inventário. 
c) O pagamento do legado de renda vitalícia somente 
será devido se houver cláusula expressa no testamento 
fixando o termo inicial. 
d) O legado de renda vitalícia somente poderá ser exigido 
se houver bens disponíveis em dinheiro no espólio; caso 
contrário, sua exigibilidade fica suspensa. 
e) O legado de renda vitalícia não possui caráter 
assistencial, mas apenas patrimonial, de modo que o seu 
pagamento pode ser diferido até a partilha sem prejuízo. 
 
 
 
 
 
 
Questão 22 
Clara iniciou um relacionamento com Paulo, acreditando 
tratar-se de um vínculo amoroso verdadeiro. Contudo, 
descobriu posteriormente que Paulo apenas simulava 
interesse afetivo para obter vantagens financeiras, 
aproveitando-se da vulnerabilidade emocional dela. 
Durante o relacionamento, Clara realizou pagamentos 
expressivos das dívidas pessoais de Paulo, acreditando 
em histórias de dificuldades financeiras que ele narrava. 
Após o término, Clara ingressou em juízo requerendo 
indenização pelos valores gastos e por danos morais. 
Diante dessa situação, assinale a alternativa correta 
a) Não há ato ilícito, pois os pagamentos foram feitos de 
forma espontânea por Clara, sem coação ou ameaça. 
b) O caso configura mera frustração amorosa, que não 
gera dever de indenizar na esfera civil. 
c) O comportamento de Paulo caracteriza ato ilícito, 
configurando estelionato sentimental, com dever de 
indenizar pelos danos materiais e morais. 
d) A reparação só poderia ser concedida se houvesse 
comprovação de coação física ou psicológica para os 
pagamentos. 
e) O direito à indenização restringe-se apenas aos danos 
materiais, não alcançando danos morais em razão do 
caráter privado da relação. 
 
Questão 23 
Sobre a validade da outorga de procuração por pessoa 
jurídica, assinale a alternativa correta 
a) A procuração perde a validade automaticamente com 
o falecimento do sócio que a assinou em nome da pessoa 
jurídica. 
b) A validade da procuração outorgada pela pessoa 
jurídica depende de renovação periódica sempre que 
houver alteração no quadro societário. 
c) O falecimento do sócio ou representante legal que 
assinou a procuração não afeta a sua validade, pois a 
personalidade da pessoa jurídica é distinta da de seus 
sócios. 
d) A procuração somente permanece válida se o contrato 
social prever expressamente a continuidade de seus 
efeitos após o falecimento do sócio signatário. 
12 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
e) O falecimento do sócio signatário implica a suspensão 
automática da representação processual até 
regularização da procuração. 
 
Questão 24 
Quanto à ação de partilha de bens após a dissolução da 
sociedade conjugal, assinale a alternativa correta 
a) A pretensão de partilha de bens após o divórcio está 
sujeita à prescrição de 10 anos. 
b) A pretensão de partilha de bens após o divórcio está 
sujeita à decadência, devendo ser exercida no prazo de 
4 anos. 
c) A partilha de bens constitui pretensão patrimonial que 
se extingue se não for ajuizada em até 5 anos após o 
divórcio. 
d) A partilha de bens é direito potestativo, não sujeito a 
prescrição ou decadência, podendo ser requerida a 
qualquer tempo, inclusiveapós o divórcio. 
e) A partilha de bens depende da anuência de ambos os 
ex-cônjuges, não podendo ser exigida unilateralmente. 
 
DIREITO AMBIENTAL 
Professor Thiago Leite 
Questão 25 
Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, lei 
municipal que obriga as concessionárias de automóveis 
a plantarem uma árvore para cada carro novo vendido: 
a) Possui natureza mista. 
b) É inconstitucional, por violar o princípio da liberdade 
econômica. 
c) Possui natureza de política ambiental. 
d) É constitucional, mas deve ser referendada pelo 
CONAMA. 
e) Possui natureza tributária. 
 
 
 
 
 
