Antes da chegada dos colonizadores portugueses, as populações indígenas no Brasil possuíam suas próprias formas de resolução de conflitos, que variavam entre os diferentes grupos. Essas práticas eram baseadas em costumes, tradições e sistemas de justiça próprios, que incluíam a mediação por líderes comunitários e rituais de reconciliação. Com a colonização, essas práticas foram desrespeitadas e muitas vezes substituídas pela imposição do direito europeu, que não reconhecia a legitimidade das normas indígenas. O "direito indígena" foi, portanto, marginalizado e, em muitos casos, extinto, levando a um processo de desintegração cultural e social das comunidades nativas. A história do direito no Brasil é marcada por essa tensão entre os direitos dos colonizadores e as tradições dos povos indígenas.