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CURSO DE DIREITO Direito Administrativo II Prof. Eduardo Tognetti – eduardo.tognetti@fmu.br Aula 8 Data:06/05 BENS PÚBLICOS+CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1) Objetivos: Identificar o regime jurídico das modalidades de bens públicos. Identificar as formas de controle dos atos e bens públicos. 2) Roteiro: 2.1) Bens Públicos 2.1.1) Definição, Regime Jurídico e Uso dos bens públicos. 2.1.2) Espécies: bens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais. 2.1.3) Afetação e desafetação. 2.2) Controle da Administração Pública 2.2.1) Controle administrativo, 2.2.2) Controle legislativo – papel do TCU 2.2.3) Controle judicial: esgotamento de instâncias – a discricionariedade do agente 3) Tenha certeza que entendeu o que significa: 3.1) Caracterização de um bem público 3.2) Controle judicial do mérito do ato administrativo 4) Questões (OAB 2015) O prédio que abrigava a Biblioteca Pública do Município de Molhadinho foi parcialmente destruído em um incêndio, que arruinou quase metade do acervo e prejudicou gravemente a estrutura do prédio. Os livros restantes já foram transferidos para uma nova sede. O Prefeito de Molhadinho pretende alienar o prédio antigo, ainda cheio de entulho e escombros. Sobre o caso descrito, assinale a afirmativa correta. a) Não é possível, no ordenamento jurídico atual, a alienação de bens públicos. b) O antigo prédio da biblioteca, bem público de uso especial, somente pode ser alienado após ato formal de desafetação. c) É possível a alienação do antigo prédio da biblioteca, por se tratar de bem público dominical. d) Por se tratar de um prédio com livre acesso do público em geral, trata-se de bem público de uso comum, insuscetível de alienação. (OAB 2012) Sobre os bens públicos é correto afirmar que a) os bens de uso especial são passíveis de usucapião b) os bens de uso comum são passíveis de usucapião. c) os bens de empresas públicas que desenvolvem atividades econômicas que não estejam afetados a prestação de serviços públicos são passíveis de usucapião. d) nenhum bem que pertença à pessoa jurídica integrante da administração pública indireta é passível de usucapião. (OAB 2011) De acordo com o critério da titularidade, consideram-se públicos os bens do domínio nacional pertencentes a) às entidades da Administração Pública Direta e Indireta. b) às entidades da Administração Pública Direta, às autarquias e às empresas públicas. c) às pessoas jurídicas de direito público interno e às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. d) às pessoas jurídicas de direito público interno. (OAB 2015) O Estado X está ampliando a sua rede de esgotamento sanitário. Para tanto, celebrou contrato de obra com a empresa “Enge-X-Sane”, no valor de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais). A fim de permitir a conclusão das obras, com a extensão da rede de esgotamento a quatro comunidades carentes, o Estado celebrou termo aditivo com a referida empresa, no valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), custeados com recursos transferidos pela União, mediante convênio, elevando, assim, o valor total do contrato para R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais). Considerando que foram formuladas denúncias de sobrepreço ao Tribunal de Contas da União, assinale a afirmativa correta. a) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade, uma vez que se trata de obra pública estadual, devendo o interessado formular denúncia ao Tribunal de Contas do Estado. b) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade, mas pode, de ofício, remeter os elementos da denúncia para o Tribunal de Contas do Estado. c) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode determinar, diante de irregularidades, a imediata sustação da execução do contrato impugnado. d) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode indicar prazo para que o órgão ou a entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. 5) Leitura indicada: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Limites do Controle Externo da Administração Pública: ainda é possível falar em discricionariedade administrativa? Revista Eletrônica de Direito do Estado, Salvador, v. 37, p. 25-32, jan./mar. 2004. 4) Leitura suplementar RIBAS, Carolline Leal. CASTRO, Gustavo Almeida Paolinelli de O controle jurisdicional dos atos administrativos discricionários. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 268, p. 83-116, jan./abr. 2015. (Disponível no Dropbox) RODRIGUES, Walton Alencar. O controle da regulamentação no Brasil. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 241, p. 39-52, jul./set. 2005. (Disponível no Dropbox) BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Impenhorabilidade dos Bens das Empresas Estatais Exercentes de Atividades Públicas. Revista Trimestral de Direito Público (RTDP) nº 31, páginas 19-25. (Disponível no Dropbox)