 
Questão 26 
Acerca do dano moral coletivo ambiental, assinale a 
alternativa correta segundo jurisprudência recente do 
Superior Tribunal de Justiça. 
a) Os danos morais coletivos não advêm do simples 
descumprimento da legislação ambiental, exigindo 
constatação de injusta conduta ofensiva à natureza. 
b) Os danos decorrem da prática de ações e omissões 
lesivas, devendo ser aferidos de maneira subjetiva, 
estando atrelados a análises subjetivas de dor, 
sofrimento ou abalo psíquico da coletividade ou de um 
grupo social. 
c) A possibilidade de recomposição material do meio 
ambiente degradado, de maneira natural ou por 
intervenção antrópica, afasta a existência de danos 
extrapatrimoniais causados à coletividade. 
d) Constatada a existência de degradação ambiental, 
mediante alteração adversa das características 
ecológicas, não se presume a lesão intolerável ao meio 
ambiente e a ocorrência de danos morais coletivos, 
cabendo ao órgão ambiental o ônus dessa comprovação. 
e) Nos biomas arrolados como patrimônio nacional pelo 
artigo 225, parágrafo 4º, da Constituição Federal, o dever 
coletivo de proteção da biota detém contornos jurídicos 
mais flexíveis, havendo dano imaterial difuso sempre 
que evidenciada a prática de ações ou omissões que os 
descaracterizem ou afetem sua integridade ecológica ou 
territorial, a depender da extensão da área afetada. 
 
Questão 27 
Quanto aos indígenas, assinale a alternativa correta 
segundo jurisprudência recente do Superior Tribunal de 
Justiça. 
a) A adoção de criança indígena deverá ser julgada pela 
Justiça Federal, haja vista a obrigatória intervenção da 
FUNAI (autarquia federal). 
b) A adoção de criança indígena poderá ser julgada pela 
Justiça Federal ou Estadual, a depender da escolha da 
parte adotante. 
c) A adoção de criança indígena deverá ser julgada pela 
Justiça Federal, mesmo não sendo necessária a 
intervenção da FUNAI (autarquia federal). 
13 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
d) A adoção de criança indígena deverá ser julgada pela 
Justiça Estadual, não sendo necessária a intervenção da 
FUNAI (autarquia federal). 
e) A adoção de criança indígena deverá ser julgada pela 
Justiça Estadual, mesmo tendo em vista a obrigatória 
intervenção da FUNAI (autarquia federal). 
 
Questão 28 
Em relação à responsabilidade ambiental, assinale a 
alternativa correta segundo entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça. 
a) O sítio eletrônico pode ser responsabilizado por 
infração ambiental relacionada à venda de animais 
silvestres quando atuar como provedor que intermedeia 
negócios, e não apenas na busca de informações. 
b) O sítio eletrônico pode ser responsabilizado por 
infração ambiental relacionada à venda de animais 
silvestres quando atuar como mero buscador de 
informações. 
c) Pessoa jurídica não pode ser responsabilizada por 
infrações ambientais. 
d) A responsabilidade administrativa ambiental é 
objetiva, ou seja, independe de culpa ou dolo. 
e) O sítio eletrônico não pode ser responsabilizado por 
infração ambiental relacionada à venda de animais 
silvestres quando atuar como provedor que intermedeia 
negócios. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Professor Rodrigo Vaslin 
Questão 29 
Considerando o entendimento jurisprudencial a respeito 
do tema “gratuidade de justiça”, assinale a alternativa 
correta: 
a) Quando há agravo interno contra decisão que nega 
gratuidade de justiça, o preparo só se torna exigível após 
a confirmação do indeferimento pelo colegiado. 
b) O pedido superveniente de gratuidade de justiça, 
formulado após a primeira manifestação nos autos, 
precisa vir acompanhado de prova da alteração da 
condição econômica do requerente. 
c) O deferimento da justiça gratuita implica na dispensa 
da prestação de caução exigida para concessão de tutela 
provisória. 
d) É constitucional norma estadual que, ao disciplinar 
parcialmente a gratuidade de justiça, fixa valor mínimo a 
ser pago pela parte, por invadir a competência privativa 
da União para legislar sobre processo civil. 
e) O enquadramento na faixa de isenção de imposto de 
renda pode ser utilizado como critério para o 
deferimento do benefício da assistência judiciária 
gratuita. 
 
Questão 30 
a) A desconsideração da personalidade jurídica pode ser 
postulada a qualquer tempo, não estando sujeita a prazo 
prescricional ou decadencial, segundo posicionamento 
majoritário do STJ. 
b) O fato de a empresa devedora estar submetida aos 
efeitos de recuperação judicial impõe a suspensão ou 
extinção do incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica em relação aos sócios/acionistas. 
c) O juízo universal da falência é o competente para 
apreciar ação de usucapião de bem imóvel de 
propriedade da massa falida. 
d) O pedido contraposto somente é admitido em 
hipóteses excepcionais expressamente previstas em lei, 
e a equivocada denominação do pedido reconvencional 
como pedido contraposto não impede o regular 
processamento da pretensão, desde que ela esteja bem 
delimitada na contestação e, ao autor, seja assegurado o 
pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. 
e) Não cabe intervenção de terceiros em mandado de 
segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Questão 31 
Em matéria de competência, assinale a alternativa 
correta: 
a) A Lei 14.879/2024 alterou o art. 63 do CPC, prevendo 
em seu § 1º que a eleição de foro somente produz efeito 
quando “guardar pertinência com o domicílio ou a 
residência de uma das partes ou com o local da 
obrigação, ressalvada a pactuação consumerista, 
quando favorável ao consumidor”. De acordo com o STJ, 
a nova regra retroage, de modo a se aplicar aos 
processos ajuizados antes da vigência da lei. 
b) É do melhor interesse de crianças e adolescentes 
indígenas a competência da Justiça Federal para 
processar e julgar ações de adoção, assim sendo, a 
intervenção da FUNAI em tais situações atrai a 
competência automática da Justiça Federal. 
c) Admite-se a cobrança, em solo pátrio, de dívida de 
jogo contraída por brasileiro em país onde a prática é 
legal. 
d) Compete à Justiça do Trabalho o julgamento de ação 
de usucapião de bem imóvel em que a posse exercida 
pela parte usucapiente supostamente decorre de vínculo 
empregatício, ainda que já extinto à época do 
ajuizamento. 
e) O foro competente para julgar ação de indenização 
por danos morais e materiais decorrente de suposta 
falha de serviço notarial por Tabelião é o do domicílio do 
autor. 
 
Questão 32 
Sobre a tutela provisória de urgência, seu regramento no 
Código de Processo Civil (CPC/2015) e o entendimento 
jurisprudencial atual do STJ, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
a) O prazo de 30 (trinta) dias para apresentação do 
pedido principal, nos mesmos autos da tutela cautelar 
requerida em caráter antecedente, previsto no Art. 308 
do CPC/2015, possui natureza processual, portanto deve 
ser contabilizado em dias úteis (Art. 219 do CPC/2015). 
b) Não atendido o prazo legal de 30 dias para formulação 
do pedido principal em tutela cautelar requerida em 
caráter antecedente, a medida concedida perderá a sua 
eficácia, prosseguindo-se com o julgamento do 
procedimento de tutela antecedente. 
c) A contagem do prazo de 30 (trinta) dias previsto no 
art. 308 do CPC/2015 para formulação do pedido 
principal se inicia na data em que for totalmenteefetivada a tutela cautelar. 
d) Tratando-se de fornecimento de medicamentos, cabe 
ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de suas 
decisões, podendo, se necessário, determinar até 
mesmo o sequestro de valores do devedor (bloqueio), 
segundo o seu prudente arbítrio, e sempre com 
adequada fundamentação. 
e) Não é possível que o magistrado, ao conceder tutela 
antecipada no âmbito de processo cível cujo objeto não 
consista em obrigação de natureza alimentícia, efetue 
ameaça de decretação de prisão para o caso de eventual 
descumprimento dessa ordem judicial, sob a justificativa 
de que, nesse caso, configurar-se-ia crime de 
desobediência (Art. 330 do CP). 
 
Questão 33 
No que diz respeito ao mandado de segurança individual 
e coletivo, levando-se em consideração a legislação de 
regência e as súmulas do Superior Tribunal de Justiça e 
do Supremo Tribunal Federal aplicáveis, analise as 
assertivas abaixo: 
I. A concessão de mandado de segurança produz efeitos 
patrimoniais em relação a período pretérito à 
impetração do writ, sendo dispensável requerimento 
administrativo ou judicial para que o ato decisório 
concessivo produza efeito no período referido. 
II. Podem ser fixados honorários advocatícios em 
cumprimento de sentença proferida em mandado de 
segurança individual, quando existam efeitos 
patrimoniais a serem executados nos próprios autos 
III. As pessoas jurídicas de direito privado não têm 
legitimidade para formular pedido de suspensão de 
segurança, ainda quando prestadoras de serviço público 
ou no exercício de função delegada pelo Poder Público e 
na defesa do interesse público primário. 
IV. É cabível recurso ordinário constitucional em sede de 
execução em mandado de segurança. 
Quais estão INCORRETAS? 
a) Apenas III. 
b) Apenas I, II e IV. 
c) Apenas II, III e IV. 
15 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
d) Apenas I, II, III e IV. 
e) I, II, III, IV. 
 
Questão 34 
Sobre os recursos, assinale a alternativa correta: 
a) Cabe agravo de instrumento contra a decisão do juiz 
que corrige, de ofício, o valor da causa. 
b) Não se aplica a técnica de julgamento ampliado (art. 
942 do CPC) quando os embargos de declaração opostos 
contra acórdão unânime em apelação forem rejeitados 
por maioria, e o voto vencido dos embargos poderia 
alterar o resultado da apelação. 
c) O pedido de desistência do recurso não pode ser 
indeferido, ainda quando houver indício de uso de 
estratagema processual para evitar a criação ou a 
formação de jurisprudência contrária ao interesse da 
parte desistente. 
d) Admite-se como paradigma, em sede de embargos de 
divergência, os julgados proferidos em ações com 
natureza jurídica de garantia constitucional (habeas 
corpus, habeas data, mandado de segurança e mandado 
de injunção). 
e) Cabe reclamação contra decisão do juiz de primeiro 
grau que nega seguimento à apelação. Se a decisão foi 
proferida na fase de execução ou cumprimento de 
sentença, o apelante poderá também interpor agravo de 
instrumento para impugnar a negativa. 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Professora Adriana Menezes 
Questão 35 
O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) concede 
benefícios aos seus segurados e dependentes, atendidas 
as condições impostas pela legislação previdenciária. 
Analise as assertivas abaixo, à luz do entendimento dos 
Tribunais Superiores, no que diz respeito às condições 
para concessão, manutenção e revisão dos benefícios 
previdenciários. 
I. Para a concessão da aposentadoria por idade do 
trabalhador rural, especificamente, para o segurado 
especial, o tamanho da área explorada na atividade 
agropecuária não poderá ultrapassar 04 módulos fiscais, 
ainda que outros elementos comprovem o exercício do 
segurado em regime de economia familiar. 
II. O segurado que exerce atividade sob efetiva exposição 
a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à 
saúde, ou a associação desses agentes, somente poderá 
contar como tempo de serviço especial o período em que 
esteve em gozo de auxílio por incapacidade temporária 
decorrente de acidente do trabalho (acidentário). 
III. É legítimo o acréscimo de 25% ao valor das 
aposentadorias quando o segurado comprovar que 
necessita da assistência permanente de outra pessoa. O 
STF entendeu que o auxílio-acompanhante deve ser 
estendido a todas as aposentadorias em respeito aos 
princípios da isonomia e da dignidade da pessoa 
humana. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas a assertiva I está correta. 
b) Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
c) Apenas a assertiva III está correta. 
d) Todos as assertivas estão corretas. 
e) Nenhuma assertiva está correta. 
 
Questão 36 
Para a concessão das aposentadorias programáveis é 
indispensável que o segurado comprove um certo tempo 
de contribuição. Em alguns casos, é comum que o 
segurado tenha que comprovar, perante a autarquia 
previdenciário ou em processo judicial que, de fato, 
exerceu atividade que o enquadrasse como segurado do 
RGPS, especialmente quando não há registro no 
Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS. 
Quanto à comprovação do tempo de 
serviço/contribuição para fins previdenciários, analise as 
assertivas abaixo e marque a opção que está de acordo 
com o entendimento dos Tribunais Superiores. 
a) Em caso de demissão do empregado, o período 
corresponde ao aviso prévio indenizado poderá ser 
computado como tempo de contribuição, mesmo que 
não haja incidência de contribuição sobre os valores 
creditados ou pagos ao trabalhador dispensado. 
b) A sentença trabalhista homologatória de acordo 
somente será considerada início razoável de prova 
material válida para fins previdenciários, se nos autos da 
16 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
reclamação trabalhista tiverem sido produzidas provas 
documentais contemporâneas aptas à comprovação do 
tempo de serviço no período que se pretende 
reconhecer na ação previdenciária, exceto na hipótese 
de caso fortuito ou força maior. 
c) O período em que o segurado esteve em gozo do 
benefício de auxílio-doença não poderá ser computado 
como tempo de contribuição e como carência. No 
período de afastamento do segurado não houve 
recolhimento de contribuição previdenciária para que 
pudesse ser contada como carência. 
d) Comprovado o exercício da atividade rural em período 
anterior à vigência da Lei n. 8.213/1991, perante o INSS, 
o servidor vinculado a regime próprio de previdência 
social poderá computar o aludido tempo rural para fins 
de contagem recíproca, sem a necessidade de indenizar 
as contribuições previdenciárias relativas ao período 
rural reconhecido. 
e) Como a condição de trabalhador rural é bastante 
sacrificada e nem sempre o segurado tem conhecimento 
suficiente para avaliar e guardar documentos que 
comprovem a sua condição de rurícola, admite-se, no 
caso de concessão da aposentadoria por idade, a prova 
exclusivamente testemunhal para comprovar os 
pressupostos da sua filiação ao regime geral de 
previdência social. 
 
Questão 37 
O benefício do salário-maternidade é devido aos 
segurados do Regime Geral de Previdência Social em 
casos, dentre outros, de parto e de adoção. A pensão por 
morte é benefício previdenciário assegurado aos 
dependentes do segurado falecido, aposentado ou não. 
Em relação aos benefícios de salário-maternidade e de 
pensão por morte, analise as assertivas abaixo e marque 
a opção correta, considerando o entendimento firmado 
pelo Supremo Tribunal Federal e/ou pelo Superior 
Tribunal de Justiça. 
a) O salário-maternidade exige das seguradas 
empregada, empregada doméstica e contribuinte 
individual o cumprimento do período de carência de 10 
contribuições mensais. 
b) As empresas e os empregadores têm direito de 
compensar os valores que pagaram às empregadas 
gestantes afastadas, inclusive às que não puderam 
trabalhar remotamente, durante a pandemia de COVID-
19, com as contribuições previdenciárias devidas, por se 
tratar de verba relativa a salário-maternidade.c) Caso a indígena comprove sua condição de segurada 
especial, terá direito ao salário-maternidade por 120 
dias, mesmo que o parto ocorra antes de ela ter 
completado 16 anos de idade. 
d) Para fins de concessão de pensão por morte aos 
dependentes do segurado do RGPS, aplica-se a lei 
vigente no momento do requerimento do benefício. 
e) Uma pessoa que manteve, durante longo período e 
com aparência familiar, união com um(a) segurado(a) 
casado(a), terá direito à pensão por morte em caso de 
falecimento do convivente, dividindo o benefício, em 
partes iguais, com o cônjuge supérstite. 
 
Questão 38 
A seguridade social é financiada de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, com recursos provenientes 
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e de contribuições sociais. Em 
relação ao financiamento da seguridade social, analise os 
itens abaixo. 
I. Ao contrário do que ocorre no regime próprio de 
previdência social, o aposentado pelo regime geral de 
previdência social (RGPS) que permanecer em atividade 
após a aposentação ou retornar ao exercício de atividade 
remunerada, não será obrigado a contribuir para a 
previdência social porque não terá direito a todos os 
benefícios que a legislação previdenciária contempla. 
II. Incide contribuição previdenciária sobre o valor pago 
ou creditado ao empregado a título de terço 
constitucional de férias. 
III. É constitucional a inclusão da contribuição ao 
Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição 
para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na 
base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a 
Receita Bruta. 
Está de acordo com o entendimento firmado pelos 
Tribunais Superiores o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas 
17 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
DIREITO PENAL 
Professor Michael Procópio 
Questão 39 
Assinale a alternativa INCORRETA sobre o crime de furto: 
a) Superior Tribunal de Justiça possui entendimento 
consolidado de que, embora o art. 158 do Código de 
Processo Penal exija exame pericial para crimes que 
deixam vestígios, a prova técnica pode ser suprida por 
outros meios de prova quando estes forem suficientes 
para comprovar, de modo inequívoco, a materialidade 
da qualificadora. 
b) Segundo entendimento consolidado do STJ, a causa de 
aumento prevista no § 1° do art. 155 do Código Penal 
(prática do crime de furto no período noturno) não 
incide no crime de furto na sua forma qualificada. 
c) A restituição imediata e integral do bem furtado não 
constitui, por si só, motivo suficiente para a incidência do 
princípio da insignificância. 
d) A qualificadora do concurso de pessoas possui 
natureza subjetiva e, por essa razão, por demonstrar 
maior gravidade da conduta, torna incompatível o 
reconhecimento da figura privilegiada do furto, 
independentemente do pequeno valor da res furtiva e da 
primariedade da agravante. 
e) É desnecessária perícia técnica para configurar a 
qualificadora referente à escalada em furto cujo iter 
criminis foi testemunhado pelos policiais. 
 
Questão 40 
Assinale a alternativa correta acerca do entendimento 
do Superior Tribunal de Justiça sobre os crimes contra a 
dignidade sexual: 
a) A conduta de passar a mão na genitália da vítima 
enquanto esta dormia caracteriza estupro de vulnerável, 
pois se deve considerar que a vítima estava em estado 
de sono, prejudicando sua capacidade de resistência. 
b) Não é possível a exasperação da pena-base do crime 
de violação sexual mediante fraude em razão da 
gravidade do fato de o agente ter se aproveitado da sua 
condição de médico, por ser elemento inerente à ação 
típica. 
c) É atípica a conduta de professor que busca vantagem 
sexual de aluna maior de 14 anos de idade, considerando 
que o assédio sexual exige a ascendência ou a 
superioridade hierárquica, que se restringem, 
respectivamente, à ideia de subordinação no serviço 
público e de relação empregatícia entre as partes. 
d) Em caso de superficialidade da conduta, é possível a 
desclassificação do crime de estupro de vulnerável para 
o de importunação sexual. 
e) No crime de estupro de vulnerável, não é possível a 
aplicação da fração máxima de majoração prevista no 
art. 71, caput, do Código Penal, se ausente a delimitação 
precisa do número de atos sexuais praticados, ainda que 
o período de tempo e a recorrência das condutas 
permita inferir que houve sete ou mais repetições. 
 
Questão 41 
Julgue os itens a seguir acerca dos crimes contra a fé 
pública na ótica dos Tribunais Superiores: 
I – O tipo penal de falsidade ideológica consuma-se no 
momento da falsificação, sendo irrelevante o local do 
resultado. 
II – É atípica a simples conduta de alterar, com fita 
adesiva, a placa do automóvel, se ausente a finalidade 
específica de fraudar a fé pública 
III – A competência para processar e julgar o crime de uso 
de documento falso é firmada em razão da entidade ou 
órgão que expediu o documento público. 
Neste caso, está correto o que se afirma em: 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
 
 
 
 
18 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Questão 42 
A respeito do entendimento dos Tribunais Superiores, 
assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Nos crimes sexuais cometidos contra a vítima em 
situação de vulnerabilidade temporária, em que ela 
recupera suas capacidades físicas e mentais e o pleno 
discernimento para decidir acerca da persecução penal 
de seu ofensor, a ação penal é pública condicionada à 
representação se o fato houver sido praticado na 
vigência da redação conferida ao artigo 225 do Código 
Penal pela Lei 12.015, de 2009. 
b) A reincidência não influi no prazo da prescrição da 
pretensão punitiva. 
c) A execução da pena restritiva de direitos depende do 
trânsito em julgado da condenação. 
d) A falta grave interrompe o prazo para obtenção de 
livramento condicional. 
e) O crime de fraude à licitação é formal e sua 
consumação prescinde da comprovação do prejuízo ou 
da obtenção de vantagem. 
 
Questão 43 
Julgue os itens a seguir a respeito dos crimes contra a 
Administração Pública, considerando o entendimento 
dos Tribunais Superiores: 
I – A perfeita subsunção da conduta ao crime de 
corrupção passiva exige a demonstração de que o 
favorecimento negociado pelo agente público se 
encontra no rol das atribuições previstas para a função 
que exerce. 
II- A figura do peculato-apropriação traz a elementar 
“apropriar-se”, que significa tomar como propriedade 
sua ou apossar-se, ou seja, posicionar-se em relação à 
coisa como se fosse seu proprietário. A expressão 
“posse” não deve ser concebida de modo a incluir a 
disponibilidade jurídica do bem. 
III – O crime de prevaricação não exige dolo específico, 
podendo se configurar se o funcionário público deixar de 
atuar por desídia ou comodismo. 
Neste caso, está correto o que se afirma em: 
a) I e II 
b) II e III. 
c) I, II e III. 
d) apenas I. 
e) apenas II. 
 
Questão 44 
Julgue os itens a seguir conforme entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça sobre a teoria da pena: 
I – É prescindível a reparação integral do dano para a 
incidência do comando normativo referente ao 
arrependimento posterior. 
II- O inadimplemento da pena de multa, após cumprida 
a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos, 
não obsta a extinção da punibilidade, ante a alegada 
hipossuficiência do condenado, salvo se diversamente 
entender o juiz competente, em decisão 
suficientemente motivada, que indique concretamente a 
possibilidade de pagamento da sanção pecuniária. 
III – A legislação estadual que afasta a execução da pena 
de multa não se aplica ao Ministério Público, que possui 
legitimidade prioritária para promover a execução da 
pena de multa decorrente de ação penal. 
Neste caso, está(ão) correto(s) o(s) seguinte(s) item(ns): 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) I eII 
d) II e III. 
e) I, II e III. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Professor Anezio Andrade 
Questão 45 
Durante o atendimento a um homicídio em via pública, a 
Polícia Civil apreendeu, ao lado do corpo da vítima, um 
aparelho celular desbloqueado, aparentemente 
pertencente a alguém presente no local no momento do 
crime. Buscando identificar o proprietário e eventual 
vínculo com a autoria do delito, os investigadores 
acessaram a lista de contatos e as últimas mensagens 
recebidas, registrando a operação em relatório 
posterior. Não houve autorização judicial prévia para a 
medida. 
Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal, é correto afirmar que: 
19 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
a) A medida é ilícita, pois qualquer acesso a dados de 
celular apreendido exige prévia decisão judicial, 
independentemente da situação concreta. 
b) O acesso é válido, pois se tratou de encontro fortuito 
de celular em cena de crime, sendo possível a consulta 
imediata aos dados para fins exclusivos de identificação 
do proprietário ou da autoria, desde que haja justificação 
posterior. 
c) A medida é ilegal, pois a possibilidade de acesso direto 
só se admite em caso de consentimento do titular ou 
ordem judicial, sendo irrelevante a hipótese de 
abandono ou encontro fortuito. 
d) O acesso é válido apenas se as informações extraídas 
forem posteriormente homologadas pelo juiz, com 
ciência da defesa, não se admitindo a mera justificativa 
posterior da autoridade policial. 
e) A consulta imediata aos dados seria válida apenas se 
restrita a registros telefônicos (ligações), não 
abrangendo mensagens ou contatos, que dependem de 
ordem judicial. 
 
Questão 46 
 Durante investigação de roubo praticado por dois 
indivíduos, a vítima compareceu à delegacia e foi 
chamada a reconhecer um suspeito. O delegado exibiu 
apenas a fotografia do investigado, sem alinhamento 
com outras pessoas semelhantes. A vítima confirmou ser 
o autor, e o suspeito foi denunciado. 
No curso do processo, a defesa alegou a nulidade do 
reconhecimento, por ausência das formalidades do art. 
226 do CPP. Para reforçar sua acusação, o Ministério 
Público requereu novo reconhecimento pessoal em 
juízo, desta vez observando o alinhamento de pessoas 
semelhantes. A vítima novamente confirmou o suspeito. 
O juiz, entretanto, observou que, ao ser questionada, a 
vítima afirmou já ter fixado a imagem do acusado em sua 
memória desde o primeiro ato de reconhecimento. 
Considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça sobre o tema, é correto afirmar que: 
a) O vício do primeiro reconhecimento pode ser 
superado por nova realização do ato em juízo, desde que 
observado formalmente o art. 226 do CPP. 
b) O reconhecimento fotográfico irregular não invalida 
automaticamente o reconhecimento pessoal 
subsequente, pois este goza de maior confiabilidade por 
ter sido realizado sob o crivo do contraditório. 
c) O reconhecimento de pessoas é prova irrepetível, de 
modo que o vício inicial contamina a memória da vítima, 
tornando inválido o segundo reconhecimento, ainda que 
formalmente adequado. Contudo, não se faz necessário 
a observância do procedimento formal do CPP quando 
não se tratar de apontamento de indivíduo 
desconhecido com base na memória visual de suas 
características físicas percebidas no momento do crime, 
mas, sim, de mera identificação de pessoa que o 
depoente já conhecia anteriormente. 
d) O reconhecimento fotográfico, ainda que irregular, 
pode ser utilizado como prova subsidiária, desde que 
apoiado em outros elementos de convicção existentes 
nos autos. 
e) A nulidade do reconhecimento inicial não interfere no 
reconhecimento posterior, pois a lei processual admite a 
livre valoração pelo magistrado, que pode sopesar 
ambos os atos segundo seu convencimento motivado. 
 
Questão 47 
Considerando a jurisprudência dos Tribunais Superiores, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) É possível a determinação de monitoração eletrônica 
como condição ao cumprimento de pena em regime 
semiaberto harmonizado, ainda que se trate de pessoa 
em situação de rua. 
b) O uso prolongado de aparelho celular por jurado 
durante os debates orais compromete a imparcialidade 
e a independência dos julgadores leigos, configurando 
nulidade do julgamento. 
c) Eventual ilegalidade na execução da revista íntima 
incidental à busca domiciliar acarreta, por derivação, a 
nulidade das provas apreendidas na busca realizada na 
residência. 
d) A leitura de depoimento prestado pela vítima em sede 
policial durante a audiência de instrução e julgamento 
não configura nulidade processual, salvo se ficar 
demonstrado efetivo prejuízo ao réu. 
e) O testemunho policial pode servir de prova em um 
processo criminal, devendo, para tanto, ter seu 
conteúdo racionalmente valorado. 
 
20 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Questão 48 
Em investigação sobre crimes financeiros, o delegado de 
Polícia Federal representou pela busca e apreensão na 
residência de determinado empresário. O pedido foi 
deferido judicialmente, com decisão fundamentada. No 
entanto, por um descuido administrativo da vara, a 
decisão não foi formalizada por meio da expedição de 
um mandado de busca e apreensão. Na data do 
cumprimento, os policiais se dirigiram ao local apenas 
com cópia da decisão proferida. A diligência resultou na 
apreensão de documentos contábeis e de valores em 
espécie. 
No curso da ação penal, a defesa requereu a nulidade da 
prova, alegando que a ausência da expedição e 
apresentação do mandado de busca e apreensão 
tornava a diligência ilegal, ainda que houvesse decisão 
judicial autorizando o ato. 
À luz da jurisprudência recente do Superior Tribunal de 
Justiça, é correto afirmar que: 
a) A diligência é válida, pois a existência de decisão 
judicial prévia supre a ausência de exibição física do 
mandado, não havendo nulidade quando o investigado 
não demonstra prejuízo. 
b) A busca e apreensão é nula, pois a ausência do 
mandado físico compromete a legalidade da diligência, 
tornando ilícitas as provas obtidas, ainda que exista 
autorização judicial prévia. 
c) A ausência do mandado físico constitui mera 
irregularidade formal, incapaz de gerar nulidade 
absoluta, de modo que as provas permanecem válidas 
para instrução processual. 
d) A nulidade da diligência somente se configuraria se a 
defesa comprovasse que a ausência do mandado físico 
impediu o pleno exercício do contraditório e da ampla 
defesa. 
e) A validade da busca e apreensão depende 
exclusivamente da existência de decisão judicial prévia, 
sendo irrelevante a forma documental em que foi 
transmitida aos agentes responsáveis pelo 
cumprimento. 
 
 
 
 
Questão 49 
Durante investigação de organização criminosa voltada à 
prática de estelionatos eletrônicos, o juiz de primeira 
instância, ao analisar representação da autoridade 
policial pela decretação de prisão preventiva, consultou 
diretamente as redes sociais abertas de um dos 
investigados. Constatou diversas postagens públicas em 
que o suspeito ostentava veículos de luxo e fazia 
referência a atividades típicas de fraudes digitais. 
Utilizando tais elementos, o magistrado fundamentou a 
decretação da prisão preventiva e de medidas cautelares 
patrimoniais. 
A defesa impetrou habeas corpus, alegando nulidade das 
decisões por violação ao sistema acusatório e quebra da 
imparcialidade do julgador. 
À luz da jurisprudência recente do Superior Tribunal de 
Justiça, é correto afirmar que: 
a) O acesso a informações públicas de redes sociais pelo 
juiz não configura quebra de imparcialidade, podendo 
fundamentar prisão preventiva e medidas cautelares, 
desde que observados os limites legais. 
b) O magistrado não pode acessar diretamente redes 
sociais do investigado, ainda que abertas ao público, pois 
a iniciativa configuraria investigação de ofício, vedada 
pelo modelo acusatório. 
c) O juiz agiu de forma ilegítima, pois qualquer iniciativa 
probatória,ainda que em fontes públicas, viola o sistema 
acusatório e compromete a imparcialidade judicial. 
d) A consulta judicial a redes sociais só seria válida se 
houvesse prévia solicitação expressa do Ministério 
Público, que é o titular da ação penal. 
e) O juiz até pode consultar redes sociais abertas, mas 
não pode utilizar tais informações para fundamentar 
medidas cautelares, sob pena de nulidade da decisão por 
excesso de atuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
Questão 50 
Em investigação de crime de receptação, o investigado 
optou por permanecer em silêncio no inquérito policial. 
O Ministério Público, ao analisar o caso, deixou de 
oferecer o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), 
sustentando que a confissão é requisito legal do art. 28-
A do CPP e que, por não ter ocorrido durante a fase 
inquisitorial, a proposta seria inviável. 
A defesa impugnou o ato ministerial, alegando que a 
confissão poderia ser formalizada no momento da 
assinatura do acordo, ocasião em que o investigado 
estaria assistido por advogado e ciente das condições da 
proposta. 
À da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é 
correto afirmar que: 
a) A exigência de confissão na fase inquisitorial constitui 
pressuposto de validade do ANPP, pois somente ela 
assegura o caráter voluntário e espontâneo do ato, 
tornando legítima a negativa do Ministério Público. 
b) A ausência de confissão no inquérito policial não 
inviabiliza o ANPP, uma vez que a confissão exigida pelo 
art. 28-A pode ser prestada apenas no momento da 
formalização do acordo perante o Ministério Público, 
com defesa técnica. 
c) A proposta do ANPP somente poderia ser realizada se 
o investigado apresentasse confissão em audiência 
judicial, com homologação imediata pelo juiz, não sendo 
suficiente a confissão extrajudicial. 
d) O silêncio do investigado durante o inquérito 
configura renúncia tácita à possibilidade de ANPP, de 
modo que eventual confissão posterior não teria aptidão 
para validar a proposta. 
e) A exigência de confissão para o ANPP só se aplica aos 
delitos de menor potencial ofensivo, sendo 
desnecessária nos crimes comuns de médio potencial 
ofensivo, como a receptação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 Simulado de Jurisprudência – 07/09/2025 
 
 
 
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